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AD2 Teoria das Finanças Públicas

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DO MODELO RACIONAL-LEGAL AO PARADIGMA PÓS-BUROCRÁTICO: REFLEXÕES SOBRE A BUROCRACIA ESTATAL.
O Artigo Do Modelo racional-Legal ao Paradigma Pós-Burocrático: Reflexões Sobre A Burocracia Estatal do autor Paulo Henrique Ramos Medeiros, se refere ao tipo de administração burocrática, de Weber. Ele comenta desde o motivo pelo qual ela foi criada, até a suas funções atípicas e a sua substituição para a Nova Administração Pública, que passa a empregar o Gerenciamento no setor público. Além de comentar os tipos de dominação, e como eles desempenham poder sobre uma pessoa ou um grupo. O autor quer nos mostrar todas as etapas que a Administração Pública passou até chegar a dos dias atuais.
O artigo reporta que, a Administração Burocrática surgiu para combater o clientelismo, nepotismo e até a corrupção que acontecia no patrimonialismo, isto é, foi criada para substituir a Administração Patrimonialista, gerando mudanças no padrão de gestão. Ainda assim, o excesso de burocrático existente nesse novo tipo de administração, acabou levando essa nova gestão a problemas pela limitação do mecanismo da administração estatal, além disso, o tempo também contribuiu para tal deficiência, uma vez que o Estado mudou de papel passando de apenas executor, para regulador, desse jeito, houve a necessidade de criar um modelo administrativo mais amplo, que aceitasse esse novo papel, surgindo três tipos de dominação, segundo Weber, a dominação racional-legal em que a dominação é realizada através da ordem e de leis legais, a dominação tradicional, que é baseada nas crenças e nas santidades seja senhor, rei ou padre, e a dominação carismática que exerce sua influência através do carisma de uma pessoa, ou seja, o povo dita um herói ou uma pessoa para reverenciar. Diante disso, a dominação racional-legal veio para regular a lei vendo por meio da necessidade de separar o administrador do político, isto é, a administração do Estado deveria vir por meio de gestores e não pelos políticos.Com o excesso de burocracia, o novo modelo de administração passou a burlar algumas leis, adquirindo funções atípicas e demonstrando a ineficiência da Administração Burocrática. Segundo Crozier, apesar das disfunções, o modelo burocrático tem sua funcionalidade e sua lógica própria e que as mudanças que deveriam ser feitas, deveriam levar em consideração a população e a cultura do lugar em que está sendo instalada, para que dessa forma, não ocorresse tantos problemas, (CROZIER,1981). Logo, com os problemas enfrentados pela administração burocrática, isto é, fatores como a crise do Estado e a responsabilidade do Estado com o bem-estar social, constatou a necessidade de se implantar uma reforma administrativa, surgindo assim, a Nova Administração, conhecida como a Nova Gestão Pública com o propósito de dar mais agilidade ao Estado, transformar o servidor público aproximando-se de alguns modelos administrativos do setor privado adquirindo eficiência e levando o Estado a formular e regular a política. A Nova Gestão não veio para acabar com a Administração Burocrática, e sim para servir de complemento. No Brasil, essa reforma veio através do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (BRASIL, 1995), segundo Marcelino (1998), era um conjunto de metas e objetivos que inovou e transferiu de administração burocrática weberiano para o modelo de administração gerencial. A pós-burocracia depende de muitos fatores empreendidos na burocracia para aperfeiçoar seus instrumentos de controle usando ferramentas estratégicas para ter mais flexibilidade. A pós-modernidade tem seu foco na descentralização através de novas tecnologias e gestão eficiente alcançando a eficiência máxima no setor público facilitando sua administração.
Levando-se em conta o que foi observado, o artigo tem por objetivo mostrar o motivo que se deu a implantação da Administração Burocrática em vários países, ocorrendo assim a mudança para a Nova Gestão que não rompeu bruscamente com a administração burocrática, mas, foi reformulada e adaptada aos novos conceitos para a gestão. O autor chegou à conclusão que, existe um encontro de ideias que levam a refletir qual seria a melhor aplicação dos pensamentos weberianos em busca da gestão administrativa dos atuais governos. Sendo assim, os modelos de administração e a Nova Gestão presentes atualmente não precisam ser geridos necessariamente no formato rígido e preciso para alcançar a eficiência, porque sempre arrumam um “jeitinho” de lidar com situações atípicas fugindo da lei e burlando todo sistema burocrático.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MEDEIROS. Paulo Henrique Ramos. Do Modelo racional-Legal ao Paradigma Pós-Burocrático: Reflexões Sobre A Burocracia Estatal. o&s - v.13 - n.37 - Abril/Junho – 2006. Páginas 143-160. Disponível em: <http://graduacao.cederj.edu.br/ava/pluginfile.php/169950/mod_resource/content/2/Reflex%C3%B5es%20sobre%20a%20burocracia.pdf> Acesso em: 07 Ago.2016.

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