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* TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA PRINCÍPIOS GERAIS Professora: Vanessa de Melo Cavalcanti Dantas * FARMACOLOGIA CONCEITOS Ciência que estuda a interação entre uma substância química e um organismo vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito maléfico (tóxico) ou na maioria das vezes benéfico (medicamento). Farmacologia médica ciência das substâncias usadas para prevenir, diagnosticar e tratar doenças. * Quais os limites da farmacologia como disciplina? A farmacologia como disciplina não inclui a preparação e a dispensação de drogas. A farmacologia preocupa-se com o efeito das drogas nos sistemas vivos ou nos seus componentes tais como células, membranas ou enzimas. Como resultado sua abrangência inclui desde a compreensão da interação molecular das drogas até o efeito das drogas sobre a população. * Ramos da Farmacologia FARMACOGNOSIA: Ramo da farmacologia que estuda a origem dos fármacos. ORIGEM: Natural, sintética, semi-sintética. FARMACOTÉCNICA: Estuda a preparação de fármacos. FARMACOCINÉTICA: Estuda o movimento dos fármacos no organismo. FARMACODINÂMICA: Estuda a ação do fármaco e o mecanismo desta ação no organismo. TOXICOLOGIA: É o ramo que estuda os efeitos colaterais dos fármacos. * Ramos da Farmacologia CRONOFARMACOLOGIA: Estuda o horário em que o remédio deve ser administrado. FARMACOGENÉTICA OU FARMACOGENÔMICA : Estuda a ação dos fármacos sobre os gens. Estuda relação da composição genética de um indivíduo com sua resposta a fármacos específicos FARMACOECONOMIA: Ramo da economia da saúde que visa quantificar, em termos econômicos, os custos e benefícios dos fármacos terapeuticamente utilizados. * Ramos da Farmacologia IMUNOFARMACOLOGIA: Estuda a ação dos fármacos sobre o sistema imune. FARMACOEPIDEMIOLOGIA: Estuda o comportamento dos fármacos em uma comunidade. FARMACOTERAPIA: Estuda a aplicação dos fármacos nas doenças (Farmacologia Clínica). * A farmacocinética estuda as modificações que o organismo pode provocar ao efeito dos fármacos. Já a farmacodinâmica estuda as modificações que o fármaco vai provocar no organismo, ou seja, o mecanismo de ação das drogas. Como pode-se perceber, a farmacodinâmica é o inverso da farmacocinética, pois na farmacodinâmica, é a droga que vai modificar a ação de um determinado receptor ou enzimas do organismo, a fim de reverter uma patologia específica. * FARMACOLOGIA CONCEITOS DROGA: É toda substância capaz de alterar uma função fisiológica. É O COMPOSTO BIOLOGICAMENTE ATIVO. Podem estar presentes: medicamentos; componentes de alimentos, bebidas e cigarros; substâncias abuso; cosméticos * Conceitos FÁRMACOS: São substâncias que produzem efeitos benéficos no organismo, diferente da ação dos alimentos. MEDICAMENTO: É toda substância capaz de curar, prevenir ou diagnosticar uma enfermidade. REMÉDIO: É toda substância ou medida utilizada para curar uma determinada enfermidade. TÓXICO (VENENO): É a substância química que ingerida ou aplicada externamente, e que sendo absorvida, determina a morte do indivíduo, ou coloca sua vida em risco. POSOLOGIA: Estuda a dosagem dos medicamentos, e a freqüência com que estes devem ser administrados. * Conceitos Meia-vida (T1/2): É o tempo gasto para que a concentração plasmática de um fármaco no organismo se reduza à metade. A meia-vida possibilita que se obtenha uma boa estimativa do tempo gasto para que o fármaco seja removido do organismo e é dada em unidade de tempo. Potência: A potência refere-se à quantidade de fármaco (geralmente expressa em miligramas) de que se necessita para produzir um efeito, como aliviar a dor ou diminuir a pressão arterial. Eficácia: A eficácia refere-se à resposta terapêutica potencial máxima que um fármaco pode induzir. * Conceitos Excipiente são as substâncias que existem nos medicamentos e que completam a massa ou volume especificado. Substância farmacologicamente inativa usada como veículo para o princípio ativo, ajudando na sua preparação ou estabilidade. Possibilita ainda a modificação das propriedades organolépticas ou a determinação de propriedades fisico-quimicas do medicamente e da sua biodisponibilidade. Na formulação, pode atuar como aglutinante, desintegrante, ligante, lubrificante, tensoativo, solubilizante, suspensor, espessante, diluente, emulsificante, estabilizante, conservante, corante, flavorizante. * VEÍCULO : Diz respeito a parte líquida da formulação na qual estão dissolvidos os demais componentes EXCIPIENTE : Ingredientes inertes que misturados ao princípio ativo, servem para dar volume e peso ao medicamento. EX1: ALDACTONE (Comercial) ESPIRONOLACTONA (Genérico)......................... 25mg EXCIPIENTE ..........................................................1 Comp * Conceitos PLACEBO: é toda e qualquer substância sem propriedades farmacológicas, administrada a pessoas ou grupo de pessoas como se tivesse propriedades terapêuticas. Palavra em latim placere que significa "agradar“ EFEITO PLACEBO: é qualquer efeito positivo atribuído a uma pílula ou procedimento que não deriva diretamente da sua ação farmacológica ou das suas propriedades específicas. * Índice Terapêutico (IT): É a relação entre a dose letal (ou tóxica) e a dose efetiva do fármaco. Dose letal: É a dose capaz de matar 50% de uma população. Dose efetiva: É a dose capaz de produzir o efeito farmacológico. Nível plasmático efetivo: É a quantidade mínima de droga capaz de provocar resposta farmacológica. Concentração máxima tolerada: É a quantidade máxima de droga tolerada pelo organismo. Se essa concentração for ultrapassada, provoca efeito tóxico. * * Formas Farmacêuticas e Vias de Administração * Formas Farmacêuticas Maneira como as drogas se apresentam para uso. De acordo com a forma farmacêutica, têm-se a via de administração. Componentes de uma formulação: Princípio ativo Coadjuvante Corretivo Veículo e excipiente. * COMPONENTES DE UMA FORMULAÇÃO PRINCÍPIO ATIVO Representa o componente da formulação responsável pelas ações farmacológicas COADJUVANTE Toda substância que utilizamos juntamente com o princípio ativo numa formulação com CARÁTER: TERAPÊUTICO Tem por função auxiliar o princípio ativo por somação, potenciação ou sinergismo. TÉCNICO Substâncias que suas propriedades visam estabilizar, conservar, espessar o meio e favorecer a dissolução CORRETIVO Todo ingrediente encontrado numa formulação que visa corrigir o produto final em suas propriedades organolépticas. * VANTAGENS DA FORMULAÇÃO PERMITEM A ADMINISTRAÇÃO DE QUANTIDADES EXATAS DO PRINCÍPIO ATIVO PROTEÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO MASCARAR ODOR E SABOR PROLONGAR AS AÇÕES DO PRINCÍPIO ATIVO A PARTIR DE FORMULAÇÕES DE LIBERAÇÃO LENTA FACILITAR A ADMINISTRAÇÃO * CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS FORMA SÓLIDA: Pó (liofilizado/granular) Pastilhas Supositório * Formas Farmacêuticas FORMAS LÍQUIDAS: Soluções aquosas Injeções Suspensões Xarope Enemas Colírios Loções Emulsões Elixir * Medicamento genérico É um medicamento com a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação que o medicamento original, de referência, sem no entanto nome de fantasia. * Medicamento referência É um medicamento inovador que possui marca registrada, com qualidade, eficácia terapêutica e segurança, comprovados através de testes científicos, registrado pelo órgão de vigilância sanitária no país. * Medicamento similar É o medicamento autorizado a ser produzido após prazo da patente de fabricação do medicamento de referência ou inovador ter vencido, com o mesmo princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração (injetável, oral, tópico etc.), posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência registrado na ANVISA no Brasil ou órgão de federal responsável pela vigilância sanitária. Medicamentos similares são representados através de sua própria marca comercial. * SIMILAR GENÉRICO REFERÊNCIA REFERÊNCIA GENÉRICO SIMILAR * Vias de Administração INALAÇÃO ⇨PULMÕES ⇨CORAÇÃO ⇨CIRC. SISTÊMICA VIA ORAL ⇨ ESTÔMAGO/INTESTINO ⇨ CIRC. PORTA ⇨ CIRC. SISTÊMICA VIA IM ⇨ MÚSCULO ⇨ CIRC. GERAL VIA EV ⇨ DIRETA NA CIRCULAÇÃO * Vias de Administração USO INTERNO: Significa ingestão de drogas. USO EXTERNO: Administração sem ingestão. Via parenteral (IM, EV, SC, conjuntival) 1) ENTERAL: Quando o fármaco entra em contato com qualquer parte do trato digestivo (SL, oral, bucal e retal) 2) PARENTERAL: Não utilizam tubo digestivo.(injeção, cutânea, respiratória, conjuntival, etc...) EFEITOS: LOCAL E SISTÊMICO. * VIAS DE ADMINISTRAÇÃO I- ORAL COMPRIMIDOS DRÁGEAS CÁPSULAS DESINTEGRAÇÃO PÓS DISSOLUÇÃO SOLUÇÕES SUSPENSÕES ABSORÇÃO * VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Enteral (Via Oral): dependente do estado físico da droga, da área de superfície para absorção, do fluxo sanguíneo e da concentração no local de absorção. a absorção ocorre por mecanismos passivos, logo uma droga não-ionizada (lipossolúvel) é mais rapidamente absorvida que uma droga ionizada. * ADMINISTRAÇÃO ORAL Na grande maioria, os fármacos são tomados pela boca e engolidos. Método mais seguro, conveniente e econômico. Cerca de 75% de um fármaco administrado é absorvido em 1-3 h. Comprimidos, drágeas, cápsulas e xaropes. * ADMINISTRAÇÃO ORAL Limitações: incapacidade de absorção de alguns fármacos, vômito, destruição de alguns fármacos por ação de enzimas digestivas, irregularidades na absorção e propulsão na presença de alimentos ou outros fármacos, necessidade de colaboração do paciente. * ADMINISTRAÇÃO SUBLINGUAL Área de superfície pequena. Protege-se o fármaco do metabolismo de primeira passagem hepático e do pH ácido do estômago. Grande irrigação local e conecção à vasos de grande calibre – drenagem venosa da boca se faz para veia cava superior. Exemplo clássico: Nitroglicerina. * ADMINISTRAÇÃO RETAL Paciente inconsciente ou devido ao vômito. 50% dos fármacos absorvidos passa pelo fígado. Absorção irregular e incompleta. Irritação da mucosa retal. Exemplo clássico: supositórios. * ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Principais: intravenosa, subcutânea e intramuscular. Estão sujeitas, com exceção da via intra-arterial, à possível eliminação de primeira passagem no pulmão antes da distribuição para o resto do organismo. Pulmão: órgão de depuração de fármacos (hidrossolúveis), filtragem de partículas suspensas e via de administração de drogas inalatórias. * ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA Evita-se os fatores envolvidos na absorção (solução aquosa). Concentrações obtidas com rapidez, efeitos imediatos e com precisão. Na administração endovenosa não ocorre absorção, apenas distribuição. A concentração máxima eficaz que chega aos tecidos depende fundamentalmente da rapidez da injeção. * ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA Útil nas emergências (situações médicas onde requer-se rápida ação das drogas). Permite o ajuste da posologia. Geralmente necessários nos fármacos com proteínas ou com alto peso molecular. Adequada no caso de grandes volumes e de substâncias irritativas quando diluídas. * ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA Desvantagens: Grande risco de efeitos adversos (concentrações altas nos tecidos de forma muito rápida) - soluções devem ser injetadas lentamente com monitoramento do paciente. Inadequadas para substâncias oleosas ou insolúveis. Não existe recuperação após a droga ser injetada. Repetições de injeções intravenosas necessitam de uma veia pérvia. Situações especiais (pediatria): dificuldade quanto à técnica. * ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA E INTRAMUSCULAR Efeitos mais rápidos que a oral, mas dependentes do local de administração e fatores fisiológicos. Ocorre por difusão simples ao longo do gradiente entre o depósito do fármaco e o plasma. A velocidade é limitada pela área das membranas capilares absortivas e pela solubilidade da substância no líquido interticial. Moléculas maiores tem acesso à circulação através dos canais linfáticos. * ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA Absorção: imediata a partir de uma solução aquosa. Velocidade de absorção é lenta e constante, mas pode ser variada proporcionalmente. Utilidade Especial: adequadas para soluções insolúveis e para o implante de pellets sólidos. Desvantagens: inadequada para grandes volumes, possível dor e necrose por substâncias irritativas. * ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR Absorção: imediata dependendo da velocidade do fluxo sanguíneo no local de administração, a partir de uma solução aquosa. Utilidade Especial: adequada para volumes moderados, veículos oleosos e algumas substâncias irritativas. Desvantagens: diferenças absortivas entre os sexos e pessoas obesas e magras. * ADMINISTRAÇÃO INTRA-ARTERIAL Pouco usada. Geralmente em exames diagnósticos. Deve ser realiza por especialistas. Não existem os efeitos da primeira passagem pulmonar e de depuração no pulmão. * ADMINISTRAÇÃO INTRAPERITONEAL Grande superfície de absorção com rápida entrada na circulação. Perdas de primeira passagem pelo fígado. Normalmente utilizado em âmbito laboratorial. Riscos grandes de infecção e de aderências. * ADMINISTRAÇÃO INTRATECAL Barreira hematoencefálica e a barreira sangue-liquor cefaloraquidiano impedem ou retardam a entrada dos fármacos no SNC. Utilidade: Injeções no espaço subaracnóideo vertebral para efeitos locais e rápidos nas meninges ou no eixo cérebromedular, como nas raquianestesias ou nas infecções agudas do SNC. * ADMINISTRAÇÃO PULMONAR Utilidade: para fármacos gasosos ou voláteis. Absorção no epitélio pulmonar ou pelas mucosas do trato respiratório, de forma rápida visto que a área de superfície é grande. Suspensões podem ser atomizadas. Vantagens: absorção imediata para o sangue, ausência das perdas pela primeira passagem hepática, e no caso das pneumopatias, aplicação do fármaco no local desejado. Desvantagens: método trabalhoso, impossibilidade de ajuste da dose, muitos gases e drogas causam irritação no epitélio pulmonar. * APLICAÇÃO TÓPICA MUCOSAS: principalmente visando efeito local. Absorção extremamente rápida podendo causar toxicidade sistêmica. PELE: poucos fármacos penetram rapidamente na pele integra. Absorção proporcional à área da superfície de aplicação e à lipossolubilidade da droga. * ADMINISTRAÇÃO CUTÂNEA Derme: livremente permeável a muitos solutos. Pele desnuda apresenta absorção da droga de forma muito rápida. Absorção de substâncias lipossolúveis pela pele pode levar a efeitos tóxicos (inseticidas). Pele hidratada é mais permeável que a ressecada. INUNÇÃO: potencialização da absorção pela pele através da suspensão do fármaco em um veículo oleoso friccionando-o contra a pele. * ADMINISTRAÇÃO TÓPICA OLHO: Efeitos locais. A absorção sistêmica pelo canal nasolacrimal geralmente é indesejável. Absorção via córnea: evita-se efeitos sistêmicos. Implantes: liberação lenta e contínua. * Organoléptico: diz-se das propriedades dos corpos que impressionam os sentidos: o cheiro, a cor, o gosto, etc...que apresentam as substâncias.
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