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Filosofia parte 6

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17/08/2015 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/7
MÓDULO III – TEXTO 2
 
 1. A FILOSOFIA NA HISTÓRIA [1]
Como  todas  as  outras  criações  e  instituições  humanas,  a  Filosofia  está  na
História e tem uma história.
Está na História: a Filosofia manifesta e exprime os problemas e as questões
que, em cada época de uma sociedade, os homens colocam para si mesmos,
diante  do  que  é  novo  e  ainda  não  foi  compreendido.  A  Filosofia  procura
enfrentar  essa  novidade,  oferecendo  caminhos,  respostas  e,  sobretudo,
propondo  novas  perguntas,  num  diálogo  permanente  com  a  sociedade  e  a
cultura de seu tempo, da qual ela faz parte.
Tem  uma  história:  as  respostas,  as  soluções  e  as  novas  perguntas  que  os
filósofos  de  uma  época  oferecem  tornam­se  saberes  adquiridos  que  outros
filósofos  prosseguem  ou,  frequentemente,  tornam­se  novos  problemas  que
outros filósofos tentam resolver, seja aproveitando o passado filosófico, seja
criticando­o  e  refutando­o.  Além  disso,  as  transformações  nos  modos  de
conhecer  podem  ampliar  os  campos  de  investigação  da  Filosofia,  fazendo
surgir  novas  disciplinas  filosóficas,  como  também  podem  diminuir  esses
campos,  porque  alguns  de  seus  conhecimentos  podem  desligar­se  dela  e
formar disciplinas separadas.
A Filosofia teve seu campo de atividade aumentado:
No século XVIII, a filosofia da arte ou estética;
No século XIX, a filosofia da história;
No século XX, a filosofia das ciências ou epistemologia e a filosofia da
linguagem.  Por outro lado, o campo da Filosofia diminuiu quando as
ciências particulares que dela faziam parte foram­se desligando para
constituir suas próprias esferas de investigação. É o que acontece, por
exemplo, no século XVIII, quando se desligam da Filosofia a biologia, a
física e a química;
No século XX, as chamadas ciências humanas (psicologia, antropologia,
história).
 
Pelo  fato  de  estar  na  História  e  ter  uma  história,  a  Filosofia  costuma  ser
apresentada  em  grandes  períodos  que  acompanham,  às  vezes  de  maneira
mais  próxima,  às  vezes  de maneira mais  distante,  os  períodos  em  que  os
historiadores dividem a História da sociedade ocidental.
 
 
2. OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA FILOSOFIA
 
2.1. FILOSOFIA ANTIGA (DO SÉCULO VI A.C. AO SÉCULO VI D.C.)
Compreende os quatro grandes períodos da Filosofia greco­romana, indo dos
17/08/2015 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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pré­socráticos aos grandes sistemas do período helenístico, mencionados no
capítulo anterior.
 
2.2. FILOSOFIA PATRÍSTICA (DO SÉCULO I AO SÉCULO VII)
Inicia­se com as Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João e termina
no século VIII, quando teve início a Filosofia medieval.
A patrística resultou do esforço feito pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e
João)  e  pelos  primeiros  padres  da  Igreja  para  conciliar  a  nova  religião  ­  o
Cristianismo ­ com o pensamento  filosófico dos gregos e dos romanos, pois
somente  com  tal  conciliação  seria  possível  convencer  os  pagãos  da  nova
verdade e convertê­los a ela. A Filosofia patrística liga­se, portanto, à tarefa
religiosa  da  evangelização  e  à  defesa  da  religião  cristã  contra  os  ataques
teóricos e morais que recebia dos antigos.
Divide­se em patrística grega (ligada à Igreja de Bizâncio) e patrística latina
(ligada  à  Igreja  de  Roma)  e  seus  nomes mais  importantes  foram:  Justino,
Tertuliano,  Atenágoras,  Orígenes,  Clemente,  Eusébio,  Santo  Ambrósio,  São
Gregório  Nazianzo,  São  João  Crisóstomo,  Isidoro  de  Sevilha,  Santo
Agostinho, Beda e Boécio.
A  patrística  foi  obrigada  a  introduzir  ideias  desconhecidas  para  os  filósofos
greco­romanos:  a  ideia  de  criação  do mundo,  de  pecado  original,  de  Deus
como trindade una, de encarnação e morte de Deus, de juízo final ou de fim
dos tempos e ressurreição dos mortos etc. Precisou também explicar como o
mal  pode  existir  no  mundo,  já  que  tudo  foi  criado  por  Deus,  que  é  pura
perfeição e bondade. Introduziu, sobretudo com Santo Agostinho e Boécio, a
ideia  de  “homem  interior”,  isto  é,  da  consciência moral  e  do  livre­arbítrio,
pelo qual o homem se torna responsável pela existência do mal no mundo.
Para  impor  as  ideias  cristãs,  os  padres  da  Igreja  as  transformaram  em
verdades reveladas por Deus (através da Bíblia e dos santos) que, por serem
decretos divinos, seriam dogmas, isto é, irrefutáveis e inquestionáveis.
Surge uma distinção, desconhecida pelos antigos, entre verdades  reveladas
ou  da  fé  e  verdades  da  razão  ou  humanas,  isto  é,  entre  verdades
sobrenaturais  e  verdades  naturais,  as  primeiras  introduzindo  a  noção  de
conhecimento  recebido  por  uma  graça  divina,  superior  ao  simples
conhecimento racional.
O grande tema de toda a Filosofia patrística é o da possibilidade de conciliar
razão e fé, e, a esse respeito, havia três posições principais:
1. Os que julgavam fé e razão irreconciliáveis e a fé superior à razão (diziam
eles: “Creio porque absurdo”).
2. Os que julgavam fé e razão conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé
(diziam eles: “Creio para compreender”).
3. Os que julgavam razão e fé irreconciliáveis, mas afirmavam que cada uma
delas tem seu campo próprio de conhecimento e não devem misturar­se (a
razão se refere a tudo o que concerne à vida temporal dos homens no
mundo; a fé, a tudo o que se refere à salvação da alma e à vida eterna
futura).
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 3. FILOSOFIA MEDIEVAL (DO SÉCULO VIII AO SÉCULO XIV)
Abrange pensadores europeus, árabes e judeus. É o período em que a Igreja
Romana  dominava  a  Europa,  ungia  e  coroava  reis,  organizava  Cruzadas  à
Terra  Santa  e  criava,  à  volta  das  catedrais,  as  primeiras  universidades  ou
escolas. A partir do século XII, por ter sido ensinada nas escolas, a Filosofia
medieval também é conhecida com o nome de Escolástica.
A  Filosofia  medieval  teve  como  influências  principais  Platão  e  Aristóteles,
embora o Platão que os medievais conhecessem fosse o neoplatônico (vindo
da Filosofia de Plotino, do século VI d.C.), e o Aristóteles que conhecessem
fosse aquele conservado e traduzido pelos árabes.
Conservando e discutindo os mesmos problemas que a patrística, a Filosofia
medieval acrescentou outros ­ particularmente um, conhecido com o nome de
"Problema  dos  Universais"  ­  e,  além  de  Platão  e  Aristóteles,  sofreu  uma
grande influência das ideias de Santo Agostinho. Durante esse período surge
propriamente  a  Filosofia  cristã,  que  é,  na  verdade,  a  teologia. Um de  seus
temas mais constantes são as provas da existência de Deus e da alma, isto é,
demonstrações  racionais  da  existência  do  infinito  criador  e  do  espírito
humano imortal.
A diferença e a separação entre  infinito (Deus) e  finito (homem, mundo), a
diferença  entre  razão  e  fé  (a  primeira  deve  subordinar­se  à  segunda),  a
diferença e a separação entre corpo (matéria) e alma (espírito), O universo
como uma hierarquia de seres, em que os superiores dominam e governam
os  inferiores  (Deus,  arcanjos,  anjos,  alma,  corpo,  animais,  vegetais,
minerais),  a  subordinação  do  poder  temporal  de  reis  e  barões  ao  poder
espiritual de papas e bispos: eis os grandes temas da Filosofia medieval.
Outra característica marcante da Escolástica  foi o método por ela  inventado
para expor as ideias filosóficas, conhecida como disputa: apresentava­se uma
tese e esta devia ser refutada ou defendida por argumentos tiradosda Bíblia,
de Aristóteles, de Platão ou de outros padres da Igreja.
Assim, uma ideia era considerada uma tese verdadeira ou falsa dependendo
da força e da qualidade dos argumentos encontrados nos vários autores. Por
causa  desse  método  de  disputa  ­  teses,  refutações,  defesas,  respostas,
conclusões baseadas em escritos de outros autores ­, costuma­se dizer que,
na  Idade  Média,  o  pensamento  estava  subordinado  ao  princípio  da
autoridade,  isto  é,  uma  ideia  é  considerada  verdadeira  se  for  baseada  nos
argumentos  de  uma  autoridade  reconhecida  (Bíblia,  Platão,  Aristóteles,  um
papa, um santo).
Os teólogos medievais mais importantes foram: Abelardo, Duns Scoto, Escoto
Erígena,  Santo  Anselmo,  Santo  Tomás  de  Aquino,  Santo  Alberto  Magno,
Guilherme  de  Ockham,  Roger  Bacon,  São  Boaventura.  Do  lado  árabe:
Avicena,  Averróis,  Alfarabi  e  Algazáli.  Do  lado  judaico:  Maimônides,
Nahmanides, Yeudah bem Levi.
 
 
4. FILOSOFIA DA RENASCENÇA (DO SÉCULO XIV AO SÉCULO XVI)
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É marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média,
de  novas  obras  de  Aristóteles,  bem  como  pela  recuperação  das  obras  dos
grandes autores e artistas gregos e romanos.
 
4.1. LINHAS DE PENSAMENTO QUE PREDOMINAVAM NA RENASCENÇA
Proveniente de Platão, do neoplatonismo e da descoberta dos livros do
Hermetismo;  nela se destacava a ideia da natureza como um grande
ser vivo; o homem faz parte da natureza como um microcosmo;
Originária dos pensadores florentinos, que valorizava a vida ativa, isto é,
a política, e defendia os ideais republicanos das cidades italianas contra
o Império Romano­Germânico, isto é, contra o poderio dos papas e dos
imperadores;
Propunha o ideal do homem como artífice de seu próprio destino, tanto
através dos conhecimentos (astrologia, magia, alquimia), quanto através
da política (o ideal republicano), das técnicas (medicina, arquitetura,
engenharia, navegação) e das artes (pintura, escultura, literatura,
teatro).
 
 
 5.  FILOSOFIA MODERNA  (DO  SÉCULO  XVII  A MEADOS  DO  SÉCULO
XVIII)
Esse  período,  conhecido  como  o  Grande  Racionalismo  Clássico,  é  marcado
por três grandes mudanças intelectuais:
Aquela conhecida como o “surgimento do sujeito do conhecimento”;
O ponto de partida é o sujeito do conhecimento como consciência de si
reflexiva, isto é, como consciência que conhece sua capacidade de
conhecer;
A resposta à pergunta anterior constituiu a segunda grande mudança
intelectual dos modernos e essa mudança diz respeito ao objeto do
conhecimento;
Essa concepção da realidade como intrinsecamente racional e que pode
ser plenamente captada pelas ideias e pelos conceitos preparou a
terceira grande mudança intelectual moderna.
 
 
  6.  FILOSOFIA  DA  ILUSTRAÇÃO  OU  ILUMINISMO  (MEADOS  DO
SÉCULO XVIII AO COMEÇO DO SÉCULO XIX)
Esse período também crê nos poderes da razão, chamada de "As Luzes" (por
isso, o nome Iluminismo). O Iluminismo afirma que:
pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e
política;
a razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um ser
perfectível;
o aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações;
há diferença entre natureza e civilização.
17/08/2015 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Os  principais  pensadores  do  período  foram:  Hume,  Voltaire,  D’Alembert,
Diderot, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling (embora este último costume ser
colocado como filósofo do Romantismo).
 
7. FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
Abrange o pensamento  filosófico que vai de meados do século XIX e chega
aos nossos dias. Esse período, por ser o mais próximo de nós, parece ser o
mais complexo e o mais difícil de definir, pois as diferenças entre as várias
filosofias ou posições filosóficas nos parecem muito grandes porque as vemos
surgir diante de nós.
 
[1]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia, Unidade 1, A Filosofia, Capítulo 1 Origem da
Filosofia da autoria de Marilena Chauí, Editora Ática, São Paulo, 2000.
 
 
 
 
Exercício 1:
Leia atentamente as alternativas:
I. A Filosofia da Renascença é marcada pela descoberta de obras de Platão, já conhecidas na Idade Média, de novas obras
de Aristóteles, bem como pela recuperação das obras dos grandes autores e artistas gregos e romanos.
II. O Universo é como uma hierarquia de seres, em que os superiores dominam e governam os inferiores (Deus, arcanjos,
anjos, alma, corpo, animais, vegetais, minerais), a subordinação do poder temporal de reis e barões ao poder espiritual de
papas e bispos: eis os grandes temas da Filosofia medieval.
III. Uma característica marcante da Escolástica foi o método por ela inventado para expor as ideias filosóficas, conhecida
como disputa:  apresentava­se uma  tese  e  esta  devia  ser  ou  refutada ou defendida por  argumentos  tirados da Bíblia,  de
Aristóteles, Platão ou de padres da Igreja.
IV.  Uma  ideia  era  considerada  uma  tese  verdadeira  ou  falsa  dependendo  da  força  e  da  qualidade  dos  argumentos
encontrados nos vários autores.
 
Assinale a alternativa correta:
A ­ Apenas as alternativas I e II estão corretas. 
B ­ Apenas as alternativas I, II e III estão corretas. 
C ­ Apenas as alternativas III e IV estão corretas. 
D ­ Apenas as alternativas II e III estão corretas. 
E ­ Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
Sobre a Filosofia Patrística:
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I.  Inicia­se  com  as  Epístolas  de  São  Paulo  e  o  Evangelho  de  São  João  e  termina  no  século  VII,  quando  teve  início  a
Filosofia medieval.
II.  Resultou  do  esforço  feito  pelos  dois  apóstolos  intelectuais  (Paulo  e  João)  e  pelos  primeiros  padres  da  Igreja  para
conciliar  a  nova  religião  ­  o  Cristianismo  ­  com  o  pensamento  filosófico  dos  gregos  e  romanos,  pois  somente  com  tal
conciliação seria possível convencer os pagãos da nova verdade e convertê­los a ela.
III. Ela não está ligada à tarefa religiosa da evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais
que recebia dos antigos.
IV. Divide­se em patrística grega (ligada à Igreja de Bizâncio) e patrística latina (ligada à Igreja de Roma).
 
Assinale a alternativa correta:
A ­ Apenas as alternativas I e II estão corretas. 
B ­ Apenas as alternativas I e IV estão corretas. 
C ­ Apenas as alternativas II e IV estão corretas. 
D ­ Apenas as alternativas I, II e III estão corretas. 
E ­ Apenas as alternativas III e IV estão corretas. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 3:
I. Pela razão, o homem não pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política.
II. A razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um ser perfectível.
III. O aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações.
IV. Não há diferença entre natureza e civilização.
Estão corretas:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Iluminismo afirma que:
A ­ Apenas as alternativas I e II estão corretas. 
B ­ Apenas as alternativas I, II e III estão corretas. 
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C ­ Apenas as alternativas II e III estão corretas. 
D ­ Apenas as alternativas II e IV estão corretas. 
E ­ Todas estãocorretas. 
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