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fichamento II (texto I)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTO DE EDUCAÇÃO 
Curso: PEDAGOGIA LICENCIATURA - CAMPUS MACEIÓ
Disciplina: SABERES E METODOLOGIAS DO ENSINO DE HISTÓRIA (I)
 Licenciando: Michaelly Calixto dos Santos 
FICHAMENTO 
	Itens
	Conteúdo
	1. Tipo de Obra
	
	1.1. Ano da Publicação
1.2. Editora
	1. Coleção de ensino de História
1.1 2010
1.2 Ministério da Educação
1. 3 Meu lugar na história: de onde eu vejo o mundo?
1.4 Flávia Eloisa Caimi.
1.5 Brasília
	
	
	1.3. Título
1.4. Autor
1.5. Localização
	
	2. Objetivos da Obra
	Problematizar questões da seguinte natureza: quais os significados atribuídos aos conceitos de “regional” e “local”, numa época de dissolução de fronteiras, como a que vivemos atualmente? Que desafios enfrentam os historiadores ao debruçar-se sobre a produção historiográfica local/regional? Como a história regional e local tem sido abordada nos livros didáticos de história? Por que ensinar/aprender a história local/regional na educação básica? Que dificuldades o professor enfrenta no ensino de história local/regional e que elementos podem contribuir na superação de tais dificuldades? Quais fontes, linguagens e recursos são mais apropriados para o estudo da história local/regional na escola?
	3. Ideias Centrais da Obra e discussões importantes para formação do professor 
	O texto traz como ideia central o ensino sobre a história local e regional nas aulas de História nas primeiras series/anos do ensino fundamental no Brasil. Desta forma, traz importantes discussões sobre a necessidade de tal conteúdo para a construção da consciência histórica, social e cultural dos estudante, de forma que eles construam a sua memória individual e coletiva a partir da aprendizagem e da apreensão da memória individual e coletiva da sua comunidade. O ensino da história local/regional possibilita a construção da identidade social plural dos estudantes e também é uma forma de superação do verbalismo das aulas de história em que focam apenas em informações, fatos e fontes do passado, isto é, na temporalidade. Além disso, o texto auxilia o professor a como desenvolver atividades em suas aulas que contribuam e facilitem a aprendizagem dos alunos sobre o conteúdo estudado. 
	4.Conteúdos importantes que podem ser ensinados nos anos iniciais do ensino fundamental 
	Memórias individuais e coletivas dos alunos e de sua comunidade local, para que assim possa aproximar-se da história viva e vivida. Para isso, a autora orienta diversos meios que podem realizar a aprendizagem da história local. Dentre tais meios estão: mapas mentais, como o desenho do percurso que a criança faz entre sua casa e a escola, depois de desenhados socializar tais mapas com as turmas e refletir sobre a diferença deles; exercícios de comparação para que estimule o senso de observação dos alunos; trabalho de campo, como por exemplo, uma caminhada pela cidade; visitas de lugares formais e não formais de memória; coletar e analisar documentos históricos entre outros. 
	5. Citações Sínteses 
	Em tempos recentes, historiadores, pesquisadores do ensino e professores têm defendido uma história diferente, uma história cujo papel consiste em orientar os sujeitos a pensarem historicamente, a constituírem uma consciência histórica, a reconhecerem as diferentes experiências históricas das sociedades e, a partir desse entendimento, compreender as situações reais da sua vida cotidiana e do seu tempo. (BRASIL, 2010, p. 60) 
“Nos debates atuais do ensino de história apontam-se possibilidades de estabelecer relações muito profícuas entre o estudo das trajetórias locais/regionais e os processos de formação de identidades sociais plurais, de modo a superar o verbalismo das aulas de história circunscritas apenas a temporalidades remotas, a espaços distantes e a determinadas memórias com as quais a maioria dos estudantes que frequenta a escola brasileira não se identifica e nas quais não reconhece as suas experiências, tampouco as de seu grupo de pertença. Os estudos do local/regional podem, ainda, contribuir para estabelecer diferentes formas de resistência aos processos de padronização e homogeneização culturais, promovidos pela dinâmica da globalização. Acredita-se, assim, que os estudos de história local-regional, concebidos numa nova perspectiva, tal como indicam os Parâmetros Curriculares Nacionais na área de História, possibilitam ‘que os alunos ampliem a capacidade de observar o seu entorno para a compreensão de relações sociais e econômicas existentes no seu próprio tempo e reconheçam a presença de outros tempos no seu dia-a-dia’ (BRASIL, 1997, p. 40)”. (ibid.) 
“O Guia de Livros Didáticos – PNLD 2010, para as séries/anos iniciais do ensino fundamental, área de História, apresenta a conceituação dos livros didáticos regionais como “impressos que registram a experiência de grupos que se identificam por fronteiras espaciais e socioculturais”, formando um conjunto de ‘livros utilizados em situação didática no ensino de História, destinados ao público escolar de um município ou de um estado do Brasil’ (BRASIL, 2009, p. 16). [...] A predominância dos livros recai sobre recortes regionais relativos à história dos estados, sendo pouco expressiva a presença de livros acerca da história dos municípios3, embora não seja vedada sua inscrição no edital”. (Ibid., p. 65) 
“No primeiro ciclo, pelo fato de as crianças estarem ingressando na escola e, portanto, ampliando suas relações de convívio para além do grupo familiar, o trabalho pedagógico no âmbito da história deve contribuir para que elas consigam “distinguir as relações sociais e econômicas submersas nessas relações escolares, ampliando-as para dimensões coletivas, que abarcam as relações estabelecidas na sua localidade” (BRASIL, 1997, p. 52). Assim, o eixo temático proposto para este ciclo é, notadamente, ‘história local e do cotidiano’.” (Ibid., p. 68) 
“Nessa perspectiva, o ensino-aprendizagem da história local configura-se como um espaço-tempo de reflexão crítica acerca da realidade social e, sobretudo, referência para o processo de construção das identidades destes sujeitos e de seus grupos de pertença”. (Ibid., p. 69)
	6. Resumo Geral da Obra
	O texto de Caime traz uma problematização sobre a história regional e local e a sua abordagem no ensino de história escolar. Tal problematização advém de uma renovação historiográfica, em que se deixa de lado o ensino voltado a transmissão de fatos e fontes históricas em que o estudante apenas tem que memorizar e repetir tais informações e passa-se agora a considerar que a história tem o papel de orientar os sujeitos a pensarem historicamente, a constituírem uma consciência histórica, a reconhecer as diferentes experiências históricas das sociedade e com isso, compreender as situações de sua vida cotidiana e de seu tempo. Neste sentido, a importância de se conhecer a história regional e local para a constituição da consciência histórica.
Segundo Caimi, nos debates atuais direcionam possibilidades de estabelecer relações entre os estudos das trajetórias locais/regionais e os processos de formação de identidades sociais plurais, de forma a superar o verbalismo das aulas de história voltadas a temporalidade, a espaços distantes e a memórias que estão alheias a realidade e experiências dos estudantes, uma vez que eles não se identificam com a história contada nas aulas. Os estudos das trajetórias locais/regionais contribuem para estabelecer diferentes formas de resistência a padronização e homogeneização culturais, promovidas pela dinâmica da globalização. 
Para realizar a problematização e reflexão acerca da história local e regional a autora divide o texto nas seguintes seções: 1) O que se entende por história regional e local?; 2) Como a história regional e local tem sido tratada na produção didática nacional?; 3) Por que estudar história local-regional na escola?; 4) Como ensinar e aprender/apreender o meio: procedimentos, fontes, recursos.
Oque se entende por história regional e local? 
De acordo com Caimi, a palavra regional é de origem latina que tem sua origem na palavra régio, cujo seu significado remete à “unidade político-territorial em que se dividia o Império Romano”. 
Por muito tempo a palavra região esteve ligada a Geografia Física, em que o conceito regional esteve ligado a delimitação das regiões naturais. Com isso, a região era delimitada por suas características naturais e/ou interferência político-administrativa. 
Para Amorim (2007 apud Caim, 2010), há uma mudança na conceituação do termo região na década de 70, com o advento das geografias crítica, humanista e cultural, em que o conceito de região passa a ser entendido como desenvolvimento desigual das porções de territórios. Isto traz uma flexibilização no conceito de região, pois agora não se leva apenas em conta o aspecto natural e político-administrativo, mas também aspectos, econômicos, sociais, culturais e etc. Dessa forma, apresenta-se novas delimitações de região em que desperta o interesse de profissionais geógrafos e não geógrafos. Tais delimitações influenciam o termo regional na História.
Neste sentido, segundo Amorim há duas tendências, na relação geografia-história que definem e delimitam o espaço regional: a) na primeira corrente, a definição parte do objeto e não do conhecimento. Para esta, que possui interpretações marxistas, afirma que a definição e a delimitação das fronteiras regionais parte do modo de produção vigente, o qual está relacionado com a dinâmica da luta de classes; b) na segunda corrente, a definição parte do conhecimento e não do objeto. Para esta corrente, que tem influência de teóricos como Bordieu e Ângelo Priore em que consideram que a região é uma construção do sujeito, que se fundamenta a partir da realidade existente.
Portanto, o termo regional/local na história está ligado a um conjunto de identidades, em que contribui para o conhecimento de múltiplas experiências históricas e o reconhecimento de diversas identidades que constitui a sociedade brasileira.
Como a história regional e local tem sido tratada na produção didática nacional?
O Guia dos Livros Didáticos – PNLD 2010 para as séries/anos iniciais do ensino fundamental, área de História, concebe os livros didáticos regionais como os que registram a experiência de grupos que se identificam por fronteiras espaciais e socioculturais. Tais livros são destinados ao público escolar de um município ou de um estado do Brasil. 
Segundo Caim, nos livros didáticos circulados no Brasil em que constam no Guia 2010 é predominante a abordagem da história dos estados, sendo pouco expressiva a presença da história dos municípios nos livros. 
Na avaliação qualitativa dos livros didáticos, o Guia 2010 apresenta as obras classificadas sob três formas de organização: a) temporal, quando a obra é organizada em sequências cronológicas; b) temática, quando a obra se divide em eixos temáticos; c) especial, quando a obra com base em uma história ficcional. 
Os livros didáticos regionais, de acordo com o Guia, apresentam potencialidades que podem-se destacar aspectos como: a) as preocupações dos autores em oferecer ferramentas conceituais e metodológicas aos professores e estudantes para conhecerem o ambiente no qual vivem e pertencem, e assim compreenderem as diversas experiências culturais que os cercam e com isso, fortalece nesses sujeitos os laços de pertencimento, o respeito à diferença, a construção de identidades sociais e plurais e a formação para a cidadania; b) ênfase num trabalho pedagógico que prepare os estudantes para a valorização do patrimônio sociocultural de sua região; o cuidado em aproximar os estudantes das histórias cotidianas, de forma a compreender os problemas enfrentados pela comunidade no seu dia-a-dia; d) estabelecer relações com as histórias locais, regionais, nacionais e mundiais articula, assim, as diferentes temporalidades e espacialidades para a compreensão da história. 
Além de tais potencialidades nos livros regionais de história há também fragilidades, dentre elas: as abordagens folclóricas das culturas locais/regionais que valorizam as festas, mitos, lendas, culinária, danças típicas dos estados e municípios de forma fragmentada; apresentação dos livros como guia turístico em que exalta praias, rios, florestas ou as atrações urbanas; o tratamento ufanista em que destaca os grandes feitos dos bravos homens; e a priorização de determinados grupos sociais e/ou espaços geográficos em detrimento de outros. 
Por que estudar história local-regional na escola? 
Os estudos da história local-regional tiveram influências de algumas correntes dentre elas: Annales, em que os historiadores foram estimulados a focalizar seus estudos em recortes regionais; e a Escola Nova em que trata das concepções pedagógicas. Na Escola Nova há a preocupação em aproximar os estudantes com o seu ambiente próximo, de forma em que seja posto em situação de observação da natureza e dos fenômenos socioculturais. 
No primeiro ciclo do ensino fundamental deve-se ter como eixo temático proposto as crianças a história local e do cotidiano, de forma que elas compreendam as relações sociais e econômicas submersas nas relações escolares e ampliando para a sua localidade. 
O ensino-aprendizagem da história local configura-se como um espaço de reflexão crítica sobre a realidade social e, sobretudo, referência para o processo de construção da identidade dos sujeitos e dos grupos que ele pertença. 
Portanto, segundo a autora estudar história local-regional na escola permite com que os estudantes, reflitam sobre a sua realidade social e construam a sua identidade. 
Como ensinar e aprender/apreender o meio: procedimentos fontes e recursos. 
Nesta seção a autora aborda como ensinar as crianças a aprender e apreender sobre a sua história local. Desta forma, a autora traz diversos meios que podem ser trabalhados com as crianças.
Segundo Caimi, o ensino deve partir dos saberes dos estudantes e da cultura escolar, estabelecendo um diálogo com a memória da comunidade para se aproximar da história viva, vivida. 
Para isso, a autora orienta diversos meios que podem realizar a aprendizagem da história local de forma que permita esse diálogo com a comunidade no qual a criança pertença. Dentre tais meios estão: mapas mentais, como o desenho do percurso que a criança faz entre sua casa e a escola, depois de desenhados socializar tais mapas com as turmas e refletir sobre a diferença deles; exercícios de comparação para que estimule o senso de observação dos alunos; trabalho de campo, como por exemplo, uma caminhada pela cidade; visitas de lugares formais e não formais de memória; coletar e analisar documentos históricos entre outros.
Nesse sentido, a autora afirma que o ensino de história deve ter como parte essencial de suas preocupações as formas de produção das recordações, da memória individual e coletiva, transmissões do passado, de forma que auxilie os estudantes a desenvolver um pensamento crítico e reflexivo, para assim evitar as naturalizações desse passado e a recepção acrítica das tradições herdadas. É necessário problematizar a memória coletiva. 
	6.Comentários Gerais (Aprendizagens obtidas a partir da leitura e análise crítica da obra)
	O texto aborda uma relevante reflexão sobre a importância da história local e regional no ensino de História da Educação Básica. É a partir do conhecimento de história local e regional que o estudante adquire um conhecimento histórico, social e cultural do lugar de onde pertence. Além disso, desenvolve seu conhecimento crítico ao problematizar o desenvolver da trajetória local e regional de sua comunidade, isto é, como e porque ele herdou algumas tradições. O pensamento crítico e reflexivo é imprescindível para a constituição da consciência histórica. É imprescindível que o professor problematize, questione, leve seus alunos a pensarem criticamente sobre a história no qual está sendo contada, pois nada na História ocorreu de forma neutra e com isso,é importante os alunos terem tal consciência. 
	7. Outras questões relevantes
	O ensino sobre a história local e regional muitas vezes focam somente na história dos estados deixando de lado as histórias dos municípios, os livros didáticos são na maioria das vezes focados na história dos estados. Os materiais que abordam sobre as histórias municipais são escassos e por isso, a dificuldade do professor trabalhar tal conteúdo.

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