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ORGANIZAÇÃO DOS PODERES Separação dos Poderes – concebida para assegurar a liberdade dos indivíduos. Antecedente mais remoto da separação dos poderes – Aristóteles, que considera injusto e perigoso atribuir-se a um só indivíduo o exercício do poder. Locke – aponta a existência de quatro funções fundamentais: a função legislativa caberia ao Parlamento e todas as demais ao Executivo. Desde os tempos antigos até a idade moderna, houve pouca evolução nos conceitos e sistemas de Estado. No período moderno , particularmente centralizador, o poder estava concentrado nas mãos de um monarca absoluto. Somente com os movimentos revolucionários e filosóficos ocorridos na França e na Inglaterra é que se passou a buscar um modelo de Estado diferente. A partir daí o atual conceito de Estado foi sendo desenvolvido, com destaque para o Barão de Montesquieu , que a partir dos estudos que realizou nas obras de John Locke, explicitou , no livro “ O Espírito das Leis” , que o poder real tinha em si concentradas três formas de manifestação , a saber: a LEGISLATIVA, a EXECUTIVA e a JUDICIÁRIA. Até os dias de hoje essa tripartição serve de modelo para os Estados modernos , sendo que a cada qual dessas manifestações de poder corresponde uma função peculiar, mas não exclusiva. Como ente personalizado, o Estado tanto pode atuar no campo do Direito Público como no do Direito Privado, mantendo sempre sua única personalidade de Direito Público. Esse é o Estado Democrático de Direito, ou seja, o Estado cujo poder emana do povo e é juridicamente organizado sendo obediente às suas próprias leis. O poder Estatal é uno, não sofre divisões. O que existe é a distribuição entre órgãos autônomos e independentes nas funções de Estado, com a finalidade de proteger a liberdade de cada cidadão frente à autoridade estatal. O seu objetivo é evitar a concentração nas mãos de uma só pessoa, o que poderia gerar situações de abuso de poder. A separação das três funções de poderes surgiu da passagem do Estado Absolutista para o Estado Liberal e tem em Montesquieu seu idealizador: “ o poder deve limitar o poder, para evitar o abuso de poder”. Sendo assim, não existirá um Estado Democrático de Direito, sem que haja ( divisão de funções ) Poderes de Estado, independentes e harmônicos entre si , bem como previsão de direitos e garantias individuais. As três funções básicas foram adotadas pela nossa Constituição Federal , expressas no art. 2º : SÃO PODERES DA UNIÃO, INDEPENDENTES E HARMÔNICOS ENTRE SI, O LEGISLATIVO, O EXECUTIVO E O JUDICIÁRIO. Não existe subordinação , pois atuam de modo independente , bem como não devem existir conflitos entre eles, devido ao objetivo de todos os poderes: assegurar o bem comum. FUNÇÕES ESTATAIS BÁSICAS: A) FUNÇÃO LEGISLATIVA – elaboração de leis, de normas gerais e abstratas , impostas coercitivamente a todos; exercer o controle político do Poder Executivo e realizar a fiscalização orçamentária. B) FUNÇÃO EXECUTIVA – administração do Estado, de acordo com as leis elaboradas pelo Legislativo. C) FUNÇÃO JUDICIÁRIA – atividade de distribuição da justiça e aplicação da lei ao caso concreto, em situações de litígio. A separação dos poderes não é rígida, pois existe uma interferência de um poder no outro, ou seja, um poder desempenha suas funções , mas ao mesmo tempo fiscaliza o outro poder ( conhecido como sistema de freios e contrapesos ) . Também não é absoluta , posto que nenhum poder exercita apenas as suas funções típicas , sendo necessário ressaltar que cada um dos chamados poderes possui uma função predominante ( funções típicas) , que o caracteriza como detentor de uma parcela da soberania estatal, além de outras funções previstas no texto constitucional ( funções atípicas). CRÍTICAS AO SISTEMA DE SEPARAÇÃO DE PODERES 1) Meramente formalista, jamais tendo sido praticada rigidamente. 2) Jamais conseguiu assegurar a liberdade dos indivíduos ou o caráter democrático do Estado; 3)Momento atual de maior atuação do Estado e de ineficiência/ omissão de órgãos.
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