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Introdução a função do Processo Administrativo – Organização A partir do planejamento segue-se a organização da ação empresarial. É necessário reunir e disponibilizar todos os recursos e competências para que o planejado tenha todas as condições de ser executado e transformado em resultados concretos. Organizar, isto é, compor todos os meios para que a ação empresarial seja viável e possa ser realizada com sucesso. A palavra organização pode ser usada com dois significados diferentes: 1. Organização como uma unidade ou entidade social: toda organização é uma entidade social, por ser constituída por pessoas que interagem entre si para alcançar objetivos específicos. Toda organização é dirigida para objetivos e deliberadamente estruturada. a. Organização formal: é a organização que se baseia em uma divisão do trabalho racional, na diferenciação e integração dos participantes de acordo com o critério estabelecido por quem detém o processo decisório. b. Organização informal: é a organização que emerge espontânea e naturalmente entre os ocupantes de posições na organização formal e a partir dos relacionamentos como ocupantes de cargos. Forma-se com base nas relações de amizade e no surgimento de grupos informais. 2. Organização como função administrativa: aqui organização faz parte do processo administrativo. Sob tal aspecto, organização significa o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer relações entre eles e atribuições de cada um deles. Como tal, a organização é uma atividade básica de administração: serve para agrupar pessoas e estruturar todos os recursos organizacionais para atingir os objetivos predeterminados. Como função administrativa, a organização depende do planejamento, da direção e do controle para formar o chamado processo administrativo. ABRANGENCIA DA ORGANIZAÇÃO A organização, como função administrativa, se desdobra nos três níveis organizacionais: 1.Organização no nível global da empresa: é a organização que envolve a empresa como uma totalidade. É o chamado desenho organizacional, tratado no nível institucional e que pode assumir vários tipos. 2. Organização no nível departamental da empresa: é a organização que abrange cada departamento ou unidade da empresa. É o chamado desenho departamental. 3. Organização no nível das tarefas e operações: é a organização que focaliza cada tarefa, atividade ou operação especificamente. É o chamado desenho de cargos ou tarefas, tratado no nível operacional, seja em atividades isoladas ou em grupos, isto é, em equipes. __________________________________________________________ REQUISITOS DO DESENHO ORGANIZACIONAL O desenho organizacional constitui uma das priori-dades da administração, pois define como a organi-zação irá funcionar e como seus recursos serão dis-tribuídos e aplicados. O desenho organizacional contribui de quatro maneiras diferentes para a organização. 1. Como estrutura básica: divisão do trabalho organizacional e alocação dos recursos empresariais para que o sistema funcione integrada e satisfatoriamente. A estrutura básica define como será dividida a tarefa da empresa (pela especialização vertical - também chamada hierarquia - e pela especialização horizontal- também chamada departamentalização). 2. Como mecanismo de operação: indica aos participantes da empresa o que devem e o que não devem fazer, por meio das descrições de cargos, procedimentos e rotinas de trabalho, normas e regulamentos internos, padrões de desempenho, sistemas de avaliação de desempenho etc. 3. Como mecanismo de decisão: estabelece o processo de tomada de decisão para encontrar consonância entre os objetivos globais da organização e os objetivos específicos de cada um dos órgãos e unidades que a compõem. 4. Como mecanismo de coordenação entre as partes: define como a organização deve harmonizar e integrar suas diferentes partes em função da divisão do trabalho organizacional. Descentralização das decisões Contudo, existe uma forte tendência à descentrali-zação da autoridade no sentido de se deslocar o processo decisório para o ponto focal no qual o tra-balho é realizado. Com isso, cada funcionário tor-na-se mais do que um simples executor da sua ativi-dade: passa a trabalhar como se fosse o gerente de seu negócio. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO DESENHO ORGANIZACIONAL Deve reunir e compatibilizar quatro características principais: diferenciação, formalização, centralização e integração. Nas empresas, cada uma dessas características varia enormemente e provoca uma imensa heterogeneidade de desenhos organizacionais, razão pela qual não existem duas empresas com desenhos iguais. Diferenciação Refere-se à divisão do trabalho organizacional em departamentos ou subsistemas e em camadas de níveis hierárquicos. A diferenciação pode ser feita em dois sentidos: 1- Horizontal: desdobramento em departamentos ou divisões pela departamentalização. 2- Vertical: desdobramento em níveis hierárquicos pela criação de vários escalões de autoridade. Quanto maior a complexidade das atividades requeridas pelo ambiente externo e quanto maior a diversidade das tarefas executadas internamente, tanto maior deverá ser a diferenciação dentro da organização. Formalização Refere-se à existência de regras e regulamentos para prescrever como, quando e por quem as tarefas serão executadas. Serve para reduzir a influência da variabi-lidade humana. Ela impõe rigidez e obediência e elimina a liberdade pessoal. A formalização pode ser feita por meio de: 1. Cargo: o cargo é uma formalidade que define as especificações relacionadas com a tarefa a executar . A descrição do cargo formaliza o comportamento das pessoas que ocupam o cargo. 2.Fluxo de trabalho: por instruções e procedimentos detalhados sobre como executar as tarefas, como o projeto de construção de um produto. 3. Regras e regulamentos: pela formalização de regras e procedimentos para todas as situações possíveis. Centralização Refere-se à localização e distribuição da autoridade para tomar decisões. A centralização implica a concentração das decisões no topo da organização, isto é, no nível institucional, com pouca ou nenhuma delegação para o nível intermediário. Quanto maior a centralização, tanto mais a autoridade é concentrada no nível mais elevado da hierarquia. Há total dependência e submissão dos demais níveis, e os ní-veis intermediário e operacional tornam-se meros repetidores das decisões tomadas no topo. VANTAGENS DA CENTRALIZAÇÃO 1. As decisões são tomadas por administradores que têm uma visão global da empresa. 2. Tomadores de decisão situados no topo e geralmente mais bem treinados e preparados do que os que estão nos níveis mais baixos. 3. Eliminação dos esforços duplicados reduz os custos operacionais. 4. Certas funções - como compras -, quando centralizadas, provocam maior especialização e aumento de habilidades. 5. Decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais. DESVANTAGENS DA CENTRALIZAÇÃO 1. As decisões são tomadas por administradores que estão mais próximos dos fatos. 2. Tomadores de decisão situados no topo raramente têm contato com os trabalhadores e com as situações envolvidas. 3. As linhas de comunicação mais distanciadas provocam demoras prolongadas. 4. Administradores nos níveis mais baixos são frustrados porque estão fora do processo decisório. 5. Pelo envolvimento de muitas pessoas nas comunicações, há mais possibilidades de erro e de distorções pessoais. DESCENTRALIZAÇÃO- LER NO CADERNO E VER AS VANTAGENS E DESVANTAGENS. INTEGRAÇÃO Refere-se aosmeios de coordenação e entrosamen-to entre as unidades da organização para manter convergência de esforços. A divisão do trabalho conduz à diferenciação. Os esquemas de integração mais utilizados são: Hierarquia administrativa: constitui a solução mais comum para os problemas de integração entre duas ou mais unidades de uma empresa que devam reportar-se ao mesmo superior ou ter suas atividades integradas para facilitar comunicações, resolver conflitos, obter sinergia de esforços Departamentalização: é um processo de diferenciação organizacional pelo qual a divisão do trabalho se faz no sentido horizontal, provocando a especialização em departamentos. Assessoria (staff): o problema da sobrecarga da hierarquia pode ser aliviado pelo uso da assessoria. A assessoria permite aumentar a quantidade de informação que aquela posição na hierarquia pode processar, incluir mais decisões que ela pode tomar e o volume de conflitos que ela pode resolver. Comissões e forças-tarefa: as comissões e for-ças-tarefa podem ser utilizadas para facilitar a integração de unidades da empresa. Regras e procedimentos: são um outro meca-nismo para livrar a hierarquia da sobrecarga. Objetivos e planos:. É um mecanismo de integração utilizado para compor as unida-des da organização que operam com relativa independência entre si, mas cujos resultado precisam ser integrados. Arranjo físico ou arquitetura: é outro elemento do desenho organizacional utilizado para facilitar a integração entre unidades ou pessoas, por meio da disposição física (layout) ou territorial das coisas, equipamentos e pessoas. TAMANHO ORGANIZACIONAL Se refere às dimensões da organização em um determinado momento. O tamanho define o volume de recursos de que dispõe uma empresa. Toda empresa pode defrontar-se com quatro tipos de situação quanto ao seu tamanho organizacional: 1. Crescimento (sentido absoluto): caracterizada por um aumento de tamanho, seja em recursos, seja em cobertura de mercado ou outros. 2. Desenvolvimento (sentido relativo): caracterizada por uma certa melhoria, seja, por exemplo, em recursos, abrangência de mercado, níveis de qualidade e produtividade, rentabilidade. 3. Sobrevivência: caracterizada pela manutenção da situação que a empresa conseguiu alcançar. A empresa pode sobreviver mantendo-se em uma situação inalterada ao longo do tempo, sem crescer e sem declinar. 3. Declínio: caracterizada por uma redução de suas atividades, perda de recursos ou diminuição de sua abrangência mercadológica. O crescimento provoca mudanças e alterações tanto no tamanho quanto na forma de organização (desenho organizacional da estrutura) da empresa. O tamanho é uma conseqüência do crescimento e pode ser facilmente observado e medido, em função de variar conforme o tempo e o espaço AMPLITUDE DE CONTROLE Também denominada amplitude administrativa ou de supervisão, refere-se ao número de subordinados que um chefe pode supervisionar pessoalmente de maneira efetiva e adequada. Alguns fatores que influenciam a amplitude prática de controle nas empresas: * os deveres pessoais dos chefes; * as habilidades pessoais do chefe em lidar com os subordinados; * o nível de capacitação do chefe; * o nível de mutação da empresa perante o ambiente; * o nível de estabilidade interna da empresa; * a habilidade dos subordinados em se relacionar com as pessoas; * o nível de capacitação profissional dos subordinados; * o grau de delegação de autoridade existente; * o nível de motivação existente; * o nível e o tipo de liderança existente; * o grau de interdependência das unidades organizacionais; * o nível de similaridade das atividades dos subordinados; * o nível e o tipo de controle exercido; * o nível e o tipo de coordenação; * o nível de clareza, comunicação e aceitação dos objetivos; e * o nível de definição, simplicidade e repetitividade das atividades dos subordinados. A amplitude de controle é maior nos níveis hierárquicos inferiores; TIPOS TRADICIONAIS DE ORGANIZAÇÃO Existem três tipos tradicionais básicos de estrutura organizacional: a organização linear, a organização funcional e a organização linha-staff. Organização Linear É uma organização que ocorre de forma escalar, ou seja, fica bem claro a hierarquia da empresa, onde o comando se dá de forma vertical, a ordem passa do presidente para os gerentes, dos gerentes para os respectivos subordinados, é um estilo de organização onde há poder de autoridade. Baseada na autoridade linear. A autoridade linear é uma decorrência do princípio da unidade de comando: significa que cada superior tem autoridade única e absoluta sobre seus subordinados e não a reparte com ninguém. CARACTERÍSTICAS: Autoridade linear e única, linhas formais de comunicação, centralização das decisões, formato piramidal Organização Funcional Este tipo de organização reflete a especialização das funções, que é um dos princípios de Frederick Winslow Taylor (O pai da Administração Científica), também é um dos princípios de Henry Fayol (Fundador da Teoria clássica),que diz que quanto mais especialista for um funcionário no seu cargo mais este poderá produzir, dar lucros para a empresa e consequentemente ganhar mais, cada gerente tem sua equipe de trabalho esta equipe deve obedecer somente o seu próprio gerente para que não haja falhas da comunicação e que seja mantida desta forma a ordem na organização. É a estrutura organizacional que aplica o princípio da especialização das funções. O staff decorre disso, que separa, distingue e especialzia. CARACTERÍSTICAS: Autoridade funcional ou dividida, linhas diretas de comunicação, descentralização das decisões, ênfase na especialização. Organização Linha-staff Este tipo de organização presta serviços de consultoria técnica, aconselhando e dando sugestões no sentido de tomada de decisões, tendências, planejamento, controle, levantamentos, relatórios, etc. Os órgãos de linha são assessorados por órgãos de staff graças a sua especialização técnica. Enquanto os administradores de linha- que são generalistas e tomadores de decisão – tornam-se os detentores da hierarquia da organização, os especialistas de staff se aprofundam em um determinado campo de atividades. Surgiu da combinação da linear e funcional, buscando incrementar as vantagens e reduzir as desvantagens desses dois tipos. CARACTERÍSTICAS: Fusão da estrutura linear com a estrutura funcional, com predomínio da primeira; Coexistência entre as linhas formais de comunicação com as linhas diretas de comunicação; Separação entre órgãos operacionais; Hierarquia versus especialização. ESTRUTURA MATRICIAL Constitui uma das modalidades de organização cuja utilização tem sido bem-sucedida em situações nas quais complexidade é o maior desafio. A essência da organização matricial é a combinação das formas de departamentalização funcional e de produto ou projeto na mesma estrutura organizacional. Trata-se de uma estrutura mista em formato de dupla entrada: a organização funcional é verticalizada e a organização por produto ou projeto é horizontalizada, com ambas se superpondo. Ao usar a estrutura matricial, a empresa evita esco-lher uma base de agrupamento sobre a outra, privilegiando uma em detrimento da outra. Em vez disso, ela pode escolher ambas: passa a ter uma estrutura dual de autoridade. ESTRUTURA EM REDES As organizações bem-sucedidas na era da globaliza-ção estão substituindo os seus tradicionais departa-mentos funcionais pela estrutura em redes. As redes podem conter unidades organizacionais ou equipes multifuncionais e interdisciplinares. As redes (net-works) ou teias podem ser definitivas ou transitórias. A estruturaem redes pode ser utilizada para uni-dades organizacionais ou para equipes integradas: 1. Rede de unidades: a rede é composta de diver-sas áreas de negócios relacionadas com a empresa-mãe, que funciona como o núcleo principal. 2. Rede de equipes: a rede é formada por várias equipes permanentes ou transitórias, depen-dendo das circunstâncias. No centro, o coor-denador-geral das equipes rodeado por equi-pes interfuncionais ou multifuncionais. CARACTERÍSTICAS: Elevada flexibilidade, mobilidade, horizontalidade, conectividade, coordenação própria, autonomia, autossuficiência de recursos e competências RESUMO O desenho organizacional constitui a escolha pela qual a empresa pretende estruturar-se e comportar-se para atingir seus objetivos. Assim, as características principais do desenho organizacional são a diferenciação, a formalização, a centralização e a integração. Essas características compõem a modelagem de uma enorme variedade de fatores externos e internos, como objetivos empresariais, tecnologia utilizada, ambiente de tarefa e a estratégia empresarial adotada. Como esses fatores são envolvidos no conjunto, depende, em parte, do tamanho organizacional da empresa e da amplitude de controle mais adequada para as suas operações, e envolve áreas diretamente relacionadas com os objetivos empresariais (unidades de linha) e áreas de apoio e suporte técnico (unidades de staff). DESENHO DEPARTAMENTAL Refere-se a estrutura organizacional dos departamentos ou divisões da empresa. Se refere ao nível intermediário e tem uma abordagem limitada às relações entre os objetivos e decisões estratégicas da empresa e a realização das tarefas por meio da aplicação dos recursos disponíveis Deparmentalização Faz-se necessário quando a empresa é grande, quando é pequena torna-se irrelevante. Está relacionado com o tamanho da empresa e com a natureza de suas operações. Departamento é uma unidade, divisão ou segmento distinto de uma empresa sobre o qual um administrador tem autoridade para o desempenho de atitudes específicas. Apresenta uma variedade de tipos, os principais são: Por função; Por clientes; Por processos; Por produtos e serviços; Matricial; Por base territorial; Por projetos. Por Função Esse é um dos tipos de abordagem mais comum que existem. Nesse caso, são criadas áreas na empresa agrupando pessoas especialistas em determinada atividade. É aquela velha estrutura que você já conhece (e talvez até trabalhe), onde uma empresa possui uma área de vendas, uma área financeira e por aí vai. No final das contas, o objetivo é ter pessoas com expertises similares trabalhando junto. Por Clientes Quando uma empresa conhece tão bem os seus clientes que se organiza para concentrar os esforços nos atributos e necessidades do seu público, ela provavelmente vai utilizar a departamentalização por clientes. Um exemplo clássico são as lojas de departamentos como você pode ver na imagem abaixo: Observe que diversos tipos de esforços de vendas são feitos de acordo com as preferências dos clientes. Nesse caso, você pode ver desde seções de perfumaria, lingerie e moda até seções de roupa masculina social e esporte, dependendo da loja. Por Processos Nesse caso, a maior preocupação para a organização de setores na empresa vai ser no processo de produção. Os exemplos mais óbvios desse tipo de departamentalização são as fábricas e montadoras de carros. Veja abaixo: Um exemplo um pouco menos óbvio é da própria área de desenvolvimento de planilhas da LUZ, que está estruturada como uma linha de montagem. Primeiro um consultor especializado no conhecimento de gestão e nos feedbacks de nossos clientes estrutura os pré requisitos da planilha. Logo em seguida, um designer com conhecimento em experiência do usuário desenha todas as telas da planilha e, por fim, um especialista em Excel cria a planilha diretamente no software. Por Produtos ou Serviços Esse tipo de departamentalização é similar à abordagem por clientes, já que a empresa se organiza agrupando seus colaboradores dentro de áreas específicas. A única diferença é que nesse caso, ao invés do foco ser um tipo de cliente, o foco passa a ser nos tipos de produtos oferecidos pela empresa. Um exemplo típico dessa divisão acontece nos supermercados: Se entrarmos na departamentalização por serviços, temos nos hospitais um excelente exemplo: A ideia principal aqui é entender que a empresa possui produtos ou serviços que são muitos diferentes entre si e que por isso faz sentido especializar as áreas para que o nível de qualidade oferecida ao cliente aumente. Matricial Essa é uma combinação da departamentalização funcional com uma de outro tipo. Essa outra pode ser por projetos (como mostraremos no exemplo abaixo), por produtos, serviços, clientes ou localização geográfica. Na realidade, nesse tipo de divisão, a empresa mantém a estrutura funcional para atividades internas e adota a departamentalização divisional para os projetos ou produtos/serviços ofertados. É muito comum ver esse tipo de estrutura em consultorias, agências de publicidade e empresas similares. Por base Territorial Como o próprio nome já diz, a abordagem territorial vai dividir a empresa de acordo com os locais onde ela atua. Ela é muito comum em empresas que possuem filiais em áreas ou regiões diferentes. Nesses casos, apesar de possuírem áreas unificadas, o foco é em prestar atenção nas características de cada região. Essa abordagem é especialmente positiva para não errar na alocação de produtos em regiões onde ele não tem aderência e propagandas mais direcionadas ao comportamento local. Por Projetos Na departamentalização por projetos, os colaboradores vão receber atribuições temporárias dentro de projetos. Isso ocorre, porque como você bem sabe um projeto tem início, meio e fim. Assim, as funções só vão existir enquanto o projeto existir. Depois disso pode ocorrer alocação em outros projetos e por aí vai. Dois exemplos clássicos são os de consultorias e de agências de publicidade, como retratado abaixo: OLHAR QUADRO 11.1, PGN 257 RESUMO O desenho departamental está relacionado com a es-trutura organizacional dos departamentos ou divisões da empresa, isto é, com o esquema de diferenciação e de integração no nível intermediário da empresa. A palavra departamento designa uma área, uma divisão ou um segmento distinto de uma empresa e sobre o qual o administrador tem autoridade para o desempenho de atividades específicas. Essa palavra pode denotar um departamento, uma divisão, uma seção ou, ainda, uma determinada unidade empresarial tomada como ponto de referência. O desenho departamental decorre da diferenciação de atividades dentro da empresa, obedecendo ao princípio da homogeneidade; é também denominado departamentalização. Os principais tipos de departamentalização são: funcional, por produtos ou serviços, por base territorial, por clientela, por processo, por projeto e estrutura matricial. As opções departamentais decorrem de critérios de interdependência entre os departamentos. Novos formatos organizacionais - como as organizações temporárias ou adhocracias - estão surgindo para enfrentar a mudança e a incerteza dela decorrente. DESENHO DEPARTAMENTAL DESENHO DE CARGOS E TAREFAS O desenho de cargos e tarefas teve como precursores Adam Smith e a seguir Taylor. As primeiras concepções sobre a estruturação das tarefas partiram dos seguintes princípios: toda pessoa pode desempenhá-las de "uma melhor maneira" possível e as formas organizacionais devem ser escolhidas e elaboradas segundo critérios e princípios universais. Cargo é a composição de todasas atividades desempenhadas por uma pessoa, que podem ser visualizadas como um todo unificado e ocupam uma posição formal no organograma. ASPECTOS PRINCIPAIS NO DESENHO DE CARGOS Especialização e enriquecimento de cargos -Especialização: Relaciona-se ao grau de conhecimento e habilitação requerido pelo cargo. -Definição: Refere-se à determinação das responsabilidades e atribuições do ocupante do cargo. Abordagens ao desenho de cargos e tarefas O desenho dos cargos é a maneira pela qual se projetam e estruturam os cargos individuais e os combinam em unidades, departamentos e divisões. O cargo representa o ponto de mediação entre indivíduo e empresa. EQUIPES É um grupo de pessoas com habilidades complementares e que trabalham em conjunto para alcançar objetivos comuns para os quais são coletivamente responsáveis. Qual é a diferença entre grupo e equipe? A principal delas está no compromisso e na responsabilidade solidária. A base fundamental do trabalho de cada administrador - seja ele do nível institucional, intermediá-rio ou operacional - está na equipe. Ela constitui a sua unidade de ação, a sua ferramenta de trabalho. Com ela e através dela o administrador alcança metas e produz resultados. Para lidar com equipes, o administrador precisa desenvolver as seguintes habilidades: 1. Como escolher sua equipe. 2. Como desenhar o trabalho para aplicar as competências da equipe. 3. Como treinar e preparar a equipe para aumentar sua excelência. 4. Como liderar e impulsionar a equipe. 5. Como motivar a equipe. 6. Como avaliar o desempenho da equipe para melhorá-lo cada vez mais. 7. Como recompensar a equipe para reforçar e reconhecer seu valor. Para alcançar eficiência, a equipe precisa ter objetivos claros, visão compartilhada, uma distribuição adequada de papéis e posições, decisões colaborativas, liderança compartilhada, novas idéias para a resolução de problemas e avaliação contínua de seu desempenho e eficácia. O trabalho em equipe exige os seguintes cuidados: *Objetivos claros; *Visão compartilhada; *Distribuição dos papéis e posições; *Decisões colaborativas; *Liderança compartilhada; *Novas ideias; * Avaliação da eficácia. Resumo A modelagem do trabalho significa a forma como a atividade empresarial será atribuída às pessoas e realizada nas várias unidades organizacionais. Em geral, a modelagem do trabalho ainda é feita pelo velho e tradicional conceito de cargo. O desenho de cargos e tarefas se refere à divisão do trabalho e, conseqüentemente, à diferenciação e à integração existentes no nível operacional da empresa. O desenho de cargo especifica o conteúdo das tarefas, os métodos a serem utilizados e as relações com outros cargos, no sentido de satisfazer requisitos tecnológicos, organizacionais, sociais e pessoais do ocupante do cargo. O desenho de cargos pressupõe especialização e definição. O enriquecimento de tarefas busca proporcionar maior variedade, responsabilidade e crescimento para o ocupante do cargo. DIREÇÃO COMO FUNÇÃO ADMINISTRATIVA- nível institucional É a função administrativa que orienta e impulsiona os esforços das pessoas para os objetivos propostos. Dirigir significa interpretar os planos para as pessoas e dar as instruções e orientação sobre como executá-los e garantir o alcance dos objetivos. A Direção corresponde à terceira função administrativa que compõe o processo administrativo, vindo depois do planejamento e da organização, e antecedendo o controle. Esta função está relacionada com a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados através da atividade das pessoas e da aplicação dos recursos que compõem a organização. ESTILOS DE DIREÇÃO Um dos grandes pensadores sobre estilos de Direção, Douglas McGregor, afirma que cada administrador possui uma concepção própria a respeito da natureza das pessoas que tende a moldar o seu comportamento em relação aos subordinados. O autor chegou à conclusão de que existem duas maneiras diferentes e antagônicas de encarar a natureza humana. Uma delas é velha e negativa, baseada na desconfiança nas pessoas. A outra é moderna e positiva, baseada na confiança nas pessoas. Elas são denominadas Teoria X e Teoria Y respectivamente. SISTEMAS ADMINISTRATIVOS Outro autor de grande importância para a compreensão acerca dos estilos de direção, Likert, fez uma pesquisa levando em conta algumas variáveis comportamentais (processo decisorial, sistemas de comunicação, relacionamento interpessoal e sistema de punições e recompensas). Ele chegou à conclusão de que tais variáveis se comportam como um continuum : • Sistema 1: autoritário-coercitivo (É o sistema mais fechado, duro e arbitrário de administrar uma organização. Impõe regras e regulamentos, e exige rígida e cega obediência. As decisões são monopolizadas na cúpula da organização.) • Sistema 2: autoritário-benevolente (Permite alguma delegação das decisões em níveis mais baixos, desde que essas decisões sejam repetitivas e operacionais e sujeitas à confirmação da cúpula. Este sistema utiliza punições e castigos, mas já se preocupa com recompensas • Sistema 3: consultivo . Este sistema se apoia em boa dose de confiança nas pessoas, permitindo que elas trabalhem ocasionalmente em grupos ou em equipes. Ele utiliza mais recompensas – e poucas punições.) • Sistema 4: participativo (Este sistema incentiva total descentralização e delegação das decisões aos níveis mais baixos da organização, exigindo apenas um controle dos resultados por parte da cúpula– incentiva a responsabilidade e o trabalho conjunto em equipe.) PODER E AUTORIDADE Poder- Potencial de exercer influência. Ter poder nem sempre significa ter autoridade. Autoridade- Poder legal ou direito de comandar ou agir. É o poder institucional. Ter autoridade significa ter poder. ________________________________________________ GERÊNCIA- nível intermediário Gerenciar e chefiar é função, cargo. Um chefe pode ser nomeado numa hierarquia, independentemente de possuir ou não as habilidades necessárias. Motivação O administrador atinge os objetivos da organização por meio das atividades das pessoas; A eficiência e a eficácia com que se desenvolve essas atividades dependem do seu conhecimento sobre como lidar com as pessoas; Motivação representa uma das principais ferramentas para dirigir as pessoas nas organizações. Comportamento humano tem 3 premissas: É causado por estímulos internos e externos; É motivado e tem uma finalidade; É orientado para objetivos pessoais. A motivação é tão importante porque: • é um fator que gera satisfação no trabalho; • Para o adm significa colaboradores que assumem responsabilidades; • Para a empresa, a motivação representa desempenho excelente das pessoas. Teoria da motivação de Maslow 1° Fatores fisiológicos; 2° Fatores de segurança; 3° fatores sociais; 4° Fatores de estima; 5° Fatores de auto-realização. LIDERANÇA Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização. Estilos de Liderança Liderança autocrática: Na Liderança autocrática o líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. Liderança democrática: Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de liderança é voltado paraas pessoas e há participação dos liderados no processo decisório. Liderança liberal: é a contração da expressão em língua francesa, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". Neste tipo de liderança as pessoas tem mais liberdade na execução dos seus projetos. Foco da liderança Centrada na tarefa (ou no serviço): Foco na execução da tarefa e com seus resultados. É típico de organizações ou unidades que concentram pessoas em cargos desenhados. As pesquisas demonstram que a curto prazo podem até trazer melhores resultados quanto a eficiência e produtividade, mas isso não se perpetua. Gera-se uma situação de alta pressão que desencadeia atitudes desfavoráveis das pessoas para com o trabalho. A longo prazo resulta em insatisfação, alta rotatividade de subordinados, Centrada na pessoa: Foco nos aspectos humanos do humanos dos subordinados, preocupando-se em manter a equipe atuante, com maior participação nas decisões, sem cuidar do nível de desempenho desejado. Preocupa-se mais com as metas do que com os métodos. SUPERVISÃO- nível operacional Representa a função de direção exercida no nível operacional da empresa. Os supervisores são os administradores que dirigem atividades de pessoas não-administrativas, isto é, de pessoas que não exercem funções administrativas na empresa. A supervisão pode ocorrer em todos os níveis da empresa, desde que haja um acompanhamento mais próximo e imediato do su-perior sobre o trabalho do subordinado. Características da supervisão A principal característica da supervisão de primeira linha é o fato de dirigir o trabalho de pessoal não-administrativo no nível operacional da empresa. Outras características importantes são: 1.Representa a administração diante do pessoal não- administrativo. 2. Depende de perícia técnica. 3.Comunica em duas linguagens. 4.Crise pessoal de identidade. 5.Autoridade restrita. O trabalho em equipe É no nível operacional - isto é, na função de supervisão - que encontramos os maiores problemas de formação e desenvolvimento de equipes. Trata-se de formar líderes de equipes nesse nível. O supervisor deve estar capacitado a construir equipes de trabalho e fazê-las trabalhar com gradativos e maiores níveis de excelência. Para tanto, é preciso ter em mente que toda equipe deve dispor de um conjunto de participantes capazes de contribuir com habilidades e competências diferen-es necessárias para o alcance dos objetivos.. Como individualmente cada membro não tem condições de reunir todas essas habilidades e competências, é importante que a equipe tenha todas elas distribuídas entre os seus participantes. Equipes bem-sucedidas apresentam as seguintes características: 1.Compromisso com objetivos compartilhados. 2. Consenso na tomada de decisão. 3. Comunicação aberta e honesta. 4.Liderança compartilhada. 5. Clima de cooperação, colaboração, confiança e apoio. 6.Valorização dos indivíduos pela sua diversidade. 7. Reconhecimento do conflito e sua resolução positiva. CONTROLE *Serve para definir padrões de desempenho; *Monitorar o desempenho; *Comparar o desempenho; *Tomar a ação corretiva para assegurar os objetivos desejados; O controle propicia a mensuração e a avaliação dos resultados da ação empresarial obtida a partir do planejamento, organização e direção. Geralmente, os controles internos dentro das organizações ocorrem de maneira informal. Controle Estratégico É tratado no nível institucional e se refere a aspectos globais que envolvem a empresa como um todo. 1. Nível de decisão: é decidido no nível institucional 2. Dimensão de tempo: é orientado para longo prazo. 3. Abrangência: e genérico e abrange a empresa como um todo. Como sistemas abertos, as empresas buscam continuamente controlar suas atividades, com objetivo de: *Corrigir falhas e erros; *Prevenir novas falhas. Os controles organizacionais servem para: 1. Padronizar o desempenho, a qualidade e os bens 2. Prevenir erros 3. Limitar a quantidade de autoridade que está sendo exercida; 4. Avaliar e dirigir o desempenho das pessoas; FASES DO CONTROLE ESTRATÉGICO 1. Estabelecimento de padrões de desempenho Os padrões representam o desempenho desejado. Podem ser tangíveis ou intangíveis, vagos ou específicos, mas sempre relacionados com o resultado que se deseja alcançar. 2. Avaliação do desempenho Para se controlar o desempenho deve-se, pelo menos, conhecer algo a respeito dele e do seu passado, Isto pode parecer coisa simples, porém, se a base da mediação ou mensuração não for bem definida, o processo cairá em erros e confusões. Um sistema de controle depende da informação imediata a respeito do desempenho e da unidade de mensuração deverá estar de acordo com o padrão predeterminado 3. Comparação do desempenho com o padrão A comparação do desempenho com o que foi planejado não busca apenas localizar os erros ou desvios, mas também permitir a predição de outros resultados futuros. 4. Ação corretiva O controle organizacional deve indicar quando o desempenho não está de acordo com o padrão estabelecido e qual a medida a adotar. O objetivo do controle é exatamente indicar quando, quanto, onde e como se deve executar a correção. A ação corretiva é tomada a partir dos dados quantitativos gerados nas três fases anteriores do processo de controle. CONTROLE TÁTICO O controle tático é exercido ao nível intermediário das empresas. Refere- se aos aspectos menos globais da empresa. Sua dimensão de tempo é o médio prazo. Aborda geralmente cada unidade da empresa – como um departamento ou cada conjunto de recursos tomados isoladamente. Uma vez estabelecidos os objetivos no nível institucional, elaborados os planos no nível intermediário, reunidos os recursos necessários e baixadas as instruções e procedimentos, o executivo precisa assegurar que o desempenho da execução corresponda aos planos. Neste sentido, o executivo – no nível intermediário – precisa desenvolver um processo de controle que envolve as quatro fases seguintes: 1. ESTABELECIMENTO DE PADRÕES Os padrões de controle dependem diretamente dos objetivos, especificações e resultados previstos resultantes do processo de planejamento. Um padrão significa um nível de realização ou de desempenho que se pretende tomar como referência. Os padrões fornecem parâmetros que deverão balizar o funcionamento do sistema. O padrão fornece os critérios para medir o desempenho e avaliar os resultados. Cada departamento, ao fixar os seus objetivos principais e secundários, define os padrões pelos quais poderá verificar se está ou não atingindo o leque de objetivos a que se propôs alcançar. 2. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS O controle tático se baseia fundamentalmente nas informações obtidas no acompanhamento da execução dos planos de ação ou da operação dos programas previamente estabelecidos. Seu objetivo é avaliar o desempenho ou os resultados dentro dos limites previstos pelos padrões, a fim de garantir o alcance dos objetivos traçados 3. COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS A comparação é geralmente uma atividade especializada de assessoria (staff) por envolver especialização. Aliás, boa parte das atividades de planejamento e de controle é geralmente um encargo de assessoria e não de linha. A comparação proporciona a informação a respeito da quantidade, qualidade, do tempo e custo das atividades de cada departamento, capaz de permitir sua avaliação em relação aos padrões preestabelecidos. 4. A AÇÃO CORRETIVA A maioria dos administradores detém e concentra em suas mãos o controle sobre uma infinidade de assuntos e somente autoriza o prosseguimentos das atividades apóscertificar-se se os diversos padrões estão sendo observados. CONTROLE OPERACIONAL O controle ao nível operacional, é o subsistema de controle realizado ao nível da execução das operações. Trata-se de uma forma de controle realizada sobre a execução das tarefas e operações desempenhadas pelo pessoal não administrativo da empresa. Neste sentido, o controle operacional se refere aos aspectos mais específicos da empresa, como as tarefas e operações. Sua dimensão de tempo é o curto prazo. É também o subsistema de controle mais voltado para a realidade concreta da empresa: o seu dia-a-dia, em termos de tarefas realizadas. Fases do controle operacional 1. ESTABELECIMENTO DE PADRÕES Os padrões representam a base fundamental do controle operacional. Um padrão é uma norma ou critério que serve de base para a avaliação ou comparação de alguma coisa. O padrão é o ponto de referência para aquilo que será feito. 2. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO Consiste em avaliar o desempenho por meio de acompanhamento e monitorização daquilo que está sendo executado. 3. COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO COM O PADRÃO Consistem em comparar o desempenho com aquilo que foi previamente estabelecido como padrão, para verificar se há desvio ou variação, isto é, se há falha ou erro em relação ao desempenho desejado. 4. AÇÃO CORRETIVA Consiste em corrigir o desempenho para adequá-lo ao padrão estabelecido. A ação corretiva incide geralmente sobre a própria tarefa ou operação, visa colocar as coisas em ordem. Por Função Por Processos Por Produtos ou Serviços Matricial Por base Territorial Por Projetos UFases do controle operacional
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