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Inflação, Conflito e Negociação Coletiva no Setor Bancário Objetivo: analisar de que forma a inflação, crescimento econômico e escassez de mão de obra qualificada impactam as negociações coletivas e indicam um panorama de como ocorrerão as negociações coletivas em 2012. Contexto - Eleição Dilma Rouseff; entre as decisões tomadas pelo governo para diminuir a inflação: aumento da taxa Selic, redução do crédito (frear o consumo); gestão incerta das políticas a serem tomadas gerou tensão e clima de especulação no mercado financeiro. - Principais causas apontadas do aumento da inflação: aumento do preço dos alimentos (Guido Mantega); reajustes de mensalidade escolar e tarifa de ônibus (Antonio Evaldo Comune); processo inflacionário sazonal de início de ano aliado ao maior poder de compra da população e crescimento econômico não sustentável estruturalmente (Samy Dana). Medidas anti-inflacionárias - Aumento da taxa de juros (diminuir a oferta de crédito e frear o consumo) - À partir de agosto de 2011: início do processo de redução da Selic (crescimento mais moderado do país e crise dos países desenvolvidos) - Aumento do IOF para compras no cartão no exterior (frear consumo no exterior) Análise do conflito - Impacto da inflação nas negociações coletivas: principal argumento utilizado pelos sindicatos patronais para justificar veto a aumentos acima da inflação e a reivindicação dos trabalhadores. - Poder de barganha dos trabalhadores comprometido, devido a inflação em combinação com a fusão de grandes bancos e incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. - Fusões resultaram em alto índice de desemprego e em fissura nas relações no trabalho entre profissionais e empregadores - Febraban “sindicatos com exigências baseadas na economia de 2010” - Presidente do sindicato dos bancários: dificuldade na mesa de negociações greve nacional A Greve - Duração de 23 dias; poder de barganha para exigir aumentos maiores (crescimento da economia em 2011, escassez de mão de obra qualificada, aumento dos ativos dos bancos); - Realidade antagônica em que os bancos crescem e os postos de trabalho e os salários não aumentam de forma proporcional tema constante nas negociações coletivas dos bancários. - Febraban “ reajuste menor pois as instituições financeiras não têm condições de arcar com folhas de pagamento maiores. - Dados contra os argumentos da Febraban (lucro líquido dos bancos aumentou 19,63% ) sindicatos argumentaram e relutaram pelo reajuste salarial acima da inflação e prosseguiram com a greve após várias propostas rejeitadas). Resultados da Greve - Aumento salarial 1,5% acima da média, um pacote maior de benefícios e a promessa de um diálogo mais transparente e aberto entre empregador e funcionário. - Negociação para aproximar e aprimorar a relação entre profissional e empregador em relação ao respeito e à segurança dos profissionais no ambiente de trabalho. - Combate ao assédio moral. - Decisões aprovadas: criação de um canal de comunicação sigiloso entre profissionais e sindicato e maior controle dos bancos em relação à qualidade de vida dos funcionários. - Ganhos de benefícios parara contrabalancear o reajuste salarial. Conclusão - A campanha “Bancário não é máquina e cliente não é bobo” teve resultado satisfatório para os profissionais e se destacou pelo ganho de benefícios. - Alerta ao sindicato: ganho real salarial inferior ao conquistado nos últimos anos. - Benefícios conquistados ganho de força do sindicato. - Comparado com 1990: resultados muitos superiores. Motivos: economia em ascensão e mercado de trabalho em expansão apesar da falta de profissionais qualificados. - Crescimento econômico não facilitou as negociações (duração da greve, dificuldade de um acordo). - O sindicato deixa em 2011 maior força e maior poder de negociação para contornar as dificuldades de 2012, marcado pela crise financeira internacional e desaceleração do crescimento econômico no Brasil.
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