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Resumo Tipo Injusto

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RESUMO PENAL – Prova 03 
TIPO INJUSTO 
-A teoria contemporânea do fato punível estrutura-se em tipo de injusto (ação típica e antijurídica) e culpabilidade (como capacidade de punibilidade, conhecimento real ou potencial do injusto e de exigibilidade de comportamento diverso). Através da convergência da ação típica com a antijuridicidade há de haver o tipo de injusto. 
-tem-se o tipo injusto de ação (doloso e culposo) e o tipo injusto de omissão (doloso e culposo) 
TIPO DE INJUSTO DE AÇÃO DOLOSO
-se desdobra em: 
1. Tipo Objetivo: é o conjunto de caracteres objetivos ou materiais do tipo legal do delito. É composto de um núcleo (verbo-ação ou omissão) e de elementos secundários ou complementares (sujeitos, objeto da ação, bem jurídico, etc). Representa a exteriorização da vontade. É "núcleo real material de todo delito".
-entre os elementos do tipo objetivo: 
a)elementos descritivos ou objetivos propriamente ditos: aqueles identificados pelos sentidos, como objetos, seres ou atos. Ex: coisa móvel (art 157, cp- roubo), alguém (art 213, cp – estrupo) 
b)elementos normativos: exigem juízo de valor para seu conhecimento. Classificam-se em:
-normativos jurídicos: conceitos jurídicos ou referentes a norma jurídica, ex: cheque (art 171- fraude no pagamento por meio de cheque) 
-normativos extrajudiciais: juízos de valor fundados na experiência, na sociedade e na cultura, ex: ato obsceno (art 233, cp) 
-há elementos normativos considerados erroneamente como elementos subjetivos do injusto, como ex: motivo torpe, motivo fútil ( art 121, cp) (MT CONTRADIÇÃO SOBRE ISSO) 
-há certas expressões q são elementos normativos com referencia especifica a possível concorrência de uma causa de justificação, estão presentes no tipo, embora dizem respeito a antijuridicidade, como: sem justa causa (art 153), sem a permissão legal (art 292) a ausência dessas expressões torna a conduta atípica e permitida
2. Tipo Subjetivo: compreende as representações psicológicas ou psíquicas do sujeito ativo presentes no momento em que realiza a conduta típica, se divide em : 
a)elemento subjetivo geral: dolo (art 18 cp.)
-entende-se por dolo a consciência e a vontade de realização dos elementos objetivos do tipo de injusto doloso (tipo objetivo) , ou seja, da conduta descrita em um tipo penal 
-é desnecessário o conhecimento da configuração típica, sendo suficiente o conhecimento das circunstâncias de fato necessárias a composição da figura típica, ou seja, o sujeito ativo n precisa conhecer a letra de lei, mas apenas saber que aquilo é errado para ser punido; necessita apenas de uma compreensão razoável, segundo o conhecimento de uma pessoa leiga
-dolo é a consciência e a vontade de realizar o tipo objetivo, orientada pelo conhecimento de seus elementares no caso concreto 
-Elemento do dolo: 
1)Elemento cognitivo ou intelectual (consciência atual da realização dos elementos objetivos do tipo) 
2)Elemento volitivo ou emocional (vontade de realização dos elementos objetivos) 
-Teorias do Dolo: 
1)Teoria da vontade: dolo é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado
2)Teoria do assentimento: dolo é a consciência do agente em causar o resultado, além de apenas considerar como possível, ou seja, autor sabe das consequências e as aceita
3)Teoria da representação: dolo é a previsão do resultado como certo, provável ou possível (reapresentação subjetiva) 
-a diferença entre a teoria 2 e 3 é que a teoria 2 exige que o agente preveja o resultado como possível, mas não se importa se ele ocorra ou não, é indiferente pra ele, é o dolo eventual (exemplo: agente fura sinal vermelho e assume o risco de atropelar pedestre); já para a teoria 3, basta que o agente preveja o resultado para se configurar o dolo, ele não precisa que o agente se importe ou não
-a 1 e a 2 são as teorias adotadas pelo Código Penal
-Espécies de dolo
1)Dolo Direto: o agente quer o resultado, ou seja, o resultado se produz como consequência de sua ação. Se divide, conforme o fim proposto e o meio escolhido pelo agente, em:
-Dolo imediato, de primeiro grau, de proposito ou de intenção: o agente busca diretamente a realização do tipo legal, a pratica do delito. Predomínio do elemento volitivo. Ex: A atira B e o mata, A só queria matar B e escolheu um meio que desse para matar apenas o B. 
-Dolo mediato, de segundo grau, indireto, de consequência necessárias: agente considera que a produção do resultado esta necessariamente unida a consecução do fim almejado. Agente reconhece como necessária, e aceita como inevitáveis, as consequências decorrentes de sua conduta que supõem a lesão a um bem jurídico. Predomínio do elemento cognitivo. Ex: A quer matar B, e coloca uma bomba no avião em que B estava, o avião explode, matando B e outro passageiros, nessa caso, o dolo com relação à B é de primeiro grau, e em relação aos outros passageiros o dolo direto é de segundo grau, porque é consequência dos efeitos colaterais necessários causados pelo meio escolhido. 
2)Dolo Eventual: agente considera seriamente como possível o realização do tipo legal e se conforma com ela, ou seja, autor não quer o resultado, mas aceita como possível e não se importa com a realização do resultado (foda-se se acontecer o resultado). Vontade tmb se faz presente, ainda que de forma mais atenuada. Ex: agente passa no sinal vermelho e atropela alguém
3)Dolo Geral ou Erro Sucessivo: ocorre quando o agente, supondo já ter alcançado um resultado por ele visado, pratica nova ação que efetivamente o provoca. Ou seja, depois do primeiro ato, o agente imagina já ter atingido o resultado desejado, que, no entanto, somente ocorre com a prática dos demais atos. Ex: A atira em B e imagina que este morreu; A joga B no mar, e apenas quando este é jogado no mar é que efetivamente morre, afogado. O resultado pretendido aconteceu, porém com nexo de causalidade diverso (afogamento)
b)elemento subjetivo especiais: são todos os requisitos de caráter subjetivo, distintos do dolo, que o tipo exige, além deste, para a sua realização. Integra determinados tipos objetivos, condicionando ou fundamentando a ilicitude do fato, e é considerado um elemento subjetivo do tipo objetivo, de forma autônoma e independente do dolo. A realização do elemento subjetivo especial do tipo não é exigida pelo Direito Penal, sendo suficiente que exista no psiquismo do autor. São eles:
1) Delitos de Intenção: autor busca um resultado compreendido no tipo, mas que não precisa necessariamente alcançar. Faz parte do tipo de injusto uma finalidade transcendente: um especial fim de agir. Determinado ato poderá ser justo ou injusto, dependendo da intenção com que o sujeito o pratica. Ex: para si ou para outrem (art 155, CP – furto) 
2) Delitos de Tendência: exige o tipo legal uma determinada tendência subjetiva na realização da conduta típica, ou seja, a ausência de determinado estado de animo, descaracteriza a conduta. Ex: art 140 ‘’Injuriar alguém, ofendendo lhe a dignidade ou o decoro’’, só vai ser crime se tiver o proposito de ofender. 
3) Especias motivos de agir: motivo torpe e motivo fútil
TABELA DOLO X CULPA
TIPO DE INJUSTO DE AÇÃO CULPOSO
1.Conceito 
-não há, no delito culposo, a bipartição tipo objetivo e subjetivo
-consiste na inobservância de um dever objetivo de cuidado manifestado numa conduta produtora de 1 resultado não querido, mas objetivamente previsível
-culpa tem estrutura complexa que consiste na inobservância do cuidado objetivamente devido e também a previsão ou capacidade do agente prever o resultado
-o que importa é a transgressão do cuidado objetivamente exigido, ou seja, a infração do cuidado objetivo devido, presença de conduta descuidada
-trata-se de uma conduta que transgride o cuidado objetivo devido, por força de proibição normativa de agir de determinado modo 
-culpa é ‘’ forma de conduta humana que se caracteriza pela realização do tipo de uma lei penal através de lesão a um dever de cuidado, objetivamente necessário para proteger o bem jurídico e onde a culpabilidadedo agente se assenta no fato de não haver ele evitado a realização do tipo, apesar de capaz e em condição de fazê-lo’’
-não existe crime culposo sem resultado, ou seja, se a pessoa for negligente e essa negligencia não ocasionar dano a outrem, ela nãos será punida
2. Elementos
a) conduta: sempre deve haver voluntariedade por parte do agente, não pode ser feita por meio de coação, sonambulismo, efeito de substancias que confundem o raciocínio e influenciam na vontade das pessoas
b) tipicidade: deve haver previsão legal
c) resultado: é sempre involuntário, não querido e não assumido pelo agente
d) nexo causal: entre conduta e resultado 
e) quebra do dever de cuidado objetivo: consiste na inobservância da imposição a todos prevista de atuar com cautela no dia a dia, de modo a não lesar bens jurídicos alheios (teoria do risco tolerado ou permitido)
f) previsibilidade objetiva do resultado: o resultado deve ser objetivamente previsível no momento da ação
g)relação de imputação objetiva
3.Modalidades
a) Imprudência: atitude positiva, um agir sem cautela. Sempre vai ter caráter comissivo. É um conduta arriscada, perigosa, impulsiva. Ex: limpar arma carregada, dirigir em alta velocidade 
b) Negligencia: inatividade, é um não fazer, a inercia do agente que, podendo agir para não causar ou evitar o resultado não faz por preguiça, desleixo, desatenção ou displicência. Ex: deixar tóxico ao alcance de criança, não deixar veiculo frenado qnd estacionado
c) Imperícia: é a incapacidade, falta de conhecimento técnico para o exercício de profissão ou arte. Ex: não saber praticar uma intervenção cirúrgica (médico), falta de habilidade no conduzir o veiculo (motorista profissional)
-não se pode confundir imperícia com erro profissional. O eventual erro cientifico realizado por profissional quando este procede de conformidade com a lex artis e a metodologia cientifica não constitui infração
4. Espécies 
a) Culpa Consciente: o agente prevê o resultado como possivel, mas acredita que pode mudar o curso causal para o alcance de um fim licito, e não observa o dever de cuidado. Há previsão do resultado sem a aceitação do risco de sua produção. Ex: motorista está acima do limite de velocidade, porém, por ser caminhoneiro a anos, acredita que conseguirá evitar acidentes
b) Culpa Inconsciente: o agente não prevê o resultado que é possível prever e atua sem observar o dever de cuidado. Ex: enfermeira que dá injeção letal em paciente equivocando-se na medida da dose 
5. Compensação de culpa
-não existe a compensação de culpa para o Direito Penal Brasileiro, ou seja, se dois motoristas trafegam em alta velocidade e eles batem e um morre, o outro não terá sua culpa compensada porque o falecido também estava correndo, sendo condenado pelo crime culposo. Uma culpa nunca pensa a outra. 
CRIME PRETERDOLOSO
-Conceito: é uma das quatro espécies de crime qualificado pelo resultado, tendo dolo como antecedente e culpa como consequente. 
-Crime qualificado pelo resultado: é aquele em que legislador após descrever conduta típica, acrescenta-lhe um resultado que aumenta a sanção penal. Possui 2 etapas: a)pratica de um crime completo (fato antecedente) b) produção de um resultado agravador (fato consequente). O crime qualificado pelo resultado é um único delito, que resulta da fusão de duas ou mais infrações autônomas. 
 CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO 
	 ANTECEDENTE 
	 CONSEQUENTE
	 Exemplos 
	DOLO (lesão corporal)
	DOLO (natureza grave ou gravíssima das lesões)
	Marido espanca mulher até provocar deformidade permanente. Art 129, § 2, IV 
	DOLO (roubo, estupro)
	CULPA (morte)
	Agente dá um soco na vitima e ela acaba morrendo. Art 129, §3
	CULPA (lesão corporal culposa de transito)
	DOLO (omissão de socorro)
	Motorista atropela pedestre e foge, omitindo socorro (art 303, CTB)
	CULPA (lesão corporal culposa de transito) 
	CULPA (homicídio culposo das pessoas que se encontravam no local)
	Agente pratica incêndio culposo e desse incêndio acaba morrendo pessoas. Art 258
-o latrocínio (roubo seguido de morte) não é necessariamente preterdoloso, será preterdoloso se a morte for acidental 
-as lesões corporais de natureza grave ou gravíssima tratam-se de crime qualificado pelo resultado, mas não necessariamente preterdoloso, pois o resultado pode ser pretendido pelo agnt como pode derivar de culpa. Pode haver tentativa na lesão corporal grave ou gravíssima, quando o resultado for querido, ou seja, sujeito agir com dolo, porém não for efetuado (suj joga acido no olho de outrem com intenção de cegar, porém por motivos alheios, não cega), já se tratando de crime preterdoloso não admite tentativa, já que não se pode tentar aquele q não se quer
-não existe tentativa de crime preterdoloso, pois o resultado agravador não era desejado, e não se pode tentar produzir um evento q não era querido pelo agnt
ERRO DE TIPO
-erro incidente sobre situação de fato ou relação jurídica descritas. Exemplos: 
a)erro incidente sobre situação de fato descrita como elementar do tipo incriminador: erro incide sobre situação de fato, definida como elemento de tipo incriminador, ou seja, o erro não incide sobre nenhuma regra legal, mas sim sobre uma situação concreta, sobre um dado da realidade. SEMPRE EXCLUI DOLO. Ex: agnt pega caneta alheia, supondo ser a sua, essa realizada encontra-se descrita no tipo que prevê o crime de furto como sua elementar (coisa alheia móvel). 
b)erro incidente sobre relação jurídica descrita como elementar do tipo incriminador: ex: agnt casa com mulher já casada, supondo ser ela solteira. Operou-se equivoco sobre o estado civil da mulher, sobre uma situação jurídica, que encontra-se descrita como elementar do tipo de bigamia. SEMPRE EXLUI DOLO. 
c)erro incidente sobre situação de fato descrita como elementar de tipo permissivo: tipo permissivo é aquele que permite a realização de um fato típico, sem configurar infração penal, as chamadas causas de exclusão de ilicitude ou tipo justificadores ou excludentes. Ex: vitima enfia mão no bolso para tirar lenço, e o agente, supondo que ela irá sacar arma, imagina-se em legitima defesa. O erro sobre o dado da realidade fez com que o sujeito imaginasse a presença de um elemento imprescindível para a excludente. 
d) erro incidente sobre circunstancia do tipo incriminador: erro não incide sobre dado essencial para a existência do crime, mas sobre mera circunstancia privilegiadora, que apena diminui a sanção penal. Ex: ladrão deseja furtar bem de grande valor, mas por engano acaba furtando bem de valor ínfimo. NÃO AFASTA DOLO, elimina apenas circunstancia, se o sujeito não tiver consciência daquela circunstancia a pena não será diminuída. 
e) erro sobre dado irrelevante: ex: agente desejando matar seu filho, acaba matando um sósia, e erro incidiu sobre dado irrelevante do tipo do homicídio. Sujeito responderá pelo crime, levando-se em conta as características da vitima que pretendia atingir. NÃO AFASTA DOLO. 
1.Diferenças com outro erros
	 ERRO DE TIPO
	 ERRO DE DIREITO (ERRO DE PROIBIÇÃO)
	-incide sobre a realidade, sobre situações do mundo concreto. 
-é equivoco do agente sobre uma realidade descrita no tipo penal incriminador, como elementar circunstancia ou dado secundário, ou sobre situação de fato de tipo permissivo –ex:agente vai caçar e atira em uma pessoa achando que era um animal e ela morre. O agente sabe o que matar outrem é errado, porém ele não sabia que era uma pessoa, o erro é sobre situação fática. 
	-No erro de proibição o erro incide sobre a ilicitude do fato
-o sujeito supõe como lícito o fato por ele praticado, fazendo um juízo equivocado sobre o que lhe é permitido fazer no convívio social
-ex: pode-se citar o caso de dois irmãos que se casam supondo a inexistência de impedimento legal. Eles sabem, perfeitamente, o que estão fazendo, só que julgam tais condutas permitidas.
	 ERRO DE TIPOERRO DE FATO 
	-recai sobre requisitos ou elementos fático-descritivos do tipo e sobre requisitos jurídico-normativos do tipo 
-pode recair sobre situação jurídica 
	-recai puramente sobre situação fática 
	 ERRO DE TIPO 
	DELITO PUTATIVO POR ERRO DE TIPO
	-agente não sabe que está cometendo crime, mas acaba por comete-lo
	-agente acha que está cometendo um crime, mas na verdade não está 
-é aquele erroneamente suposto, só existe na mente do agente
-ex: agente, quer praticar trafico de cocaína, porém, por engano, acaba vendendo talco 
-3 espécies: por erro de tipo, por erro de proibição e por obra do agente provocador. 
2. Formas de erro de tipo
1.ERRO DE TIPO ESSENCIAL: incide sobre elementares ou circunstancias. Impede o agente de saber que está praticando o crime, incide sobre a situação fática de tal importância para o tipo que, se o erro não existisse, o gente não teria cometido o crime. Ex: alguém pega caneta de outrem achando que é sua. 
-Características: 
a)erro essencial vencível: evitável, indesculpável ou inescusável, poderia ter sido evitado se agente empregasse mediana prudência. 
b)erro essencial invencível: inevitável, desculpável e escusável, não podia ter sido evitado, nem mesmo com o emprego de uma diligencia mediana
-Efeitos: 
-TODO erro essencial sobre elementar: EXCLUI DOLO
-erro essencial sobre circunstancia: NÃO EXCLUI DOLO, exclui a circunstancia
-erro essencial vencivel: EXCLUI DOLO, MAS NÃO CULPA (só são punidos os crimes culposos previstos no cpc)
-erro essencial invencível: EXCLUI DOLO E CULPA (ATIPICIDADE DO FATO E EXCLUSAO DO CRIME)
-Descriminante Putativa
-é a causa excludente da ilicitude erroneamente imaginada pelo agente. Ela não existe na realidade, só na imaginação do agente. Ex: legitima defesa putativa (sujeito, acreditando que outrem irá tirar arma do bolso, qnd na verdade tira um lenço, profere socos nesse) estado de necessidade putativo (qnd um piloto empurra o co-piloto pra fora do avião, pois acredita q só tem um paraquedas, qnd na vdd tem 2), exercício regular do direito putativo (sujeito corta galhos de arvore do vizinho, imaginando que elas invadiram sua propriedade) e estrito cumprimento do dever legal putativo (policial algema um cidadão honesto, sósia de um fugitivo). 
a)descriminante putativa por erro de proibição: não há erro sobre a situação fatica, agente supõe que esta diante da causa que exclui o crime porque avalia equivocadamente a norma. Ex: idoso leva tapa de jovem, e tem perfeita condição do que esta acontecendo, sabe q seu agressor esta desarmado e o ataque cessou, porém se acha no direito de matar aquele que o humilhou. 
b) descriminante putativa por erro de tipo: agente imagina situação de fato diferente da realidade na qual esta configurada a hipótese que ele pode agir acobertado por uma causa de exclusão de ilicitude. É um erro de tipo essencial sobre elementares de um tipo permissivo. 
2. ERRO DE TIPO ACIDENTAL: incide sobre dados irrelevantes da figura típica. Não impede a apreciação de caráter criminoso do fato. Agente sabe que esta cometendo um crime, por isso responde por ele como se não houvesse erro. 
-Espécies
a) erro sobre objeto: é erro sobre a coisa, objeto material do delito. Ex: ladrão quer roubar feijão, mas rouba tomate. Se a coisa estiver descrita como elementar do tipo, o erro será essencial, porém no exemplo dado, tanto feijão como tomate constituem elementares do crime de furto (coisa alheia móvel). Se o agente confundir cocaína com talco, será erro essencial, pq aquele configura trafico e esse não. Se houvesse grande diferença nos valores dos produtos, tmb seria erro essencial. 
b) erro sobre pessoa: erro de representação mental do agente, confundir vitima com outrem. Tal erro é irrelevante, o agente será punido pelo crime que cometeu contra o terceiro inocente como se tivesse atingido a pessoa pretendida. 
c)erro na execução (aberratio ictus): ocorre verdadeiro erro na execução do crime, o agente realiza o crime de forma desastrada, errando a vitima e atingindo outrem. 
*no erro sobre pessoa, o agente faz confusão mental, pensa que a vitima efetiva é a vítima virtual e a execução é perfeita. Na aberractio ictus, o sujeito não faz confusão, dirigindo sua conduta contra a pessoa que quer atingir e a execução não é perfeita.

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