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Língua Azul

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Língua Azul
	Introdução
	Agente Etiológico
	Epidemiologia
	Sinais Clínicos
	A Língua Azul (LA) é uma doença viral infecciosa, não contagiosa dos ruminantes, camelídeos e ocasionalmente, dos cães. A língua azul normalmente ocorre quando espécies sensíveis são introduzidas em áreas com circulação viral ou quando o vírus é introduzido nas populações de ruminantes não expostas anteriormente.
	O vírus da Língua Azul (BTV) é um Orbivirus da família Reoviridae. O genoma do BTV é constituído por 10 segmentos de RNA fita dupla: sete codificam proteínas estruturais três codificam proteínas não estruturais. São mundialmente reconhecidos 24 sorotipos do BTV sorologicamente distintos, denominados BTV-1 a BTV-24, e não se sabe exatamente como os diferentes sorotipos se manifestam clinicamente.
	A infecção pode ocorrer num grande número de animais ruminantes, mas a doença é significativa somente nos ovinos. Os bovinos são os principais hospedeiros reservatórios para os ovinos. Sob condições naturais, a infecção ocorre nos ovinos e bovinos, mas também é registrada no alce, cervo da cauda branca, antílope, camelos e outros ruminantes selvagens. A infecção natural raramente ocorre nos caprinos, mas a infecção pode ser transmitida experimentalmente.
	Após a picada do mosquito e infecção pelo vírus, o ovino começa a apresentar sinais clínicos cerca de 7 dias. O primeiro sinal clínico é a febre que, no início, pode chegar até 41-42ºC, permanecendo em estado febril por cerca de 4 a 8 dias. Concomitantemente, nos casos leves, podem surgir sinais de: vermelhidão de mucosa da boca e narina, lacrimejamento, secreção nasal, salivação, inchaço e petéquias de face, língua e lábios. Nos casos moderados, os sinais evoluem para escoriações e erosões de lábios e boca, hemorragias e lesões oportunistas bacterianas gerando o hálito fétido. O inchaço intenso de língua e cianose também podem ser encontrados nesta fase (o qual fornece o nome da doença, língua azul). 
	
	
	Vetores
	Hospedeiro
	
	
	
	Dípteros do gênero Culicoides. Conhecido como mosquito-pólvora.
	Com relação ao hospedeiro, a viremia é essencial à transmissão do BTV, uma vez que nessa fase da infecção o vírus encontra-se associado às células sanguíneas (principalmente monócitos, linfócitos e eritrócitos).
	
	Língua Azul
	Diagnostico
	Tratamento
	Prevenção
	O diagnóstico laboratorial é realizado pela detecção de: (1) anticorpos específicos contra o vírus, (2) detecção de partículas do vírus e (3) isolamento do vírus.
	Não existem tratamentos específicos. Nos animais doentes com lesões pulmonares, pode ser adotado o uso de antibióticos visando a prevenção de infecções bacterianas secundárias. Os animais afetados devem ser retirados da exposição direta ao sol, pois a mesma agrava as lesões de pele no quadro clínico. Os mesmos também devem ser isolados dos demais e serem tratados com repelentes para se evitar a picada de mosquitos. Deve ser ofertado capim ou feno de boa qualidade, água e sal mineral à vontade. Como complementar na terapia pode ser utilizada vitamina ADE injetável, sulfato de Cobalto ou Cloreto de Cobalto associado à Vitamina B12 e o Sulfato de zinco. No caso de animais muito debilitados, sem apetite e parada ruminal persistente, pode ser preconizado a transferência de suco de rúmen para tal. 
	A Língua azul é uma doença de notificação obrigatória para a Organização Internacional de Sanidade Animal – OIE, e deve ser realizada em até 24 horas após diagnóstico da doença. Para isso, o controle deve ser feito de duas formas: interrompendo o ciclo dos vetores ou tornando os hospedeiros não susceptíveis à infecção pelo vírus por meio da vacinação. Para o controle do vetor podem ser tomadas medidas de modificação ambiental que visam à eliminação dos sítios de reprodução dos mosquitos como eliminação de áreas pantanosas e locais de acúmulo água. Com o mesmo objetivo, também podem ser utilizados inseticidas de uso sistêmico ou tópico nos hospedeiros ou de uso externo, em ambientes como estábulos, porém essas práticas têm efeito temporário

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