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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Correntes Teóricas da Ciência da Informação e o Centro de Arte Popular - CEMIG GUILHERME DRUMMOND LUÍSA FRANCO GUIMARÃES THAIS LOPEZ TIAGO CÂNDIDO VANESSA ANDRADE MUSEOLOGIA 2014/1 PROFº CARLOS ALBERTO LIVA ARA JOÁ Ú FUNDAMENTOS DA CI NCIA DA INFORMA OÊ ÇÃ BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 TEORIA MATEMÁTICA A teoria matemática preocupa-se com a eficácia do processo de comunicação. Em relação a comunicação, existem 3 níveis de problemas, mas a teoria matemática se relaciona somente com um: O transporte físico da informação. Logo, analisamos o centro de arte popular no intuito de descobrir quais os canais de informação existentes e se eles são eficazes no processo de transferência da informação entre o transmissor e receptor. O Centro de Arte Popular da CEMIG usa três tipos de canais para levar a informação ao público: Os mediadores, As legendas e os vídeos. Levando em consideração que as legendas dos objetos são, na sua maioria, genéricos, fica explícita a necessidade dos mediadores nas salas de exposição, já que os mesmos complementam e acrescentam informações realmente relevantes sobre as obras e as exposições. Os vídeos falam por si só, não precisam de legendas ou mediadores para exprimir as informações neles contidas. A necessidade de mais de um canal de transmissão é fundamental dentro dos museus e centros de arte popular, já que muitas vezes, o receptor não consegue se relacionar com as informações de forma eficaz somente com a exposição e legenda dos objetos. O CAP-CEMIG consegue, com esse conjunto de ações, trazer certa eficácia para o desenvolvimento cultural do público, já que existem maneira diversas de encontrar e transmitir informações dentro desta instituição. BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 TEORIA SISTÊMICA Para que se entenda como tal corrente teórica trabalha no objeto de estudo, é importante relembrar o conceito da mesma e sua origem. A teoria nasce de princípios da biologia e busca mostrar que tudo funciona de forma sistêmica, como num organismo vivo, ou no ciclo da natureza, onde cada parte tem participação essencial para o funcionamento do todo. Há um forte princípio de circulação existente nestes que se reflete na teoria: todo processo sai e cria novos elementos numa entrada, de forma cíclica – chamados de output, a saída, e input, entrada. Somados a estas duas principais partes, o sistema ainda conta com outros fatores, como diz Araújo: O modelo organísmico da teoria sistêmica articula uma série de conceitos particulares, tais como a ideia de totalidade (o conjunto, como por exemplo uma cidade, uma empresa, uma equipe), os objetos que compõem a totalidade (os membros tomados isoladamente – as pessoas, os grupos, os departamentos), os atributos destes objetos (características específicas que cada objeto tem para o desempenho adequado da sua função), os processos (a “importação” ou entrada de algo, a “exportação” ou saída, e o processamento desse algo, entendido como as tarefas necessárias para a sobrevivência do sistema) e o ambiente (aquilo que é externo à totalidade, de onde ela retira os elementos de entrada e para onde dirige os elementos de saída). (ARAÚJO, 2009, p.195) Assim, levando em conta o modelo organísmico da teoria sistêmica e as funções museológicas, buscaremos analisar o Centro de Arte Popular CEMIG como um sistema, averiguando parte a parte seus processos. a. Input: É a seleção das peças que constituem o acervo, sua descrição e representação. O input no Centro, no que se refere ao acervo, vem da escolha das peças que possam representar a arte mineira e a memória do estado. b. Output: São as questões, busca, recuperação e análise, bem como as pesquisas e BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 estudos desenvolvidos, graças ao processamento das informações do input, da análise do acervo. No objeto em questão, no decorrer da análise da instituição, pouco se é feito em questão de output. O Centro busca salvaguardar e recuperar a memória artística de minas, mas é pouca a pesquisa realizada pelo mesmo, sendo poucas as questões levantadas sobre o tema. c. Ambiente: “Supersistema” no qual o sistema se encontra. É a realidade, com o seu recorte no estado de Minas Gerais, principalmente a memória e história deste. d. Sistema: O sistema é basicamente o Centro em análise, e a totalidade deste: o prédio tombado em que se localiza o Centro, os objetos que compõe o acervo, as funções museológicas que são desempenhadas (preservação, pesquisa e comunicação) e aqueles que trabalham com estas (diretor, conservadores, mediadores), bem como os outros funcionários da instituição. e. Fronteiras: definição do que está dentro do sistema e o que não está (o que está no Ambiente). As fronteiras do centro se delimitam em ajuntar nele manifestações da arte mineira e de seus grandes mestres, salvaguardando-as. BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 TEORIA CRÍTICA A teoria crítica da informação tem como eixo condutor justamente a desconfiança por trás da informação disposta. É a suspeição do discurso apresentado, a idéia de que a informação pode esconder algo a mais que não está sendo dito. Ao contrário das teorias baseadas na matemática e na biologia com sua abordagem positivista, a teoria crítica tem um forte caráter baseado nas ciências humanas. No Centro de Arte Popular – Cemig ela também se manifesta de maneira bastante pertinente. O Centro se propõe à propagação e divulgação da arte popular, uma manifestação artística que possui um inerente valor social. É a arte popular talvez a forma de arte que mais conta sobre o artista e o contexto cultural que o cerca. Dessa forma, seria de se esperar que o Centro fizesse alguma ponte entre os objetos expostos e toda essa realidade social e cultural, tendo assim uma oportunidade de educar o público não apenas sobre o objeto físico em si, mas também sobre todo a carga de informação cultural que ele suporta. Infelizmente, essa oportunidade não se concretiza. Dipostos em suntuosas salas de exibição, os objetos trazem pouco de seu contexto para a exposição. Muitos dos trabalhos presentes no Centro tem como lugar de origem áreas com problemas sócio-econômicos consideráveis, como o Vale do Jequitinhonha; áreas que nem de longe remetem aos tablados polidos e à iluminação calculada dos espaços de exposição. Dessa forma, o Centro se afasta de uma potencial reflexão crítica muito importante a respeito da realidade da arte popular, transformando seu produto em mero objeto estético de consumo. A única sala que procura mostrar um pouco da vida do artista é a Grandes Mestres, porém mesmo assim muitos ficam de fora dessa iniciativa. Outro fator que distancia ainda mais artista e objeto musealizado é o fato de que uma parte dos objetos presentes no Centro pertencem ou foram emprestados por colecionadores. Em conversa com os mediadores, foi relatado que muitas vezes o próprio artista não sabe que suas obras estão sendo expostas. O processo de aquisição, sendo então realizado por terceiros e sem conhecimento do artista denuncia ainda mais esse afastamento e preocupação em apenas “possuir para expor” ao invés de “expor para refletir”. Esse comportamento mostra uma grande importância dada ao apelo turístico da instituição, sem se preocupar na valorização da construção de uma identidade regional na base cultural dos próprios mineiros. Outro problema que pode ser abordado através da teoria crítica é também na própria exposição porém de uma maneira mais abrangente. Um espaço que se compromete a celebrar a arte popular deveria possuir um acervo muito mais inclusivo e diversificado. Pode-se perceber que houve um recorte cultural do que a curadoria do Centro identificoue decidiu expor como arte popular, oferecendo apenas uma visão parcial dessa manifestação artística no estado. A divisão temática das salas pouco ajuda nesse cenário, se utilizando de uma classificação que em alguns casos limita e restringe a abrangência e sentido da exposição. BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 Uma das salas que mais sofre com esse recorte é a Devoção e Arte, que tem em seu predomínio peças com influência do catolicismo barroco. Existe quase uma total ausência de representação de outras manifestações religiosas do estado, como o congado. A exceção, e também uma das peças de maior destaque da sala, é um oratório de congado, que possui como um de seus elementos uma Nossa Senhora negra. Sua posição privilegiada, logo na entrada, se deve ao Centro se utilizar dele como símbolo de miscigenação e sincretismo, no sentido de ser um objeto católico apropriado por uma manifestação religiosa afrodescendente, numa tentativa de compensar a predominância católica barroca do resto do espaço. Através desses recortes, o Centro corre o risco de não conseguir passar ao visitante a realidade multifacetada da arte popular mineira, o que muitas vezes pode levar à criação de esteriótipos e pré-conceitos. Museus possuem em seu cerne esse potencial de criação de uma consciência crítica nos seus usuários, e o Centro de Arte Popular – Cemig possui esse potencial, ainda que pouco desenvolvido. Com alterações no plano museológico da instituição, ele pode alcançar uma relevância cultural e social que mostre além do elemento estético dos objetos, ajudando a criar cidadãos mais conscientes e mais em sintonia com o próprio patrimônio e seu contexto. BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 TEORIA DA REPRESENTAÇÃO A teoria da representação possui como principais funções a descrição e a classificação dos objetos, e no Centro de Arte Popular – Cemig ela se manifesta de maneira mais preponderante nas quatro salas de exposição permanente. Situadas em dois andares do museu, as salas foram separadas em quatro temáticas específicas que servem como guia para o agrupamento dos objetos e bens que constituem a exposição. São quatro salas distintamente divididas e sem conexão umas com as outras, o que contribui para esse evidenciar esse caráter classificatório empregado no plano museal da instituição. De acordo com a sugestão do próprio Centro, a visitação deve ser iniciada pelas salas do último andar e assim fazer o percurso descendo para os andares seguintes e visitando as salas em ordem decrescente, e também será nessa ordem que elas serão avaliadas a seguir. A Sala 4 foi denominada Casa Mineira e seu conteúdo remete às tradições, ao cotidiano da vida do mineiro, dando um grande destaque ao fazer cotidiano e à cultura popular. Nessa sala econtram-se, por exemplo, colchas bordadas por comunidades do interior do estado, um tapete de serragem, utensílios para a fabricação de queijos, quadros que retratam a vida tanto urbana quanto rural e até vídeos de manifestações religiosas típicas. Essa é teoricamente a sala com o maior potencial de despertar a memória do público, já que os objetos escolhidos possuem um inerente caráter intimista e remetem ao saber cotidiano. A Sala 3, chamada de Grandes Mestres, se propõe a abarcar e divulgar as obras dos artitas mais reconhecidos de Minas Gerais nesse viés popular, como por exemplo Geraldo Teles Oliveira (GTO) e Ulisses Pereira. São em sua maioria trabalhos em madeira e cerâmica, com destaque também para a produção das noivas do Vale de Jequitinhonha. Apesar do título da sala, também se encontram nela obras de autores desconhecidos. A Sala 2 possui uma história um pouco polêmica devido à escolha de seu tema. Previamente chamada de Arte e Fé, ela reúne em seu interior objetos em sua maioria de cunho religioso, como oratórios e esculturas de santos. O enfoque da sala é predominantemente católico barroco, e isso chegou a causar uma indisposição de visitantes de outras religiões, com alguns inclusive se recusando a entrar nela. Para tentar remediar a situação, mudou-se o nome da sala para Devoção e Arte, procurando então enfatizar os objetos como peças de arte e bens materias e retirando seu contexto religioso. Preferências religiosas à parte, a sala possui de fato uma representação parcial dos cultos existentes no estado. A peça de maior destaque na sala, colocada logo ao lado da entrada, é um oratório de congado. Ela recebe esse lugar privilegiado pois, devido à história da sala, ele representa a miscigenação, pois é um oratório católico apropriado por uma manifestação religiosa afrodescendente. O Centro então tenta imbuir ao oratório esse caráter de diversidade, como se ele fosse o símbolo da mistura de religião e raças numa sala de exposição que devido à sua classficação corre o risco de afastar outras religiões BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 que não se sentem representadas ou intolerantes. Por fim, a Sala 1 se divide em dois espaços: Artes Primeiras e Imaginário Popular. O primeiro faz referências às artes primitivas, como as pinturas rupestres, e apresenta tanto exemplos das próprias artes primeiras quanto obras recentes que fazem referência à essas artes primitivas. O segundo espaço abarca desde esculturas de cerâmica até redes de caça indígenas. Analisando as quatro salas pode-se formular uma crítica à teoria da representação na maneira como ela é empregada na instituição. As quatro temáticas escolhidas delimitam por demais uma instituição que pretende divulgar e expor a arte popular. As salas se confundem e elementos que se encontram em uma delas poderiam muito bem estar nas outras. Um exemplo são os oratórios da sala Devoção e Arte. O que impede um visitante religioso de identificá-lo como um objeto extremamente familiar e integrado com seu cotidiano, podendo então pertencer à sala Casa Mineira? E se um oratório tiver sido construído por um artista reconhecido, ele estaria na sala Grandes Mestres? E, como já mencionado anteriormente, porquê objetos de autores desconhecidos se encontram numa sala que se propõe a destacar os artistas mais reconhecidos? Outro exemplo são as críticas dirigidas à sala 1, Artes Primeiras e Imaginário Popular. No espaço de Artes Primeiras, em conversa com mediadores do Centro, foi relatado que professores e outros profissionais criticaram a amostra medíocre de trabalhos de artistas conhecidos, como Ana do Baú, que possui dois pequenos vasos representando sua produção na sala. Já no espaço de Imaginário Popular, podemos encontrar mais cerâmicas de Ulisses Pereira. Qual foi o critério de escolha que separou peças de um mesmo artista de renome entre Grandes Mestres e Imaginário Popular? A bem da verdade, a seção Imaginário Popular possui um tema muito abstrato, como se o que não se tivesse conseguido dividir entre as outras salas fosse então exposta nessa. Dessa maneira, pode-se perceber a importância da teoria da representação na construção de um espaço que pretende ser um fornecedor de informação à comunidade. Se o Centro talvez se libertasse dessa classificação tão engessada que dá margens para polêmicas como a da sala 2, e divisse suas salas em temas mais abrangentes, como por exemplo materiais ou regiões de origem, talvez o sistema de transmissão de informação funcionasse com maior eficácia. BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 TEORIA DOS FLUXOS A teoria dos fluxos busca analisar a trajetória da informação, e como ele chega ao usuário. Dentro do Centro de Arte popular da CEMIG, a informação é passada ao público através dos Objetos expostos nas coleções, que são divididos em quatro salas, sendo que cada sala possui um tema relacionado à arte popular Mineira: “Artes Primeiras e Imaginário Popular”,“Grandes Mestres”, “Casa Mineira” e uma sala destinada ás exposições de curta duração. Outro modo de transmitir informação é através da WEB, já que o museu conta com um site que está vinculado ao Circuito Cultural da Praça da Liberdade e uma página no Facebook. A internet se tornou uma ferramenta indispensável no mundo dos museus, já que as pessoas que não tem o acesso direto ao museu podem conhecê-lo, de maneira breve e sucinta. OS vídeos dispostos dentro das salas, também carregam informações importantes parar compreender o tema do CAP. As legendas também fazem parte destes meios de transferência de informação, já que muitas vezes, os objetos não são suficientes parar compreendermos a ideia, a essência da exposição. Diante destes meios de transferência de informação, percebemos que nem todos são realmente eficazes em certo ponto. Os objetos muitas fezes não são suficientes, as legendas são muito genérica e os vídeos não são muitas vezes decifrados em primeiro olhar, por isso, o CAP-CEMIG trabalha também com os mediadores em suas exposições. Os mediadores conseguem transmitir ao púbico, o que os outros métodos não conseguem num primeiro momento. Além dos meios comuns de expressar as informações, o CAP procura investir nas palestras, seminários e oficinas para a transmissão das informações a cerca do tema “Arte Mineira”. Recentemente, promoveu-se o 1º Seminário de Arte Popular, A oficina Inclusiva de Bonecos, Oficina de Cruzes de Santa Cruz. Estes outros meios de passar a informação aos visitantes, são atitudes inclusivas e excepcionais dentro das instituições que trabalham com a memória das sociedades. BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 TEORIA DOS USUÁRIOS Os estudos de usuários passam a ser utilizados para se obter mais conhecimento sobre as fontes, os serviços e os sistemas de informação. Fazendo um diagnóstico para o aperfeiçoamento ou adequação dos produtos e serviços do Centro de Arte Popular – CEMIG podemos considerar que, o CAP como um espaço ideal para uma imersão na cultura de raiz de uma regionalidade especifica mineira. Pensar e repensar, fazer e refazer são os desafios que o Centro de Arte Popular – Cemig tem de enfrentar ao mesmo tempo em que os apresenta para a sociedade. Tratar de uma especifidade na arte popular mineira aparenta ser um diferencial dentro da proposta do espaço. O Centro não traz apenas peças mineiras para falarem por si só em um meio, ele busca expor, mesmo que indiretamente, a realidade de uma cultura de raiz tão especifica. Dessa maneira é possível identificar diferentes reações de diferentes usuários. Tratando de um usuário mineiro é fácil perceber uma imediata conexão com o espaço e a exposição. Os itens expostos fizeram ou fazem parte do cotidiano desse usuário, é natural e muito comum uma identificação instantânea com o espaço. Dentro desse mesmo âmbito (usuários mineiros) se pode analisar diferentes fases de conexão a partir da idade considerando crianças, jovens, adultos e idosos. Talvez as crianças e os jovens se identificam com algum objeto porém não de maneira habitual, por exemplo, um taxo de fazer doce é fácil considerar uma conexão com objeto por ser algo comum no meio mineiro mas não porque remete a quando utilizavam o taxo. Com os adultos é mais comum aquele mesmo taxo fazer parte de uma memória construída há tempos. A conexão para com a exposição é mais rápida. E é extremamente comum os idosos construírem uma memória habitual com aquilo que vê, afinal o objeto fez parte do seu cotidiano infantil, jovem, adulto e certa forma, muitas vezes, atual. Quase sempre não consideram o objeto como uma peça de museu transmitindo uma memória, e sim consideram apenas algo que está presente no seu cotidiano. Como o CAP está inserido no Circuito Cultural Praça da Liberdade ele se remete a um grande número de turistas de diferentes partes do Brasil e do mundo. Acredito que seja nesse âmbito que entra a questão da necessidade de mediação do espaço. Analisando um turista paulistano como usuário do espaço, considerando também as variações de idades, podemos analisar um distanciamento maior do que os turistas mineiros por exemplo. O mesmo taxo que a família mineira analisou não transmite as mesmas lembranças, por conta da diversidade cultural ele não fez parte do cotidiano da família paulistana. O espaço trabalha como um expositor de cultura mineira e os objetos transmitem significados e histórias como mero saber plural na vida do usuário turista paulistano. Muitas vezes esses objetos precisam de uma mediação para melhor compreensão do que o objeto quer transmitir. É curioso presenciar a reação de diferentes usuários dentro do espaço. O CAP segue uma proposta de preservar referências patrimoniais e, por meio delas, BELO HORIZONTE JUNHO - 2014 propõem reflexões amplas sobre o homem, seu meio ambiente e suas atividades e de certa forma cumpre com essa proposta. Os serviços oferecidos como fonte de informação são bastante claros e executam suas funções com sucesso fazendo com que o usuário, mesmo que de diferentes culturas, compreendam a cultura de raiz mineira. Entende-se que o Centro de Arte Popular – Cemig, é um centro que devido a suas exposições objetivadas em expor a identidade mineira possui uma interdisciplinaridade. Muitas vezes o fato de conter essa interdisciplinaridade faz com que qualquer tipo de usuário aproveite o espaço e o serviço oferecido pela instituição. BELO HORIZONTE JUNHO - 2014
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