Buscar

Caso AGSX S.A.: Avaliação Preliminar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

See	discussions,	stats,	and	author	profiles	for	this	publication	at:	https://www.researchgate.net/publication/279190450
Caso	AGSX	SA
Research	·	June	2015
DOI:	10.13140/RG.2.1.2814.5764
CITATIONS
0
READS
141
1	author:
Some	of	the	authors	of	this	publication	are	also	working	on	these	related	projects:
Investimentos	e	mercado	de	capitais	View	project
Valuation	View	project
Ricardo	Goulart	Serra
Fundação	Escola	de	Comércio	Álvares	Penteado
41	PUBLICATIONS			11	CITATIONS			
SEE	PROFILE
All	content	following	this	page	was	uploaded	by	Ricardo	Goulart	Serra	on	26	June	2015.
The	user	has	requested	enhancement	of	the	downloaded	file.
CASO AGSX S.A. 
Dr. Ricardo Goulart Serra 
ricardo.serra@fecap.br 
FECAP e Insper, SP / Brasil 
 
INTRODUÇÃO 
Em 29 de março de 2013, sexta-feira, Luiza Lion e Alberto Gaderra, VP e associate da 
filial brasileira de um prestigioso banco de investimentos inglês, voltavam de uma importante 
reunião com um de seus clientes, o Sr. Jake Batistella, CEO da AGSX, uma empresa 
fabricante de tachinhas. Ambos comemoravam a assinatura do mandato de venda da empresa. 
“Lançar o eurobônus da empresa em fevereiro de 2011 foi ótimo. Abriu-nos a porta 
para termos um estreito relacionamento com a empresa e foi determinante na assinatura deste 
mandato!” – comentou o Alberto, feliz. “Sim, graças ao relacionamento da sua família com a 
família Batistella, pudemos, na época, agendar uma reunião e mostrar para a empresa o nosso 
histórico de transações no setor de tachinhas. Lembro que o momento não era o mais 
favorável, mas com dedicação conseguimos uma demanda em excesso importante, o que nos 
possibilitou lançar o eurobônus a uma taxa bastante atraente para a empresa. A família 
reconheceu o nosso empenho naquela ocasião e agora nos confia a venda da AGSX.” – 
lembrou a Luiza. “Pudemos, desde o lançamento do eurobônus, estar perto do grupo e 
entender bem o momento pelo qual ele atravessa. Com a família redirecionando as atenções 
para o setor de farmácias, faz bastante sentido vender a AGSX para capitalizar o negócio de 
farmácias e colocar todo o empenho da família em fazer o negócio de farmácias crescer. 
Enfim, foi uma ótima reunião!” – acrescentou o Alberto. “Bom, agora temos que trabalhar 
duro para entregar a avaliação preliminar da AGSX em uma semana, conforme nos 
comprometemos com o Jake. Pegue o novo analista para te ajudar, assim você aproveita para 
treiná-lo e me apresente um trabalho inicial terça-feira à noite” – disse a Luiza, deixando de 
lado o contentamento. Alberto logo soube que ela falava do Marco Sena. 
Encaminhando o trabalho de avaliação 
Chegando ao escritório, Luiza foi dar atenção às demandas de outro mandato do banco 
e Alberto reuniu-se com Marco. 
“Ganhamos o mandato de venda da AGSX!” – contou o Alberto. “Que maravilha! 
Estou à disposição para executá-lo com você.” – disse o Marco, contente com a oportunidade. 
“Ótimo. Quero que você reúna as informações para calcularmos o custo de capital da AGSX.” 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 2 
 
– determinou o Alberto. “Pode deixar que eu atualizo a série histórica do Treasury Bond de 10 
anos e do EMBI+ Brasil. Também posso calcular o beta da AGSX.” – disse o Marco. 
“Aproveite e pegue também a tabela de prêmio de mercado montada com os dados do site do 
Damodaran e a série histórica do yield to maturity (YTM) do eurobônus da empresa. Observe 
que o eurobônus é denominado em US$, portanto, seu YTM também está em US$.” – 
acrescentou o Alberto. “A empresa tem um eurobônus?” – perguntou o Marco. “Sim, e fomos 
nós que coordenamos a oferta em fevereiro de 2011. Foi um sucesso e nos abriu as portas na 
empresa. O melhor de tudo é que o mesmo tem boa liquidez e nos dará um bom parâmetro 
para o custo da dívida.” – esclareceu o Alberto. “Deste jeito será tranquilo calcular o custo de 
capital da AGSX, pois duas das premissas mais delicadas estão bem encaminhadas, o custo da 
dívida e o beta, uma vez que a ação da AGSX tem apresentado boa liquidez desde a sua 
inclusão no índice, há 3,5 anos. Quando estava no terceiro ano da faculdade eu participei de 
um estudo que visava identificar a existência de um retorno anormal quando uma ação 
ingressa no índice e me lembro bem da inclusão da AGSX. Por curiosidade, nós participamos 
do IPO da empresa?” – quis saber o Marco. “Não, na época já tínhamos o foco mais em debt 
capital markets e fusões & aquisições.” – respondeu o Alberto, acrescentando: “Bom, temos 
apenas uma semana para preparar o valuation preliminar da empresa, e a Luiza quer ver algo 
terça-feira à noite. Então, mãos à obra. Reúna as informações e me envie por email. Eu vou 
tentar falar com a Bruna, diretora operacional da empresa, que sabe da venda da mesma, para 
pedir algumas informações que possam nos auxiliar nas projeções. Vamos sentar amanhã às 
10:00 para nos organizarmos”. Marco estava ansioso para saber qual seria a lógica de 
projeção para o fluxo de caixa. 
Obtendo as informações para o custo de capital 
Marco, sentado em sua mesa, acessou os sistemas de informação que o banco assinava 
e reuniu as informações que o Alberto havia lhe solicitado. Ele resolveu colocar tudo em um 
arquivo Excel, em várias pastas (Tabelas 1, 2, 3 e 4). Ele então pensou em ficar até mais tarde 
e propor um cálculo do WACC (weighted average cost of capital ou custo de capital médio 
ponderado) para discutir com o Alberto na reunião agendada para o dia seguinte cedo. Para 
tanto, estava faltando uma informação, a do peso do capital próprio e do peso do capital de 
terceiros na estrutura de capital da empresa. Lembrando-se de suas aulas de finanças 
corporativas, ele pensou em usar uma estrutura ótima de capital para o cálculo do WACC e 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 3 
 
decidiu que, para determinar esta estrutura ótima, usaria o peso médio do capital de terceiros 
na estrutura de capital (D / (D+E)) das empresas do setor da AGSX. As cinco empresas 
pesquisadas tinham em média 25% de dívida enquanto a AGSX tinha apenas 10%. Terminado 
o cálculo do custo de capital, quando finalizava o email para o Alberto, Marco lembrou-se que 
tinha se esquecido de recalcular o beta para o nível de endividamento alvo. Refeitos os 
cálculos, escreveu o email para o Alberto: “Alberto, seguem em anexo as informações 
solicitadas para o cálculo do custo de capital. Encaminho um cálculo do WACC preliminar. 
Tenho duas dúvidas de como proceder: (1) usei uma estrutura de capital alvo baseado nas 
empresas do setor, mas nem todas estão exatamente no mesmo grau de maturidade e (2) não 
fui capaz de recalcular o custo de dívida para este novo nível de endividamento. Falamos 
amanhã. Atenciosamente, Marco”. 
Primeira reunião de trabalho 
No horário marcado da manhã seguinte, Alberto e Marco se reuniram para discutir o 
WACC. “Vejo que você já enviou uma sugestão de WACC pendente de duas dúvidas. Sugiro 
manter as cinco empresas para o cálculo do endividamento médio – não temos um número 
suficiente para descartar nenhuma das cinco e não são tão diferentes assim. Quanto ao custo 
da dívida, vamos considerar, por ora, que o credor não será sensível à mudança de 10% para 
25% de dívida, e que o custo da dívida será mantido constante. Depois validamos esta 
informação com a área de crédito.” – começou o Alberto. “Então podemos seguir com este 
WACC?” – perguntou o Marco. “Você fez um bom trabalho, mas tenho que te contar um 
detalhe: o Banco Central cobra 15% de imposto na remessa de juros, ou seja, o desembolso da 
empresa é maior do que o yield to maturity do eurobônus. Você terá que fazer um gross up 
para considerar este impostono custo da dívida. Faça este gross up, simplificadamente, em 
cima do próprio yield to maturity. De resto, está ótimo!” – esclareceu o Alberto, elogiando o 
Marco. “Quais os próximos passos?” – quis saber o Marco, ainda ansioso por saber como 
conduzir as projeções operacionais. “Eu tenho que terminar um pitch hoje para a Luiza olhar 
amanhã. Enquanto isto, vou te mandar um modelinho para você estudar – é um modelinho de 
fluxo de caixa para os investidores ou fluxo de caixa para a firma, que é como faremos a 
avaliação da empresa. Aproveite e coloque no modelinho as demonstrações financeiras da 
empresa e atualize o cenário macroeconômico.” – solicitou o Alberto. “Você conseguiu falar 
com a diretora operacional da AGSX?” – questionou o Marco. “Sim, falei com a Bruna e 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 4 
 
peguei as premissas de CAPEX para os próximos cinco anos, que será nosso horizonte de 
projeção. Ela indicou que a empresa pretende investir R$ 105 milhões em 2013, R$ 145 
milhões em 2014 e 1,5x a depreciação do ano anterior para os anos de 2015 a 2017. Além 
disto, eu pedi que ela me passasse o crescimento de quantidade vendida pelos últimos 10 anos 
para correlacionarmos com o crescimento do PIB neste mesmo período a fim de calcularmos 
a evolução da receita da empresa. Ela disse que nos enviará esta informação daqui uns 10 dias 
– o que não nos atende para esta avaliação preliminar. Por enquanto, ela forneceu o 
crescimento real da receita para os últimos 10 anos. Pegue no site do Banco Central o 
crescimento do PIB nestes mesmos anos e veja se encontra algo satisfatório regredindo uma 
série contra a outra. No passado, quando tive que fazer outro trabalho relativo à esta empresa, 
esta regressão ficou bem a contento” – respondeu o Alberto, acrescentando: “Precisamos 
parar de citar a empresa pelo seu nome. Vamos chamar este projeto de Barca Velha. O Jake 
gosta de vinhos e ele contou que viajou para Portugal em janeiro e visitou uma quinta no Vale 
do Meão de onde saem as uvas para fazer o Barca Velha”. “Este nome me remete a algo 
velho!” – comentou o Marco. “Tem razão, mas acho que o Jake não associará este nome a 
algo velho, mas sim ao vinho. Deixe este nome mesmo. Bom, chega de papo porque hoje é 
sábado e quero poder aproveitar um pouco do dia quando terminar o que tenho que fazer. 
Acho que você também! Encontramo-nos segunda cedo.” – finalizou o Alberto. 
Reunindo informações para as projeções operacionais 
Marco, em sua mesa, entrou no diretório público do economista chefe do banco, e 
procurou as últimas projeções macroeconômicas. Após encontrar a planilha com as projeções 
mais atuais (Tabela 5), ele alimentou o modelinho que havia recebido do Alberto com as 
mesmas e também com o balanço e a DRE históricos da empresa (Tabelas 6 e 7), os quais ele 
pegou na página de Relações com Investidores da AGSX. As últimas demonstrações 
financeiras publicadas pela empresa eram de 31 de dezembro de 2012, e ele pegou 3 anos 
históricos. 
Posteriormente, Marco calculou a quantidade vendida e o preço médio dos últimos 3 
anos (Tabela 8). Ele verificou que a empresa foi capaz de atualizar os preços pela inflação 
histórica nestes últimos 3 anos, e que a mesma trabalha com uma alíquota de imposto de 
renda e contribuição social de 34%. Entrando no site do Banco Central do Brasil, ele pegou o 
histórico da variação do PIB e reuniu esta série histórica na mesma tabela em que se 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 5 
 
encontrava o crescimento real da receita pelos últimos 10 anos (Tabela 9). Após corrigir o 
cálculo do WACC com os comentários do Alberto e regredir as informações de PIB e 
crescimento da receita, Marco enviou o modelinho de volta para o Alberto, por email, com a 
seguinte mensagem: “Alberto, segue modelinho da Barca Velha com as informações que você 
pediu. Corrigi o WACC e fiz a regressão que você pediu, que me pareceu boa. Segunda-feira 
cedo nos reunimos para darmos prosseguimento ao projeto. Estou ansioso para fazermos as 
projeções operacionais. Atenciosamente, Marco”. Ambos aproveitaram parte do domingo 
para analisar os números e ler relatórios do setor. 
Discutindo as premissas operacionais 
Alberto e Marco se reuniram na primeira hora de segunda-feira para discutirem como 
fariam as projeções da empresa para os próximos 5 anos. “Você reparou que as últimas 
demonstrações financeiras publicadas são as de 31 de dezembro de 2012. Portanto, nossa 
avaliação terá a mesma data. O custo de capital está OK. Precisamos agora pensar em como 
fazer a projeção do DRE e do Balanço. Na verdade, projetaremos só os itens necessários. 
Com relação a receita bruta, projetaremos a quantidade vendida por meio da regressão que 
você fez.” – começou o Alberto. “Podemos projetar o preço evoluindo com a inflação. Nos 
últimos 3 anos a empresa conseguiu repor a inflação no seu preço.” – completou o Marco. 
“Ótimo. Para chegarmos ao EBITDA, vamos usar a alíquota histórica das deduções e a 
margem bruta histórica também. As despesas com vendas nós podemos projetar variável e as 
despesas gerais e administrativas poderão ser consideradas despesas fixas.” – definiu o 
Alberto. “Na faculdade projetamos o capital de giro líquido com os índices de eficiência de 
ativo.” – disse o Marco. “Exatamente, é a forma que mais usamos aqui no banco.” – 
concordou o Alberto, emendando: “O CAPEX nós usaremos o que foi dado pela Barca Velha 
e para a depreciação calcularemos uma alíquota média com base na depreciação e ativo bruto 
médio históricos”. 
Combinadas as premissas, Alberto abriu o modelinho e começou a ajeitar as lógicas de 
projeção. Terminaram as projeções e saíram para almoçar. Na volta do almoço, calcularam o 
fluxo de caixa para os investidores (ou firma). Como o WACC estava em US$ e o fluxo foi 
projetado em R$, adequaram ambos para a mesma moeda. 
“Agora temos que pensar no crescimento da perpetuidade. Não tenho a menor ideia.” 
– confessou o Marco. “Vamos considerar que o crescimento real não vai agregar valor.” – 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 6 
 
comentou o Alberto. “O que você quer dizer com isto?” – perguntou o Marco. “Vamos supor 
que o crescimento real terá o mesmo retorno que o custo de capital, assim o valor presente 
líquido do crescimento é zero e ele pode ser ignorado. Desta forma, podemos usar como 
crescimento a inflação, uma vez que nosso modelinho é nominal.” – respondeu o Alberto. 
“Bom, ao considerar, na modelagem, que a empresa não terá crescimento real, podemos supor 
também que ela não precisará de investimentos líquidos.” – concluiu o Marco. “Exatamente! 
Bastará perpetuar a condição em que o CAPEX seja igual à depreciação, ou seja, vamos 
considerar apenas o CAPEX de manutenção.” – completou o Alberto. 
Definida a premissa da perpetuidade, calcularam o firm value, identificaram os itens 
relativos à dívida líquida da empresa e também os outros itens não operacionais e finalmente 
calcularam o equity value. 
Terminado o trabalho, Alberto imprimiu duas vias e ambos olharam o material com 
olhos críticos para verificar se não tinham cometido nenhum erro. Conferiram os números das 
demonstrações financeiras históricas, olharam os índices projetados, as margens etc. e 
decidiram que faltava apenas colocar tudo em um PowerPoint para estarem prontos para 
sentar com a Luiza para discutir as premissas e o valor encontrado. Marco estava feliz com o 
aprendizado até agora. 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 7 
 
Anexo 1 – Tabelas 
Tabela 1 – Taxa Livre de Risco (T-Bond) e Prêmio País (EMBI). Série histórica de30/mar/2010 a 
28/mar/2013. Adaptada pelo autor a partir de informações do Bloomberg®. 
Data T-Bond 
28/03/2013 1,870 
27/03/2013 1,870 
26/03/2013 1,920 
25/03/2013 1,930 
22/03/2013 1,930 
. . . . . . 
05/04/2010 3,990 
01/04/2010 3,860 
31/03/2010 3,830 
30/03/2010 3,870 
29/03/2010 3,860 
 
 
Média 10 du 1,93 
Média 1 mês 1,95 
Média 3 meses 1,93 
Média 1 ano 1,77 
Média 2 anos 2,10 
 
Data EMBI 
28/03/2013 189 
27/03/2013 191 
26/03/2013 191 
25/03/2013 191 
22/03/2013 194 
. . . . . . 
05/04/2010 172 
01/04/2010 184 
31/03/2010 185 
30/03/2010 182 
29/03/2010 182 
 
 
Média 10 du 188 
Média 1 mês 180 
Média 3 meses 162 
Média 1 ano 175 
Média 2 anos 187 
 
 
Tabela 2 – Prêmio de Mercado. A coluna PM (até data) representa o prêmio médio (calculado com 
média geométrica) para o período histórico de 1928 até o respectivo ano – por exemplo, considerando 
o período de 1928 a 2006, o prêmio de mercado médio é 4,91%. Adaptada pelo autor a partir de 
informações do site do Damodaran (http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/). 
 Retorno 
 Ano Mercado (S&P) T-Bond 
 1928 43,81% 0,84% 
 1929 -8,30% 4,20% 
 1930 -25,12% 4,54% 
 . . . . . . . . . 
 
PM (até data) 
2003 28,36% 0,38% 
 
4,82% 
2004 10,74% 4,49% 
 
4,84% 
2005 4,83% 2,87% 
 
4,80% 
2006 15,61% 1,96% 
 
4,91% 
2007 5,48% 10,21% 
 
4,79% 
2008 -36,58% 20,10% 
 
3,88% 
2009 25,92% -11,12% 
 
4,29% 
2010 14,82% 8,46% 4,31% 
2011 2,07% 16,04% 4,10% 
2012 15,83% 2,97% 4,20% 
 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 8 
 
Tabela 3 – Histórico de preço da AGSX3 (em R$) e do Índice de Mercado (em pontos). Série histórica 
de 28/mar/2011 a 28/mar/2013. O beta é 1,23, calculado com o índice local, 2 anos de histórico e 
periodicidade diária. Elaborada pelo autor. 
Data Índice AGSX3 
 
Data Índice AGSX3 
28/03/2013 58.314,5 26,2 
 
15/04/2011 44.973,4 39,6 
27/03/2013 58.137,8 26,7 
 
14/04/2011 46.575,7 40,6 
26/03/2013 59.258,3 27,9 
 
13/04/2011 44.389,7 37,2 
25/03/2013 58.725,0 27,5 
 
12/04/2011 42.646,3 35,4 
22/03/2013 57.381,9 25,7 
 
11/04/2011 41.384,4 34,5 
21/03/2013 59.022,3 27,2 
 
08/04/2011 42.172,4 35,2 
20/03/2013 58.265,7 27,5 
 
07/04/2011 43.316,8 36,6 
19/03/2013 56.281,7 25,8 . . . 06/04/2011 42.135,7 35,0 
18/03/2013 56.844,6 26,4 
 
05/04/2011 42.594,8 33,8 
15/03/2013 58.207,4 26,9 
 
04/04/2011 42.916,9 36,7 
14/03/2013 55.724,5 26,4 
 
01/04/2011 43.428,6 35,4 
13/03/2013 55.452,9 25,7 
 
31/03/2011 42.196,9 33,3 
12/03/2013 55.523,5 24,1 
 
30/03/2011 42.657,1 36,9 
11/03/2013 54.579,6 23,8 
 
29/03/2011 41.471,7 35,7 
08/03/2013 56.173,8 26,2 
 
28/03/2011 41.932,6 37,4 
 
Tabela 4 – Histórico de preço e yield to maturity (YTM) do eurobônus da AGSX. Série histórica de 
08/mar/2013 a 28/mar/2013. Elaborada pelo autor. 
Data AGSX YTM 
28/03/2013 103,61 7,15% 
27/03/2013 103,63 7,13% 
26/03/2013 103,38 7,22% 
25/03/2013 103,73 7,07% 
22/03/2013 103,50 7,15% 
21/03/2013 103,47 7,15% 
20/03/2013 103,32 7,20% 
19/03/2013 103,54 7,10% 
18/03/2013 103,56 7,08% 
15/03/2013 103,46 7,11% 
14/03/2013 103,15 7,22% 
13/03/2013 103,20 7,19% 
12/03/2013 103,45 7,08% 
11/03/2013 103,17 7,18% 
08/03/2013 103,09 7,20% 
 
Média 10 du 7,14% 
Média 1 mês 7,17% 
Média 3 meses 7,14% 
Média 1 ano 6,94% 
Média 2 anos 7,35% 
 
 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 9 
 
Tabela 5 – Projeções macroeconômicas. Adaptada pelo autor a partir de informações do site do Banco 
Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/pt-br/paginas/default.aspx). 
 
Histórico Projeção 
 
2.011 2.012 2.013P 2.014P 2.015P 2.016P 2.017P 
IPCA 6,5% 5,8% 5,8% 5,6% 5,3% 5,2% 5,1% 
IGP-M 5,1% 7,8% 5,2% 5,3% 4,9% 4,9% 4,9% 
PIB 2,70% 0,87% 3,09% 3,55% 3,69% 3,73% 3,90% 
Selic 11,6% 11,6% 8,2% 8,5% 8,8% 8,6% 8,4% 
CPI 
 
1,5% 1,8% 2,1% 2,1% 2,1% 
Câmbio 1,88 2,04 2,01 2,05 2,08 2,12 2,18 
Câmbio Médio 1,77 2,0 0 2,03 2,03 2,07 2,10 2,15 
 
Tabela 6 – Balanço Histórico da AGSX S.A.. Elaborada pelo autor. 
BALANÇO Histórico 
R$ Milhões 2.010 2.011 2.012 
Caixa Operacional 26,8 28,2 30,6 
Excesso de Caixa 1,7 19,7 24,6 
Contas a Receber 41,7 46,3 48,2 
Estoques 22,5 26,4 27,3 
Depósitos Judiciais 20,8 37,6 68,5 
Ativo Fixo 735,9 828,6 933,5 
Depreciação Acumulada (218,5) (279,8) (345,9) 
Total de Ativo 630,9 707,0 786,8 
 Contas a Pagar 19,1 20,7 22,4 
Sal., Enc. e Imp. a Pagar 9,5 10,8 11,2 
Empr. & Financ. + Debêntures (C/LP) 140,7 168,6 151,6 
Provisões Ambientais 72,7 53,7 97,9 
Capital Social 380,6 415,7 431,6 
Lucros Retidos 8,3 37,5 72,1 
Total de Passivo 630,9 707,0 786,8 
 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 10 
 
Tabela 7 – Demonstrações de Resultados da AGSX S.A.. Elaborada pelo autor. 
DRE Histórico 
R$ Milhões 2.010 2.011 2.012 
Receita Bruta 651,7 716,0 770,0 
(-) Deduções (Imp. Ind., Devol.) (131,3) (151,7) (157,8) 
...% Receita Bruta 20,1% 21,2% 20,5% 
(=) Receita Líquida 520,4 564,3 612,2 
(-) CPV (243,8) (251,5) (281,3) 
(=) Resultado Bruto 276,6 312,8 330,9 
...Margem Bruta 53,2% 55,4% 54,1% 
(-) Despesas com Vendas (26,6) (32,3) (30,8) 
...% Receita Líquida 5,1% 5,7% 5,0% 
(-) Despesas Gerais e Administrativas (103,3) (113,5) (123,0) 
(=) EBITDA 146,7 167,0 177,1 
...Margem EBITDA 28,2% 29,6% 28,9% 
(-) Depreciação (CPV e Desp. Operac.) (60,7) (61,3) (66,1) 
(=) Resultado Operacional 86,0 105,7 111,0 
...Margem Operacional 16,5% 18,7% 18,1% 
(-) Despesa Financeira (16,0) (17,6) (18,2) 
(+) Receita Financeira 3,2 4,3 5,8 
(+) Result. não Operac. 0,5 (1,0) 0,8 
(=) LAIR 73,7 91,4 99,4 
(-) IR (25,1) (31,1) (33,8) 
(=) Lucro Líquido 48,6 60,3 65,6 
 
Tabela 8 – Abertura da Receita Bruta da AGSX S.A.. Quantidade vendida considera todos os produtos 
oferecidos pela AGSX e o preço representa o preço médio. Elaborada pelo autor. 
Receita Bruta Histórico 
 
2.010 2.011 2.012 
Quantidade Vendida (milhões) 287,2 298,0 300,8 
Preço de Venda (R$) 2,269 2,403 2,560 
 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 11 
 
Tabela 9 – Variação do PIB e da receita líquida da AGSX S.A. (em moeda constante). Adaptada pelo 
autor a partir de informações do site do Banco Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/pt-
br/paginas/default.aspx) no que diz respeito ao Δ PIB e elaborada pelo autor no que diz respeito à Δ 
Receita. 
Ano Δ PIB Δ Receita 
2003 1,15% -2,81% 
2004 5,71% 5,99% 
2005 3,16% -0,85% 
2006 3,96% 1,71% 
2007 6,09% 6,19% 
2008 5,17% 2,92% 
2009 -0,33% -4,23% 
2010 7,53% 4,44% 
2011 2,73% 2,38% 
2012 0,87% 1,87% 
 
 
 
Caso de Ensino elaborado por prof. Dr. Ricardo Goulart Serra Página 12 
 
Anexo 2 – Preparação para o Caso AGSX S.A. 
Nome: _____________________________________________ 
Autorizo expor minha opinião durante a discussão do caso: SIM NÃO 
I. Custo de Capital – quais parâmetros você usaria para 
Taxa livre de risco: _____%. Razão: __________________________________________ 
Prêmio Brasil: _____%. Razão: __________________________________________ 
Prêmio de Mercado: _____%. Razão: __________________________________________Custo da dívida: _____%. Razão: __________________________________________ 
D / (D+E): _____%. Razão: __________________________________________ 
Qual o seu WACC (indique a moeda)? __________________________________________ 
II. Fluxo de Caixa 
Como você projetaria a receita bruta? 
Quantidade: _______________________________________________________ 
Preço: _______________________________________________________ 
Como você projetaria a receita líquida? ____________________________________ 
Como você projetaria o resultado bruto? ____________________________________ 
Como você projetaria a despesa com venda? ____________________________________ 
Como você projetaria a despesa geral e administrativa? _____________________________ 
Como você projetaria o CAPEX? Para 2013:_______________ Para 2014:_______________ 
Após 2015? ______________________________________________________________ 
Como você projetaria a depreciação? ____________________________________ 
Como você projetaria o capital de giro líquido? 
 Caixa Operacional: _________________________________________________ 
 Estoque: _________________________________________________ 
 Contas a receber: _________________________________________________ 
 Contas a pagar: _________________________________________________ 
 Sal. e Enc. a pagar: _________________________________________________ 
 Imposto a pagar: _________________________________________________ 
Como você lidaria com diferença de moeda do custo de capital e do fluxo de caixa? 
__________________________________________________________________________ 
Qual período você usaria para descontar cada fluxo de caixa (a data base é 31/dez/2012)? 
 
 
 
 
 
Período: 
 
Como você projetaria a perpetuidade? 
 Qual taxa de crescimento você usaria? ____________________________________ 
 Qual período de desconto para trazer a valor presente? ______________________ 
 Faria algum ajuste no fluxo de caixa do último ano projetado? SIM NÃO 
 Qual? ____________________________Por quê? ___________________________ 
Qual a dívida líquida a ser usada para calcular o Equity Value? _________________________ 
Outros ajustes por itens não operacionais? SIM NÃO Quais?_______________ 
__________________________________________________________________________ 
Por quê? ___________________________________________________________________ 
2013 2014 2015 2016 2017 
FC1 FC2 FC3 FC4 FC5 
View publication statsView publication stats

Continue navegando