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EAE110 2014 Tópico 8 Custos de Produção

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*
*
 CUSTOS DE PRODUÇÃO
 Introdução 
 Custos de oportunidade X Custos Contábeis 
 Custos de Curto Prazo
 Custos de Longo Prazo
 Equilíbrio da Firma
 Externalidades (Economias Externas)
 Custos x Despesas
 Produção Múltipla: Economias de Escôpo
*
CUSTOS: VISÃO CONTÁBIL x VISÃO ECONÔMICA 
Há uma diferença entre as visões do economista e do contador, no que se refere aos custos de produção. O contador utiliza os custos efetivamente desembolsados pela empresa, ou seja, os custos explícitos, financeiros, como técnica de aferimento do valor dos bens e serviços. 
Em Economia, utiliza-se o valor de mercado, relativo ao melhor uso a que o recurso pode ser destinado, que não necessariamente corresponde ao valor gasto pela empresa. Isso porque a Teoria Econômica preocupa-se com a alocação eficiente de recursos, ou seja, em verificar se os recursos, que são limitados, estão sendo utilizados da forma mais eficiente possível.
Nesse sentido, a análise econômica considera também como um custo o que estaria sendo ganho se o dinheiro fosse aplicado em outra atividade. Ou seja, o custo implícito, que não representa desembolso financeiro, e portanto não é registrado contabilmente na empresa, calculado a partir da melhor alternativa sacrificada.
 
*
CUSTOS EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS
 Custos Explícitos correspondem às despesas monetárias efetivas da empresa, na compra ou aluguel de insumos. São os Custos Contábeis ou Custos Históricos, ou ainda Custos Financeiros, que envolvem dispêndio monetário, e contabilizados na contabilidade privada (e portanto no Balanço da empresa). 
 Custos Implícitos são aqueles que não envolvem despesas monetárias, e portanto não aparecem no balanço da empresa. São os Custos de Oportunidade. 
*
CUSTOS DE OPORTUNIDADE
O custo de oportunidade nos diz quanto os recursos empregados num dado negócio poderiam render em outra aplicação. Ou seja, quanto está deixando de ganhar em outra aplicação. 
Como foi visto na Curva de Possibilidades de Produção, é calculado pelo valor da melhor alternativa preterida.
 
*
CUSTOS DE OPORTUNIDADE
Conceito útil para o planejamento estratégico da empresa, para tomada de decisões do tipo:
- Investir na ampliação da empresa, ou aplicar no mercado financeiro?
 Avaliação de novos projetos de investimento
 Alugar ou comprar equipamentos?
 Alugar ou comprar um imóvel?
 Quanto a empresa deve pagar de salário, para manter o trabalhador? 
*
 LUCRO ECONÔMICO VERSUS LUCRO CONTÁBIL 
O conceito de custos de oportunidade provoca uma diferença no conceito de lucro, como é visto em Contabilidade, e como é visto em Economia.
Contadores medem o LUCRO CONTÁBIL como a receita total menos os custos explícitos da empresa. Ignoram os custos implícitos (de oportunidade).
Economistas medem o LUCRO ECONÔMICO da empresa como a receita total menos todos os custos (explícitos e implícitos). O Lucro Econômico é também chamado de LUCRO EXTRAORDINÁRIO 
*
 LUCRO NORMAL 
O Lucro Normal é o Custo de Oportunidade do Capital. Ou seja, representa quanto os empresários/acionistas ganhariam, se aplicassem seu capital em outro empreendimento ou aplicação.
Nesse sentido, como também é um custo(implícito), o lucro normal está incluído nas curvas de custos que definiremos adiante. 
*
 RESUMO:TRÊS CONCEITOS DE LUCRO
Lucro Econômico (ou Lucro Extraordinário): receita total menos a soma dos custos explícitos com os custos implícitos.
Lucro contábil: receita total menos os custos explícitos da empresa. Ignoram-se os custos implícitos.
Lucro Normal; é o custo de oportunidade do capital, ou seja, quanto os proprietários e acionistas ganhariam se aplicassem seu capital em outro negócio
*
EXEMPLO
Suponhamos que alguém, que possui curso superior em, digamos, computação, e quer aplicar R$ 200.000,00. Ele analisa duas alternativas: 
1. abrir um negócio próprio, ou 
2. aplicar no mercado financeiro, e trabalhar como programador
Alternativa 1: comprar uma loja: RECEITA MENSAL = R$ 60.000,00
 -Custo mensal:
 -folha de salários = R$ 5.000,00
 -compras atacado = R$ 30.000,00
 -impostos = R$ 15.000,00 
 CUSTO MENSAL TOTAL = R$ 50.000,00
 LUCRO CONTÁBIL = R$ 10.000,00
Alternativa 2: trabalhar como programador, e aplicar os R$ 200.000,00 no mercado financeiro: -salários recebidos por mês = R$ 6.000,00
 -aplicações (1% mês) = R$ 2.000,00 
 RENDA MENSAL = R$ 8.000,00
A Renda Mensal de R$ 8.000,00 é o custo de oportunidade do capital (o lucro normal), ao aplicar R$ 200.000,00 na compra da loja. Como ele ganharia R$ 10.000,00 mensais na compra da loja,e R$ 8.000,00 mensais se resolvesse aplicar os R$ 200.000,00 e trabalhar como programador, é vantajoso comprar a loja. Ele teria então um LUCRO ECONÔMICO DE R$ 2.000,00 
*
CUSTOS DE OPORTUNIDADE: PRINCIPAIS EXEMPLOS
 Capital parado (no cofre, em conta-corrente): o custo de oportunidade é quanto está deixando de ganhar ao não aplicá-lo, seja no mercado financeiro, seja investindo na empresa (o que daria maior retorno);
 Prédio próprio: o custo de oportunidade é quanto ganharia se tivesse alugado um imóvel, e utilizasse o valor correspondente à compra do prédio em outra aplicação
 Custo de oportunidade do capital: quanto os proprietários/acionistas estariam ganhando em outro negócio.
 Custo de oportunidade da mão-de-obra: quanto a empresa deve pagar de salários, para conservar (não perder) seus empregados. Ou seja, quanto poderiam estar ganhando em outra atividade. 
Nesses dois últimos exemplos, o custo de oportunidade é definido como o valor a ser pago ao fator de produção, para conservá-lo no uso presente.
*
CURVAS DE CUSTOS
Como exposto anteriormente, as curvas de custos que passaremos a estudar incluem os custos de oportunidade, que refletem o valor de mercado dos insumos utilizados na produção.
Em particular, dentro da visão econômica dos custos, destaca-se o conceito de LUCRO NORMAL ( o custo de oportunidade do capital). 
Como veremos no próximo Capítulo (Estruturas de Mercado), o lucro normal é o lucro mínimo que leva a empresa a decidir se permanece no mercado, ou fecha as portas. 
 
*
*
Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixo, quando a produção varia.
Ex.: Aluguel, iluminação, depreciação, etc.
Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida. 
Ex.: gastos com folha de pagamento, despesas com matérias-primas, consumo de energia elétrica, óleo diesel, etc.
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total.
CUSTOS A CURTO PRAZO: CUSTOS TOTAIS
*
*
CUSTOS A CURTO PRAZO: CUSTOS TOTAIS
*
*
Custo Fixo Médio (CFMe):
Custo Variável Médio (CVMe):
Custo Médio (CTMe ou Cme):
CTMe = CVMe + CFMe
CUSTOS A CURTO PRAZO: CUSTOS MÉDIOS
Os custos médios são os custos totais, divididos pela quantidade produzida; ou seja, custos por unidade produzida
O custo médio também é chamado de Custo Unitário.
*
*
CUSTOS A CURTO PRAZO: CUSTOS MÉDIOS
Quando o Custo Fixo Médio tende a zero, o CTMe e o CVMe tendem a se igualar.*
*
Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de produto.
 
Os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (que são invariáveis a curto prazo).
CUSTOS A CURTO PRAZO: CUSTO MARGINAL
*
Quantidade produzida
(a curva de CMg é a derivada primeira da curva de Custo Total)
CT
(R$)
CMg
(R$)
CUSTOS A CURTO PRAZO: RELAÇÃO ENTRE CUSTO TOTAL E CUSTO MARGINAL 
Quantidade produzida
CT
CMg
(O ponto de inflexão do CT, quando passa de decrescente para crescente, corresponde ao mínimo do CMg)
*
O calculo do custo marginal através de derivada exige curvas contínuas e diferenciáveis, ou seja, a quantidade produzida deve ser definida em todos os pontos. Por essa razão, é mais utilizado principalmente em empresas públicas, como de energia elétrica (onde a produção é definida em megawatts/hora), saneamento (metros cúbicos).
CUSTOS A CURTO PRAZO: CUSTO MARGINAL
*
CUSTOS A CURTO PRAZO
Plan1
		Qtd Prod.		Custo Fixo		C. Variável		Custo Total		C.Fixo Médio		C.Var. Médio		Custo Médio		C.Marginal
		q		CFT		CVT		CT		CFMe		CVMe		CTMe		CMg
		1		2		3		4=2+3		5=2/1		6=3/1		7=5+6		8=Δ4/Δ1
		
		0		10.00		0.00		10.00
		1		10.00		5.00		15.00		10.00		5.00		15.00		5.00
		2		10.00		8.00		18.00		5.00		4.00		9.00		3.00
		3		10.00		10.00		20.00		3.33		3.33		6.67		2.00
		4		10.00		11.00		21.00		2.50		2.75		5.25		1.00
		5		10.00		13.00		23.00		2.00		2.60		4.60		2.00
		6		10.00		16.00		26.00		1.67		2.67		4.33		3.00
		7		10.00		20.00		30.00		1.43		2.86		4.29		4.00
		8		10.00		25.00		35.00		1.25		3.13		4.38		5.00
		9		10.00		31.00		41.00		1.11		3.44		4.56		6.00
		10		10.00		38.00		48.00		1.00		3.80		4.80		7.00
		11		10.00		46.00		56.00		0.91		4.18		5.09		8.00
Plan2
		
Plan3
		
*
CUSTOS A CURTO PRAZO
CUSTOS TOTAIS DE PRODUÇÃO
Quantidade produzida
CT
CVT
CFT
(R$)
Desenhar as curvas:
*
CUSTOS A CURTO PRAZO: 
CUSTOS MÉDIOS E MARGINAIS
Quantidade produzida
CTMe
CVMe
CFMe
CMg
(R$)
Desenhar as curvas:
*
*
CUSTOS A CURTO PRAZO: 
RELAÇÃO ENTRE CUSTO MARGINAL E OS CUSTOS MÉDIOS TOTAL E VARIÁVEL 
Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio, o médio só poderá cair.
Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio (tanto do total, como do variável). 
 O CMg corta o CTMe e CVMe no ponto mínimo de ambos
*
CUSTOS A CURTO PRAZO
O formato de U das curvas CTMe , CVMe e CMg a curto prazo corresponde à lei dos rendimentos decrescentes visto na teoria da produção, aplicada à teoria dos custos (chamada aqui de lei dos custos crescentes). 
Custos médios declinantes:
Pouca mão-de-obra 
para grande capital
(capacidade ociosa) 
Vantajoso absorver mão-de-
obra e aumentar a produção,
pois o custo médio cai.
Em certo ponto, satura-se a utilização do capital (que é fixo) e a admissão de mais mão-de-obra não trará aumentos proporcionais de produção. Corresponde ao ponto mínimo da curva, a partir do qual os custos médios ou unitários começam a elevar-se.
*
CUSTOS A CURTO PRAZO
Prova-se que há uma correlação inversa entre as curvas de Custo Marginal e Médio de produção e os conceitos de Produtividade Marginal e Médio do fator de produção:
 -CMg crescente PMg decrescente
 -CTMe crescente PMe decrescente
 
*
CUSTOS A LONGO PRAZO
A longo prazo, não existem custos fixos, pois não há fatores fixos de produção (inclusive as instalações): todos os custos são variáveis.
Planeja a longo prazo.
Um empresário
Opera a curto prazo
Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que podem escolher. 
*
CUSTOS A LONGO PRAZO
(R$)
(q)
Custos
q
q1
q2
q3
CMeC1
CMeC2
CMeC3
(K=10)
(K=15)
(K=20)
Supondo 3 escalas de produção (3 tamanhos possíveis para firma): instalações com 10, 15 ou 20 máquinas
Se planeja produzir q1 => 
CMeC1 < CMeC2 e CMeC3 
Se planeja produzir q3 => 
CMeC2 < CMeC1 e CMeC3 
Se planeja produzir q2 => 
CMeC2 = CMeC1 
*
CUSTOS A LONGO PRAZO
A curva “cheia” é a curva de Custo médio de longo prazo (CMeLp)
(Curva de Envoltória ou Curva de Planejamento de longo prazo).
q* é Escala (ou Tamanho) Ótima para a empresa operar. É o custo médio mínimo de longo prazo. 
(R$)
(q)
Custos
q
q*
CMeLp
Escala (tamanho) ótima
Mínimo custo
*
CUSTOS A LONGO PRAZO
Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes (ou custos crescentes), que supõe uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo prazo deve -se aos rendimentos de escala. quando varia o tamanho da empresa.
Nas plantas iniciais, ocorrem economias de escala, mas a medida que a empresa expande, observa-se rendimentos constantes de escala (são raros os casos de deseconomias de escala ).
*
Como foi visto na Teoria da Produção, os rendimentos ou economias de escala representam os ganhos da empresa (ou setor) quando aumenta sua escala de operações. Ou seja, quando aumenta o tamanho da empresa. Trata-se, portanto, de um conceito de longo prazo, já que não há fatores fixos de produção (todos variam)
Esses ganhos são medidos em termos de melhoria de produtividade (Economias de Escala Técnicas) e ou diminuição dos custos médios ou unitários (Economias de Escala Pecuniárias).
As economias de escala ocorrem devido aos seguintes fatores:
a) especialização na produção (divisão do trabalho): maior a empresa, melhor divisão do trabalho, ou seja, menos tarefas para cada trabalhador, maior a produtividade da mão-de-obra.
b) quanto maior a empresa, maior o seu poder de barganha para negociar descontos na aquisição de insumos, ou de empréstimos junto ao setor financeiro, o que diminui os custos por unidade produzida (custos médios ou unitários). 
c) alguns setores de atividade só operam em larga escala de operações, como siderurgia, setor automobilístico. São as chamadas indivisibilidades na produção.
Embora incomum, teoricamente pode ocorrer deseconomias da escala no caso em que a expansão da empresa seja feita de forma desorganizada. Por exemplo, a alta administração distanciar-se do setor operacional (“chão da fábrica”).
ECONOMIAS (RENDIMENTOS) DE ESCALA 
*
(R$)
(q)
Custos
q
CMeLp
 Rendimentos Rendimentos Rendimentos Crescentes Constantes Decrescentes de Escala de Escala de Escala
ECONOMIAS (RENDIMENTOS) DE ESCALA 
*
CUSTOS A LONGO PRAZO: ISOCUSTO
Isocusto = conjunto de todas as combinações possíveis de fatores de produção (K, N) que mantém constante o custo ou orçamento total da empresa. 
Inclinação negativa: dados os preços dos fatores (pK e pN), se a empresa aumenta a contratação de um fator, deverá reduzir a aquisição de outro fator, se deseja manter constante o custo total. 
K
N
Isocusto
Custo total=custo capital+custo m.obra
 CTO= pkK + pnN
Vimos anteriormente, em Produção, o conceito de isoquanta (físico). Em custos, temos similarmente, o conceito de isocusto (financeiro). Ambos dão origem ao equilíbrio da firma individual. 
*
EQUILÍBRIO DA FIRMA
Ao nível de produção qo, a firma estará produzindo de forma eficiente no ponto onde a taxa de substituição dos fatores permitidapela tecnologia é igual à taxa de substituição permitida pelo mercado (preços dos fatores). Ou seja, onde a curva de isoquanta tangencia o isocusto.
Nesse ponto, a firma está minimizando custos de produção, dados os preços dos insumos e a tecnologia existente.
N*
K*
Equilíbrio
Isoquanta
K
N
qo 
Isocusto
NOTA: a inclinação da isoquanta é chamada de TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO TÉCNICA (TMST)
*
EQUILÍBRIO DA FIRMA
Trajetória de expansão
K
N
qo =1000
q1 =2000
q2 =3000
Trajetória ou Caminho de Expansão
A Trajetória ou Caminho de Expansão indica qual o caminho mais eficiente para a empresa, se desejar expandir sua produção. Ou seja, é a trajetória ótima, no sentido de que relaciona aumentos do custo total (isocustos) com aumentos da produção (isoquantas), numa trajetória eficiente.
Prova-se que os pontos de equilíbrio entre isoquantas e isocustos (ou seja, a trajetória de expansão) correspondem aos pontos da curva de custo médio de longo prazo
CTo=$100000
CT1=120000
CT2=$130000. 
*
EQUILÍBRIO DA FIRMA: OBSERVAÇÕES
1. No Equilíbrio da Firma, determinamos quais seriam os pontos mais eficientes (“produção ótima”), do ponto de vista da firma, no sentido de encontrar as combinações mais eficientes (ótimas) de fatores de produção. São pontos potenciais onde a empresa está minimizando custos.
2. Como estamos vendo apenas o lado da firma, não sabemos ainda qual a demanda pelo seu produto (e portanto qual a receita a ser auferida pela empresa). A determinação da produção que maximiza o lucro dependerá do preço de venda do produto final da firma no mercado. 
3. Conhecida a demanda (e consequentemente a receita da empresa), o lucro máximo ocorrerá em algum ponto da trajetória de expansão.
4. Se forem considerados apenas dois fatores de produção, o equilíbrio da firma insere-se na análise de longo prazo, já que ambos variam. Se for suposto mais fatores, e algum deles fixo, a análise do equilíbrio da firma que acabamos de apresentar insere-se na análise de curto prazo.
*
OBSERVAÇÃO:
 Este tópico está mais desenvolvido no Capítulo 4, “Aplicações de Políticas Públicas….”, ítem 4, pgs. 98 a 102.
 Para os objetivos do nosso curso, o resumo apresentado nos slides seguintes é suficiente.
EXTERNALIDADES (ECONOMIAS EXTERNAS)
*
 As externalidades são as alterações de custos e receitas de consumidores e empresas, provocadas por ações ou fatores externos.
 O conceito de externalidades ilustra a diferença entre custos e benefícios privados ou financeiros, dos custos e benefícios sociais.
 Avaliação privada do investimento: avaliação financeira, específica da empresa. São os custos e receitas contabilizados pela empresa. 
EXTERNALIDADES (ECONOMIAS EXTERNAS)
Avaliação social do investimento: custos (ou benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. 
*
EXTERNALIDADES (ECONOMIAS EXTERNAS)
Trata-se de um conceito útil, principalmente na Avaliação Social de Projetos. Particularmente em projetos públicos, além da avaliação financeira ou privada (receitas e custos contábeis), interessa saber qual o impacto do projeto em termos de benefícios (comércio local, emprego, salários) e custos (problemas ambientais, poluição, congestionamentos, etc.), que não impactam na empresa, mas impactam no entorno do projeto. Esses custos e benefícios externos ao projeto devem constar do chamado RIMA-Relatório de Impacto sobre Meio Ambiente, exigido nesses projetos.
*
Economias externas (ou externalidades positivas): ocorre quando uma unidade econômica cria benefícios para outras, sem receber pagamento por isso (exemplo: uma empresa treina a mão-de-obra, que acaba se transferindo para outra empresa) 
Deseconomias externas (ou externalidades negativas): Quando uma unidade econômica cria custos para outras, sem pagar por isso (exemplo: indústria que polui um rio, prejudicando a atividade pesqueira)
EXTERNALIDADES (ECONOMIAS EXTERNAS)
*
Externalidades negativas na produção: indústrias que poluem os rios, prejudicando a pesca; efeito de grandes obras sobre o meio ambiente;
Externalidades positivas na produção: a localização de lojas na 25 de março reduz os gastos privados de divulgação dos lojistas; a Internet (“technological spillover”)
Externalidades negativas no consumo: uma oficina mecânica, uma serralheria, uma discotéca ao lado, desvaloriza a casa alugada, e reduz a receita do proprietário; poluição causada por automóveis, ônibus; mulher fumante, marido não. 
Externalidades positivas no consumo: campanhas de vacinação, que faz com que a população gaste menos com saúde; a beleza do jardim do vizinho, que valoriza sua casa
Externalidades: exemplos 
EXTERNALIDADES (ECONOMIAS EXTERNAS)
*
 Tomemos como exemplo uma empresa que polui o meio ambiente. 
 Neste caso, para resolver, a solução seria a aplicação de um imposto, ao consumo ou à produção, com o objetivo dos produtores privados “internalizarem” o verdadeiro custo de produzir. Ou seja, diminuir a produção, até o nivel socialmente desejável. Por essa razão, as bebidas e cigarros costumam ser mais taxados.
 O imposto que internaliza uma externalidade negativa é chamado de Imposto de Pigou ou Imposto Pigouviano.
Internalização de Externalidade Negativa: Imposto de Pigou 
EXTERNALIDADES (ECONOMIAS EXTERNAS)
*
 Além da solução por meio do Imposto de Pigou, outra forma de internalizar uma externalidade negativa seria a fixação de um limite de poluentes para a indústria, como no exemplo de fumaça das fábricas, dos veículos. Passou desse limite, a empresa é multada, o que também é uma forma de internalizar uma externalidade negativa.
 Portanto, 2 formas de internalizar externalidades negativas:
 -via taxação (imposto de Pigou) = solução de mercado
 -interferência direta do governo (multas)
 
EXTERNALIDADES (ECONOMIAS EXTERNAS)
*
PRODUÇÃO MÚLTIPLA: ECONOMIAS DE ESCOPO
Na Teoria da Produção e dos Custos de Produção que estamos acabando de apresentar, supõe-se que a empresa produz um único produto, utilizando dois insumos (mão-de-obra e capital). Mas empresas normalmente produzem mais de um produto, e utilizam mais insumos, tanto na indústria como na agricultura. Nesse caso, tem-se o conceito de Economias de Escopo.
Economias de escopo: redução dos custos totais quando aumenta a variedade de bens e serviços produzidos. Além da mão-de-obra, muitas matérias-primas podem ser utilizadas na produção de diferentes produtos da empresa. Por exemplo, chapas de aço podem ser utilizadas para produzir geladeiras, máquinas de lavar, fogões. 
*
PRODUÇÃO MÚLTIPLA: ECONOMIAS DE ESCOPO
Diferenças entre Economias de Escôpo e Economias de Escala:
 Economias de Escala: - empresa produz um produto
 - redução dos Custos Médios, quando a empresa aumenta de tamanho 
 Economias de Escôpo: - empresa produz vários produtos
 - redução do Custo Total, quando a empresa emprega o mesmo insumo em diferentes produtos 
*
CUSTOS X DESPESAS
 Outra diferença entre a abordagem contábil e abordagem econômica quanto aos custos tem a ver com os conceitos de CUSTOS e DESPESAS. 
a) CUSTOS: gastos associados ao processo de fabricação. São divididos em custos diretos e custos indiretos ou fixos.
Custos Diretos: variam com a quantidade produzida: salários na produção, matérias-primas, energia consumida, etc.
Custos Indiretos ou Fixos: não variam com a quantidadeproduzida (aluguel, iluminação). Independe da quantidade produzida, mas são associados diretamente ao processo de fabricação. 
b)DESPESAS: gastos associados ao exercício social, e alocados para o resultado geral do exercício, tais como despesas administrativas (inclusive salários na administração), despesas financeiras, despesas com propaganda e publicidade.
CONTABILIDADE EMPRESARIAL: CUSTOS e DESPESAS são conceitos diferentes:
*
CUSTOS X DESPESAS
 TEORIA MICROECONÔMICA TRADICIONAL 
O CUSTO DIRETO é chamado de CUSTO VARIÁVEL
O conceito de CUSTO FIXO em Economia corresponde à soma do CUSTO INDIRETO+ DESPESA da Contabilidade.
 Ou seja, na microeconomia tradicional, não se separam o conceito de custo do conceito de despesa, como na contabilidade das empresas.
 Nas abordagens mais recentes, particularmente no campo das chamadas Teorias de Organização Industrial, os economistas procuram ser mais específicos, aproximando-se dos conceitos de custos e despesas utilizados na contabilidade. 
*
*
Como pudemos observar na análise da Teoria dos Custos de Produção, que acabamos de estudar, as visões contábil e econômica diferenciam-se fundamentalmente em 3 aspectos:
 Custos contábeis x Custos de oportunidade
 Custos Privados x Custos sociais (Externalidades) 
 Custos x Despesas (diferentes terminologias)
VISÃO CONTÁBIL X VISÃO ECONÔMICA: RESUMO 
*
*
*
*

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