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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/279190450 Caso AGSX SA Research · June 2015 DOI: 10.13140/RG.2.1.2814.5764 CITATIONS 0 READS 141 1 author: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Investimentos e mercado de capitais View project Valuation View project Ricardo Goulart Serra Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado 41 PUBLICATIONS 11 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Ricardo Goulart Serra on 26 June 2015. The user has requested enhancement of the downloaded file. CASO AGSX S.A. Dr. Ricardo Goulart Serra ricardo.serra@fecap.br FECAP e Insper, SP / Brasil INTRODUÇÃO Em 29 de março de 2013, sexta-feira, Luiza Lion e Alberto Gaderra, VP e associate da filial brasileira de um prestigioso banco de investimentos inglês, voltavam de uma importante reunião com um de seus clientes, o Sr. Jake Batistella, CEO da AGSX, uma empresa fabricante de tachinhas. Ambos comemoravam a assinatura do mandato de venda da empresa. “Lançar o eurobônus da empresa em fevereiro de 2011 foi ótimo. Abriu-nos a porta para termos um estreito relacionamento com a empresa e foi determinante na assinatura deste mandato!” – comentou o Alberto, feliz. “Sim, graças ao relacionamento da sua família com a família Batistella, pudemos, na época, agendar uma reunião e mostrar para a empresa o nosso histórico de transações no setor de tachinhas. Lembro que o momento não era o mais favorável, mas com dedicação conseguimos uma demanda em excesso importante, o que nos possibilitou lançar o eurobônus a uma taxa bastante atraente para a empresa. A família reconheceu o nosso empenho naquela ocasião e agora nos confia a venda da AGSX.” – lembrou a Luiza. “Pudemos, desde o lançamento do eurobônus, estar perto do grupo e entender bem o momento pelo qual ele atravessa. Com a família redirecionando as atenções para o setor de farmácias, faz bastante sentido vender a AGSX para capitalizar o negócio de farmácias e colocar todo o empenho da família em fazer o negócio de farmácias crescer. Enfim, foi uma ótima reunião!” – acrescentou o Alberto. “Bom, agora temos que trabalhar duro para entregar a avaliação preliminar da AGSX em uma semana, conforme nos comprometemos com o Jake. Pegue o novo analista para te ajudar, assim você aproveita para treiná-lo e me apresente um trabalho inicial terça-feira à noite” – disse a Luiza, deixando de lado o contentamento. Alberto logo soube que ela falava do Marco Sena. Encaminhando o trabalho de avaliação Chegando ao escritório, Luiza foi dar atenção às demandas de outro mandato do banco e Alberto reuniu-se com Marco. “Ganhamos o mandato de venda da AGSX!” – contou o Alberto. “Que maravilha! Estou à disposição para executá-lo com você.” – disse o Marco, contente com a oportunidade. “Ótimo. Quero que você reúna as informações para calcularmos o custo de capital da AGSX.” Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 2 – determinou o Alberto. “Pode deixar que eu atualizo a série histórica do Treasury Bond de 10 anos e do EMBI+ Brasil. Também posso calcular o beta da AGSX.” – disse o Marco. “Aproveite e pegue também a tabela de prêmio de mercado montada com os dados do site do Damodaran e a série histórica do yield to maturity (YTM) do eurobônus da empresa. Observe que o eurobônus é denominado em US$, portanto, seu YTM também está em US$.” – acrescentou o Alberto. “A empresa tem um eurobônus?” – perguntou o Marco. “Sim, e fomos nós que coordenamos a oferta em fevereiro de 2011. Foi um sucesso e nos abriu as portas na empresa. O melhor de tudo é que o mesmo tem boa liquidez e nos dará um bom parâmetro para o custo da dívida.” – esclareceu o Alberto. “Deste jeito será tranquilo calcular o custo de capital da AGSX, pois duas das premissas mais delicadas estão bem encaminhadas, o custo da dívida e o beta, uma vez que a ação da AGSX tem apresentado boa liquidez desde a sua inclusão no índice, há 3,5 anos. Quando estava no terceiro ano da faculdade eu participei de um estudo que visava identificar a existência de um retorno anormal quando uma ação ingressa no índice e me lembro bem da inclusão da AGSX. Por curiosidade, nós participamos do IPO da empresa?” – quis saber o Marco. “Não, na época já tínhamos o foco mais em debt capital markets e fusões & aquisições.” – respondeu o Alberto, acrescentando: “Bom, temos apenas uma semana para preparar o valuation preliminar da empresa, e a Luiza quer ver algo terça-feira à noite. Então, mãos à obra. Reúna as informações e me envie por email. Eu vou tentar falar com a Bruna, diretora operacional da empresa, que sabe da venda da mesma, para pedir algumas informações que possam nos auxiliar nas projeções. Vamos sentar amanhã às 10:00 para nos organizarmos”. Marco estava ansioso para saber qual seria a lógica de projeção para o fluxo de caixa. Obtendo as informações para o custo de capital Marco, sentado em sua mesa, acessou os sistemas de informação que o banco assinava e reuniu as informações que o Alberto havia lhe solicitado. Ele resolveu colocar tudo em um arquivo Excel, em várias pastas (Tabelas 1, 2, 3 e 4). Ele então pensou em ficar até mais tarde e propor um cálculo do WACC (weighted average cost of capital ou custo de capital médio ponderado) para discutir com o Alberto na reunião agendada para o dia seguinte cedo. Para tanto, estava faltando uma informação, a do peso do capital próprio e do peso do capital de terceiros na estrutura de capital da empresa. Lembrando-se de suas aulas de finanças corporativas, ele pensou em usar uma estrutura ótima de capital para o cálculo do WACC e Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 3 decidiu que, para determinar esta estrutura ótima, usaria o peso médio do capital de terceiros na estrutura de capital (D / (D+E)) das empresas do setor da AGSX. As cinco empresas pesquisadas tinham em média 25% de dívida enquanto a AGSX tinha apenas 10%. Terminado o cálculo do custo de capital, quando finalizava o email para o Alberto, Marco lembrou-se que tinha se esquecido de recalcular o beta para o nível de endividamento alvo. Refeitos os cálculos, escreveu o email para o Alberto: “Alberto, seguem em anexo as informações solicitadas para o cálculo do custo de capital. Encaminho um cálculo do WACC preliminar. Tenho duas dúvidas de como proceder: (1) usei uma estrutura de capital alvo baseado nas empresas do setor, mas nem todas estão exatamente no mesmo grau de maturidade e (2) não fui capaz de recalcular o custo de dívida para este novo nível de endividamento. Falamos amanhã. Atenciosamente, Marco”. Primeira reunião de trabalho No horário marcado da manhã seguinte, Alberto e Marco se reuniram para discutir o WACC. “Vejo que você já enviou uma sugestão de WACC pendente de duas dúvidas. Sugiro manter as cinco empresas para o cálculo do endividamento médio – não temos um número suficiente para descartar nenhuma das cinco e não são tão diferentes assim. Quanto ao custo da dívida, vamos considerar, por ora, que o credor não será sensível à mudança de 10% para 25% de dívida, e que o custo da dívida será mantido constante. Depois validamos esta informação com a área de crédito.” – começou o Alberto. “Então podemos seguir com este WACC?” – perguntou o Marco. “Você fez um bom trabalho, mas tenho que te contar um detalhe: o Banco Central cobra 15% de imposto na remessa de juros, ou seja, o desembolso da empresa é maior do que o yield to maturity do eurobônus. Você terá que fazer um gross up para considerar este impostono custo da dívida. Faça este gross up, simplificadamente, em cima do próprio yield to maturity. De resto, está ótimo!” – esclareceu o Alberto, elogiando o Marco. “Quais os próximos passos?” – quis saber o Marco, ainda ansioso por saber como conduzir as projeções operacionais. “Eu tenho que terminar um pitch hoje para a Luiza olhar amanhã. Enquanto isto, vou te mandar um modelinho para você estudar – é um modelinho de fluxo de caixa para os investidores ou fluxo de caixa para a firma, que é como faremos a avaliação da empresa. Aproveite e coloque no modelinho as demonstrações financeiras da empresa e atualize o cenário macroeconômico.” – solicitou o Alberto. “Você conseguiu falar com a diretora operacional da AGSX?” – questionou o Marco. “Sim, falei com a Bruna e Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 4 peguei as premissas de CAPEX para os próximos cinco anos, que será nosso horizonte de projeção. Ela indicou que a empresa pretende investir R$ 105 milhões em 2013, R$ 145 milhões em 2014 e 1,5x a depreciação do ano anterior para os anos de 2015 a 2017. Além disto, eu pedi que ela me passasse o crescimento de quantidade vendida pelos últimos 10 anos para correlacionarmos com o crescimento do PIB neste mesmo período a fim de calcularmos a evolução da receita da empresa. Ela disse que nos enviará esta informação daqui uns 10 dias – o que não nos atende para esta avaliação preliminar. Por enquanto, ela forneceu o crescimento real da receita para os últimos 10 anos. Pegue no site do Banco Central o crescimento do PIB nestes mesmos anos e veja se encontra algo satisfatório regredindo uma série contra a outra. No passado, quando tive que fazer outro trabalho relativo à esta empresa, esta regressão ficou bem a contento” – respondeu o Alberto, acrescentando: “Precisamos parar de citar a empresa pelo seu nome. Vamos chamar este projeto de Barca Velha. O Jake gosta de vinhos e ele contou que viajou para Portugal em janeiro e visitou uma quinta no Vale do Meão de onde saem as uvas para fazer o Barca Velha”. “Este nome me remete a algo velho!” – comentou o Marco. “Tem razão, mas acho que o Jake não associará este nome a algo velho, mas sim ao vinho. Deixe este nome mesmo. Bom, chega de papo porque hoje é sábado e quero poder aproveitar um pouco do dia quando terminar o que tenho que fazer. Acho que você também! Encontramo-nos segunda cedo.” – finalizou o Alberto. Reunindo informações para as projeções operacionais Marco, em sua mesa, entrou no diretório público do economista chefe do banco, e procurou as últimas projeções macroeconômicas. Após encontrar a planilha com as projeções mais atuais (Tabela 5), ele alimentou o modelinho que havia recebido do Alberto com as mesmas e também com o balanço e a DRE históricos da empresa (Tabelas 6 e 7), os quais ele pegou na página de Relações com Investidores da AGSX. As últimas demonstrações financeiras publicadas pela empresa eram de 31 de dezembro de 2012, e ele pegou 3 anos históricos. Posteriormente, Marco calculou a quantidade vendida e o preço médio dos últimos 3 anos (Tabela 8). Ele verificou que a empresa foi capaz de atualizar os preços pela inflação histórica nestes últimos 3 anos, e que a mesma trabalha com uma alíquota de imposto de renda e contribuição social de 34%. Entrando no site do Banco Central do Brasil, ele pegou o histórico da variação do PIB e reuniu esta série histórica na mesma tabela em que se Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 5 encontrava o crescimento real da receita pelos últimos 10 anos (Tabela 9). Após corrigir o cálculo do WACC com os comentários do Alberto e regredir as informações de PIB e crescimento da receita, Marco enviou o modelinho de volta para o Alberto, por email, com a seguinte mensagem: “Alberto, segue modelinho da Barca Velha com as informações que você pediu. Corrigi o WACC e fiz a regressão que você pediu, que me pareceu boa. Segunda-feira cedo nos reunimos para darmos prosseguimento ao projeto. Estou ansioso para fazermos as projeções operacionais. Atenciosamente, Marco”. Ambos aproveitaram parte do domingo para analisar os números e ler relatórios do setor. Discutindo as premissas operacionais Alberto e Marco se reuniram na primeira hora de segunda-feira para discutirem como fariam as projeções da empresa para os próximos 5 anos. “Você reparou que as últimas demonstrações financeiras publicadas são as de 31 de dezembro de 2012. Portanto, nossa avaliação terá a mesma data. O custo de capital está OK. Precisamos agora pensar em como fazer a projeção do DRE e do Balanço. Na verdade, projetaremos só os itens necessários. Com relação a receita bruta, projetaremos a quantidade vendida por meio da regressão que você fez.” – começou o Alberto. “Podemos projetar o preço evoluindo com a inflação. Nos últimos 3 anos a empresa conseguiu repor a inflação no seu preço.” – completou o Marco. “Ótimo. Para chegarmos ao EBITDA, vamos usar a alíquota histórica das deduções e a margem bruta histórica também. As despesas com vendas nós podemos projetar variável e as despesas gerais e administrativas poderão ser consideradas despesas fixas.” – definiu o Alberto. “Na faculdade projetamos o capital de giro líquido com os índices de eficiência de ativo.” – disse o Marco. “Exatamente, é a forma que mais usamos aqui no banco.” – concordou o Alberto, emendando: “O CAPEX nós usaremos o que foi dado pela Barca Velha e para a depreciação calcularemos uma alíquota média com base na depreciação e ativo bruto médio históricos”. Combinadas as premissas, Alberto abriu o modelinho e começou a ajeitar as lógicas de projeção. Terminaram as projeções e saíram para almoçar. Na volta do almoço, calcularam o fluxo de caixa para os investidores (ou firma). Como o WACC estava em US$ e o fluxo foi projetado em R$, adequaram ambos para a mesma moeda. “Agora temos que pensar no crescimento da perpetuidade. Não tenho a menor ideia.” – confessou o Marco. “Vamos considerar que o crescimento real não vai agregar valor.” – Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 6 comentou o Alberto. “O que você quer dizer com isto?” – perguntou o Marco. “Vamos supor que o crescimento real terá o mesmo retorno que o custo de capital, assim o valor presente líquido do crescimento é zero e ele pode ser ignorado. Desta forma, podemos usar como crescimento a inflação, uma vez que nosso modelinho é nominal.” – respondeu o Alberto. “Bom, ao considerar, na modelagem, que a empresa não terá crescimento real, podemos supor também que ela não precisará de investimentos líquidos.” – concluiu o Marco. “Exatamente! Bastará perpetuar a condição em que o CAPEX seja igual à depreciação, ou seja, vamos considerar apenas o CAPEX de manutenção.” – completou o Alberto. Definida a premissa da perpetuidade, calcularam o firm value, identificaram os itens relativos à dívida líquida da empresa e também os outros itens não operacionais e finalmente calcularam o equity value. Terminado o trabalho, Alberto imprimiu duas vias e ambos olharam o material com olhos críticos para verificar se não tinham cometido nenhum erro. Conferiram os números das demonstrações financeiras históricas, olharam os índices projetados, as margens etc. e decidiram que faltava apenas colocar tudo em um PowerPoint para estarem prontos para sentar com a Luiza para discutir as premissas e o valor encontrado. Marco estava feliz com o aprendizado até agora. Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 7 Anexo 1 – Tabelas Tabela 1 – Taxa Livre de Risco (T-Bond) e Prêmio País (EMBI). Série histórica de30/mar/2010 a 28/mar/2013. Adaptada pelo autor a partir de informações do Bloomberg®. Data T-Bond 28/03/2013 1,870 27/03/2013 1,870 26/03/2013 1,920 25/03/2013 1,930 22/03/2013 1,930 . . . . . . 05/04/2010 3,990 01/04/2010 3,860 31/03/2010 3,830 30/03/2010 3,870 29/03/2010 3,860 Média 10 du 1,93 Média 1 mês 1,95 Média 3 meses 1,93 Média 1 ano 1,77 Média 2 anos 2,10 Data EMBI 28/03/2013 189 27/03/2013 191 26/03/2013 191 25/03/2013 191 22/03/2013 194 . . . . . . 05/04/2010 172 01/04/2010 184 31/03/2010 185 30/03/2010 182 29/03/2010 182 Média 10 du 188 Média 1 mês 180 Média 3 meses 162 Média 1 ano 175 Média 2 anos 187 Tabela 2 – Prêmio de Mercado. A coluna PM (até data) representa o prêmio médio (calculado com média geométrica) para o período histórico de 1928 até o respectivo ano – por exemplo, considerando o período de 1928 a 2006, o prêmio de mercado médio é 4,91%. Adaptada pelo autor a partir de informações do site do Damodaran (http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/). Retorno Ano Mercado (S&P) T-Bond 1928 43,81% 0,84% 1929 -8,30% 4,20% 1930 -25,12% 4,54% . . . . . . . . . PM (até data) 2003 28,36% 0,38% 4,82% 2004 10,74% 4,49% 4,84% 2005 4,83% 2,87% 4,80% 2006 15,61% 1,96% 4,91% 2007 5,48% 10,21% 4,79% 2008 -36,58% 20,10% 3,88% 2009 25,92% -11,12% 4,29% 2010 14,82% 8,46% 4,31% 2011 2,07% 16,04% 4,10% 2012 15,83% 2,97% 4,20% Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 8 Tabela 3 – Histórico de preço da AGSX3 (em R$) e do Índice de Mercado (em pontos). Série histórica de 28/mar/2011 a 28/mar/2013. O beta é 1,23, calculado com o índice local, 2 anos de histórico e periodicidade diária. Elaborada pelo autor. Data Índice AGSX3 Data Índice AGSX3 28/03/2013 58.314,5 26,2 15/04/2011 44.973,4 39,6 27/03/2013 58.137,8 26,7 14/04/2011 46.575,7 40,6 26/03/2013 59.258,3 27,9 13/04/2011 44.389,7 37,2 25/03/2013 58.725,0 27,5 12/04/2011 42.646,3 35,4 22/03/2013 57.381,9 25,7 11/04/2011 41.384,4 34,5 21/03/2013 59.022,3 27,2 08/04/2011 42.172,4 35,2 20/03/2013 58.265,7 27,5 07/04/2011 43.316,8 36,6 19/03/2013 56.281,7 25,8 . . . 06/04/2011 42.135,7 35,0 18/03/2013 56.844,6 26,4 05/04/2011 42.594,8 33,8 15/03/2013 58.207,4 26,9 04/04/2011 42.916,9 36,7 14/03/2013 55.724,5 26,4 01/04/2011 43.428,6 35,4 13/03/2013 55.452,9 25,7 31/03/2011 42.196,9 33,3 12/03/2013 55.523,5 24,1 30/03/2011 42.657,1 36,9 11/03/2013 54.579,6 23,8 29/03/2011 41.471,7 35,7 08/03/2013 56.173,8 26,2 28/03/2011 41.932,6 37,4 Tabela 4 – Histórico de preço e yield to maturity (YTM) do eurobônus da AGSX. Série histórica de 08/mar/2013 a 28/mar/2013. Elaborada pelo autor. Data AGSX YTM 28/03/2013 103,61 7,15% 27/03/2013 103,63 7,13% 26/03/2013 103,38 7,22% 25/03/2013 103,73 7,07% 22/03/2013 103,50 7,15% 21/03/2013 103,47 7,15% 20/03/2013 103,32 7,20% 19/03/2013 103,54 7,10% 18/03/2013 103,56 7,08% 15/03/2013 103,46 7,11% 14/03/2013 103,15 7,22% 13/03/2013 103,20 7,19% 12/03/2013 103,45 7,08% 11/03/2013 103,17 7,18% 08/03/2013 103,09 7,20% Média 10 du 7,14% Média 1 mês 7,17% Média 3 meses 7,14% Média 1 ano 6,94% Média 2 anos 7,35% Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 9 Tabela 5 – Projeções macroeconômicas. Adaptada pelo autor a partir de informações do site do Banco Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/pt-br/paginas/default.aspx). Histórico Projeção 2.011 2.012 2.013P 2.014P 2.015P 2.016P 2.017P IPCA 6,5% 5,8% 5,8% 5,6% 5,3% 5,2% 5,1% IGP-M 5,1% 7,8% 5,2% 5,3% 4,9% 4,9% 4,9% PIB 2,70% 0,87% 3,09% 3,55% 3,69% 3,73% 3,90% Selic 11,6% 11,6% 8,2% 8,5% 8,8% 8,6% 8,4% CPI 1,5% 1,8% 2,1% 2,1% 2,1% Câmbio 1,88 2,04 2,01 2,05 2,08 2,12 2,18 Câmbio Médio 1,77 2,0 0 2,03 2,03 2,07 2,10 2,15 Tabela 6 – Balanço Histórico da AGSX S.A.. Elaborada pelo autor. BALANÇO Histórico R$ Milhões 2.010 2.011 2.012 Caixa Operacional 26,8 28,2 30,6 Excesso de Caixa 1,7 19,7 24,6 Contas a Receber 41,7 46,3 48,2 Estoques 22,5 26,4 27,3 Depósitos Judiciais 20,8 37,6 68,5 Ativo Fixo 735,9 828,6 933,5 Depreciação Acumulada (218,5) (279,8) (345,9) Total de Ativo 630,9 707,0 786,8 Contas a Pagar 19,1 20,7 22,4 Sal., Enc. e Imp. a Pagar 9,5 10,8 11,2 Empr. & Financ. + Debêntures (C/LP) 140,7 168,6 151,6 Provisões Ambientais 72,7 53,7 97,9 Capital Social 380,6 415,7 431,6 Lucros Retidos 8,3 37,5 72,1 Total de Passivo 630,9 707,0 786,8 Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 10 Tabela 7 – Demonstrações de Resultados da AGSX S.A.. Elaborada pelo autor. DRE Histórico R$ Milhões 2.010 2.011 2.012 Receita Bruta 651,7 716,0 770,0 (-) Deduções (Imp. Ind., Devol.) (131,3) (151,7) (157,8) ...% Receita Bruta 20,1% 21,2% 20,5% (=) Receita Líquida 520,4 564,3 612,2 (-) CPV (243,8) (251,5) (281,3) (=) Resultado Bruto 276,6 312,8 330,9 ...Margem Bruta 53,2% 55,4% 54,1% (-) Despesas com Vendas (26,6) (32,3) (30,8) ...% Receita Líquida 5,1% 5,7% 5,0% (-) Despesas Gerais e Administrativas (103,3) (113,5) (123,0) (=) EBITDA 146,7 167,0 177,1 ...Margem EBITDA 28,2% 29,6% 28,9% (-) Depreciação (CPV e Desp. Operac.) (60,7) (61,3) (66,1) (=) Resultado Operacional 86,0 105,7 111,0 ...Margem Operacional 16,5% 18,7% 18,1% (-) Despesa Financeira (16,0) (17,6) (18,2) (+) Receita Financeira 3,2 4,3 5,8 (+) Result. não Operac. 0,5 (1,0) 0,8 (=) LAIR 73,7 91,4 99,4 (-) IR (25,1) (31,1) (33,8) (=) Lucro Líquido 48,6 60,3 65,6 Tabela 8 – Abertura da Receita Bruta da AGSX S.A.. Quantidade vendida considera todos os produtos oferecidos pela AGSX e o preço representa o preço médio. Elaborada pelo autor. Receita Bruta Histórico 2.010 2.011 2.012 Quantidade Vendida (milhões) 287,2 298,0 300,8 Preço de Venda (R$) 2,269 2,403 2,560 Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 11 Tabela 9 – Variação do PIB e da receita líquida da AGSX S.A. (em moeda constante). Adaptada pelo autor a partir de informações do site do Banco Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/pt- br/paginas/default.aspx) no que diz respeito ao Δ PIB e elaborada pelo autor no que diz respeito à Δ Receita. Ano Δ PIB Δ Receita 2003 1,15% -2,81% 2004 5,71% 5,99% 2005 3,16% -0,85% 2006 3,96% 1,71% 2007 6,09% 6,19% 2008 5,17% 2,92% 2009 -0,33% -4,23% 2010 7,53% 4,44% 2011 2,73% 2,38% 2012 0,87% 1,87% Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 12 Anexo 2 – Preparação para o Caso AGSX S.A. Nome: _____________________________________________ Autorizo expor minha opinião durante a discussão do caso: SIM NÃO I. Custo de Capital – quais parâmetros você usaria para Taxa livre de risco: _____%. Razão: __________________________________________ Prêmio Brasil: _____%. Razão: __________________________________________ Prêmio de Mercado: _____%. Razão: __________________________________________Custo da dívida: _____%. Razão: __________________________________________ D / (D+E): _____%. Razão: __________________________________________ Qual o seu WACC (indique a moeda)? __________________________________________ II. Fluxo de Caixa Como você projetaria a receita bruta? Quantidade: _______________________________________________________ Preço: _______________________________________________________ Como você projetaria a receita líquida? ____________________________________ Como você projetaria o resultado bruto? ____________________________________ Como você projetaria a despesa com venda? ____________________________________ Como você projetaria a despesa geral e administrativa? _____________________________ Como você projetaria o CAPEX? Para 2013:_______________ Para 2014:_______________ Após 2015? ______________________________________________________________ Como você projetaria a depreciação? ____________________________________ Como você projetaria o capital de giro líquido? Caixa Operacional: _________________________________________________ Estoque: _________________________________________________ Contas a receber: _________________________________________________ Contas a pagar: _________________________________________________ Sal. e Enc. a pagar: _________________________________________________ Imposto a pagar: _________________________________________________ Como você lidaria com diferença de moeda do custo de capital e do fluxo de caixa? __________________________________________________________________________ Qual período você usaria para descontar cada fluxo de caixa (a data base é 31/dez/2012)? Período: Como você projetaria a perpetuidade? Qual taxa de crescimento você usaria? ____________________________________ Qual período de desconto para trazer a valor presente? ______________________ Faria algum ajuste no fluxo de caixa do último ano projetado? SIM NÃO Qual? ____________________________Por quê? ___________________________ Qual a dívida líquida a ser usada para calcular o Equity Value? _________________________ Outros ajustes por itens não operacionais? SIM NÃO Quais?_______________ __________________________________________________________________________ Por quê? ___________________________________________________________________ 2013 2014 2015 2016 2017 FC1 FC2 FC3 FC4 FC5 View publication statsView publication stats
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