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Resumo constitucional 2

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PROFª Ms. NURIA CABRAL – APONTAMENTOS DE D. CONSTITUCIONAL 2
DIREITO CONSTITUCIONAL 2
PROFª MS. NURIA CABRAL
ROTEIRO E RESUMO DAS AULAS 
Material de apoio pedagógico, formulado como Roteiro / estrutura das aulas e resumo das informações que serão trabalhadas. Este resumo usou a metodologia de síntese e compilação dos autores / obras abaixo listadas:
REFERÊNCIAS UTILIZADAS NO MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO:
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988.
AGRA, Walber de Moura. Aspectos Controvertidos do Controle de Constitucionalidade. – Salvador: JusPODIVM, 2008.
______ . Direito Constitucional. – Rio de Janeiro: Forense, 2007.
______. Manual de Direito Constitucional. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002.
APPIO, Eduardo Fernando. Interpretação Conforme a Constituição: instrumentos da tutela jurisdicional dos direitos fundamentais. – Curitiba: Juruá, 2002.
ARAÚJO, Luiz Alberto David, NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Curso de Direito Constitucional. – 9 ed. - São Paulo: Saraiva, 2005.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. – 22 ed. - São Paulo: Saraiva, 2001.
BERNARDES, Juliano Taveira. Controle Abstrato de Constitucionais: elementos materiais e princípios constitucionais. – São Paulo: Saraiva, 2004.
BONIFÁCIO, Artur Cortez. Direito de Petição: garantia constitucional. – São Paulo: Método, 2004.
BULOS, Uadi Lamêgo. Curso de Direito Constitucional. – São Paulo: Saraiva, 2007.
CAPEZ, Fernando e outros. Curso de Direito Constitucional. – São Paulo: Saraiva, 2004.
CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional. – 12 ed. – Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
CENEVIVA, Walter. Direito Constitucional Brasileiro. – 3 ed. – São Paulo: Saraiva, 2003.
COELHO, Inocêncio Mártires. Interpretação Constitucional. – 2ª ed. – Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2003.
CORREIA, Marcus Orione Gonçalves. Direito Processual Constitucional. – São Paulo: Saraiva, 2002.
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Controle de Constitucionalidade: teoria e prática. – Salvador: JusPODIVM, 2006. 
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25 ed. - Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2005.
DANTAS, Ivo. Constituição & Processo.- 2 ª ed. rev. atual. ampl. – Curitiba: Juruá, 2007.
DELFIM, Ricardo Alessi. Ação Declaratória de Constitucionalidade e os Princípios Constitucionais do Processo. – São Paulo: Juarez de Oliveira, 2001.
FERRARI, Regina Maria Macedo Nery. Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade. – 5ª ed. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. – 29 ed. - São Paulo: Saraiva, 2002.
GOUVÊA MEDINA, Paulo Roberto de. Direito Processual Constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
HORTA, Raul Machado. Direito Constitucional. – 4 ed. – Belo Horizonte: Del Rey, 2003.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. – 10 ed. – São Paulo: Método, 2006.
MAGALHÃES, José Luiz Quadros de. Direito Constitucional – Tomo I. – 2 ed. – Belo Horizonte: Mandamentos, 2002.
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. – São Paulo: Saraiva, 2007.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. – 19 ed. – São Paulo: Atlas, 2006.
MOTTA, Sylvio, DOUGLAS, Willian. Controle de Constitucionalidade: uma abordagem teórica e jurisprudencial. – 3ª ed. – Rio de Janeiro: Impetus. 2004.
______ . Direito Constitucional. – 13 ed. - Rio de Janeiro: Impetus, 2003.
PALU, Oswaldo Luiz. Controle de Constitucionalidade: conceitos, sistemas, efeitos. – 2ª ed. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2001.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. – Rio de Janeiro: Impetus, 2007.
______ . Controle de Constitucionalidade. – Rio de Janeiro: Impetus, 2006.
______ . Remédios Constitucionais. – Rio de Janeiro, 2005.
PIOVESAN, Flávia. Proteção Judicial contra Omissões Legislativas: ação direta de inconstitucionalidade por omissão e mandado de injunção. – 2ª ed. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.
RANGEL, Vicente Marotta. Direito e Relações Internacionais. – 7ª ed. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002.
RIBEIRO, Ricardo Silveira. Omissões Normativas.- Rio de Janeiro: Impetus, 2003.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. – 23 ed. – São Paulo: Malheiros, 2004.
SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Controle de Constitucionalidade. – São Paulo: Juarez de Oliveira, 2001.
SOARES, Mário Lúcio Quintão. Teoria do Estado. – 2 ed. – Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. – 3 ed. – São Paulo: Saraiva, 2006.
	
	ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
	
A organização e estrutura do Estado podem ser analisadas sob 03 aspectos:
Forma de Governo ( República ou Monarquia
Sistema de Governo ( Presidencialismo ou Parlamentarismo
Forma de Estado ( Estado Unitário ou Federação.
 CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODA FEDERAÇÃO:
Descentralização política;
Constituição como base jurídica;
Inexistência do direito de secessão ( art. 60, §4º, I;
Soberania do Estado Federal (“República Federativa do Brasil”);
Auto-organização dos Estados-Membros ( art. 25;
Órgão representativo dos Estados-Membros ( art. 46: Senado Federal;
Guardião da CF: no Brasil é o STF.
 FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: ART. 1º, CF
Soberania;
Cidadania;
Dignidade da pessoa humana;
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
O pluralismo político.
 OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: Art. 3º. 
 PRINCÍPIOS QUE REGEM A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Art. 4º, CF.
 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
FEDERALISMO BRASILEIRO
REPÚBLICA FEDERATIVA
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
 					 ART. 18
UNIÃO		 ESTADOS-MEMBROS		DF		MUNICÍPIOS
 ART. 19
 Poder Público		Fé Nos Documentos		Igualdade entre os
 Laico			 Públicos			Brasileiros		
 COMPONENTES DO ESTADO FEDERAL
A organização político-administrativa compreende, como se vê no art. 18, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
BRASÍLIA: Art. 32, CF/88
É a capital federal; assume uma posição jurídica específica no conceito brasileiro de cidade; é o pólo irradiante, de onde partem, aos governados, as decisões mais graves, e onde acontecem os fatos decisivos para os destinos do País.
A POSIÇÃO DOS TERRITÓRIOS
Não são mais considerados componentes da federação; a CF lhes dá posição correta, de acordo com sua natureza de mera-autarquia, simples descentralização administrativo-territorial da União, quando os declara integrantes desta (art. 18, § 2º).
FORMAÇÃO DOS ESTADOS
Não há como formar novos Estados, senão por divisão de outro ou outros; a Constituição prevê a possibilidade de transformação deles por incorporação entre si, por subdivisão ou desmembramento quer para se anexarem a outros, quer para formarem novos Estados, quer, ainda, para formarem Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas (art. 18, § 3º, combinado com o art. 48, VI).
OS MUNICÍPIOS NA FEDERAÇÃO
A intervenção neles é da competência dos Estados, o que mostra serem vinculados a estes, tanto que sua criação, incorporação, fusão e desmembramento, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal (EC-15/96), e dependerão de plebiscito.
 VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS DE NATUREZA FEDERATIVA
O art. 19 contém vedações gerais dirigidas à União, Estados, Distrito Federal e Municípios; visam o equilíbrio federativo; a vedação de criar distinções entre brasileiros coliga-se como princípio da igualdade; a paridade federativa encontra apoio na vedação de criar preferência entre os Estados federados, ou entre os Municípios de um Estado e os de outro ou do mesmo Estado, ou entre um Estado e DF.
 DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS – (Paulo Verdú, apud, Raul Machado Horta):
A CF é a responsável pela repartição de competências, que demarca os domínios da Federação e dos Estados-membros;
É através dessa repartição que se conhece o modelo daquele Estado;
A repartição de competência é exigência da estrutura federal para assegurar o convívio dos ordenamentos que compõem o Estado Federal;
A repartição de competência é vista como a “chave da estrutura do poder federal”, o “elemento essencial da construção federal”, a “grande questão do federalismo”, o “problema típico do Estado Federal”.
O PROBLEMA DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS: A autonomia das entidades federativas pressupõe repartição de competências para o exercício e desenvolvimento de sua atividade normativa; a CF/88 estruturou um sistema que combina competências exclusivas, privativas e principiológicas com competências comuns e concorrentes.
O PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE
Segundo ele, à União caberão aquelas matérias e questões de predominante interesse geral, nacional, ao passo que aos Estados tocarão as matérias e assuntos de predominante interesse regional, e aos Municípios concernem os assuntos de interesse local.
SISTEMA DA CONSTITUIÇÃO DE 1988: Busca realizar o equilíbrio federativo, por meio de uma repartição de competências que se fundamenta na técnica da enumeração dos poderes da União (21 e 22), com poderes remanescentes para os Estados (25, § 1º) e poderes definidos indicativamente aos Municípios (30), mas combina possibilidades de delegação (22, par. único), áreas comuns em que se prevêem atuações paralelas da União, Estados, DF e Municípios (art. 23) e setores concorrentes entre União e Estados em que a competência para estabelecer políticas gerais, diretrizes gerais ou normas gerais cabe à União, enquanto se difere aos Estados e até aos Municípios a competência suplementar (conforme o art. 24, § § 2º e 3º, e art. 30, II).
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS
Privativas( competência delegável, pertencente à União, que pode delegá-la por inteiro ou em pontos específicos ao outro ente;
Exclusiva( competência indelegável. Obs: a CF traz estas duas competências como sinônimas, mas faz-se necessário diferenciá-las.
Concorrente( há uma divisão quanto ao objeto de regulamentação: a primeira parte cabe à União e a segunda ao Estado ou DF (art. 24 e incisos da CF);
Comum( competência de colaboração, onde qualquer ente pode dispor sobre o assunto, prevalecendo hierarquia federativa: as normas do Estado não poderão contrariar as da União; as normas do Município não poderão chocar-se com as do Estado.
Residual( competência dos Estados. Aquilo que não for expresso na CF, como sendo competência da União ou dos Municípios, pertence aos Estados.
Complementar, Supletiva ou Suplementar( giram em torno da competência concorrente. Ex.: art. 24 – competência concorrente da União, §§ 3º e 4º são de competência supletiva do Estado.
COMPETÊNCIA DA UNIÃO FEDERAL:
( Competência administrativa ou material:
Exclusiva: marcada pela particularidade da indelegabilidade – art. 21, CF;
Comum: também chamada de cumulativa ou paralela aos entes federativos – art. 23. CF.
( Competência Legislativa:
Privativa: art. 22. No parágrafo único, a União, por lei complementar, autoriza os Estados a legislar sobre assuntos específicos do art. 22. Essa possibilidade se estende ao DF, por força do art. 32, §1º, CF.
Concorrente: art. 24 – normas gerais.
Competência tributária expressa: art. 153
Competência tributária residual: art. 154, I;
Competência tributária extraordinária: art. 154, II.
COMPETÊNCIA DOS ESTADOS-MEMBROS:
( Competência Administrativa ou Material:
Exclusiva: arts. 18, §4º; 25, §§ 2º e 3º; 27, §§ 2º e 4º; 128, §§ 4º e 5º; 145; 149; 155; 169 e 195, CF, e arts. 24; 39; 41, ADCT.
Comum (cumulativa ou paralela): art. 23;
Residual (remanescente ou reservada): são aquelas competências administrativas que não lhe sejam vedadas, ou a competência que sobrar (eventual resíduo), após a enumeração dos outros entes federativos (art. 25, §1º), ou seja, as competências que não sejam da União (art. 21), do DF (art. 32), dos Municípios (art. 30) e comum (art. 23).
( Competência Legislativa:
Expressa: art. 25, caput;
Residual (remanescente ou reservada): art. 25, §1º;
Delegada pela União: art. 22, parágrafo único;
Concorrente: art. 24;
Suplementar (complementar ou supletiva): art. 24, §§ 1º ao 4º;
Tributária Expressa: art. 155.
COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS: 
( Competência Administrativa ou Material:
Comum (cumulativa ou paralela): art. 23, CF;
Privativa (enumerada): art. 30, III ao IX.
( Competência Legislativa:
Expressa: art. 29, caput;
Interesse local: art. 30, I;
Suplementar: art. 30, II;
Plano diretor: art. 182, §1º.
COMPETÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL:
( Competência Administrativa ou Material:
Comum (cumulativa ou paralela): art. 23
( Competência Legislativa:
Expressa: art. 32, caput;
Residual: art. 25, §1º;
Delegada: art. 22, parágrafo único;
Concorrente: art. 24;
Suplementar: art. 24, §§ 1º ao 4º;
Interesse local: arts. 30, I, c/c 32, §1º;
Tributária expressa: art. 155. 
DO GOVERNO DA UNIÃO - DA UNIÃO COMO ENTIDADE FEDERATIVA
CONCEITO DE UNIÃO: É a entidade federal formada pela reunião das partes componentes, constituindo pessoa jurídica de Direito Público interno, autônoma em relação às unidades federadas e a cabe exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro.
A União, na ordem jurídica, só preside os fatos sobre que incide sua competência; o Estado federal, juridicamente, rege toda a vida no interior do País, porque abrange a competência da União e a das demais unidades autônomas referidas no art. 18.
UNIÃO E PESSOA JURÍDICA DE DIREITO INTERNACIONAL: O Estado federal é que é a pessoa jurídica de Direito Internacional; quando se diz que a União é pessoa jurídica de Direito Internacional, refere-se a duas coisas: as relações internacionais do Estado realizam-se por intermédio de órgãos da União, integram a competência deste (art. 21, I a IV), e os Estados federados não tem representação nem competência em matéria internacional.
UNIÃO COMO PESSOA JURÍDICA DE DIREITO INTERNO: Nessa qualidade, é titular de direitos e sujeitos de obrigações; está sujeita à responsabilidade pelos atos que pratica, podendo ser submetida aos Tribunais; como tal, tem domicílio na Capital Federal (18, § 1º); para fins processuais, conforme o caso (109, §§ 1º a 4º).
BENS DA UNIÃO: Ela é titular de direito real, e pode ser titular de direitos pessoais; o art. 66, III, do CC. declara que os bens públicos são os que constituem o patrimônio da União, dos Estados ou Municípios, como objeto de direito pessoal, ou real de cada uma dessas entidades; o art. 20 da CF estatui quais são esses bens.
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL E COMPETÊNCIA POLÍTICA: Internacional é a que está indicada no art. 21, atendendo os princípios consignados no art. 4º; de natureza política de competência exclusiva são as seguintes: poder de decretar estado de sítio, de defesa e a intervenção; poder de conceder anistia; poder de legislar sobre direito eleitoral.
COMPETÊNCIA ECONÔMICA: a) elaborar e executar planos nacionais e regionais de desenvolvimento econômico; b) estabelecer áreas e as condições para o exercício de garimpagem; c) intervir no domínio econômico, explorar atividade econômica e reprimir abusos do poder econômico; d) explorar a pesquisa e a lavra de recursos minerais; e) monopólio de pesquisa, lavra e refinação do petróleo; f) monopólio da pesquisa e lavra de gás natural; g) monopólio do transporte marítimo do petróleo bruto; h) da pesquisa, lavra, enriquecimento, reprocessamento, industrializaçãoe comércio de minérios nucleares; i) a desapropriação por interesse social, nos termos dos art. 184 a 186; j) planejar e executar, na forma da lei, a política agrícola; k) legislar sobre produção e consumo.
COMPETÊNCIA SOCIAL: a) elaborar e executar planos nacionais de regionais de desenvolvimento social; b) a defesa permanente contra calamidades públicas; c) organizar a seguridade social; d) estabelecer políticas sociais e econômicas, visando a saúde; e) regular o SUS; f) regulamentar as ações e serviços de saúde; g) estabelecer a previdência social; h) manter serviços de assistência social; i) legislar sobre direito social em suas várias manifestações.
COMPETÊNCIA FINANCEIRA E MONETÁRIA: A administração financeira continuará sob o comando geral da União, já que a ela cabe legislar sobre normas gerais de Direito tributário e financeiro e sobre orçamento, restando as outras entidades a legislação suplementar.
COMPETÊNCIA MATERIAL COMUM: Muitos assuntos do setor social, referidos antes, não lhe cabem com exclusividade; foi aberta a possibilidade das outras entidades compartilharem com ela da prestação de serviços nessas matérias, mas, principalmente, destacou um dispositivo (art. 23) onde arrola temas de competência comum.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA:Toda matéria de competência da União é suscetível de regulamentação mediante lei (ressalvado o disposto nos arts. 49, 51 e 52), conforme o art. 48; mas os arts. 22 e 24 especificam seu campo de competência legislativa, que é considerada em 2 grupos: privativa e concorrente. 
 SISTEMA DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS
O sistema brasileiro é o de execução imediata; cada entidade mantém seu corpo de servidores públicos destinados a executar os serviços das respectivas administrações (37 e 39); incumbe à lei complementar fixar normas para a cooperação entre essas entidades, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional (23, par. único).
 ESTUDO DIRIGIDO:
1) O Brasil é um Estado Federal?
2) Qual a forma do governo brasileiro?
3) Como se organiza política e administrativamente a Federação Brasileira?
4) De que forma é descentralizado o poder, no Estado Brasileiro?
5) Em que sentido goza o Estado-Membro de autonomia, no Estado Federal? 
6) Quais são as proibições impostas pela CF aos entes federativos?
7) Como são repartidas as competências dos entes federativos na CF?
8) Explique cada uma das competências constitucionalmente repartidas:
	
	Unidade III – MECANISMOS DE ESTABILIZAÇÃO CONSTITUCIONAL
DA INTERVENÇÃO NOS ESTADOS E NOS MUNICÍPIOS
AUTONOMIA E EQUILÍBRIO FEDERATIVO: Autonomia é a capacidade de agir dentro de círculo preestabelecido (25, 29 e 32); é nisso que se verifica o equilíbrio da federação; esse equilíbrio realiza-se por mecanismos instituídos na constituição rígida, entre os quais sobreleva o da intervenção federal nos Estados e dos Estados nos municípios (34 a 36).
NATUREZA DA INTERVENÇÃO: Intervenção é ato político que consiste na incursão da entidade interventora nos negócios da entidade que a suporta; é antítese da autonomia; é medida excepcional, e só há de ocorrer nos casos nela taxativamente e indicados como exceção no princípio da não intervenção (art. 34). A intervenção é cláusula de defesa da federação, objetivando garantir o equilíbrio federativo contra situações que, pela sua gravidade, possam comprometer a integridade ou a unidade do Estado Federal.
São materiais ou de fundo as hipóteses de intervenção previstas na Constituição para:
Manter a integridade nacional – Sendo federativa a forma do Estado brasileiro (art. 1º), vedado é o direito de secessão a qualquer das entidades componentes da união indissolúvel. Havendo, portanto, ameaça à coesão nacional, mediante propósitos separatistas, é viável a intervenção federal;
Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra – Na caracterização de invasão estrangeira não é necessário que o governo estadual seja conivente com ela, bastando que importe em sacrifício da autonomia do Estado Federado a ação do governo federal, a fim de afastar a apontada invasão. No caso de invasão de um Estado em outro, há ruptura da coesão nacional e do equilíbrio federativo, entendendo-se estar a União autorizada a intervir tanto no Estado invasor, quanto no invadido.
Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública – A perturbação da ordem há de ser grave, ou seja, aquela que o Estado Federado não pode ou não quer debelar. Dispondo, pois, o Estado-Membro de condições para debelar a crise, não se há de falar em intervenção federal, que, no caso, violaria a sua autonomia;
Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da federação – Ocorrendo coação de um dos poderes nas unidades da federação, ou estando impedido de exercer as suas funções, viabiliza-se a intervenção federal, dependendo, contudo, da solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coato ou impedido, ou de requisição do STF, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário (art. 36, I);
Reorganizar as finanças das unidades da federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Munípios receitas tributárias fixadas na Constituição nos prazos fundados em lei.
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS E NO DISTRITO FEDERAL
PRESSUPOSTOS DE FUNDO DA INTERVENÇÃO: CASOS E FINALIDADES: Constituem situações críticas que põem em risco a segurança do Estado, o equilíbrio federativo, as finanças estaduais e a estabilidade da ordem constitucional; tem por finalidade: a) a defesa do Estado, para manter a integridade nacional e repelir invasão estrangeira (34, I e II); b) a defesa do princípio federativo, para repelir invasão de uma unidade em outra, pôr termo a grave comprometimento da ordem pública e garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da federação; c) a defesa das finanças estaduais, sendo permitida à intervenção quando for suspensa o pagamento da dívida fundada por mais de 2 anos, deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias; 4) a defesa da ordem constitucional, quando é autorizada a intervenção nos casos dos incisos VI e VII do art. 34.
CONTROLE POLÍTICO E JURISDICIONAL DA INTERVENÇÃO: Segundo a art. 49, IV, o CN não se limitará a tomar ciência do ato de intervenção, pois ele será submetido a sua apreciação, aprovando ou rejeitando; se suspender, esta passará a ser ato inconstitucional (85, II); o controle jurisdicional acontece nos casos em que ele dependa de solicitação do poder coacto ou impedido ou de requisição dos Tribunais.
CESSAÇÃO DA INTERVENÇÃO: Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a eles voltarão, salvo impedimento legal (36, § 4º). A intervenção é ato temporário, com o prazo de sua duração estabelecido no decreto interventivo.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO INTERVENTOR: O interventor é figura constitucional e autoridade federal, cujas atribuições dependem do ato interventivo e das instruções que receber da autoridade interventora, quando, nessa qualidade, executa atos e profere decisões que prejudiquem a terceiros, a responsabilidade civil pelos danos causados é da União (37, § 6º); no exercício normal e regular da Administração estadual, a responsabilidade é imputada ao Estado.
INTERVENÇÃO NOS MUNICÍPIOS
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL: Fica também sujeito a intervenção na forma e nos casos previstos na Constituição (art. 35). A intervenção pelo Estado-Membro é inconfundível com a intervenção federal no Estado-Membro, pois esta última se restringe a alguma zona, a algum Município ou a alguns Municípios.
COMPETÊNCIA PARA INTERVIR: Compete ao Estado, que se faz por decreto do Governador; o decreto conterá a designação do interventor (se for o caso), o prazo e os limites da medida, e será submetido à apreciação da Assembléia Legislativa, no prazo de 24 horas.
	
	DA DEFESA DO ESTADOE DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
	
INTRODUÇÃO: O Estado Democrático de Direito, para sobreviver depende da tranqüilidade jurídica. O respeito às suas normas é essencial e fundamental. Assim, se essa normalidade for quebrada, os valores jurídicos consagrados pela ordem ficam em perigo, e entram em cena as salvaguardas constitucionais, que são medidas excepcionais para restauração da ordem.
	Dentro desse tema, a CF estabeleceu dois grupos: a) instrumentos (medidas excepcionais) para manter ou restabelecer a ordem nos momentos de anormalidades constitucionais, instituindo o sistema constitucional das crises, composto pelo estado de defesa e estado de sítio (legalidade extraordinária); b) defesa do País ou sociedade, através das Forças Armadas e da Segurança Pública.
“O poder de polícia é atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público” – Maria Sylvia Zanella di Pietro.
“A atividade policial divide-se em duas grandes áreas: administrativa e judiciária. A polícia administrativa (polícia preventiva ou ostensiva) atua preventivamente, evitando que o crime aconteça, na área do ilícito administrativo. Já a polícia judiciária (polícia de investigação) atua repressivamente, depois de ocorrido de ilícito penal” (LENZA, 2006, p. 483).
	
A segurança pública, que é dever do Estado, e direito e responsabilidade de toda sociedade, é exercida objetivando a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
Polícia Federal( § 1º
Polícia Rodoviária Federal ( §2º 	UNIÃO
Polícia Ferroviária Federal ( §3º
Polícias Civis	( §4º						 ESTADOS-MEMBROS
 Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares( §§ 5º,6º
GUARDAS MUNICIPAIS ( §8º.
FORÇAS ARMADAS: organizam-se com base na hierarquia e na disciplina, sob autoridade e comando supremos do Presidente da República, que nomeia os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica (que são comandos e não ministérios). As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado de Defesa (que exerce a direção superior das Forças Armadas).
ESTUDO DIRIGIDO – Responda as questões de acordo com a cf/88, justificando sua resposta e fundamentando-a com o dispositivo constitucional pertinente:
Em que consiste a intervenção federal?
Como são e quais são as formas de intervenção da União (Intervenção Federal) nos Estados-membros?
A União tem poderes para intervir nos Municípios?
Como são e quais são as formas de intervenção dos Estados-membros nos Municípios?
O que é estado de defesa ?
Quem poderá decretar o estado de defesa no Brasil ?
O que deve conter o decreto que instituir o estado de defesa?
O que deverá fazer o Presidente da República, após decretar o estado de defesa ou sua prorrogação?
Quais as medidas coercitivas que podem vigorar no estado de defesa?
Qual o tempo máximo de duração do estado de defesa?
O que é estado de sítio?
Quem poderá decretar o estado de sítio no Brasil ?
Em que casos poderá ser decretado o estado de sítio no Brasil?
Qual o quorum necessário para a decretação do estado de sítio, pelo Congresso Nacional?
O que deverá indicar o decreto o estado de sítio?
Qual o prazo de decretação do estado de sítio, em casos de comoção grave de repercussão nacional, ou ocorrência de atos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa (art. 137, I)?
Qual o prazo de decretação do estado de sítio, em casos de declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira?
O que ocorrerá se a solicitação do Presidente da República ao Congresso Nacional, para a decretação do estado de sítio, ocorrer durante o recesso parlamentar?
Paralisará o Congresso Nacional suas atividades, se o estado de sítio for decretado 05 dias antes do recesso parlamentar?
Que medidas poderão ser tomadas contra as pessoas, na vigência do estado de sítio, quando decretado nos casos do art. 137, I?
Estão também, os pronunciamentos dos parlamentares sujeitos às restrições relativas à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão?
De que forma acompanha e fiscaliza o Congresso Nacional a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado e ao estado de sítio?
Qual a extensão da responsabilidade do Presidente da República, dos agentes e executores do estado de sítio, durante o período de suspensão das garantias fundamentais?
Qual deverá ser o procedimento do Presidente da República, ao cessar o estado de defesa ou estado de sítio?
Poderão ser suspensas as imunidades parlamentares, durante o estado de sítio?
Quem é a autoridade suprema das Forças Armadas?
Quais as vedações inerentes aos membros das Forças Armadas?
Quais os órgãos da Segurança Pública?
A quem se submete a polícia federal?
Quais as atribuições da polícia federal?
A quem se submete a polícia rodoviária federal?
Quais as atribuições da polícia rodoviária federal?
A quem se submete a polícia ferroviária federal?
Quais as atribuições da polícia ferroviária federal?
A quem se submetem as polícias militares, civis e corpo de bombeiros?
Quais as atribuições da polícia civil?
Quais as atribuições da polícia militar?
Podem os Municípios constituir órgãos de segurança pública?
	
	ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. TÍTULO III, CAPÍTULO VII, CF.
CONCEITOS BÁSICOS:
ESTADO: Ente que necessariamente é composto por três elementos essenciais: povo, território e governo soberano. Para que o Estado exerça suas funções, este manifesta-se por meio dos Poderes do Estado ou Funções do Estado, que são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário – conforme o art. 2º da CF. É um erro vincular a função administrativa apenas ao Poder Executivo (funções típicas e atípicas).
GOVERNO: “Expressão típica de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos, do Estado e da manutenção da ordem jurídica vigente” – Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro, Ed. Malheiros).
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (A.P.): “Instrumental de que dispõe o Estado para por em prática as opções políticas de governo. [...]pode-se falar de administração pública aludindo-se aos instrumentos de governo, como à gestão mesma dos interesses da coletividade. [...] Subjetivamente a Administração Pública é o conjunto de órgãos a serviço do Estado agindo in concreto para satisfação de seus fins de conservação, de bem-estar individual dos cidadãos e de progresso social” -Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro, Ed. Malheiros).
“É o conjunto de órgãos do Estado encarregado de exercer, em benefício do bem comum, funções previstas na Constituição e nas leis” – Walter Ceneviva.
 “Administração Pública é o conjunto de meios institucionais, materiais, financeiros e humanos preordenados à execução das decisões políticas. Essa é uma noção simples de Administração Pública que destaca, em primeiro lugar, que é subordinada ao Poder Político; em segundo lugar, que é meio e, portanto, algo que se serve para atingir fins definidos e, em terceiro lugar, denota seus aspectos: um conjunto de órgãos a serviço do Poder Político e as operações, atividades administrativas” - José Afonso da Silva. 
( ENFIM, O QUE É A.P.????
A.P. é uma gestão de coisa alheia;
Atividade que se destina a atender necessidades coletivas;
A.P. age de ofício, sem provocação, para atender aos interesses públicos;
Atividade que se destina a atender necessidades concretas, p. ex., saúde, educação, etc.
Portanto: A.P. é a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegados, sob regime de Direito Público, destinada a atender de modo direto e imediato, necessidades concretas da coletividade.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: (Art. 37, caput, CF)
Administração direta / centralizada ( aquela formada pelos governos da União, Estados, DF, Municípios, seus Ministérios e Secretarias. Existe uma subordinação direta ao Poder Executivo. ( Vide: art. 4º, I, DecretoLei nº 200/67
“Administração direta é o conjunto dos órgãos integrados na estrutura da chefia do Executivo e na estrutura dos órgãos auxiliares da chefia do Executivo” – Odete Medauar.
Administração indireta / descentralizada ( aquela constituída pelas autarquias, fundações públicas e entidades paraestatais (empresas públicas e sociedades de economia mista).
A Administração Indireta é integrada pelas muitas entidades personalizadas de prestação de serviços ou exploração de atividades econômicas, vinculadas a cada um dos Poderes Executivos daquelas mesmas esferas governamentais. ( Vide: art. 4º, II e art. 5º, Dec. Lei 200/67
“Cada uma dessas entidades possui personalidade jurídica própria, que não se confunde com a personalidade jurídica da entidade maior a que se vinculam – União ou Estado-membro, Município. Tendo personalidade jurídica, são sujeitos de direitos e encargos por si próprios, realizando atividades e atos do mundo jurídico em seu próprio nome” – Odete Medauar (Direito Administrativo Moderno, Ed. RT).
Autarquia: órgão especializado autônomo, criado em lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para exercer funções ou atividades típicas da administração pública, que para seu melhor funcionamento, requer gestão administrativa e financeira descentralizada. Definição: art. 5º, I, Dec.-Lei 200/67. Ex: USP,UFG, UFRJ; B.Central, INSS, IBAMA, INCRA, DETRAN; Agências Reguladoras (ligadas aos Ministérios): ANEEL, ANATEL,ANVISA; etc.
Exemplos em GOIÁS: IPASGO; ESEFEGO; JUCEG – Junta comercial do Estado de GO; AGEL – Agência Goiana de Esportes e Lazer; AGANP – Agência Goiana de Administração e Negócios, AGETOP – Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas; AGR – Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos.
Empresa pública: entidade de natureza econômica, com personalidade jurídica e patrimônios próprios e capital social exclusivo do Poder Público (União, Estados, DF ou Municípios)– pode ter capital misto, desde que seja de outra pessoa da A.P. Direta ou Indireta, nunca particular. Definição – art. 5º, II, Dec. Lei 200/67. Ex: Infraero; CORREIOS – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; CEF; Casa da Moeda; BNDS; Gráfica Nacional.
Exemplos em GOIÁS: IQUEGO; Metrobus; Setransp.
Sociedade de Economia Mista: entidade criada pelo Poder Público para o exercício e exploração da atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, em que a maioria das ações com direito a voto são de propriedade do Poder Público que as instituiu. Definição – art. 5º, III, Dec. Lei 200/67. EX: B. Brasil, Petrobrás, Eletrobrás.
Exemplos em GOIÁS: CELG; SANEAGO; COMURG; Agência de Fomento de Goiás.
Fundação Pública: instituição criada pelo Poder Público com personalidade jurídica própria e um patrimônio doado pelo instituidor, para atingir objetivos de utilidade pública, ou executar tarefas que beneficiam a coletividade. Tem como curador o MP. Definição – art. 5º, IV, Dec. Lei 200/67. Ex: FUNAI; IBGE; Universidade de Brasília; FGV; FUNASA; Fundação Padre Anchieta (Rádio e TV – TV Cultura); FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa.
Exemplos em GOIÁS: FUEG – Fundação UEG; Fundação Banco de Olhos de GO; Fundação Orquestra Sinfônica do Estado de GO.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – ART. 37, CF:
1) Princípio da legalidade - Art. 5º, II e 2ª parte do inciso IV, do art. 84:
	O administrador público não poderá agir, nem deixar de agir, se não for da forma expressa em lei e nas demais espécies normativas, inexistindo, portanto, dentro da Administração Pública, incidência de sua vontade subjetiva. O administrador público não pode se desviar do bem comum, pois uma vez o fazendo, o seu ato será inválido e, deverá o administrador, sujeitar-se à responsabilização disciplinar, civil e criminal.
2) Princípio da impessoalidade – Art. 37, §1 - 2ªparte:
	A Administração Pública deve servir a todos, sem tratamento diferenciado. O mérito da execução dos atos pertence à administração e não ao administrador que os praticou. A impessoalidade consiste, ainda, na proibição de tratamento discriminatório por parte dos agentes públicos.
	Novamente nos ensina o prof. Hely Lopes Meirelles:
“O princípio da impessoalidade, referido na Constituição de 1988 (art. 37, caput), nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público que só pratique ato para o seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal” (ob. cit). 
3) Princípio da moralidade – Art. 5º, LXXIII, Art. 37, §4º - Improbidade administrativa:
	A administração deve agir dentro da ética profissional, da moral administrativa (jurídica) e não da moral comum. Deve, a administração, se pautar entre a proporcionalidade dos meios e os fins a se atingir; entre os sacrifícios impostos à coletividade e os benefícios por ela auferidos. 
	Sobre o tema, sumaria Hely Lopes de Meirelles:
“A moralidade administrativa constitui, hoje em dia, pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública (CF, art. 37, caput). Não se trata – diz Hauriou, o sistematizador de tal conceito – da moral comum, mas sim de uma moral jurídica, entendida como ‘o conjunto de regras de condutas tiradas da disciplina anterior da Administração’. Desenvolvendo sua doutrina, explica o mesmo autor que o atente administrativo, como ser humano dotado de capacidade atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o honesto do desonesto. E, ao atuar, não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto”.
	Este princípio é tutelado pela ação popular (CF, art. 5º, LXXIII), acarreta a suspensão dos direitos políticos em caso de improbidade administrativa (art. 37, § 4º), dispensando verificar a intenção do agente, porque do próprio objeto é que resulta a imoralidade.
4) Princípio da Publicidade – Art. 5º, XXXIII; Art. 37, §1º - 1ª parte:
	Traduz-se na necessidade de transparência administrativa e consiste na divulgação oficial do ato para conhecimento público das condutas administrativas.
	A publicidade se faz pelo Diário Oficial ou por edital fixado no lugar próprio para divulgação dos atos públicos.
	A regra é que a publicidade somente poderá ser divulgada quando for do interesse público. São exceções: CF, art. 5º, XXVIII; certas investigações policiais (CPP, art. 20); processos cíveis em segredo de justiça (CPC, art. 155), etc.
5) Princípio da Eficiência:
	Este princípio foi expressamente trazido à CF, através da EC nº 19. Requer que o serviço público seja eficaz, atendendo plenamente à necessidade para a qual foi criado. Deve-se pautar pela relação custo-benefício, extraindo dos atos da administração o maior número de efeitos positivos, buscando a excelência dos recursos. Ganha reforço,o princípio da eficiência, com a participação do usuário na administração pública direta e indireta (CF, art. 37, § 3º).
	Alexandre de Moraes elenca algumas características desse princípio:
Direcionamento da atividade e dos serviços públicos à efetividade do bem comum;
Imparcialidade;
Neutralidade;
Transparência;
Participação e aproximação dos serviços públicos da população;
Eficácia;
Desburocratização;
Busca da qualidade.
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA CF E EXPLÍCITOS NA NORMA INFRACONSTITUCONAL – LEI 9.784/99, Processo Administrativo (Art. 2º, caput: “A A.P. obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência”.).
1) Princípio da Licitação Pública: É o procedimento administrativo que visa selecionar a proposta mais vantajosa (para o bem comum) para a realização de obras, serviços, comprasou alienações. Esta previsto na CF nos arts. 37, XXI; 22, XXVII e 173, § 1º, III.
	A esse princípio, conforme Kildare Gonçalves Carvalho, são extraídos de forma implícita do texto constitucional:
2) Princípio da supremacia do interesse público sobre o privado
3) Princípio da finalidade: Perseguir a realização do “fim” previsto em lei
4) Princípio da razoabilidade: Ponderação dos valores e uso de parâmetros.
5) Princípio da proporcionalidade: Justa medida das competências administrativas.
6) Princípio da Prescritibilidade dos Ilícitos Administrativos: Vide § 5º, art. 37, CF/88.
	Somente não prescreverá o direito da Administração ao ressarcimento ou indenização do prejuízo.
7) Princípio da Responsabilidade da Administração / Estado (Responsabilidade Administrativa do Estado): Vide § 6º, art. 37, CF.
	É a consagração da regra da responsabilidade civil (patrimonial) do Estado, ou seja, o Poder Público é responsável pelos prejuízos causados à terceiros, não estando o prejudicado obrigado a provar a ocorrência de dolo ou culpa do agente causador do dano, bastando a existência de nexo causal entre a ação.
Ressaltamos que em caso de omissão, ou seja, conduta omissiva, só se pode falar em responsabilidade do Estado quando demonstrada a culpa do serviço.
	São causas excludentes (atenuantes) da responsabilidade estatal: caso fortuito e força maior. 
	
	
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
CF, arts. 170-192
	
(Aula preparada a partir de Uadi Lammêgo Bulos: Curso de Direito Constitucional, Ed. Saraiva, 2007; e Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: Direito Constitucional Descomplicado, 2ª ed., Ed. Impetus, 2008). 
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
“Ordem econômica e financeira é o conjunto de normas constitucionais que regulam as relações monetárias entre indivíduos e destes com o Estado.
Seu objetivo é organizar os elementos ligados à distribuição efetiva de bens, serviços, circulação de riquezas e uso da propriedade” (BULOS, 2007, p. 1236).
Fala-se em Constituição econômica quando uma Constituição destina parte de seu conteúdo em estatuir os princípios e preceitos norteadores da atividade econômica do Estado, seus direitos e deveres e seu regime financeiro. É o asseguramento de “seus elementos de natureza monetária, tributária e financeira” (BULOS, 2007, p. 1236).
INTERPRETAÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA:
Integração dos princípios gerais que norteiam a atividade econômica, buscando equalizar os conflitos gerados pela exploração econômica, “pacotes financeiros” e má distribuição de rendas. Nesse sentido, é o entendimento do STF:
“Em face da atual Constituição, para conciliar o fundamento da livre iniciativa e do princípio da livre concorrência com os da defesa do consumidor e da redução das desigualdades sociais, em conformidade com os ditames da justiça social, pode o Estado, por via legislativa, regular a política de preços de bens e de serviços, abusivo que é o poder econômico que visa ao aumento arbitrário dos lucros” (STF, ADI 319, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 30-4-1993).
A CONSTITUIÇÃO DE 1988 E A ORDEM ECONÔMICA – PARADIGMA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA:
Deve o Estado promover uma ação na atividade econômica a fim de incentivar o desenvolvimento do setor econômico, mas, ser ATENTO às forças econômicas direcionadas à exploração desenfreada, sem respeitar a livre concorrência, e concentrarem as riquezas nas mãos dos poucos, porém, poderosos, acentuando a pobreza, a miséria, a exclusão e a depressão econômica.
O princípio da dignidade da pessoa humana deve ser levado em alta conta na interpretação da ordem econômica, de forma a conformar as necessidades e realidade da atividade econômica sob o paradigma da dignidade humana, garantindo uma existência digna. Ressalta-se a lição de PAULO e ALEXANDRINO (2008, p. 933):
“O Estado refundado pela Carta de 1988 é um Estado Social Democrático, vale dizer, devem seus órgãos atuar efetivamente – mediante o desenvolvimento de políticas públicas ativas e prestações positivas – no intuito de se obter uma sociedade em que prevaleça a igualdade material, assegurando a todos, no mínimo, o necessário a uma existência digna (art. 3º, III e art. 170, caput, CF).
Nossa Constituição de 1988 claramente originou um Estado capitalista. É fundamento da República o valor social da livre iniciativa (art. 1º, IV). São fundamentos da ordem econômica, dentre outros, a livre iniciativa, a propriedade privada, a livre concorrência (art. 170, caput, e incisos II e IV). [...] no Capitalismo, as forças econômicas, deixadas a seu alvedrio, resultam em concentração de riqueza, anulação da livre concorrência e, sobretudo, em condições materiais de vida miseráveis para a quase totalidade da população. Dessarte, é evidente que o Estado brasileiro tem como uma de suas funções indeclináveis intervir no setor econômico, de sorte a assegurar que a riqueza produzida seja efetivamente um meio de prover a todos uma existência digna.
Em síntese, a Constituição de 1988, conquanto não tenha instituído um Estado Socialista, tampouco fundou um Estado abstencionista nos moldes do Liberalismo clássico (na realidade, não existem Estados assim no mundo atual). Nossa ordem jurídico-política prevê e autoriza a intervenção do Estado no domínio econômico, de variadas formas, sempre tendo como escopo possibilitar que a dignidade da pessoa humana seja um fundamento efetivo de nossa República, e não simples retórica”.
 
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 – CONSTITUIÇÃO ECONÔMICA FORMAL:
Princípios gerais da atividade econômica ( arts. 170 – 181;
Política urbana ( arts. 182 e 183;
Política agrícola, fundiária e a reforma agrária ( arts. 184 – 191;
Sistema financeiro nacional ( art. 192.
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
Em que se funda a ordem econômica e quais os seus princípios ? 
Em quais situações poderá o Estado explorar diretamente atividade econômica? 
O que é monopólio da União? 
Elabore uma síntese sobre o Sistema Financeiro Nacional? 
	
	
SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO
	 
TRIBUTAÇÃO
INTRODUÇÃO:
	O Sistema Tributário Nacional é revelador do conjunto de regras e princípios que regulam toda a atividade impositiva no Brasil (tributos).
	A CF/88, no Capítulo I do Título VI, que é dedicado ao Sistema Tributário Nacional, trata de 03 assuntos preferidos pelos ordenamentos constitucionais federais:
limitações constitucionais ao poder de tributar;
discriminação constitucional de rendas;
repartição das receitas tributárias.
O Sistema Tributário previsto na Constituição Brasileira compõe a estrutura dos tributos cobrados nos vários níveis de governos (União, DF, Estados e Municípios), estabelecendo os sujeitos ativos de cada tributo, as regras da competência tributária e suas vedações, hipóteses e normas gerais sobre o poder de tributar, sobre a incidência e não-incidência, cuja aplicação é regulada pelo CTN, enquanto lei complementar (Lei nº 5172/66).O Sistema é composto por princípios e regras, e destacamos que os princípios têm força atrativa, influenciando as regras. Existem os princípios gerais, como, por exemplo, a) certeza do direito; b) legalidade; c) igualdade; d) isonomia; e, ainda, princípios específicos ao campo tributário, tais como: a)estrita legalidade (art. 150, I, CF), e b) isonomia (art. 150, II, CF).
“O poder de tributar – que é uma das manifestações da soberania ou do poder de império do Estado – só pode ser exercido debaixo dos ditames da CF. É esta que distribui competências, dispõe sob re a repartição das receitas arrecadas, fixa os pressupostos para a criação de tributos, enfim, delimita a atuação do Estado nesse mister”. Celso Ribeiro Bastos (Curso de Direito Financeiro e de Direito Tributário, Ed. Saraiva – 1995).
TRIBUTOS:
“CTN – Art. 3º: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamentevinculada”.
“Tributar será distribuir a carga pública entre os integrantes do grupo social. Os custos de manutenção do Estado, ou seja, os gastos que a Administração Pública tem para prestar serviços e realizar obras será suportado, isto é, ‘rateado’ entre os administrados, entre os membros da sociedade, que são os contribuintes” (S. Motta e W. Douglas).
	Tributo é a prestação pecuniária do Estado, ou de um ente público autorizado por ele, casos; é aquela obrigação de pagar em dinheiro exigida dos sujeitos econômicos submetidos à soberania nacional. 	Ele só pode ser cobrado dos cidadãos pelo Estado, e os seus entes públicos só poderão cobrar, desde que previamente autorizados. 
	É uma constante na doutrina universal o reconhecimento de ser a coerção o elemento primordial do tributo; que não quer dizer prepotência do Estado. Traduz-se, sim, na necessidade de o contribuinte sujeitar-se à pretensão tributária do Estado, expressa através de uma lei democraticamente votada.
	Os tributos, pois, constituem a fonte principal das receitas do Estado.
MODALIDADES TRIBUTÁRIAS – Art. 145, CF:
IMPOSTO: “CTN – Art. 16: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerado uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
“Imposto é prestação pecuniária exigida dos particulares, em caráter definitivo, por autoridade pública competente, cuja arrecadação tem por objetivo atender as necessidades públicas” (Celso Ribeiro Bastos).
“Destaca-se, pois, a idéia de que no imposto não há nenhuma contrapestação estatal com vistas à sua cobrança; trata-se, dessa maneira, de tributo classificado como ‘não-vinculado’, eis que sua instituição independe de qualquer participação ou intervenção do Estado relativamente ao contribuinte. O fato que ensejará sua cobrança (fato gerador) vem descrito na lei, bastando que o contribuinte realize o nela descrito para se sujeitar à incidência do imposto” (Kildare Gonçalves Carvalho).
	Portanto, imposto é simplesmente exigido, sem contraprestação estatal e sem indicação prévia sobre sua destinação. 
	De acordo com a LC 105/2001, é possível a quebra do sigilo bancário diretamente por autoridades fiscais, ou seja, independentemente de ordem judicial, respeitados os direitos individuais do contribuinte.
TAXA: “CTN – Art. 77: As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”.
“Verifica-se tratar a taxa de ‘tributo vinculado’, pois, ao contrário do imposto, sua cobrança depende de uma atividade do Estado, ou em razão do exercício do poder de polícia, ou em decorrência da prestação efetiva ou potencial, de um serviço público. O serviço público a ser prestado deve ser específico e divisível. Considera-se específico aquele serviço que pode ser destacado em unidade autônoma, e divisível o que é suscetível de utilização individual pelo contribuinte, não confundindo com os serviços gerais. Não se exige, para a cobrança da taxa, que o contribuinte tenha-se utilizado efetivamente do serviço proporcionado pelo Estado: basta que tal serviço seja colocado à disposição do usuário” (Kildare Gonçalves Carvalho).
Taxa é a modalidade tributária permitida à cobrança de valores pela Administração gastos, em função de atividade sua. A taxa não pode ter base de cálculo igual à que a lei reserva para o imposto. Em relação ao poder de polícia, são as questões pertinentes à segurança, ordem, higiene, etc, como por exemplo: taxa de publicidade, taxa de fiscalização de elevadores, etc.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: “CTN – Art. 81: A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”.
“É o tributo que surge em razão da valorização do imóvel particular, por causa de obras públicas realizadas” (Ramon Tácio de Oliveira).
 “Além da realização da obra pública é necessário que esta tenha repercutido no eventual contribuinte de uma determinada maneira, é dizer, causando-lhe uma plus valia. Seria o maior dos absurdos imaginar-se a contribuição de melhoria cobrada de alguém não beneficiado pela obra realizada, ou mesmo, por ela prejudicado” (Celso Bastos).
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: “CF – Art. 148: A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I – para atender as despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição”.
“Os empréstimos compulsórios são uma espécie de tributo em que a presença de acontecimentos insólitos autoriza sua instituição. Tais eventos não servirão de fato gerador. Funcionarão apenas como permissão à sua instituição” (Deusmar Rodrigues).
“É um tributo qualificado pela promessa de restituição”. (Ramon Oliveira). 
“É a prestação que o Estado ou outra pessoa jurídica de direito público interno exige de contribuintes que se coloquem em determinada situação considerada por lei como fato gerador e que deve ser posteriormente restituída em prazo certo, legalmente estabelecido” (Paulo Barros Carvalho). Necessita de lei complementar.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: “CF – Art. 149: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do art. 195, § 6º, relativamente às contribuições sociais a que alude o dispositivo”.
“Também denominadas Contribuições especiais ou parafiscais, são tributos destinados à coleta de recursos para certas áreas de interesse do poder público, na Administração direta ou indireta, ou na atividade de entes que colaboram na Administração” (Ramon Oliveira).
“É a espécie tributária que se caracteriza como forma de intervenção do Estado no domínio econômico privado, com vistas a uma particular situação ou de interesse social ou de categorias econômicas ou profissionais” (Paulo Barros Carvalho).
	Elas se apresentam em 03 espécies:
Contribuições Interventivas (as de intervenção no domínio econômico) ( são instrumentos de atuação da União, destinando-se ao custeio de serviços e encargos decorrentes da intervenção da União no domínio socioeconômico, como o adicional ao frete para a renovação da marinha mercante, entre outras. EX: CIDE
Contribuições Corporativas (as de interesse das categorias profissionais ou econômicas( relacionam-se com as categorias profissionais como instrumento de atuação da União, destinando-se ao custeio das atividades dos órgãos sindicais e profissionais de categorias profissionais ou econômicas, como a contribuição para a OAB, CRC, Creci, Crea e outras. São tributos e não se confundem com a contribuição confederativa prevista no art. 8º, IV, que é fixada por assembléia geral dos sindicalizados e compulsória para os filiados.
Contribuições Sociais ( são as contribuições previdenciárias propriamente ditas, as contribuições de seguridade social, as contribuições para o Sesi, o Sesc, o Senac, o FGTS, o PIS, Cofins, etc.; e são referidas de forma específica no art. 165 da CF.
 
DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR – PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS:
1) P. específico da personalização do tributo:145, §1º. 
2) P. capacidade contributiva: art. 145, §1º. Caráter pessoal do tributo
3) P. específico que proíbe que as taxas tenham base de cálculo própria do imposto: 145, §2º.
4) P. geral da legalidade tributária: 150, I.
5) P. geral da igualdade ou isonomia tributária: 150, II. O tratamento não pode ser desigual, ou seja, todos os contribuintes que estejam na mesma situação, devem ser tratados igualmente.
6) P. geral da irretroatividade fiscal / tributária: 150, III, “a”. Veda a cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei – todas as normas devem dispor para o futuro.
7) P. da anterioridade fiscal / tributária: 150, III, “b” e “c”. Alínea “b”( a lei que cria ou aumenta um tributo só incidirá sobre fatos ocorridos no exercício subsecutivo ao de sua entrada em vigor. Alínea “c”( aumento da proteção a esse princípio (EC 42/03), estabelecendo que muitos tributos não podem ser cobrados antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
8) P. geral que veda a utilização de tributo com efeito confiscatório: 150, IV.
9) P. geral que veda o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoa ou bens por meio de tributos: 150, V. Salvo o pedágio.
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS: Arts. 157 ao 162, CF.
DAS FINANÇAS PÚBLICAS E DOS ORÇAMENTOS:
 “A Atividade Financeira do Estado é toda aquela marcada ou pela realização de uma receita ou pela administração d produto arrecadado ou, ainda. Pela realização de um dispêndio ou investimento. É o conjunto das atividades que tem por objeto o dinheiro” (Celso Bastos).
Finanças públicas é a expressão que caracteriza o conjunto de regras pelas quais o Estado planeja e administra os ingressos e as saídas de recursos financeiros. Na economia política, designa o crédito de um Estado.
“O orçamento é uma peça contábil que faz, duma parte, uma previsão das despesas a serem realizadas no Estado, e, de outra parte, o autoriza a efetuar a cobrança, sobretudo de impostos e também de outras fontes de recursos. O orçamento tem repercussões econômicas, políticas e jurídicas” (Celso Bastos).
Orçamento é a peça contábil que prevê as despesas e as formas de receita.
MODALIDADES DE ORÇAMENTO – Art. 165 e incisos, CF:
PPA = Plano Plurianual ou Lei Plurianual.
LDO = Lei de Diretrizes Orçamentárias ou Orçamento das Diretrizes.
LOA = Lei Orçamentária Anual ou Orçamento Anual.
PLANO PLURIANUAL - PPA (§1º): Tem por objeto as despesas de capital e aqueles programas de duração continuada, ou seja, que extrapolem o orçamento anual em que foram iniciados. É lei formal, dependendo do orçamento anual para que possa ter eficácia quanto à realização das despesas, constituindo-se em mera programação ou orientação que deve ser respeitada pelo Poder Executivo na execução dos orçamentos anuais, mas que não vincula o Poder Legislativo na feitura das leis orçamentárias.
O PPA é um planejamento estrutural, que influencia a elaboração das outras leis orçamentárias (LDO e LOA), sendo exigido que a cada ano, seja ele efetivado pela LOA. É considerado um planejamento estrutural porque visa incrementar a promoção do desenvolvimento econômico, do equilíbrio entre as regiões nacionais e da estabilidade econômica. O seu descumprimento não acarreta sanção específica, pois se configura uma orientação ou programação ao Executivo, e não vincula o Legislativo na elaboração das leis orçamentárias (AGRA, 2007, p. 659).
Tem vigência de 04 anos (quadrienal), definido em lei complementar, conforme art. 35, §2º, I, ADCT, onde preceitua que o PPA deve ser aprovado até o final da sessão legislativa correspondente ao exercício do primeiro ano de mandato presidencial, devendo vigorar até o final do primeiro ano de um mandado presidencial subseqüente (ARAÚJO; NUNES JR., 2004).
“Vale lembrar que o plano plurianual é um plano de investimento, devendo compatibilizar-se com todos os planos e programas nacionais, regionais e setoriais (CF, art. 48, IV)” (BULOS, 2007, p. 1223).
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO (§2º): São as metas prioritárias da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente; assim como servirá de critério para a elaboração da lei orçamentária anual; da mesma forma, disporá sobre as alterações na legislação tributária. Tem duração maior que o exercício financeiro anual. É lei formal ANUAL, apenas constituindo-se em simples orientação para a realização do orçamento, devendo ser feita no primeiro semestre do ano. A LDO não cria direitos subjetivos para terceiros, não tem eficácia fora da relação entre os Poderes do Estado.
Seu campo de ação, conforme o §2º do art. 165, CF, compreende:
“- as metas e s prioridades da Administração Pública Federal;
- as despesas de capital para o exercício subseqüente;
- a orientação para que seja elaborada a lei orçamentária anual;
- as mudanças na legislação tributária; e
- a política de aplicação das agências oficiais de fomento” (BULOS, 2007, p. 1224).
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA (§5º): É aquela que prevê de forma estimativa as receitas da União, assim como autoriza a realização das despesas. Engloba 03 orçamentos: o fiscal, o de investimento das empresas e o orçamento da seguridade social.
“o orçamento anual guarda duas finalidades básicas, é dizer, a primeira, de programação da vida econômica do Estado, harmonizando a estimativa de entradas financeiras com a realização correspectiva de despesas; a segunda, de cumprimento do princípio da legalidade, que, vertido sob a ótica do direito público, indica a necessidade de que as despesas sejam previamente autorizadas por lei” (ARAÚJO; NUNES JR., 2004, p. 410).
( SÍNTESE DA RELAÇÃO ENTRE AS TRÊS LEIS ORÇAMENTÁRIAS:
Referência: PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional. – 3 ed. – Rio de Janeiro: Impetus, 2004, p. 387.
“a) num primeiro momento, temos a lei do PPA, estabelecendo as diretrizes e os objetivos governamentais de duração continuada, para alguns anos;
	Todo projeto, obra ou serviço com duração superior a um ano, deverão estar previstos no PPA. A lei do PPA visa assegurar um mínimo de continuidade das obras e serviços públicos, dos projetos governamentais para um período superior de tempo.
b) a LDO é uma lei intermediária, aprovada no início de cada exercício financeiro, estabelecendo, em consonância com o PPA, as metas e prioridades para o exercício financeiro subseqüente, conferindo publicidade às diretrizes do governo que constarão, mas especificamente, da LOA para o próximo exercício financeiro;
	Por isso se diz que a LDO orienta a elaboração da LOA, pois ela sinaliza ao Congresso Nacional e à população o que o governo pretende incluir no orçamento do ano seguinte. Como a LDO deve ser aprovada no início de um exercício para orientar a elaboração da LOA para o exercício seguinte, há um prazo para que o Congresso Nacional anteveja, discuta e tente aperfeiçoar a LOA que ulteriormente será encaminhada pelo governo ao Poder Legislativo.
c) por fim, temos a LOA, que nada mais é do que o orçamento do ano, aprovado em consonância com a LDO e o PPA.
	Atualmente, o orçamento geral da União é dividido em três orçamentos: o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade social”.
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AOS ORÇAMENTOS:
1) EXCLUSIVIDADE: art. 165, §8º. Não pode haver dispositivo estranho na lei orçamentária anual à fixação de despesas e à previsão da receita, evitando que sejam nela introduzidas matérias não orçamentárias.
2) ANUALIDADE: art. 167, I e §1º. A LOA estabelece o período de tempo de 01 ano para a execução do orçamento, isto é, para a duração do exercício financeiro.
3) UNIDADE: art. 165, §4º. A interpretação moderna é para a elaboração dos orçamentos de todos os órgãos do setor público se fundamentando em uma única política orçamentária, que seja estruturada a um método único. O orçamentoé uno, embora possa aparecer em três documentos diferentes, que se harmonizam e se integram finalisticamente.
4) PROGRAMAÇÃO: art. 167, §1º. Prévia inclusão no Plano Plurianual – PPA.
5) EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO: art. 167, III. Não pode realizar operações de crédito que excedam as despesas de capital, evitando a ocorrência de défict (montante da despesa autorizada superior à receita estimada) ou superávit (estimativa da receita superior à despesa autorizada).
6) UNIVERSALIDADE: art. 165, §5º, I, e art. 6º da Lei 4320/67. A Lei Orçamentária deve explicitar todas as receitas (estimadas) e despesas (autorizadas) dos Poderes, seus fundos, órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, por seus valores totais (brutos), vedadas quaisquer deduções.
7) ESPECIALIDADE DE CRÉDITOS: art. 165, §6º e §7º. A Lei Orçamentária deve especificar pormenorizadamente a origem e a destinação de cada receita e despesa pública.
RESPONSABILIDADE FISCAL: Lei Complementar nº 101, 04/05/2002. Vide arts. 16, 17, 21, 51.
PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA – ART. 170, I ao IX.
Classificação dos princípios quanto à atividade econômica:
Soberania Nacional ( trata-se de princípio fundamental do Estado brasileiro e pressuposto básico de sua existência (art. 1º); consistindo o alicerce de nossas relações internacionais (art. 4º, I). Na economia, apresenta-se como um poder ilimitado de estabelecer regras, estímulos e proibições, com vistas a determinar o modelo econômico interno.
Liberdade de Iniciativa Econômica ( art. 170, parágrafo único – envolve a liberdade de indústria e comércio, a proteção da propriedade privada e a liberdade de contrato.
Livre Concorrência e Abuso do Poder Econômico ( art. 170, IV; art. 173, §4º. A Lei nº 8.884/94 instituiu o CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, órgão administrativo que tem entre seus objetivos zelar pela livre concorrência.
Integração ( constituídos pela defesa e do meio ambiente, pela redução das desigualdades regionais e sociais e pela busca do pleno emprego.
ESTUDO DIRIGIDO – QUESTÕES DE FIXAÇÃO DOS CONTEÚDOS:
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Quem pode instituir tributos no Brasil? 
Quais são as espécies tributárias previstas na CF? 
Quais as especificidades dos impostos? 
O que a lei complementar, sobre matéria tributária, deve dispor? 
Acerca dos empréstimos compulsórios, quem poderá instituí-los e para quais finalidades? 
Sobre as contribuições sociais, quem poderá instituí-las e quais são os seus tipos? 
Em que situações poderão os Estados , o DF e os Municípios instituir contribuições? 
Quais são as limitações gerais ao poder de tributar, onde são legítimos tanto a União, como os Estados, o DF e os Municípios? 
Quais são as vedações privativas da União? 
Quais as vedações concorrentes aos Estados, ao DF e aos Municípios? 
Quais os impostos de competência da União? 
Quais os impostos de competência dos Estados e do DF? 
Quais as especificidades do imposto previsto no inc. I, do art. 155? 
Quais as especificidades do imposto previsto no inc. II, do art. 155? 
Quais os impostos de competência do Município? 
Quais as receitas tributárias pertencentes aos Estados e ao DF? 
Quais as receitas tributárias pertencentes aos Municípios? 
Qual a vedação prevista no art. 160? 
Acerca das finanças públicas, o que compete exclusivamente à União? 
O que deve conter a lei que instituir o plano plurianual? 
O que deve conter a lei de diretrizes orçamentárias? 
O que compreenderá a lei orçamentária anual? 
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
Em que se funda a ordem econômica e quais os seus princípios ? 
Em quais situações poderá o Estado explorar diretamente atividade econômica? 
O que é monopólio da União? 
Elabore uma síntese sobre o Sistema Financeiro Nacional? 
	
	DA ORDEM SOCIAL
	
	
A CF/88 dedicou um capítulo à Ordem Social, tratando como um capítulo próprio da Seguridade Social, que junto com o primado do trabalho, asseguram bem-estar e justiça social.
O conceito de seguridade social veio definido pelo constituinte no art. 194, que colocou como regra aos Poderes Públicos e à sociedade como um todo a solidariedade, que é o fundamento sustentador da seguridade social, compreendida em três eixos de proteção social.
ORDEM SOCIAL CONSTITUCIONAL
(roteiro fundamentado em Manoel Gonçalves)
				ORDEM SOCIAL
 Art. 193
Base: Primado do Trabalho			Objetivo: Bem estar e Justiça social
A CF enfatiza como base da ordem social o primado do trabalho e como seus objetivos o bem-estar e a justiça sociais.
				SEGURIDADE SOCIAL
					Art. 194
				p.único: objetivos
Saúde: 196 – 200	Previdência: 201 – 202	Assistência Social: 203 - 204
	
SEGURIDADE SOCIAL 
	A CF fixa, neste capítulo, os princípios regras gerais que devem assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
	Nesse tema, apresentam-se os princípios da “universalidade da cobertura e do atendimento”, do “caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação da comunidade em especial de trabalhadores, empresários e aposentados”.
Financiamento: art. 195. // §4º: outras fontes de financiamento
SAÚDE: as ações e serviços de saúde são considerados de relevância pública, devendo essas ações e serviços públicos de saúde ser integrados numa rede regionalizada e hierarquizada, constituindo um sistema único. Entretanto, a assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Diretrizes ( art. 198
Financiamento ( §1º do art. 198; art. 199: iniciativa privada.
PREVIDÊNCIA SOCIAL: destina-se a atender à cobertura de doença, invalidez e morte, incluídos os resultantes de acidentes do trabalho, velhice e reclusão, bem como à ajuda à manutenção dos dependentes dos segurados de baixa renda, à proteção à maternidade, especialmente à gestante, à proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário, à pensão por morte de segurado.
Benefícios ( art. 201, incisos; Lei nº 8.213/91 – Plano de benefícios da previdência social; Decreto nº 3.048/99 – Regulamento da previdência social.
Organização ( art. 201
Regras para aposentadoria no regime geral ( art. 201, §§ 7º, 8º e 9º.
Regime de Previdência Privada ( art. 202.
“A Previdência Social aparece no texto constitucional de 1988 como um direito social fundamental – art. 6º. Ao lado de outros direitos fundamentais, como a saúde, a educação, o trabalho, está a Previdência Social que vem acompanhada de outro importante direito também alçado ao nível de Direito Fundamental dos seres humanos: a assistência social (quando a CF fala em proteção à infância e assistência aos desamparados no mesmo art. 6º).
A Previdência Social, como a Saúde e a Assistência Social, faz parte de um complexo maior de direitos e é tratada de forma objetiva no Capítulo II do Título VIII, que cuida da ordem social. No art. 194 está o conceito de seguridade social, compreendendo justamente a Saúde, a Previdência Social e a Assistência Social.
Esta nova realidade constitucional significa afirmar não somente que a Previdência Social passou a ser considerada direito social, como também transformou em direitos fundamentais dos seres humanos, o que em outras palavras, significa que se transformou em Direitos Humanos, confirmando assim a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, de 1948, no art. 25: Todo Homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito a segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice e outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle” (MAGALHÃES, 2002, p. 249-50).
ASSISTÊNCIA SOCIAL: será prestada a quem dela necessitar. Objetiva a proteção à família, à maternidade,à infância, à adolescência, à velhice, às crianças e adolescentes carentes.
Objetivos ( art. 203 (fontes de orçamento: art. 195, entre outros).
ROTEIRO DE LEITURA DOS ARTIGOS DA CF – DA ORDEM SOCIAL –
ORIENTADO POR: PAULO; ALEXANDRINO, 2007:
EDUCAÇÃO
Direito à educação: 225
Princípios Constitucionais do ensino: 226
Autonomia das universidades: 207
Deveres do Estado em relação ao ensino: 208
Participação da iniciativa privada: 209
Fixação de conteúdos: 210
Organização dos sistemas de ensino: 211
Aplicação de recursos: 212-213
Plano Nacional de Educação (PNE): 214
CULTURA
Garantia estatal: 215
Plano Nacional de Cultura (PNC): §3º do art. 215
Patrimônio cultural de brasileiro: 216
DESPORTO
Dever estatal: 217
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Promoção estatal: 218
Tipos de pesquisa	pesquisa científica ( progresso das ciências
Pesquisa tecnológica ( solução de problemas
Mercado interno: 219
COMUNICAÇÃO SOCIAL (Vide: art. 5º, IV, V, IX, X, XIII e XIV, CF)
Definição: 220
Princípios e Regras: 221
Propriedade, Concessão, Permissão, Autorização: 223
Conselho de Comunicação Social: 224 (Lei nº 8.389/91)
MEIO AMBIENTE
Conceito – art. 3º da Lei nº 6.983/81 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente): “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
Competência em matéria ambiental: União edita normas gerais de proteção ao meio ambiente, cabendo aos Estados-membros, DF e Municípios editar normas de interesses regionais e locais (arts. 23, VI; 24, VI e VII; 30, I, CF).
Princípios norteadores: 225. Ex: 1) desenvolvimento sustentável; 2) prevenção; 3) ubiqüidade; 4) participação; 5) prioridade na reparação específica; 6) responsabilidade civil objetiva; 7) responsabilidade solidária. 
FAMÍLIA – art. 226
Casamento civil com celebração gratuita: §1º
Casamento religioso com efeitos civis: §2º
União estável entre homens e mulheres: §3º
Família monoparental: §4º
Deveres da sociedade conjugal – igualdade de condições: §5º
Separação e divórcio: §6º
Planejamento familiar: §7º
CRIANÇA E ADOLESCENTE
Absoluta prioridade: 227, caput; regulamentado pela Lei nº 8.069/90 – ECA
Igualdade entre filhos: §6º do art. 227
Co-responsabilidade de pais e filhos: 229
IDOSO
Responsabilidade conjunta: 230, caput; regulamentado pela Lei nº 10.741/03 – Estatuto do Idoso
Idoso – art. 1º da Lei 10.741/03: pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.
ÍNDIOS
Reconhecimento histórico: 231, caput
Terras e recursos naturais: parágrafos do art. 231
Litigar em juízo: 232
ESTUDO DIRIGIDO: DA ORDEM SOCIAL – BASES E VALORES
1) Qual a base da ordem social brasileira?
2) Quais são os direitos sociais assegurados pela CF?
3) O que compreende a seguridade social?
4) Com base em que princípios deve basear-se o Poder Público para organizar a seguridade social?
5) Quais as fontes de financiamento da seguridade social?
6) Em que consiste o Sistema Único de Saúde – SUS?
7) Que espécies de prestações são oferecidas pelo Sistema da Previdência Social?
8) Por que a assistência social não tem natureza de seguro social?
9) Com que recursos deverão ser realizadas as ações governamentais na área da assistência social e como devem ser organizados?
10) Em que consiste o direito à educação?
11) Quais os princípios que devem servir de base ao ensino?
12) Quais as garantias constitucionais à universidade?
13) Como se efetivará o dever do Estado com a educação?
14) Quais as condições de participação da iniciativa privada na atividade de ensino?
15) Quais as finalidades do plano nacional de educação?
16) Qual a extensão da garantia constitucional à cultura?
17) De que constitui o patrimônio cultural brasileiro e quais bens o compõe?
18) Quais as formas de proteção ao patrimônio cultural brasileiro?
19) Qual o papel do Estado na garantia à prática de esportes e quais as disposições constitucionais que devem ser observadas?
20) De que modo a CF dispõe sobre a finalidade da pesquisa científica básica? E da pesquisa científica tecnológica?
21) De que forma deverá o Estado apoiar a Ciência e a Tecnologia?
22) Podem os Estados e o DF destinar parte de seu orçamento a atividades ligadas à Ciência e a Tecnologia?
23) Como se posiciona a CF em relação à comunicação social?
24) A quais princípios deverão atender a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão?
25) De que forma poderá defender-se a sociedade brasileira de programas de rádio ou de televisão, que atentem contra o respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família?
26) De que modo sujeitam-se as empresas de comunicação à intervenção do Estado, no domínio econômico?
27) De que modo pode a pessoa jurídica participar no capital social de empresa jornalística ou de radiodifusão?
28) Qual o tratamento dado pela CF ao meio ambiente?
29) De que forma deve atuar o Poder Público para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente?
30) De que forma deve agir o indivíduo ou a empresa que desejam explorar recursos minerais, relativamente ao meio ambiente?
31) Quais as espécies de sanções a que estarão sujeitos aqueles cuja conduta ou atividade for considerada lesiva ao meio ambiente?
32) Que regiões de matas e florestas nativas foram declaradas patrimônio nacional pela CF?
33) Qual o tratamento dado pela CF à família e ao casamento?
34) Qual a proteção assegurada ao casal, relativamente ao planejamento familiar?
35) Que direitos devem ser assegurados pela família, pela sociedade e pelo Estado à Criança e ao adolescente, com absoluta prioridade?
36) Qual o papel do Estado na assistência à criança e ao adolescente? E quais os preceitos que devem ser obedecidos?
37) Qual a proteção conferida à pessoa portadora de deficiência?
38) Quais os aspectos abrangidos pelo direito a proteção especial concedida às crianças e aos adolescentes?
39) Qual a medida da severidade e da lei na repressão ao abuso, à violência e à exploração sexual da criança e do adolescente?
40) De que forma interfere o Estado na adoção de crianças e adolescentes?
41) De que forma equiparou a CF os filhos havidos fora do casamento e os adotados aos “filhos legítimos”? É correto o uso da expressão “filho ilegítimo”?
42) Quais os deveres dos pais em relação aos filhos menores, e dos filhos maiores e relação aos pais?
43) Quais as garantias constitucionais dadas aos idosos?
44) Quais os direitos constitucionais reconhecidos aos índios?
45) Quem deverá demarcar e proteger as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios?
46) Quais as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, para efeitos de proteção legal? Essas terras são de propriedade dos índios?
47) A CF veda o aproveitamento econômico das riquezas naturais das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios?
48) Sob que condições podem ser removidos os grupos indígenas de suas terras?

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