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Curso de Licenciatura em Sociologia: a Prática como Componente Curricular
A evolução dos direitos no Brasil
Introdução
Este presente trabalho tem por objetivo auxiliar os alunos do ensino médio a compreenderem através da história como ocorreu a evolução dos diretos no Brasil, bem como o termo cidadania, para isso se faz necessário conhecer que essa ideia de “direito” só é possível com a criação do Estado Moderno. Ao longo deste trabalho iremos analisar diversos pensadores, bem como suas contribuições para a compreensão do termo Estado de Direito.
A evolução dos direitos no Brasil
Com frequência ouvimos seja através da mídia ou em conversas entre os indivíduos temas sobre direito e cidadania. Estes são discutidos pelas várias camadas da população, trabalhadores, estudantes, políticos, empresários, etc. ou seja, pelos grupos pertencentes a sociedade brasileira. Mas para entendermos a ideia de cidadania é necessário compreendermos que esta está ligada ao surgimento do Estado Moderno.
Formação do Estado Moderno
A ideia de que os seres humanos nascem livres e iguais, foi defendida por muitos pensadores e sendo assim estes têm garantido determinados direitos que são intransferíveis.
Comecemos com o pensador inglês Thomas Hobbes (1588-1679), para ele os seres humanos são naturalmente iguais e por terem liberdade excessiva, lutam uns contra os outros na defesa de interesses individuais. Sendo assim, há uma necessidade de um acordo entre as pessoas que Hobbes vai chamar de contrato a fim de evitar que estes se matem. Então para garantir a
paz entre os indivíduos, todos os membros da sociedade deveriam renunciar à liberdade e dá-la ao Estado, que teria o direto de agir em seu nome, coibindo todos seus excessos, ou seja mantendo os em respeito e sob as leis.
Outro pensador também inglês e que vai defender que somente os homens livres e iguais podem fazer um pacto com o objetivo de estabelecer uma sociedade política é John Locke (1632-17040). Para ele, homens livres e iguais são aqueles que têm alguma propriedade a zelar. Tais propriedades para Hobbes seria o direito à vida, a liberdade e aos bens.
Vamos pesquisar:
Vimos que para estes dois pensadores os homens são livres e iguais ao nascerem, mas então porque procuram um meio de serem controlados?
Façamos uma pesquisa na rede de computadores para melhor compreendermos como era a sociedade na época destes pensadores?
Vimos que o homem em seu “estado de natureza” como nos fala Thomas Hobbes, acaba por provocar conflitos com os outros, pois vive competindo, desconfiando de todos e buscando sua própria gloria, E isso é perigoso. Por esse motivo tornou se necessário que estes buscassem fazer o que Hobbes vai chamar de ‘”Contrato”, a fim de assegurar-lhes a paz. Mas como apenas um papel assinado não seria o suficiente, seria indispensável que os homens se submetessem a sua vontade a vontade de um só homem. Que foi o que vimos na pesquisa, esse homem seria um rei e essa organização seria o Estado absolutista.
Vimos que para John Locke, para que os homens garantissem o direito à propriedade, era necessária a criação de leis e a escolha da forma de governo através da decisão da maioria.
Continuando nossa reflexão, vejamos o que nos diz um outro pensador em seu livro “O Contrato Social”. Jean-Jacques Rousseau. Para ele a igualdade só tem sentido se for baseada na liberdade, mas segundo sua definição, a igualdade só pode ser jurídica, ou seja, nós elaboramos as leis e ao mesmo tempo as obedecemos. Ou seja, obedecer às leis escritas por nós mesmos é um ato de liberdade.
Para instituírem um contrato, os homens tiveram que fazer uso da razão e da liberdade e assim a melhor escolha prevalecer. Essa é a primeira condição que dá legitimidade a vida pública. E foi a partir daí que os homens elaboraram um contrato que inaugurou a organização de um Estado.
Vamos aprofundar nossas reflexões:
Diferentemente dos outros pensadores, Jean-Jacques Rousseau afirma que qualquer forma de governo que se adote é secundária desde que ela esteja submetida ao poder soberano do povo. O que significa poder soberano? Vamos pesquisar no link sugerido http://escola-de- direito.blogspot.com.br/2012/01/poder.html
Até o presente momento, conseguimos entender um pouco os motivos pelas quais foi necessário a organização de um Estado. Mas ainda
precisamos compreender qual seria a melhor forma de organização desse Estado.
Cada pensador estudado até aqui defende um tipo de governo, Hobbes a monarquia absolutista, John Locke defende que a melhor forma de governo é aquela escolhida pelo povo e para Jean-Jacques Rousseau, aquele que for escolhido para governar deve ser funcionário do povo.
Vamos pesquisar alguns países e quais as formas de governo existente em cada um deles? Cada grupo deverá pesquisar dois países e explicar a forma de governo encontrada nestes. Estados Unidos e Brasil; Espanha e França; Inglaterra e Itália.
Vimos que nos Estados Unidos e Brasil, temos a Republica Parlamentarista, já na Inglaterra e Espanha existe a Monarquia Parlamentarista, na França e Itália por sua vez temos o Parlamentarismo.
Estes diferentes modelos de governo se dá devido ao processo histórico de cada país.
No século XVIII, quando as colônias inglesas da América do Norte se tornaram independentes, foram criados alguns documentos importantes, como a Declaração de Direitos da Virginia (1776) e a Constituição de 1787. E também neste mesmo ano foram ratificadas as dez primeiras emendas à Constituição estadunidense, no qual ficou determinado claramente os limites do Estado e definiam ainda os campos em que a liberdade deveria ser estendida aos cidadãos. Mas não fora abolida a escravidão.
Na Inglaterra a partir do século XVIII, criaram – se as primeiras cartas e estatutos que asseguraram alguns direitos humanos, foi o que vimos na pesquisa, A Carta Magna. Que protegia apenas os homens livres, e a Petition of Rights, que requeria o reconhecimento de direitos e liberdades aos súditos do rei. No entanto foi a Bill Of Rigths que submeteria a monarquia a soberania popular. Transformando -a numa monarquia constitucional.
Já na França, os direitos baseados nos princípios da liberdade e da igualdade foram declarados universais com a Revolução Francesa.
E é importante ressaltar que os documentos originados da Revolução Francesa e da independência dos Estados Unidos são a base da declaração Universal dos Direitos humanos da Organização Mundial Das Nações Unidas (ONU).
Direito a liberdade, a igualdade foi o que vimos nos documentos assinados ao longo da história por diversos países. No entanto século XVIII e mais claramente no século XIX, a sociedade europeia estava estruturada na desigualdade, e as diferenças entre as classes eram evidentes.
Deste contexto histórico, vão surgir pensadores como Karl Marx e Émile Durkheim. Para o primeiro a ideia de democracia passaria pelo critério da igualdade social, que só uma revolução social poderia tornar realidade.
Já para Émile Durkheim, a ideia de cidadania estaria ligada a questão da coesão social, estabelecida com base na solidariedade orgânica. Ou seja, quando o indivíduo desempenha diferentes funções sociais, este está integrado numa sociedade que por sua vez apresenta se como um organismo estruturado. Portanto seu papel como cidadão é cumprir suas obrigações e desenvolver uma prática social. Ao participar da solidariedade social, levando em conta as leis e a moral vigentes em uma sociedade, o sujeito desenvolve plenamente sua cidadania.
Segundo o sociólogo inglês Thomas Humphrey Marshall, a ideia de cidadania só começou a aparecer nos séculos XVII e XVIII, e de forma sutil por meio da formulação dos chamados direitos civis. Que naquele momento histórico procurava garantir a liberdade religiosa e de pensamento, o direito de ir e vir, o direito à propriedade, a liberdade contratual, principalmente a de escolher o trabalhoe por último, a justiça, que deveria salvaguardar todos os direitos
anteriores. Vimos também, que a cidadania é um status concedido aqueles que são membros integrais de uma comunidade.
Cidadania e direitos humanos:
As dimensões da cidadania, incluem os direitos civis, políticos e
sociais.
Os direitos civis podem ser definidos como aqueles cujo objetivo é garantir ao indivíduo a liberdade de expressão e movimento e obediência as leis. Ou seja, os direitos civis estão relacionados com respeito do Estado e dos demais cidadãos e as escolhas que cada um faz para sua vida. Ou seja, suas ideias políticas, sua religião, seu direito de ir e vir, sua liberdade de expressão, seu exercício profissional, etc.
Direitos Políticos:
Estes direitos segundo Thomas Humphrey Marshall, são entendidos na forma de possibilidade de participação da sociedade civil nas diversas relações de poder presentes em uma sociedade, em especial a possibilidade de escolha de representantes ou de se candidatar a qualquer cargo, assim como de se manifestar em relação a possíveis transformações a serem realizadas.
Direitos sociais: São vistos como essenciais para a construção de uma vida digna a partir de padrões de bem-estar socialmente estabelecidos, como educação, saúde, lazer e moradia.
Direitos humanos:
A ideia de direitos humanos surgiu após a Segunda Guerra Mundial, diante das barbaridades e dos efeitos destrutivos produzidos pelo conflito. A Declaração Universal dos Direito Humanos foi aprovada em 10 de dezembro de 1948 pela ONU, criada em 1945 com o objetivo de proporcionar o diálogo e impedir conflitos entre países por questões políticas, econômicas ou culturais. A Declaração teve por base os direitos essências a vida e a liberdade e o reconhecimento da pluralidade como meio de combater ações discriminatórias.
Vamos aprofundar sobre os artigos desta Declaração:
Em grupo iremos pesquisar no link sugerido os artigos I, II, III, VI e VII desta Declaração e em seguida cada grupo irá escolher um destes artigos e desenvolver um texto onde estes direitos são aplicados ou até mesmo	violados	no	cotidiano	do	cidadão. (https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm)
Democracia, cidadania e direitos humanos no Brasil:
Primeiramente precisamos compreender que o sistema político brasileiro preenche formalmente, os requisitos mínimos de uma poliarquia. Ou seja, sistema democrático em que o poder é atribuído com base em eleições livres e em que há ampla participação política e concorrência pelos cargos eletivos.
No entanto, segundo o cientista político e historiador brasileiro José Murilo de Carvalho, a estruturação dos direitos de cidadania no Brasil, esteve constantemente vinculada aos interesses das elites socioeconômicas e políticas. Ou seja, poucas vezes foi resultado de um projeto com ampla participação
popular e com vista à inclusão social. Deste modo, José Murilo de Carvalho via desenvolver a teoria de que vivemos uma estadania, pois muitos de nossos direitos seriam resultantes de uma “concessão” relativa do Estado, feita “de cima para baixo”, a uma população muitas vezes desinteressada da “coisa pública”. Sendo assim, os direitos costumam ser vistos como benefícios oferecidos pelos grupos dominantes ao restante da população.
Já para outro cientista político brasileiro, Wanderley Guilherme dos santos, vai utilizar o conceito de cidadania regulada para identificar a concessão dos direitos por parte do Estado como forma de mediar possíveis conflitos entre classes. Portanto, neste caso, o Estado controlaria os grupos sociais a partir de práticas regulatórias. Neste contexto, Wanderley Guilherme dos santos, cita o governo de Getúlio Vargas, quando foi criada as leis trabalhistas e o controle dos sindicatos. E como consequência, a classe trabalhadora conquista direitos, mas perde poder de concessões.
Em 1964, o Brasil sofre o golpe da ditadura e um conjunto de práticas repressivas foram adotadas. O que impôs um retrocesso à construção da democracia e dos direitos humanos do país. Em meio a esta turbulência, as mobilizações políticas ganharam destaque, em geral tendo como referência a luta por direitos sociais e liberdade.
Vamos aprofundar:
O regime da ditadura foi um período de retrocesso para o pais. Vários filmes retratam esse período triste da história brasileira.
Cada grupo deve assistir um dos filmes sugeridos e apresentar uma resenha do mesmo. 1) Pra frente Brasil (1982): 2) Ação entre Amigos (1998):
3) O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006): 4) Batismo de Sangue (2007)
A constituição Brasileira de 1988
É a lei de maior importância do nosso país. Isto se dá em decorrência de ser a primeira Constituição que tivemos no Brasil após o período da ditadura militar. Importante por ser uma Constituição que inovou em vários aspectos, em especial, na proteção a dignidade da pessoa Humana, na determinação de que o Estado brasileiro exista para atender a proteger a pessoa humana e não o contrário. Portanto a partir desta Constituição, a proteção da pessoa passa a ser um fundamento do Estado Brasileiro.
A Constituição Federal de 1988, contou com destacada presença social, em sua elaboração e incorporou diversas reinvindicações populares, principalmente no campo das liberdades civis e políticas.
Vamos pesquisar e conhecer os direitos elencados no artigo 6° da Constituição Federal, da qual trata dos direitos sociais. Para que conhecendo tais direitos nos tornemos cidadãos conscientes para exigirmos das autoridades públicas o cumprimento dos mesmos.
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.h
tm)
Vamos aprofundar:
Tais	direitos	são	efetivamente	garantidos	aos	cidadãos brasileiros?
No Brasil existe uma diferença entre cidadania formal e cidadania real. Entendemos por cidadania formal, aquela presente nas leis. Imprescindível para a liberdade e para as garantias individuais de cada indivíduo. Ou seja, a cidadania formal garante a igualdade de todos perante a lei. Mas na prática, no dia a dia dos cidadãos brasileiros, do povo trabalhador, existe realmente igualdade? No que diz respeito a educação, saúde, segurança etc. Reflita com seu grupo e elabore um texto contando a realidade do cidadão em nosso país.
Para refletir:
Ser cidadão é ter garantido todos os direitos civis, políticos e sociais que assegurem ao povo uma vida plena. Esses direitos foram exigidos, integrados e assumidos pelas leis, pelas autoridades e também pela população em geral. A cidadania não foi dada, mas construída em um processo de organização, participação e intervenção social, de indivíduos e de grupos sociais. E, portanto, se faz necessário uma constante vigilância no dia a dia para que de fato se faça valer esses direitos. Caso contrário esses ficarão apenas no papel.
Referências Bibliográficas
Sociologia para o Ensino Médio
(Nelson Dacio Tomazi)
Sociologia em Movimento
(Afrânio Silva- Bruno loureiro- Cassia Miranda- Fátima Ferreira- João Catraio Aguiar- Lier Pires Ferreira- Marcela M. Serrano- Marcelo Araújo- Marcelo Costa- Martha Nogueira- Otair Fernandes de Oliveira- Paula Menezes- Raphael
M. C. Corrêa- Ricardo Muniz de Ruiz- rodrigo Pain- Rogério Lim- Tatiana Bukowitz- Thiago Esteves- Vinicius Mayo Pires)
Sociologia Ensino Médio 2ª Edição
Secretaria de Estado do Paraná Autores: Everaldo Lorensetti Katya Cristina de Lima Picanço Marilda Iwaya
Salvina Maria Ferreira
Sheila Aparecida Santos Silva Valéria Pilão
Estado e Cidadania (Unip Interativa)
Autora: Prof.ª Angélica Carlini
Outras referências
http://escola-de-direito.blogspot.com.br/2012/01/poder.html
https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

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