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Deontologia e Legislação Farmacêutica
Aula 2: Hierarquia das normas
Apresentação
Diante de diversas crises no mundo capitalista, marcado por adversidades, buscar diferentes referenciais teóricos para as
atividades que se correlacionam com a questão pública é tarefa que conecta pesquisadores, teóricos e práticos.
Compreender o papel do Estado no gerenciamento dos interesses públicos é mister imprescindível no processo de
formação de qualquer pro�ssional.
O conceito de Estado requer uma clara compreensão, além da necessidade de entendimento das funções da
Administração Pública, e é largamente recomendável para o desempenho pro�ssional, em todas as áreas de atuação.
A compreensão do processo político, que con�gura a gestão pública, passa pela apreciação das ações teóricas e práticas
que determinam o Estado. Além disso, o entendimento do Estado no seu contexto regulatório, de forma a perceber onde
estas ações se desenvolvem, é essencial para uma boa compreensão das relações que se constituem na sociedade.
Assim, estudar os fundamentos do sistema regulatório, responsável pelo desenvolvimento das ações públicas e privadas,
e as contradições deste sistema, além de procurar interpretar a argumentação utilizada pelos órgãos públicos em face às
suas ações, é requerimento básico no entendimento da Administração Pública.
Objetivos
Desenvolver no aluno a compreensão da importância dos conceitos de Estado.
Compilar a compreensão das principais características da Constituição Brasileira de 1988.
Debater o entendimento da abrangência dos conceitos de cidadania, Direito social e administrativo do consumidor,
além de entender a hierarquização das normas da legislação brasileira.
A criação do Estado brasileiro
O conceito de Estado ,como compreendido hoje, nasce na Europa e data do século XIX. Desenvolveu-se então a ideia de
Estado-nação: Uma forma centralizada de poder público reconhecida internacionalmente, com organização política,
soberania , população e território de�nidos.
Sua de�nição e seu reconhecimento, contudo, se apoiam tanto em uma percepção política como também cultural. Hoje, a
noção de um país com língua, costumes e trajetória em comum subjaz ao termo Estado, que, sob a lógica do nacionalismo, é
reconhecido pelos indivíduos que o integram.
1
2
A de�nição precisa de Estado como organização de natureza política
é ainda mais remota. O termo latino, status (estado), representava a
situação do senhor de terras do século XIII, cujo poder era
predominantemente pessoal, recebido e transmitido, sobretudo,
hereditariamente.
Isso se altera com a noção de principado, consolidada no século XVI. O principado indica uma soberania territorial, o que
acrescenta uma dimensão política e militar a um domínio meramente tradicional ou mesmo jurídico de propriedade de terra.
O termo status passa a signi�car, então, a condição política, social e
material (econômica) do príncipe e do conjunto de funcionários que operam
e organizam o poder político em um território militar e economicamente
soberano.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0275/aula2.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0275/aula2.html
Em 1815 nasceu o Estado brasileiro. A colônia, que já era sede do reino português desde 1808, foi juridicamente equiparada à
metrópole, tornando-se Reino Unido de Portugal e Algarves. É interessante assinalar que a ideia foi sugerida no Congresso de
Viena, após a derrota �nal de Napoleão para estabelecer a nova ordem mundial. O príncipe regente D. João elevou "o Estado do
Brasil à categoria e graduação de reino", por meio da carta de lei de 16 de dezembro de 1815.
Para a compreensão do Estado brasileiro na sua formação e evolução, todavia, é preciso entender as experiências de
colonização e governo, anteriormente efetuadas.
 Colonização do Estado brasileiro
 Clique no botão acima.
É preciso considerar que a carta de 1815 foi apenas um momento, de um longo processo, que deveria ultrapassar
diversas fases até que o Brasil se tornasse efetivamente um Estado.
De fato, entre 1500 até o ano de 1548 considerava-se o Brasil apenas como reserva patrimonial. Só bem mais tarde,
nas primeiras décadas do século XVII, a estrutura jurídico-administrativa do Brasil sofreu inúmeras modi�cações,
podendo ser entendida como interesse do governo português.
Em 1548 D. João III instituiu o Governo Geral do Brasil, porém a grande extensão do território e as di�culdades de
comunicações di�cultavam a presença, de fato, do poder português em todo o território. Por este motivo, no ano de
1572, foram estabelecidas duas sedes administrativas, uma na Bahia e outra no Rio de Janeiro.
Esta con�guração não durou por muito tempo, e no ano de 1577 ocorreu a reuni�cação da administração brasileira.
Tempos depois, em 1621, com a união das coroas ibéricas, o rei Filipe dividiu a colônia em duas unidades: O Estado do
Brasil e o Estado do Maranhão e Grão-Pará, cada qual administrada autonomamente até a instituição do vice-reinado
do Brasil.
De forma geral, durante o século XVIII o Brasil teve dois "polos de desenvolvimento", pouco dependentes de Portugal.
Nas regiões Norte e Nordeste desenvolveram-se vários núcleos econômicos. Na região Centro-Sul a grande
quantidade de ouro e diamantes chamou a atenção de Portugal.
Apesar de ter havido uma maior presença de autoridades portuguesas na região Centro-Sul, isso não impediu que se
a�rmassem lideranças políticas locais. Esta situação forçou o desenvolvimento de uma ampla autonomia municipal,
por meio de lideranças regionais.
Esses fatos, em linhas gerais, foram os componentes básicos que levaram à de�nição da primeira fase da formação
da ordem política e social brasileira.
Fatos importantes a se considerar sobre o atual Estado brasileiro
Composição do Estado Federal brasileiro
O Brasil é formado por 26 Estados, a União, o Distrito Federal (cuja capital é Brasília) e os municípios, sendo uma República
Federativa. Cada ente federativo possui sua autonomia �nanceira, política e administrativa, em que cada Estado deve respeitar
a Constituição Federal e seus princípios constitucionais , além de ter a própria Constituição; cada município (através de sua
lei orgânica), também, poderá ter sua própria legislação.
3
 Fonte: Shutterstock.
Os três poderes
A estrutura do Estado apresenta três poderes, adotando a teoria da tripartição dos poderes e conforme o artigo 2º da
Constituição Federal de 1988. Os três poderes, com independência e coesão entre si, são formações dos poderes políticos
presentes na democracia de um país.
Assim, ao se imaginar a Política de um Estado, em sua estrutura e organização, podemos observar três poderes políticos que
norteiam suas ações, são eles:
Executivo
Administra.
Judiciário
Aplica as leis.
Legislativo
Elabora as leis.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0275/aula2.html
A administração pública federal é feita em três níveis, cada qual com sua função geral e especí�ca:
1
Nível Federal
A União realiza a administração pública, ela é um
representante do governo federal, composta por um
conjunto de pessoas jurídicas de direito público.
2
Nível Estadual
Os Estados e o Distrito Federal realizam a administração
pública.
3
Nível Municipal
Os Poderes Legislativo e Executivo realizam a administração
pública nos municípios.
A separação dos poderes no Brasil passou a existir com a Constituição outorgada de 1824, que prevaleceu até o �m da
monarquia, mas além dos três poderes, na época, havia também o quarto poder, chamado de Moderador, que era exercido pelo
Imperador, mas foi excluído da Constituição da República, em 1891.
Atenção
Além dos três poderes, podemos observar o Ministério Público (MP). Este apresenta total independência dos outros poderes em
algumas situações. Seu objetivo principal é garantir que a lei seja cumprida e agir na defesa da ordem jurídica.
O Poder Legislativo
É realizado pelo Congresso Nacional. Esse poder é responsável por criar as leis e é formado pelas:
1
Câmara dos Deputados (representantes do povo)
2
SenadoFederal (representantes dos Estados e Distrito
Federal)
3
Tribunal de Contas da União (órgão regulador e �scalizador
das ações externas, prestando auxílio para o Congresso
Nacional)
Saiba mais
O Congresso Nacional elabora as leis e realiza a �scalização �nanceira, contábil, operacional, patrimonial e orçamentária da
União e entidades ligadas à Administração direta e indireta.
O Poder Legislativo é organizado em duas casas (bicameralismo), tradição desde o período da monarquia (1822-1889). No
caso, as casas são: Câmara Baixa (Câmara dos Deputados) e Câmara Alta (Senado). O objetivo é que uma realize o trâmite e
discussões das matérias e a outra melhore e revise os trabalhos e vice-versa. Assim, as duas casas poderão contribuir para a
elaboração das normas jurídicas.
A Câmara dos Deputados tem como função, além de representar o povo, discutir sobre os assuntos nacionais e legislar sobre
eles, fazendo a �scalização dos recursos públicos.
O Poder Executivo
Com a preferência do sistema presidencialista, proposto na Constituição de 1988, esse poder é exercido pelo Presidente da
República com a ajuda dos ministros de Estado.
O Presidente da República age liderando, sancionando, promulgando, dando ordens para publicação das leis, criando cargos,
funções ou empregos públicos na administração pública, aumentando salários, vetando projetos de leis e coordenando a
administração federal.
A administração pública, cuja atribuição é do poder executivo e cujo mister é a execução dos serviços públicos, possui a
seguinte divisão estrutural, podendo ser:
Clique nos botões para ver as informações.
Coordenada pela estrutura do governo, exercendo autoridade �nanceira, política e administrativa. A nível federal, é feita
pelo Presidente da República com a ajuda de seus ministros. A nível estadual e do Distrito Federal, é realizada pelo
governador juntamente com as secretarias de Estado. A nível municipal, é operada pelo Prefeito e secretarias municipais.
Desse modo, deve haver um vínculo com o Presidente da República em todos os níveis de governo.
Administração Pública direta ou centralizada 
Realizada por força de lei, quando a administração direta atribui funções a outras pessoas jurídicas. Nesse caso, há
apenas autonomia administrativa e �nanceira, sendo sempre vinculada ao órgão de Estado de sua origem. É instituída
para atender os serviços públicos e/ou interesse público, como autarquias, entidades paraestatais, fundações, entre
outros.
Reforçando a independência dos poderes e tratando dos crimes de responsabilidade, o artigo 85 da CF trata como crime
presidencial atos que impedem o exercício do Poder Legislativo, Judiciário, Ministério Público e as constituições das
demais unidades da federação.
Administração Pública indireta ou descentralizada 
O Poder Judiciário
A �m de facilitar a compreensão, elaboramos os grá�cos seguintes:
 Organograma dos órgãos jurisdicionais do Poder Judiciário. (Fonte: Adaptado de Clever Vasconcelos. Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 343.).
 Fonte: Adaptado de Clever Vasconcelos. Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 376.
JUSTIÇA
COMUM ESPECIAL
Justiça federal Justiça do Trabalho
Justiça do Distrito Federal e territórios Justiça Eleitoral
Justiça comum estadual Justiça Militar
Constituição Federal de 1988
A Constituição da República Federativa do Brasil apresenta
muitas normas de caráter social, como disposto no artigo
1º, que garante o direito democrático:
Saiba mais
Mediante isso, veremos, no artigo 3º, a norma que estabelece a erradicação da pobreza e a redução da desigualdade social,
além a garantia do bem comum e a proibição da discriminação.
Seguindo para o artigo 5º, estão as garantias individuais e fundamentais; nos artigos 6º e 7º, a regulação da proteção à saúde
e ao trabalhador, assim como nos artigos 231 e 232, que tratam sobre a organização social indígena.
Os direitos fundamentais
Abaixo, estão relacionados os direitos fundamentais, elencados na vigente Carta da República (a Constituição Federal):
Clique nos botões para ver as informações.
Constantes nos incisos do artigo 5º, são aqueles que se referem à liberdade do indivíduo. Entre outros, podemos citar o
direito à liberdade de consciência e crença, no inciso VI, e o direito à locomoção (ir-vir-�car), no inciso XV.
Direitos civis (os mais antigos) 
Referidos nos artigos 12 a 17, dizem respeito à participação do indivíduo ― como eleito ou eleitor ― no exercício do poder
político.
Direitos políticos 
Apresentados nos artigos 6º ao 11º, referem-se à igualdade entre as pessoas e são instrumentos por meio dos quais a Lei
Maior objetiva a eliminação das diferenças sociais e das situações impeditivas do alcance da verdadeira cidadania (males
sociais como fome, pobreza extrema, doenças, ignorância).
Direitos sociais 
Atenção
É preciso considerar, fundamentalmente, que os direitos sociais são direitos humanos, no sentido de que constituem
fundamentos da civilização democrática que a humanidade vem construindo nos últimos séculos.
As pessoas não proprietárias de capital ― e que, portanto, dependem de seu trabalho para viver e sustentar dependentes ―
são amparadas pelo Direito para que não tenham de trabalhar até a exaustão, para que não sejam obrigadas a trabalhar sob
risco, em condições perigosas para sua saúde, ou por remuneração inferior ao mínimo necessário para a satisfação de suas
necessidades vitais básicas.
A legislação social existe em função das necessidades sociais e tem como diretriz a proteção dos direitos fundamentais do
ser humano:
O respeito a esses direitos permite que as diferenças sociais sejam eliminadas e as pessoas alcancem a sua verdadeira
cidadania.
 Direitos Fundamentais segundo a Constituição Federal de 1988
 Clique no botão acima.
Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade
(...).
Art. 6º – São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I. Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar,
que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II. Seguro-desemprego, em casos de desemprego involuntário;
III. Fundo de garantia do tempo de serviço;
IV. Salário mínimo, �xado em lei, nacionalmente uni�cado, capaz de atender as necessidades vitais básicas e às de
sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social,
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculação para qualquer �m;
V. Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI. Irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII. Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII. Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX. Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X. Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI. Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na
gestão da empresa, conforme de�nido em lei;
XII. Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII. Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV. Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnosininterruptos de revezamento, salvo negociação
coletiva;
XV. Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI. Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à da normal;
XVII. Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII. Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX. Licença-paternidade, nos termos �xados em lei;
XX. Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especí�cos, nos termos da lei;
XXI. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo de no mínimo trinta dias, nos termos da lei;
XXII. Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII. Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV. Aposentadoria;
XXV. Assistência gratuita aos �lhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-
escolas;
XXVI. Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII. Proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII. Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado,
quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX. Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXX. Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil;
XXXI. Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
de�ciência;
XXXII. Proibição entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os pro�ssionais respectivos;
XXXIII. Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXXIV. Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Cidadania, direito social e administrativo do consumidor
 Fonte: Shutterstock.
Cidadania é a prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um Estado. Os direitos e deveres devem andar sempre
juntos, uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação de outro.
O conceito contemporâneo de cidadania se estendeu em direção a uma perspectiva na qual o cidadão não é apenas quem
vota, mas quem tem meios para exercer o voto de forma consciente e participativa. Portanto, cidadania é a condição de acesso
aos direitos sociais (educação, saúde, segurança, previdência) e econômicos (salário justo, emprego) que permitem que o
cidadão possa desenvolver todas as suas potencialidades, incluindo a de participar de forma ativa, organizada e consciente da
construção da vida coletiva no Estado democrático.
Já o direito social é formado pelo conjunto leis que garantem às pessoas o exercício e usufruto dos direitos fundamentais nas
condições de igualdade, para que todos possam ter uma vida digna, por meio da proteção e garantias dadas pelo Estado de
direito.
O direito administrativo do consumidor, por sua vez, é aquele que pode ser considerado uma rami�cação do direito civil e do
direito empresarial. Cabe a esse ramo do direito tratar das relações jurídicas entre os fornecedores e os consumidores.
4
Algumas de�nições e explicações jurídicas
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0275/aula2.html
Leis
Há duas principais de�nições do que seja lei:
1. Regra categórica.
2. Regra, prescrição escrita que emana da autoridade
soberana de uma dada sociedade e impõe a todos os
indivíduos a obrigação de submeter-se a ela sob pena
de sanções.
 Fonte: Shutterstock
A Constituição Federal (CF) de 1988 é considerada uma das mais modernas
e extensas do mundo, e elenca os direitos individuais e coletivos dos
brasileiros, destacando-se à proteção da família, da cultura, dos direitos
humanos, da educação e da saúde. Dessa forma, é considerada a lei maior
do ordenamento jurídico nacional, composto por vários normativos.
É primordial que haja a hierarquização das leis, em especial para garantir o controle de constitucionalidade das normas ou para
solucionar eventual con�ito entre elas.
Abaixo da Constituição Federal e de suas emendas estão:
Clique nos botões para ver as informações.
As leis complementares, que têm como �nalidade regulamentar os pontos da Constituição que não estejam explicitadas
de forma su�ciente. Na hierarquia das leis ocupa uma categoria intermediária entre a CF e as leis ordinárias. Pode tratar
dos mais diversos assuntos. A Lei Orgânica da Magistratura Nacional, a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte são exemplos de leis complementares.
leis complementares 
As leis ordinárias ocupam o terceiro lugar no ordenamento jurídico brasileiro. Trata-se de normas de competência
exclusiva do Poder Legislativo. Essas matérias precisam ser discutidas e aprovadas por deputados ou senadores e,
posteriormente, sancionadas pelo chefe do Poder Executivo, o Presidente da República. Como exemplos de leis ordinárias,
temos os códigos em geral (Civil, Penal) e a lei sobre o regime jurídico dos servidores federais.
leis ordinárias 
As leis delegadas têm a mesma hierarquia das ordinárias. São elaboradas pelo chefe do Poder Executivo a partir de
delegação do Congresso Nacional. Entre elas está a Lei Delegada n. 13, que instituiu as grati�cações de atividade para
servidores do Poder Executivo.
leis delegadas 
Decreto
 Fonte: Shutterstock.
É a forma de que se revestem dos atos individuais ou gerais,
emanados dos chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, governadores e prefeitos).
Anteriormente conhecida como decreto-lei, a Medida
Provisória (MP) é expedida pelo Presidente da República em
caso de relevância ou urgência, tem força de lei e vigência
de 60 dias. Deve, obrigatoriamente, ser examinada pelo
Congresso. Deputados e senadores podem aprovar ou
rejeitar a norma, ou ainda criar nova lei em sua substituição.
Se ultrapassado o prazo e não for aprovada, a MP perde a
validade.
Os decretos legislativos são atos normativos de
competência do Congresso Nacional. Cite-se, por exemplo,
a rati�cação de tratados internacionais, a autorização de
referendos populares e plebiscitos, e a concessão de
autorização para o funcionamento de emissoras de rádio e
de televisão.
Portaria
É, no Direito Administrativo brasileiro, ato jurídico infralegal
originário do Poder Executivo, que contém
ordens/instruções acerca da aplicação de leis ou
regulamentos, recomendações de caráter geral e normas
sobre a execução de serviços, a �m de esclarecer ou
informar sobre atos ou eventos realizados internamente em
órgão público, tais como:
Nomeações.
Demissões.
Medidas de ordem disciplinar.
Pedidos de férias.
Licenças por luto, licenças para tratamento de
saúde, licença em razão de casamento (gala) de
funcionários públicos, ou qualquer outra
determinação da sua competência.
 Fonte: Shutterstock.
Resolução
Já as resoluções, ainda como uma espécie normativa prevista na CF, são atos editados pelo Congresso Nacional, pelo Senado
Federal e pela Câmara dos Deputados para tratar de assuntos internos. Há, contudo, outras espécies de resoluções editadas
pelos poderes executivo e judiciário no intuito de regulamentar leis sobre determinados assuntos, como por exemplo, as
resoluções editadas pelo Conselho Nacional de Justiça.
Os temas da resolução mais corriqueiros referem-se à concessão de licenças ou afastamentos de deputados ou senadores, a
atribuição de benefícios etc. Exige-se para a sua aprovação o quorum de maioria simples (Art. 47, CF/88), sendo que a sua
sanção, promulgação e publicação �cam a cargo do presidente do respectivo órgão que a produziu (do Congresso, do Senadoou da Câmara dos Deputados).
 Outras de�nições e explicações jurídicas
 Clique no botão acima.
RDC
As Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC) são normas jurídicas destinadas a disciplinar assuntos do interesse
público, emitidas geralmente por uma agência reguladora. São constantemente utilizadas para a regulamentação de
assuntos da área da saúde.
Despacho
Os despachos constituem ato do juiz, juntamente com as decisões interlocutórias e as sentenças. De acordo com o
artigo 162, § 3º, do Código de Processo Civil, "são despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de
ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma".
Note-se que os despachos de mero expediente são aqueles que não têm nenhum conteúdo decisório e, por isso, não
provocam prejuízos para as partes. Tem como �nalidade primordial impulsionar o processo e impedir eventuais vícios
ou irregularidades.
Circular
Correspondência de caráter interno de uma instituição, expedida simultaneamente a diversos destinatários, com o
objetivo de transmitir rotinas, orientações, procedimentos, esclarecer o conteúdo de leis, normas e regulamentos ou
dar publicidade a uma informação. Pode ser apresentada sob a forma de ofício-circular, memorando-circular, carta-
circular, telegrama circular, conforme a sua �nalidade.
A circular não deverá ser utilizada para regulamentar atos o�ciais como Norma de Serviço e Determinação de Serviço.
A emissão de circular é privativa das unidades de hierarquia igual ou superior a Divisão ou a Departamento
Universitário, ou seus equivalentes.
Projeto de lei
É um conjunto de normas que deve se submeter à tramitação no Legislativo com o objetivo de se efetivar por meio de
uma lei. No Brasil, um projeto de lei pode ter sua tramitação iniciada tanto na Câmara dos Deputados como no Senado
Federal. Todo projeto de lei recebe um número especí�co ou protocolo, que lhe é designado a �m de facilitar a sua
identi�cação e acompanhamento.
A discordância do chefe do Poder Executivo com determinado projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo gera o
veto, que poderá ser total (veta-se o projeto de lei na íntegra) ou parcial (quando abrange texto integral de artigo,
parágrafo, inciso ou alínea do projeto de lei).
O Poder Legislativo, ao ser comunicado do veto, poderá, pela maioria de seus membros, derrubá-lo, devendo reenviar o
projeto de lei ao chefe do Executivo para que este faça a promulgação do texto. Art. 66, § 4º, da Constituição Federal.
Consulta pública
São processos democráticos para construção conjunta de políticas públicas entre governo e sociedade. Com a
colaboração dos cidadãos, empresas, movimentos e organizações da sociedade as ações e programas do governo
poderão atingir seus objetivos e ser aprimorados de acordo com as demandas coletivas.
Instrução Normativa
Consiste em ato administrativo expresso por ordem escrita expedida pelo Chefe de Serviço ou Ministro de Estado a
seus subordinados, dispondo normas disciplinares que deverão ser adotadas no funcionamento de serviço público
reformulado ou recém-formado. Será também considerada como norma expedida no sentido de interpretar uma lei.
Licença sanitária
É um documento administrativo expedido pelo órgão municipal de vigilância sanitária, o qual atesta que o
estabelecimento possui condições operativas, físico-estruturais e sanitárias, concedendo o direito ao estabelecimento
de desenvolver atividade econômica de interesse à saúde em determinado local de uso público ou privado.
Este documento é expedido em impresso padrão de via única, com validade especí�ca para cada ramo de atividade
econômica.
Autorização de funcionamento
O Certi�cado de Autorização de Funcionamento (Certi�cado de AFE) se aplica a farmácias, drogarias, empresas de
medicamentos e insumos farmacêuticos e empresas que trabalham com produtos para saúde, cosméticos ou
saneantes.
Alvará de funcionamento
Licença que, expedida por autoridade administrativa, permite o exercício ou a prática de certas atividades, como
comércio, construção etc.
 Atividade
1. Como podem ser designados os Poderes da nação brasileira, segundo o art. 2º da Constituição Federal de 1988?
a) Executivo e Legislativo.
b) Legislativo, Executivo e Ministério Público
c)Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público.
d) Legislativo, Judiciário e Executivo.
e) Judiciário e Executivo.
2. O bicameralismo caracteriza o Poder Legislativo no Brasil. Assim, a representação do poder legislativo na esfera federal se dá
por meio:
a) Do Congresso Nacional e Senado Federal.
b) Do Senado Federal e Câmara Alta.
c) Da Câmara Alta e Câmara Baixa.
d) Da Câmara dos Deputados e Congresso Nacional.
e) Câmara Baixa e Câmara dos Deputados.
3. Os direitos sociais são direitos humanos, no sentido de que constituem fundamentos da civilização democrática que a
humanidade vem construindo nos últimos séculos. Apresentados nos artigos 6º ao 11º, referem-se à igualdade entre as
pessoas e são instrumentos por meio dos quais a Lei Maior objetiva:
a) A eliminação dos direitos sociais e das situações impeditivas do alcance da verdadeira cidadania (males sociais como fome, pobreza
extrema, doenças, ignorância).
b) A eliminação das diferenças sociais e das situações impeditivas do alcance de valores individuais (males sociais como fome, pobreza
extrema, doenças, ignorância).
c) A eliminação das diferenças sociais e das situações impeditivas do alcance da verdadeira cidadania (males como juros bancários, taxa
de câmbio, planos de saúde, ignorância).
d) A eliminação das diferenças sociais e das situações impeditivas do alcance da verdadeira cidadania (males sociais como fome, pobreza
extrema, doenças, ignorância).
e) Nenhuma das anteriores.
4. Condição de acesso aos direitos sociais (educação, saúde, segurança, previdência) e econômicos (salário justo, emprego)
que permitem que o cidadão possa desenvolver todas as suas potencialidades, incluindo a de participar de forma ativa,
organizada e consciente da construção da vida coletiva no Estado democrático é de�nição de:
a) Direito social
b) Democracia
c) Cidadania
d) Direito Administrativo
e) Governo
5. As Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC) são constantemente utilizadas para a regulamentação de assuntos da área da
saúde. Podemos de�nir RDC como:
a) Lei destinada a disciplinar assuntos do interesse público, emitida geralmente por uma agência reguladora.
b) Decreto destinado a disciplinar assuntos do interesse público, emitido geralmente por uma agência reguladora.
c) Norma jurídica destinada a disciplinar assuntos do interesse público, emitida geralmente por uma agência reguladora.
d) Consenso destinado a disciplinar assuntos do interesse público, emitido geralmente por uma agência reguladora.
e) Norma jurídica destinada a disciplinar assuntos do interesse privado, emitida geralmente por uma agência reguladora.
Notas
Estado1
Organização de natureza política; situação do senhor de terras do século XIII; poder pessoal recebido e transmitido
hereditariamente; principado, século XVI; soberania territorial; situação política, social e material do príncipe e seus funcionários
que operam e organizam o poder político em um território militar e economicamente soberano.
Soberania2
Geralmente entendida como a propriedade do Estado de não reconhecer, nos limites do seu território, a validade de qualquer
outro poder acima do seu próprio. Um Estado soberano é, portanto, aquele que se regula segundo as suas próprias regras,
estabelecendo, ademais, o modo de sua criação.
Princípios constitucionais3
São ordenações que se irradiam e imantam os sistemas de normas.
José Afonso da Silva
Cidadania4
1. Qualidade ou condição de cidadão.
2. JURÍDICO (TERMO): Condição de pessoa que, como membro de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem
participar da vida política.
Referências
BASTOS, A.urélio Wander. Introdução à teoria do direito. 3. ed. atual. e rev. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2000.
BONAVIDES, P.; MIRANDA, J.; AGRA, W. M.Comentários à Constituição Federal
<//www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-
republica-federativa-do-brasil-1988> de 1988. Rio de Janeiro: Forense, 2009. p. 7.
CESARINO JÚNIOR, A. F. Direito social. São Paulo: LTr, 1980.
HOBSBAWN, E. J. Nações e nacionalismos desde 1790. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
NUNES, Rizzatto. Manual de �loso�a do direito. São Paulo: Saraiva, 2004.
OLIVEIRA, J. M. L.eoni L.opes de. Introdução ao direito. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2004.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. Edição ajustada ao Novo Código Civil.
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Licença sanitária <//www.saude.curitiba.pr.gov.br/vigilancia/sanitaria/informacoes-gerais/ls.html> .
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