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Ética e Organizações EAD 791 Prof. Wilson Amorim 25/Outubro/2017 FEA USP Wilson Amorim Ética Aula 25/10/2017 Deontologia Referências Sobre Deontologia CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010. Unidade 8 Cap. 6. pp. 392- 396 Aula/data Conteúdo - Realizado 1 - 2/8 Apresentação da disciplina 2 - 09/8 Atitude Filosófica e Reflexão Filosófica, Os campos da Filosofia 3– 16/8 Constituintes do campo ético: virtude, sujeito moral e meios 4– 23/8 Constituintes do campo ético: virtude, sujeito moral e meios 5– 30/8 Ética e Psicanálise: Necessidade, desejo e vontade 6- 13/9 Vertentes éticas: Ética das virtudes 7– 20/9 Vertentes éticas: Utilitarismo e Egoísmo ético 8– 27/9 Vertentes éticas: revisão (Relatos Selvagens) 9– 04/10 Palestra: Gestor Financeiro (Vertentes Éticas) 10– 11/10 Vertentes éticas: Egoísmo Ético 11-18/10 Feedback exercícios, Egoísmo Ético 12-25/10 Ética do Dever 13-01/11 Ética e Organizações: stakeholders, valores, visão e missão; códigos de conduta 14-08/11 Ética e Organizações: Sustentabilidade 15-22/11 Ética e Organizações: Relações com Governo 16-08, 22, 29/11 Apresentação de Trabalhos Deontologia: a Ética do Dever Seres humanos Naturalmente egoístas, ambiciosos, destrutivos e ávidos de prazer Dever Nos torna seres morais Immanuel Kant (1724-1804) Wilson Amorim Immanuel Kant Duas distinções Razão pura teórica ou especulativa • Ação por causalidade ou necessidade • Trata das leis necessárias Razão pura prática • Ação por finalidade ou liberdade • É a vida moral (Existência humana em sociedade) • Trata da existência que depende da ação humana (sociedade é obra dos seres humanos) Wilson Amorim A Razão Pura Teórica e a Razão Pura Prática são universais (as mesmas para todos os homens em todos os tempos e lugares) Immanuel Kant Natureza • Reino da Necessidade • Sequências necessárias de causa e efeito Reino humano da práxis • Ações são realizadas racionalmente (e não por necessidade causal) ... • ... de acordo com finalidades estabelecidas pelos seres humanos e são frutos de escolha voluntária A ação por finalidade • Ação voluntária livre ou por liberdade Wilson Amorim Razão prática Exercício da liberdade como poder racional para instituir fins éticos (valores morais) ou a lei moral, que é a mesma para todos os indivíduos (a razão prática é universal) Para alcançar os fins, os meios devem ser éticos e por isto... a razão institui normas para ação ética Immanuel Kant Wilson Amorim Agir por interesse Ilusão de que somos livres e racionais por realizarmos ações que julgamos terem sido decididas livremente por nós (na verdade, estas ações são um impulso cego determinado pela causalidade natural) Agir determinado por motivações físicas, psíquicas, vitais como nos animais ...é ser dominado pelos apetites (causas naturais) ... é não ser autônomo eticamente Immanuel Kant Wilson Amorim Para sermos livres, precisamos ser obrigados pelo dever de ser livres (do contrário, seremos animais!) O dever é proposto pela razão à nossa vontade livre (ele não nos é imposto) Quando o querer e o dever coincidem, somos seres morais, pois a virtude é a força da vontade para cumprir o dever Immanuel Kant Wilson Amorim Imposição de fins e normas que a razão prática faz a si mesma daquilo que ela própria criou • É a expressão de nossa liberdade (não é imposição externa à nossa vontade) • É a presença da lei moral em nós É a mais alta manifestação da humanidade em nós! Kant Dever Wilson Amorim É obedecer a si próprio como ser racional que dá a si mesmo a lei moral Isto é autonomia! Kant Obedecer ao dever Wilson Amorim Kant O Dever... Não é um conjunto de conteúdos fixos (que definiriam a essência de cada virtude) ou seja não é um catálogo de virtudes (“faça isso, não faça aquilo...”) É uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral Não é uma motivação psicológica, mas a lei moral interior Esta forma não é indicativa, é imperativa (fórmula geral): “Age em conformidade apenas com a máxima pela qual possas querer ao mesmo tempo que ela se torne uma lei universal” Wilson Amorim Immanuel Kant Três Máximas Você deve agir... Como se a máxima de sua ação devesse ser erigida por sua vontade em lei universal da natureza De tal maneira que trate a humanidade, tanto na sua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio Como se a máxima de sua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais Wilson Amorim Kant Você deve agir... 1ª máxima •Universalidade da conduta ética •“Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da natureza” 2ª máxima • Dignidade dos seres humanos • “Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio” 3ª máxima • Instituição de um reino de seres morais porque racionais, dotados de uma vontade legisladora livre e autônoma • “Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais” Wilson Amorim A nossa ação precisa estar em conformidade com as máximas do dever. Porque o móvel moral da vontade boa é o respeito pelo dever, produzido pela nossa razão: obedecer à lei moral, respeitar o dever e os outros sujeitos constituem a bondade da vontade ética Kant Wilson Amorim Outra Questão A partir do caso apresentado indique que resposta de Theo poderia ser típica de um comportamento relacionado à Ética do Dever. Justifique. (10 linhas) Wilson Amorim Mentir é imoral? Sim, porque, ao mentir, o mentiroso transgride as três máximas morais: 1) Não respeita a primeira máxima. Não se pode imaginar que a generalização da mentira seja possível (inviabilidade do contrato) 2) Não respeita a segunda máxima, pois, pratica uma violência escondendo de um outro ser humano uma informação verdadeira e, por meio do engano, usa a boa-fé do outro (tratado como meio). 3) Não respeita a terceira máxima, pois se a mentira pudesse se universalizar, o gênero humano deveria abdicar da razão e do conhecimento, da reflexão e da crítica, da capacidade para deliberar e escolher , vivendo na mais completa ignorância, no erro e na ilusão Kant Wilson Amorim
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