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Introdução à Primeiros Socorros - aula 1

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O SISTEMA DE EMERGÊNCIAS 
MÉDICAS
PROF.ª PATRÍCIA FORESTIERI
Fisioterapeuta 
Mestre em Ciências da Saúde em Cardiologia – UNIFESP
Especialista em Fisioterapia em Cardiologia – UNIFESP
Especialista em Fisioterapia Motora em Neurologia - UNIFESP
PRIMEIRO SOCORROS
Aproximadamente 70% das mortes por trauma, 
afogamento, doenças cardiovasculares e cerebrais 
ocorrem antes da vítima chegar ao hospital.
EMERGÊNCIA X URGÊNCIA
Muitas dessas mortes podem ser evitadas se as vítimas forem 
rapidamente atendidas por uma pessoa treinada em “Primeiros 
Socorros”, que dê inicio imediatamente aos procedimentos de 
Suporte Básico de Vida (SBV).
A Reanimação Cardiopulmonar (RCP) aplicada no âmbito 
pré-hospitalar (SBV) é parte vital de um elo na corrente para a 
sobrevivência das vítimas de Parada Cardiorrespiratória (PCR), que 
se liga a outros dois elos que são a chegada de socorro médico 
pré-hospitalar e o posterior tratamento hospitalar.
Quando consideramos o atendimento a vitimas de qualquer tipo
de emergências, temos uma corrente de três elos.
Primeiro elo: Suporte Básico de Vida (BLS) - Socorrista ou
Guarda-Vidas
Segundo elo: Suporte Avançado de Vida (ACLS) – Ambulância
com equipe médica / UTI móvel do CRA.
Terceiro elo: Representado pelo Hospital de referencia
Observe que para o sucesso do nosso atendimento se faz
necessário a total harmonia e sintonia entre os três elos da corrente.
Às vezes, dados que consideramos sem importância, são
extremamente valiosos para o tratamento do paciente.
O guarda-vidas ou socorrista trabalhando na frente de linha
enfrenta diariamente a dúvida de quando chamar o socorro
médico e quando encaminhar a vítima ao hospital após o
resgate/atendimento.
Em casos graves a indicação da necessidade da ambulância e/ou
do hospital é óbvia, porém casos menos graves sempre ocasionam
dúvidas.
Após o resgate/atendimento inicial de primeiros socorros, o
guarda-vidas/socorrista tem basicamente 3 possibilidades:
1. Liberar a vítima sem maiores recomendações.
a) Vítima sem sintomas, doenças ou traumas associados –
apresentando a frequência do coração e da respiração normal,
sem frio e totalmente acordado, alerta e capaz de andar sem
ajuda.
2.Liberar a vítima com recomendações de ser acompanhada ou
procurar por médico por meios próprios.
a)Acidentes/doenças com pequenas queixas que não
impossibilitam a vítima de andar por conta própria e que assim o
fazendo não determine um agravamento em seu estado. Ex:
pequeno trauma como ferimento por anzol, luxação escapulo-
umeral, e outros.
b) Acidentes/doenças com pequenas queixas que impossibilitam
a vítima de andar por conta própria temporariamente, estando a
vítima acompanhada por responsável possuidor de veículo para
transporte a sua residência ou ambulatório médico e que assim o
fazendo não determine um agravamento em seu estado.
c) Em caso de dúvida, contate o socorro médico e esclareça se há
ou não necessidade do socorro médico.
3. Acionar o Sistema de Emergências Médicas (SEM ou SAMU)
SAMU ou levar diretamente ao hospital em caso de ausência do
SAMU
a) Qualquer paciente que por conta do acidente ou doença aguda o
impossibilitam de andar sem ajuda.
b) Qualquer paciente que perdeu a consciência mesmo por um
breve período.
c) Qualquer paciente que necessitou de boca-a-boca ou RCP.
d) Qualquer paciente com suspeita de doença grave como; infarto
do miocárdio, lesão de coluna, trauma grave, falta de ar, epilepsia,
lesão por animal marinho, intoxicação por drogas, etc.
Tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter 
ocorrido alguma situação de urgência ou emergência que possa 
levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte.
São situações de urgência de natureza clínica, cirúrgica, 
traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras.
Trata-se de um serviço pré-hospitalar, 
que visa conectar as vítimas aos recursos 
que elas necessitam e com a maior
brevidade possível.
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA
(SAMU 192) 
http://portalms.saude.gov.br
O SAMU 192 é um serviço gratuito, que funciona 24 horas, por 
meio da prestação de orientações e do envio de veículos tripulados 
por equipe capacitada, acessado pelo número "192" e acionado 
por uma Central de Regulação das Urgências. 
O SAMU realiza os atendimentos em qualquer lugar: residências, 
locais de trabalho e vias públicas, e conta com equipes que reúne 
médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e condutores 
socorristas.
O Ministério da Saúde vem concentrando esforços no sentido de implementar a Política 
Nacional de Atenção às Urgências, da qual o SAMU 192 é componente fundamental. Tal 
Política prioriza os princípios do SUS, com ênfase na construção de redes de atenção 
integral às urgências regionalizadas e hierarquizadas que permitam a organização da 
atenção, com o objetivo de garantir a universalidade do acesso, a equidade na alocação de 
recursos e a integralidade na atenção prestada.
Atualmente, o SAMU 192 atende 75% da população brasileira: 
149,9 milhões habitantes, distribuídos em 2921 municípios com 
acesso ao SAMU 192 no território nacional. 
Em todo o país, o Ministério da Saúde já habilitou 2.965 unidades 
moveis, sendo 2.382 Unidades de Suporte Básico, 567 Unidades 
de Suporte Avançado e 217 Motolâncias, 9 Equipes de Embarcação 
e 7 Equipes Aeromédicas. 
Os recursos repassados pelo Ministério para custeio do serviço 
tiveram aumento significativo, passando de R$ 432 milhões, em 
2011, para R$ 533 milhões em 2012. 
*No ano de 2013, a previsão orçamentaria final a ser executada na pasta custeio do 
SAMU 192 ultrapassou a R$ 1 bilhão.
•Na ocorrência de problemas cardio-
respiratórios;
•Intoxicação exógena e 
envenenamento;
•Queimaduras graves;
•Na ocorrência de maus tratos;
•Trabalhos de parto em que haja risco 
de morte da mãe ou do feto;
•Em tentativas de suicídio;
•Crises hipertensivas e dores no peito 
de aparecimento súbito;
•Quando houver acidentes/traumas 
com vítimas;
•Afogamentos;
•Choque elétrico;
•Acidentes com produtos perigosos;
•Suspeita de Infarto ou AVC (alteração 
súbita na fala, perda de força em um 
lado do corpo e desvio da comissura 
labial são os sintomas mais comuns);
•Agressão por arma de fogo ou arma 
branca;
•Soterramento, Desabamento;
•Crises Convulsivas;
•Transferência inter-hospitalar de 
doentes graves;
•Outras situações consideradas de 
urgência ou emergência, com risco de 
morte, sequela ou sofrimento intenso.
QUANDO CHAMAR O SAMU
•Febre prolongada;
•Dores crônicas;
•Vômito e diarreia;
•Levar pacientes para consulta médica 
ou para realizar exames;
•Transporte de óbito;
•Dor de dente;
•Transferência sem regulação médica 
prévia;
QUANDO NÃO CHAMAR O SAMU 192
Nestes casos e em todos os casos sem caracterização de urgência ou emergência, 
o paciente poderá ser encaminhado ao posto de saúde ou então as 
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) mais próximas.
•Trocas de sonda;
•Corte com pouco sangramento,
•Entorses;
•Cólicas renais;
•Transportes inter-hospitalares de 
pacientes de convênio
Todas as demais situações onde não se caracterize urgência ou emergência médica.
DICAS PARA QUEM LIGAR PARA O SAMU 192
•Verifique a quantidade de vítimas, o estado de consciência 
delas e se alguma delas está presa ás ferragens;
•Ligue para o 192 e siga as orientações do Médico Regulador;
•Sinalize as vias galhos de arvore triângulo de sinalização;
•Em caso de acidente com motos: não toque nas vítimas, não 
retire o capacete;
•NÃO DÊ ÁGUA AOS ACIDENTADOS
INFORMAÇÃO RÁPIDA E BEM FORNECIDA AGILIZA O ATENDIMENTO E SALVA UM 
MAIOR NÚMERO DE VÍTIMAS 
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