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TCC APRESENTADO A UNOPAR 2017

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O SERVIÇO SOCIAL E AS DIFERENTES FACES DO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL – ALTA COMPLEXIDADE.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR- Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
________________________________________________
Vilma Mass de Mello
Trabalho de TCC aprovado em: _______/______/______
BANCA EXAMINADORA
Orientador: __________________________________________________________
Prof. Marcelo Firme da Silva
1º Examinador (a): ____________________________________________________
Profª. 
2º Examinador (a): ____________________________________________________
Profª. 
agradecimentos
Mais uma etapa vencida, é chegada a hora de agradecer a todas as pessoas que, de alguma forma, contribuíram para minha formação pessoal, profissional e acadêmica e para a efetivação deste trabalho, em especial:
Ao Bom DEUS único SENHOR de TUDO e de TODAS as coisas. 
Aos Professores e Professoras, Tutores e Tutoras, Direção, Funcionários, Funcionarias e Colegas do Curso de Serviço Social da UNOPAR Polo de Luís Eduardo Magalhães. 
Ao Abrigo São Francisco e Santa Clara, representado aqui, pelos usuários Antônio Manoel Santos (39), Manoel Sipriano da Silva (63), Francisco de Assis Figuerou (72), José Ferreira Neto (52) e José Luís da Silva (82), que no transcorrer destes quase quatro anos passaram a fazer parte de minha família;
A colega, companheira, amiga, irmã do coração, Marli Saccomori que aceitou fazer parte desta minha caminhada formativa. 
MELLO, Vilma Mass de. O SERVIÇO SOCIAL E AS DIFERENTES FACES DO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL – ALTA COMPLEXIDADE. – 40 p. Trabalho de Conclusão de Curso de Serviço Social, apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, 2017/2. 
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, bem como sua temática, foi construído a partir das reflexões sobre as atividades desenvolvidas no voluntariado, e no período do Estágio Curricular Obrigatório I e II, realizado no Abrigo São Francisco e Santa Clara. E teve seu tema de pesquisa delineado sobre a atuação do Profissional de Serviço Social e o Acolhimento Institucional. O objetivo da escolha foi também o de, como futura profissional, Assistente Social, fortalecer alguns conceitos relacionados às politicas públicas de atendimento a essa população que busca ajuda nas instituições de acolhimento. Conceitos esses, adquirido durante a formação acadêmica. E, trazendo reflexões sobre o Serviço Social e a atuação profissional do (a) Assistente Social e o Serviço de Acolhimento e, por fim, contribuindo para o Serviço Social da Instituição. A temática, bem como a metodologia utilizada, no desenvolvimento do TCC é uma revisão bibliográfica que objetiva uma fundamentação teórica sobre a experiência de voluntariado e estágio obrigatório no Abrigo da ASFESC. O pano de fundo que direcionou a pesquisa teve o objetivo geral de: Analisar as contribuições do Serviço Social para a temática: Acolhimento Institucional e a Atuação do (a) Assistente Social, na Instituição. Buscando de alguma forma discutir e problematizar a questão social da exclusão, dessa população, taxada por adjetivos preconceituosos como: “cachaceiros (as) e vagabundos (as)”.
Palavras-chave: 1- Serviço Social, 2- Acolhimento Institucional 3- Proteção Social 4-Assistente Social. 
SUMÁRIO
11 INTRODUÇÃO	�
12 DESENVOLVIMENTO	�
12.1 ACOLHER E PROPORCIONAR DIGNIDADE	�
12.2 SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL 	�
12.1.1 ALTA COMPLEXIDADE	�
12.3 O ACOLHIMENTO A CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM FAMILIA SUBSTITUTA	�
2.4 MEDIDA PROTETIVA E O ACOLHIMENTO EM INSTITUIÇÃO DE RECLUSÃO NO CUMPRIMENTO DE MSE DE PSC E LA..........................................................1
2.5 O ACOLHIMENTO DE BEBÊS EM ABRIGO.........................................................1
2.6 A POLITICA DA ASSISTENCIA SOCIAL E O CONTEXTO DO (A) ASSISTENTE SOCIAL NO EXERCICIO DA PROFISSÃO.................................................................1
13 CONCLUSÃO	�
1REFERÊNCIAS	�
�
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INTRODUÇÃO
A elaboração e definição do tema deste Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, é uma reflexão em torno da temática do acolhimento institucional, e deu-se pela experiência de voluntariado seguida da experiência no campo de Estágio I e II, realizados na Associação São Francisco e Santa Clara - ASFESC, entidade civil, de direito privado, sem fins lucrativos, e econômicos. E tem como tema o Serviço de Acolhimento Institucional para a população adulta, em situação de rua.
O presente trabalho abordará aspectos gerais da População em Situação de Rua - PSR, o que a caracteriza e a relação da sociedade com essa população no que diz respeito ao preconceito, através de uma revisão de literatura. Será apresentada uma breve reflexão sobre as politicas e a situação de abandono ou até mesmo a inexistência de atendimento a PSR, bem como o atendimento de crianças e adolescentes, tanto nas medidas protetivas e nas MSE de PSC e LA, na esfera municipal. Serão brevemente, abordadas as vivências no estágio e as analises sobre este segmento.
A decisão por direcionar o Trabalho de Conclusão do Curso - TCC, para este tema, qual seja a temática do acolhimento institucional, bem como a contribuição do (a) profissional Assistente Social, nas instituições de acolhimento, deve-se justamente a experiência de estágio dentro de uma instituição que faz esse tipo de atendimento. 
Tem como objetivo geral, Analisar as contribuições do Profissional de Assistência Social tendo em vista a temática do Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade no quesito do: Acolhimento Institucional, causas, consequências e medidas interventivas e a contribuição do Serviço Social para o enfrentamento. Tendo em vista a possibilidade de contribuir na redução e elucidação, deste problema social, além de observar e identificar a atuação do (a) profissional Assistente Social nesse serviço. Tecer reflexões a respeito da gestão do profissional, bem como apresentar contribuições pra o Serviço Social da ASFESC, a partir da temática do acolhimento institucional. 
O primeiro objetivo específico consiste em, conceituar e caracterizar o acolhimento institucional, apresentar os diferentes tipos de acolhimento, bem como conhecer a legislação que regulamenta cada um. Além de fazer uma breve caracterização dos serviços de proteção especial de média e alta complexidade dentro da tipificação nacional de serviços socioassistenciais. 
O segundo objetivo especifico buscará refletir sobre o Serviço Social e o acolhimento institucional. Contribuições e caracterizações desse serviço e suas diferentes formas de se apresentar. 
 
O terceiro objetivo especifico, trata-se de apresentar contribuições para o Serviço Social da ASFESC, a partir da temática do acolhimento institucional. 
O tema do acolhimento institucional em suas diferentes nuances é uma questão remanescente, tendo em vista que sua trajetória histórica remonta ao período colonial onde houve escrachadamente diversas facetas de violação de direitos humanos. Por isso, neste trabalho de conclusão, essa temática, será aprofundada ressaltando sua, importância social tendo em vista que, apesar de suas implicações sociais, as experiências da história nos demonstram que a questão do abandono acontece desde sempre, e reproduz momentos diferenciados como a roda dos enjeitados, nas Santas Casas da Misericórdia, dentre outros. Tal fato torna de suma importância à busca de compreensão histórica a esse respeito com o intento de compreender, nessa evolução, os desafios e a importância do atendimento em rede dos profissionais que trabalham com essa demanda. 
No entanto apesar do Direito ser garantido por lei, o acesso a esse direito, por partedos usuários, encontra certas limitações devido à demanda ser maior do que os recursos existentes. 
A lei Orgânica da Assistência Social (LOAS – 1993) diz respeito à outra grande conquista, pois regulamenta a assistência enquanto política social pública, sendo assim responsabilidade do Estado. Dispõe dos objetivos principais, gestão, benefícios, programas, financiamentos, e outras questões concernentes à política.
Fundamentando o TCC, na pesquisa bibliográfica, pretende-se tecer uma Analise sobre as contribuições do Serviço Social para a temática: Acolhimento Institucional e a Atuação do (a) Assistente Social, na Instituição.
Assim como a questão social é vasta e desafiadora, em nosso cotidiano, é de suma importância à atuação de diferentes profissionais, na perspectiva de uma ação interdisciplinar, para fortalecer o caráter profissional e técnico dos serviços prestados pelas Instituições de Acolhimento. Por isso é urgente o reordenamento administrativo e técnico dessas instituições. 
Nesse processo, de reordenamento interdisciplinar de gestão, profissionais de diferentes áreas podem contribuir significativamente e, dentre estes, o Assistente Social, por sua especificidade profissional, pode assumir importante papel de atuação.
Segundo Costa (2003 p. 233) o (a) profissional Assistente Social precisa preencher em sua bagagem os seguintes, imperativos, pré-requisitos indispensáveis para um bom desempenho profissional em qualquer área de atuação: 
Qual seja a competência de identificar, continuamente, necessidades individuais e coletivas, apresentadas pelos segmentos que integram a instituição, na perspectiva do atendimento social e da garantia de seus direitos, implantando e administrando benefícios sociais. Bem como realizar seleção socioeconômica, quando for o caso , de usuários para as vagas disponíveis, a partir de critérios pré-estabelecidos, sem perder de vista o atendimento integral e de qualidade social; e nem o direito de acesso universal ao atendimento. 
Faz-se necessário, ainda segundo Costa (2003, p. 33) igualmente que o (a) profissional Assistente Social, tenha a capacidade de estender o atendimento social às famílias dos usuários da instituição, com projetos específicos e formulados a partir de diagnósticos preliminares. 
Muito importante, também é que o (a) profissional coloque-se na posição de mediar intensificando e qualificando tanto quanto possível a relação instituição / família, objetivando uma ação integrada de parceria na busca de soluções dos problemas que se apresentarem. De suma importância que o (a) profissional seja capaz de fornecer orientação social e fazer encaminhamentos da população usuária aos recursos da comunidade, integrando e utilizando-se da rede de serviços socioassistenciais. Proporcionando empoderamento e autonomia para uma saída libertadora e emancipadora, deste (a) usuário (a). 
 O(a) profissional Assistente Social deve, também para seu maior enriquecimento profissional, participar, coordenar e assessorar estudos e discussões de casos com a equipe técnica, relacionados à política de atendimento institucional e nos assuntos concernentes à política de Assistência Social. 
Se necessário dentro da sua área de atuação profissional o(a) Assistente Social poderá realizar perícia, laudos e pareceres técnicos relacionados à matéria específica da Assistência Social, no âmbito da instituição, quando solicitado. (Costa (2003 p. 233)
Mas, em se tratando da atuação específica do assistente social, acrescentamos que este profissional, necessita, além dos requisitos apontados para a sua profissão, de possuir uma sólida formação profissional sobre, os determinantes da questão social brasileira e suas diferentes manifestações. Esse mesmo profissional precisa desenvolver pesquisas junto aos usuários da instituição, definindo o perfil social desta população, obtendo dados para a implantação de projetos sociais, interdisciplinares.
Para delimitar e obter um conhecimento mais específico a respeito das contribuições do Serviço Social, bem como da efetiva atuação do (a) Profissional de Assistência Social em relação a um tema tão vasto e complexo como a Proteção Social Especial de Alta Complexidade, dentro da Instituição, para este trabalho de conclusão, em especial, será adotada a metodologia da pesquisa Bibliográfica, Documental e pesquisa Empírica.
Começa-se esta justificativa dando especial atenção para a questão do acolhimento e suas diferentes variações. As dificuldades porque passam as pessoas frente ao problema de não terem um lugar para morar. Muitas vezes estando doentes e totalmente desamparadas. Muitas vezes essas situações são enfrentadas por famílias inteiras. Onde crianças e adultos estão à mercê de um sistema que acrisola e desestimula a uma busca para a autonomia e autossustentação. Nas unidades de saúde quando conseguem atendimento são obrigadas a uma rotina de retornos desordenada e insustentável, pois quando dependem de transporte ou não existe ou não conseguem pagar por este. Nos plantões das secretarias de assistência municipais não é diferente sendo que às vezes para conseguirem uma cesta básica são obrigadas a uma infinidade de cadastros e retornos o que as faz desistir no meio do processo. E, assim sucessivamente vão de porta em porta sem sucesso até que desanimam e desistem. É ai que começa o processo do acolhimento institucional propriamente dito. Com todas as mazelas que conhecemos e quase nos acostumamos, porém pela teimosia continuamos a lutar para uma solução desta questão social que é uma ferida purulenta e sem alívio na vida dos profissionais e usuários. 
Temos uma constituição soberana, porém não temos, em nosso país, nos seus estados e municípios uma política igualitária no cumprimento de seus deveres de fiscalização na garantia dos direitos da população. Sobretudo, aquela que é definida pela: 
Política Nacional para a População em Situação de Rua, instituída pelo Decreto n. 7.053 de 23 de dezembro de 2009 define População em situação de Rua como o grupo populacional heterogêneo que possuem em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas com espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.
Sendo assim faz-se necessário a existência de abrigos Institucionais, casas de passagens e os Serviços de acolhimento em repúblicas, porém na imensidão de nossos territórios não são oferecidas as condições para esse acolhimento. Na grande maioria dos municípios em todo o país, rara ou nenhuma, são as instituições de acolhimento existentes. 
A não existência ou a fraca vontade politica somada ao esse contexto econômico e político é responsável por uma obrigatória migração da população do campo para os centros urbanos do país. Considerada por autores como, Darcy Ribeiro, um dos mais violentos êxodos rurais. “A população urbana salta de 12,8 milhões, em 1940, para 80,5 milhões em 1980” (RIBEIRO, 1995 p.198).
Esses aglomerados urbanos brasileiros não tiveram e não tem condições de receber este contingente espantoso de gente. A superlotação dos centros urbanos causou e continua causando a segregação aos cinturões de miséria. Como consequência, apenas as classes privilegiadas ocuparam os centros das cidades. Essa situação ocasiona uma urbanização caótica e desordenada. 
 
O razão principal da escolha do tema​​ – O SERVIÇO SOCIAL E AS DIFERENTES FACES DO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL – ALTA COMPLEXIDADE é principalmente por se tratar de um tema que aborda uma temática atual que grande número de pessoas individual ou coletivamente, famílias, crianças vêm sofrendo com o problema de moradia, abandono, maus tratos de toda ordem de violência que acompanhamos nos noticiários, casos violentos e de assassinato, e por ser um problema que causa muita indignação,são atos de muita maldade, isso causa muita revolta e também por ser de grande importância social. É um problema que afeta as mulheres, homens, crianças enfim toda a sociedade.
É importante ressaltar que esta pesquisa bibliográfica foi formulada através de fontes de consultas da internet, realizando um diagnóstico do problema que se propõe, através de artigos e trabalhos de sites. Assim identificando a situação das pessoas, adultos, adolescentes e crianças em situação de vulnerabilidade pessoal e social.
DESENVOLVIMENTO
- Acolher e proporcionar cidadania e dignidade 
Geralmente são frases de impacto que chamam a atenção nos espaços reservados para acolher pessoas: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Que por diferentes causas se encontram vulneráveis pela situação de abandono, mal trato ou pobreza ou ambas as situações. Porém na realidade a situação não é tão animadora assim para as Instituições que corajosamente buscam sanar essa dolorosa ferida da sociedade. 
Conforme a Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009 que aprova a tipificação nacional dos serviços Socioassistenciais que diz: 
Acolhimento para idosos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, independentes e/ou com diversos graus de dependência. A natureza do acolhimento deverá ser provisória e, excepcionalmente, de longa permanência quando esgotadas todas as possibilidades de autossustento e convívio com os familiares. É previsto para idosos que não dispõem de condições para permanecer com a família, com vivência de situações de violência e negligência, em situação de rua e de abandono, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos. Idosos com vínculo de parentesco ou afinidade – casais, irmãos, amigos, etc.,
Porém sobram perguntas que insistem em não calar. Quem deve prever ou manter esse acolhimento? A quem compete a manutenção financeira desse acolhimento? 
Assim como os questionamentos as respostas são também difíceis de encontrar uma saída viável.
 
Se o acolhimento é previsto para as pessoas idosas ou não que, esgotadas as possibilidades de autossustento e convívio, ficam sem condições de permanecer com a família. Para onde irão se nos municípios não são oferecidas as possibilidades para esse acolhimento?
É ai que, em muitos casos, começa a exploração dessas pessoas por parte de instituições e até mesmo outras pessoas que se aproveitam da situação e, que sem as mínimas condições as acolhem e continuam as situações de mal tratos. Pois além de lhes usurpar os proventos do BPC ou Aposentadoria as mantém em situação de cárcere privado. 
Ainda segundo a resolução temos que: “O serviço de acolhimento institucional para idosos pode ser desenvolvido nas seguintes modalidades: 1. Atendimento em unidade residencial onde grupos de até 10 idosos são acolhidos”. Esta mesma resolução determina que para esse atendimento seja garantida equipe técnica habilitada com supervisão. Enfim tudo o que é de direito e necessário para um atendimento digno. Mas persiste a pergunta quem deve bancar esse atendimento? 
Sabemos que o Serviço Social tem como princípio garantir que esses direitos sejam cumpridos. Porém, devido a um baixo investimento dos órgãos competentes, o Serviço Social ainda presta atendimentos assistencialistas de caráter emergencial.
Uma das diretrizes da Assistência Social, como Politica Publica, é de garantir a autonomia dos sujeitos, a partir da inclusão, bem como oferecer-lhes atendimento digno, para o reconhecimento enquanto sujeito de direito, rompendo com a lógica inicial dos acolhimentos ao longo da historia. (PNAS, 2004).
O sistema capitalista em que vivemos com suas regras e condições das quais, na maioria das vezes discordamos, por serem nocivas causando males que afetam diretamente a vida das pessoas traz no seu bojo a fragmentação das políticas públicas. Há uma constante transferência de responsabilidade e atribuições do Estado, para outros setores da sociedade. 
Muito embora, apesar dessa transferência de responsabilidades, para outros setores da sociedade, como as ONGs, OCIPs e OSCs, entre outros, algumas conquistas importantes como a aprovação da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais onde:
.... o texto constitucional demarca e inaugura os direitos sociais, materializados na chamada Constituição Cidadã, comemora-se os 20 anos de promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e sua expressiva alteração em 2011 pela Lei 12.435, que incorpora os avanços significativos advindos da implantação do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) no país. É também tempo de celebrar os 8 anos de implantação do SUAS, erigido em consonância às diretrizes e princípios da Politica Nacional de Assistência Social (PNAS/2004), da Norma Operacional Básica do SUAS (NOB-SUAS/2012), que alterou o texto de 2005 e da Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/2006). 
Ao mesmo tempo em que se comemoram conquistas importantes como estas, se evidenciam importantes passos para a melhoria com a padronização do atendimento dos Serviços de proteção básica e especial, em rede nacional através da aprovação pelo Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, da Resolução de nº 1096, de 11 de novembro de 2009, da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. 
Sendo assim essas normatizações trazem em seus bojos, sensíveis melhorias ao atendimento dos usuários, bem como facilitam de forma visível o trabalho do (a) Profissional Assistente Social, qualificando-o. 
2.1 SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL 
2.1.1 ALTA COMPLEXIDADE
O Artigo 5º da Constituição Federal estabelece que:
 “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes...”.
 A política nacional do SUAS, No texto de orientações para o reordenamento do serviço de acolhimento para população adulta e famílias em situação de rua lemos que: 
 
Caberá ao órgão gestor da Política de Assistência Social do município ou do Distrito Federal, juntamente com outros atores da rede local e órgãos de defesa de direitos, desenvolver estratégias para o aprimoramento das ações e da oferta dos Serviços. Ressalta-se que para o processo de implantação dos Serviços de Acolhimento é necessário basear-se em um diagnóstico local que deve identificar a demanda e/ou necessidade de implantação de uma ou mais modalidades.
Ainda no texto lemos “De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, aprovada por meio da Resolução CNAS nº 109/2009 este Serviço configura-se como acolhimento provisório com estrutura para acolher com privacidade pessoas do mesmo sexo ou grupo familiar. Deve ser ofertado em unidades (abrigo institucional e casa de passagem) distribuídas no espaço urbano de forma democrática, respeitando o direito de permanência e usufruto da cidade com segurança, igualdade de condições e acesso aos serviços públicos”. 
As determinações a respeito dos serviços a serem oferecidos são muito claras e precisas. É muito importante que haja uma legislação para a regulamentação dos serviços a serem ofertados, porém é necessário que se cumpra a efetivação de tais serviços com os custos e manutenção por conta do estado. Do contrário teremos muitos documentos bem formulados bem guardados em estantes ou programas de computador. E os destinatários de tantos ordenamentos continuarão indefinidamente carecendo de atendimento e atenção. 
Através das pesquisas das literaturas que fundamentam o tcc percebeu-se que no que tange a assistência social, existe a necessidade de se desenvolver estratégias e procedimentos com a estruturação da rede de acolhida, com informações e indicadores acerca desse segmento populacional, proporcionando a inclusão no Cadastro Único, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Programa Bolsa Família (PBF), além da promoçãode oportunidades de trabalho e acesso a capacitação profissional e educação. Isso exige implementação e materialização de políticas para este tipo de população que vão abranger períodos longos de tempo e de acompanhamento.
[...] que dependerá não só da vontade política de governantes, o que pressupõe o investimento efetivo de recursos públicos, humanos e financeiros, mas também do compromisso dos operadores da política na superação de muitos limites, entre os quais, se destacam a desarticulação histórica entre as políticas e a posição caudatária do social em relação ao econômico. (PRATES, J.C; PRATES, F.C; MACHADO, S. Temporalis. Jul./dez. 2011).
O processo do retorno que significa a saída da rua é lento e doloroso, muito especialmente, para aqueles que lá já se encontram há muito tempo em condições degradantes. Este processo histórico e os estudos desenvolvidos com a população em situação de rua subsidiaram o delineamento da Política Nacional voltada a este segmento, na perspectiva da construção de práticas de atenção que contemplem a intersetorialidade entre as políticas sociais. 
Tais questões levaram a refletir a respeito da importância de esclarecimentos das informações e do aprofundamento de conhecimentos sobre este grupo populacional, uma vez que, no Serviço Social, esta ainda é uma temática pouco discutida. Sendo a assistência social uma das politicas que oferece mais serviços ao segmento das populações em situação de rua poucas ainda, são as possibilidades de acesso a estes, por parte das mesmas.
 
É também uma constatação a escassez de estudos a respeito de questões como: saúde, educação e acesso ao lazer às pessoas em situação de rua, e, sobretudo na compreensão de como enfrentam tais carências. Abordar essa temática traz consigo a oportunidade de um espaço de vocalização para os questionamentos, dessa população, já que, no cenário em que vivem, não são vistos como sujeitos de direitos sendo desrespeitados na sua cidadania. 
Mesmo que a pesquisa envolva, também o acolhimento de crianças e adolescentes, contudo este foi baseado em bibliografia a experiência do concreto numa instituição, trouxe um enriquecimento pessoal que nenhuma bibliografia pode passar, por mais bem elaborada que seja. E foi essa experiência, de acompanhamento e prática ao atendimento das pessoas, que provocou o interesse pela temática desenvolvida no TCC. 
Esse acompanhamento na prática concreta traz consigo uma bagagem de envolvimentos que leva a compreender quão complexas são as causa desse dolorido problema social. E ao mesmo tempo conclama a um comprometimento no combate de concepções e preconceitos calcados no senso comum e, principalmente, compreender de que forma este preconceito e estigma atingem esta população, especialmente no acesso aos direitos básicos que são saúde, educação, lazer, moradia e tantos outros. 
Ainda que haja muitos documentos e até mesmo uma constituição soberana sabemos que, se não houver vontade politica nos governantes, não haverá nenhuma forma de atendimento seja para quem quer que esteja necessitando de ajuda. 
É por conta dessa falta de vontade politica que estamos presenciando a nível nacional o desmanche das politicas de atendimento a população, especialmente aquela que é mais carente e desassistida em suas necessidades. 
O serviço de proteção social especial de alta complexidade em sua regulamentação pela Secretaria Nacional de Assistência Social – SNAS prevê todos os tipos de acolhimento, porém na efetivação da politica pública, não há obrigatoriedade de implementação. Na maioria dos municípios só existe organizações da sociedade civil prestando os atendimentos. E isso de forma precária devido aos altos custos e impossibilidade de convênios com o poder público.
Conforme determinação da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais nas diferentes formas de acolhimento, estes devem seguir os seguintes critérios: 
Acolhimento em diferentes tipos de equipamentos, destinado a famílias e/ou indivíduos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, a fim de garantir proteção integral. A organização do serviço deverá garantir privacidade, o respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de: ciclos de vida, arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual. (resolução nº 109 de novembro de 2009). 
Critérios estes que deverão ser cumpridos à risca, pois nenhuma Instituição deve se estabelecer com o objetivo de gerir recursos de qualquer fonte, seja dos cofres públicos seja por doações individuais ou por captação através de editais públicos ou privados, em beneficio próprio. 
Sendo assim para que haja um trabalho bem organizado e com resultados satisfatórios é necessário que se faça valer as orientações da tipificação nacional, onde se lê: 
O atendimento prestado deve ser personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. As regras de gestão e de convivência deverão ser construídas de forma participativa e coletiva, a fim de assegurar a autonomia dos usuários, conforme perfis. (resolução nº 109 de novembro de 2009). 
Porém é do conhecimento de todos quantos desejem saber que não existe um controle no mínimo eficiente para gerir ou que seja de capacitar os serviços socioassistenciais governamentais ou de iniciativa privada.
O documento da tipificação nacional segue com orientações para ajudar no atendimento a essa população que estando à mercê não tem conhecimento de seus direitos nem tampouco, onde ou a quem se dirigir para reivindicar. 
Ainda segundo a (resolução nº 109 de novembro de 2009), o local de acolhimento deve funcionar em unidade inserida na comunidade com características residenciais, ambiente acolhedor e estrutura física adequada, visando o desenvolvimento de relações mais próximas do ambiente familiar. As edificações devem ser organizadas de forma a atender aos requisitos previstos nos regulamentos existentes e às necessidades dos usuários, oferecendo condições de habitabilidade, higiene, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade. 
1.2.3 DO ACOLHIMENTO A CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM FAMILIA SUBSTITUTA
Citando  O Rappa Álbum acústico, (2005) “Não Perca As Crianças De Vista”. Percebemos que na realidade em que vivemos acontece exatamente o contrário da canção, nossas crianças encontram-se perdidas não somente de “vista”, mas carentes, de todo tipos de cuidado. São tantos os percalços por que passam milhares de crianças e adolescentes em nossas veredas que parece, não ter passado o tempo das “rodas de enjeitados” dos tempos coloniais. 
A canção segue descrevendo de forma muito real a maneira como muitas crianças e adolescentes são tratados, hoje em dia, por um sistema injusto e opressor. 
“Pra enxergar o infinito. Debaixo dos meus pés. Não basta olhar de cima. E buscar no escuro, no obscuro. A sombra que me segue todo dia. Deixo quieto e seguro as páginas dos sonhos, que não li. E outra vez não me impeço de dormir. Os jornais não informam mais. E as imagens nunca são tão claras. Como a vida. Vou aliviar a dor e não perder. As crianças de vista [...] Não perca as crianças de vista. Família, um sonho ter uma família. Família, um sonho de todo dia. Família é quem você escolhe pra viver. Família é quem você escolhe pra você. Não precisa ter conta sanguínea. É preciso ter sempre um pouco mais de sintonia”. O Rappa Álbum acústico, (2005)
A letra dessa canção expressa com muita precisão o que é absolutamente necessário, realmente não só, não perder as crianças de vista, mas, sobretudo fazer cumprir o que preconiza a LEI de proteção. Pois existe muita morosidade no cumprimento das mesmas. 
O respeito ao Artigo 227 da Constituição Federal, que estabelece que seja dever da sociedade, do Estado e da família assegurar à criança e adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Não é o que presenciamos no cotidiano da vida das crianças e adolescentes em nossas cidades e, até mesmo na zona rural. Quando precisamos de tantas leis e medidas protetivas para garantir a segurança e garantia de direitos das mesmas. 
A partir disso segue uma breve analise referente às alterações ocorridas na Lei 8.069/1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em decorrência da promulgação da Lei 12. 010/2009.
O acolhimento institucional, como medida de proteção pelos órgãos competentes. Com a promulgação da Lei 12.010/2009, em agosto de 2009, que reflete sobre o acolhimento institucional em diversos aspectos. Cabe, no entanto, ressaltar que, embora a Lei 12.010/2009 tenha sido divulgada como a nova lei da adoção, esta lei prioriza a manutenção da criança e do adolescente na família de origem, enfatizando que deve ser realizado um trabalho com as famílias, a fim de minimizar os impactos de um acolhimento institucional prolongado, como por exemplo, o rompimento dos vínculos. A lei 12.010/2009 traz importantes alterações em relação à adoção, porém, esta deve ser considerada como última alternativa, depois de esgotadas as possibilidades de colocação na família de origem ou com familiares próximos conforme preconiza o Art. 25 do ECA, onde, família extensa quando formada por familiares com parentesco próximo como avós, tios, que de alguma forma tenham vínculos afetivos com a criança ou adolescente. Deve-se atentar para a orientação do teor do disposto no art. 101, §2º, do ECA, porque nem todo acolhimento institucional deve ser acompanhado ou precedido de um procedimento contencioso, pois isto somente ocorrerá, quando for necessário o afastamento da criança ou adolescente de sua família.
2.4 Medida Protetiva e do Acolhimento em Instituição de Reclusão no cumprimento de MSE e PSC e LA 
Para o enfrentamento da questão social temos na Lei máxima, nossa Constituição Federal de 1988, que assegura no seu Art. 6º “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Que regulamenta e ordena conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, o Sistema Nacional de Socioeducação - SINASE, e, igualmente o Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA. 
LEI Nº 12.594, DE 18 DE JANEIRO DE 2012. Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE que para regulamentar a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional; e alterar as Leis n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA, 7.560, de 19 de dezembro de 1986, 7.998, de 11 de janeiro de 1990, 5.537, de 21 de novembro de 1968, 8.315, de 23 de dezembro de 1991, 8.706, de 14 de setembro de 1993, os Decretos-Leis nos 4.048, de 22 de janeiro de 1942, 8.621, de 10 de janeiro de 1946, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.
Podemos perceber que no tangente a Leis e regulamentação existe uma gama de recursos disponíveis e que, se cumpridos na integra, não precisaríamos enfrentar os problemas de que somos reféns em nossa sociedade. Só a CF/1988, por si já seria suficiente. E vamos mais adiante o Artigo 6º da CF/88, sozinho dá as coordenadas ao sinalizar os direitos básicos para a nossa organização social. Porém nossos gestores em todas as esferas deixam a desejar no cumprimento e execução das leis de proteção. 
No município de Luís Eduardo Magalhães/BA, que se situa no Oeste do Estado, nem mesmo na região, tem unidades da Fundação da Criança e do Adolescente.  
Conforme a definição desse órgão descrita nos termos da LEI:
A Fundação da Criança e do Adolescente (FUNDAC) é o órgão responsável pela gestão da política de atendimento ao adolescente em cumprimento das medidas socioeducativas de semiliberdade e internação no estado da Bahia. 
Nesta instituição o adolescente com ato infracional e com a sansão homologada, pelo Juizado, cumpre a determinação judicial para que seu processo seja extinto. 
Caso ainda seja necessário o mesmo deverá dar continuidade a MSE, determinada em seu município onde deve haver no CREAS uma Equipe Técnica para a execução dessa medida. 
Ou então uma instituição terceirizada e, igualmente com Equipe Técnica especializada para acompanhar a determinação judicial.
A FUNDAC, no caso de nosso estado só tem unidades em municípios distantes é o único local designado pela justiça para o acolhimento dos (as) adolescentes com ato infracional. O escasso número de unidades no interior do estado deixa a desejar o atendimento criando graves problemas, não só no caso de necessidade de acolhimento, mas, sobretudo no estimulo a ideia de impunidade.
 
A FUNDAC Acolhe adolescentes entre 12 e 21 anos incompletos, realizando o atendimento socioeducativo de acordo o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8.069/1990) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE (Lei 12.594/2012). 
 
Como é o caso dos juizados de menores, atualmente, Vara do Juizado da Infância e Juventude, que infelizmente em grande parte das Comarcas permanecem sem um magistrado para a execução e julgamento dos processos que ficam rolando durante meses nos gabinetes. 
Em toda a História do Brasil, muitas foram às ações em prol da garantia de direitos. E não foi diferente no que se refere à criança e ao adolescente.
É daí que vem a ideia dos adolescentes com ato infracional de que “não dá nada” ou até mesmo o que acontece de adultos mal intencionados se aproveitando dessa falsa impunidade aos adolescentes, se esconderem atrás destes para praticarem seus crimes tendo nestes seus adolescentes chamados “testas de ferro”. 
É um exercício quase impossível o de imaginar que há quase um século, já houve a preocupação para com essa situação e até nosso tempo muito pouco ainda se faz. 
Neste sentido, foi instalado, em 1924, o Juizado de Menores com o objetivo de prestar assistência aos menores de 18 anos. Três anos depois, em 1927, foi promulgado o Código Juiz de Melo Matos, mais conhecido como Código de Menores, que se constituiu como a primeira intervenção legal, de caráter oficial, na vida de crianças e adolescentes em situação de exclusão ou infração.
Mesmo que tenhamos, na atualidade, a LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - HYPERLINK "http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocument" �� O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, que é um documento maravilhoso que regulamenta a forma de tratar com essa questão social, que, porém sem a tão sonhada, vontade política dos gestores públicos muito pouco é possível fazer para concretizar o regulamenta a LEI.
Ou até mesmo de terceirizar o serviço o que sairia até mais barato para os cofres públicos com um serviço mais qualificado e sério, pois uma organização da sociedade civil pode realizar o serviço selecionando o perfil do profissional para executas a MSE, melhor do que uma pessoa concursada, porém sem as qualificações necessárias a tal demanda. É o que comprovam as experiências presenciadas no Rio Grande do Sul onde, em mais ou menos trinta municípios da região central e noroeste do Estado, em que existe uma franquia dos Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – CEDEDICA.
Porém não é o que acontece na maioria dos estados brasileiros, especialmente no nordeste, onde as políticas de atendimento ainda estão muito aquém do necessário. Existindo unidades de acolhimento e internação às vezes só nas capitais ou então em centros maiores. Considerando-se que, devido ao agravamento da situação de pobreza, nessa região, em muitos casos, o adolescente vem desituações vulneráveis e, se é do interior, fica inviável o deslocamento do mesmo e de familiares para cidades tão distantes.
As unidades de semiliberdade têm como finalidade a regionalização do Atendimento Socioeducativo dentro dos Territórios de Identidade no Estado, priorizando a proximidade familiar, comunitária e cultural dos educandos. São instaladas em regime de co-gestão com organizações não governamentais (ONGs) que executam a medida socioeducativa, enquanto a Fundação da Criança e do Adolescente FUNDAC capacita e supervisiona as equipes interdisciplinares e faz a assessoria técnica e monitoramento da execução do programa.(www.justicasocial.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=44).
Vê-se que em outros estados, especialmente do Sul do País essas políticas são bem mais assistidas, embora não tenham resultados satisfatórios apresentam melhor resolutividade.
 
De acordo com a Lei 12.594/12 – Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE, “cada unidade de semiliberdade pode acolher 20 adolescentes, oferecendo espaços para atendimento técnico individualizado.” 
Sendo assim fica ainda mais gritante a incoerência diante do real em comparação ao ideal, pois se temos uma população com grande número de jovens e adolescentes dados baseados no censo comum. Onde uma esmagadora maioria vive em situação de vulnerabilidade social. O que os coloca em maior desigualdade ainda pelo contato direto com a criminalidade. Então se pode perceber a incoerência diante do que propõe a legislação referente ao Estatuto da Criança e do Adolescente ECA e o que temos posto. 
Se formos ver a situação das Delegacias de Policia na grande maioria dos municípios que tem espaço para receber 30 detentos e está com a “megalotação” de 80 pessoas amotinadas em celas que os colocam em situação de animais. Dentre estes, também estão os adolescentes com ato infracional. Daí se pode concluir com o texto abaixo quão grande é o abismo entre a realidade do trato com esse adolescente ainda em formação de caráter e o tratamento que recebe. 
Segundo orientações do SINASE (31/10/2015) os Parâmetros de Gestão Pedagógica no Atendimento Socioeducativo A legislação que estabelece: abordagem familiar e comunitária, educação, saúde, segurança, esporte, arte e lazer, entre outros.
Como já é do conhecimento geral a questão das distâncias é impossível administrar uma demanda de centenas de adolescentes com ato infracional para um sistema com vagas limitadas e quase inacessíveis. Em muitos municípios os adolescentes tem recebido o mesmo tratamento que os adultos.
	A semiliberdade é uma medida socioeducativa estabelecida no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, antecedendo apenas à medida de internação (privação total de liberdade). Ela pode ser aplicada desde o início, ou como forma de progressão do regime (transição para o meio aberto) para aqueles adolescentes já privados de liberdade. Nela o educando fica sob a custódia do Estado, mas realiza atividades externas, independente de autorização judicial, como ir à escola, trabalhar e visitar a família em datas comemorativas.
O acolhimento é uma das medidas de proteção previstas no ECA8 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e se aplica a qualquer bebê, criança ou adolescente ameaçado ou violado em seus direitos básicos. Caracterizado como uma medida excepcional e provisória, o acolhimento só deve ocorrer quando esgotadas todas as alternativas de permanência na família. Nesse caso, deve representar uma alternativa de moradia digna, com clima residencial, atendimento personalizado e preservação dos vínculos familiares sempre que possível, até que o bebê, a criança ou o adolescente possa retornar à sua família de origem ou ser encaminhado a uma família substituta. (1. ed. - São Paulo: Instituto Fazendo História, 2011. Vários autores. Bibliografia. ISBN 978-85-63513-01-4)
Esse acolhimento deve ser muito bem qualificado tendo em vista as diferentes situações em que pode acontecer o afastamento da criança ou adolescente, do grupo familiar. As razões poderão ser “voluntárias” - como no caso de crianças e adolescentes que vivem nas ruas - ou “acidentais” - como no caso de crianças perdidas. 
O diferencial que fará com que seja menos traumático segundo Moreira (2011, p. 22): “É fundamental que as famílias, as crianças e os profissionais partilhem da ideia de que quando a família não pode exercer sua função é dever do Estado fazê-lo.” Este afastamento ocorrer por situações excepcionais e temporárias, sem que haja oposição dos pais, nos casos internação para tratamento médico, ou preso em razão do cometimento de infração penal, e não há, ao menos num primeiro momento, familiares em condições de acolher os filhos, não haverá necessidade de instauração de procedimento de natureza contenciosa, embora deva ser instaurado procedimento destinado a avaliar as condições do acolhimento e reavaliar periodicamente a possibilidade de reintegração familiar nos moldes do previsto no art. 19, §1º, do ECA). O art. 101, §2º, do ECA deve ser analisado em conjunto com os Arts. 93, par. único e 153, par. único, do mesmo Diploma Legal, que em momento algum fazem referência à necessidade de instauração de procedimento contencioso em "todos" os casos de acolhimento institucional. No entanto O art. 93, par. único, do ECA esclarece de antemão que a providência primeira a ser tentada, logo após o acolhimento institucional, é a reintegração familiar, que deverá ocorrer dentro das possibilidades, por exemplo no caso de crianças perdidas, por exemplo, será necessário primeiramente identificar e localizar a família. No caso de fuga deverão ser levantados os motivos da fuga para posterior reintegração familiar que deverá ser sempre a meta primordial da intervenção. 
Sendo que qualquer procedimento contencioso de afastamento só poderá ser instaurado quando esgotadas todas as possibilidades de reintegração da criança ou adolescente, ao convívio familiar conforme o art. 93, par. único, do ECA que faz ainda referência expressa ao art. 101, §2º a esse respeito. 
Muito embora as situações de agressão e ou abusos no seio familiar é sempre uma situação muito delicada a retirada de uma criança ou adolescente da convivência com os genitores. Muito especialmente quando tratamos de bebês e mais especialmente ainda quando o afastamento é da mãe. Nesse sentido conforme nota do MP do Estado do Paraná:
O art. 153, par. Único, do ECA é ainda mais explícito, vedando expressamente a utilização dos “procedimentos verificatórios” e similares, previstos no caput do dispositivo apenas “para fins de afastamento da criança ou do adolescente de sua família de origem ou em outros procedimento necessariamente contenciosos”. O contido neste parágrafo traz implícita a noção de que o afastamento da criança ou adolescente de sua família de origem, como medida preparatória ou incidental ao acolhimento institucional, quando tiver de ser decretado, deverá sempre ocorrer em sede de procedimento contencioso, pois o direito que está em jogo – o direito à convivência familiar – tem como titular a criança ou adolescente (cf. art. 100, par. Único, inciso I, do ECA), sendo de natureza indisponível. Importante notar, no entanto, que o dispositivo em momento algum afirma que “todo” acolhimento institucional será precedido ou acompanhado de procedimento contencioso, mas apenas aqueles nos quais é necessário o afastamento do convívio familiar. Em outras palavras, não é o acolhimento institucional em si que torna obrigatória a instauração de procedimento contencioso, mas sim, em determinados casos, a necessidade do afastamento do convívio familiar como medida antecedente. 
Diante do exposto faz-se necessário atentar sempre para que seja evitado de todas as maneiras o afastamento esse é também o principal objetivo da LEI, o que vem expresso nos artigos. 101, §2º e 153, par. Único do ECA. 
Sempre que se fizer necessário o afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar, este obrigatoriamente deveser acompanhado de adequada orientação aos pais ou responsável, chamados a participar da definição da medida a ser ao final tomada. Isso tendo presente e em conformidade com as orientações do ECA. 
Da mesma forma que a reintegração familiar, ou a colocação em família substituta é imperativa a precedência de gradativa preparação anterior e posterior por todo o aparato dos órgãos de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Sendo que o compromisso  último de todos os órgãos, autoridades e entidades competentes deve, sempre ser a plena e regular efetivação do direito à convivência familiar.
A Lei 12.010/2009 faz um contraponto ao ECA, e, igualmente faz ressonância a C/F de 1988 no que refere a politica de proteção social as crianças e adolescentes. Em vários dos seus artigos, sobretudo no primeiro traz importantes subsídios no que concerne a garantia do direito a convivência familiar a todas as crianças e adolescentes, no que prevê o ECA. Porém esta mesma Lei, muito embora traga em seus artigos e incisos algumas complementações ao ECA e até mesmo a CF/ de 1988: 
...não revogou o disposto no art. 153, caput, do ECA e nem impediu sua utilização em outras situações que podem ser solucionadas independentemente da instauração de um procedimento contencioso.
Como acima mencionado, quando antes do acolhimento não for necessária à instauração de procedimento contencioso visando o afastamento do convívio familiar (como, por exemplo, no caso de crianças e adolescentes perdidos, que fogem de casa, cujos pais são temporariamente hospitalizados ou mesmo falecem sem que haja familiares em condições de acolhê-las), é possível a instauração de um procedimento de natureza "voluntária" (embora o ideal fosse mudar a terminologia empregada, na medida em que o termo "procedimento verificatório" guarda uma forte carga "menorista"), inclusive para que seja possível acompanhar as atividades desenvolvidas no sentido da reintegração familiar (cf. art. 101, §§4º a 7º, do ECA) e promover a reavaliação periódica a que alude o art. 19, §1º, do ECA. Importante não perder de vista, no entanto, que muito embora a criação do Conselho Tutelar não retire da Justiça da Infância e da Juventude a competência para aplicação de medidas de proteção (ex vi do disposto no art. 5º, inciso XXXV, da CF), esta atividade, a rigor, deve ser desempenhada pelo Conselho Tutelar, que em matéria de garantia do direito à convivência familiar para as crianças e adolescentes acolhidos em instituições, deve trabalhar de forma articulada não apenas com o Poder Judiciário, mas também com os órgãos e entidades co-responsáveis pelo atendimento de crianças, adolescentes e suas respectivas famílias (cf. arts. 86 e 88, inciso VI, do ECA). Em qualquer caso, portanto, os referidos procedimentos de natureza "voluntária" a cargo da Justiça da Infância e da Juventude devem ser reduzidos ao mínimo, devendo-se em contrapartida fortalecer o Conselho Tutelar como órgão de defesa dos direitos infanto-juvenis por excelência. (nota do Ministério Público do Estado do Paraná)
Ainda em se tratando de intervenção do Estado a Lei 12.010/2009 prioriza o apoio e promoção social da família natural da criança e do adolescente. Garantindo que estes devem permanecer em sua família natural. Sendo que a retirada só será permitida em casos de absoluta impossibilidade da permanência. Como o que apresenta o Artigo 1º § 1º da Lei 12.010/2009: 
Esta Lei dispõe sobre o aperfeiçoamento da sistemática prevista para garantia do direito à convivência familiar a todas as crianças e adolescentes, na forma prevista pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente.
A intervenção estatal, em observância ao disposto no caput do art. 226 da Constituição Federal, será prioritariamente voltada à orientação, apoio e promoção social da família natural, junto à qual a criança e o adolescente devem permanecer ressalvados absoluta impossibilidade, demonstrada por decisão judicial fundamentada.
Em caso contrário poderá haver a colocação da criança ou adolescente em família substituta, seguindo as orientações definidas no ECA e na Constituição Federal/88.
§ 2o Na impossibilidade de permanência na família natural, a criança e o adolescente serão colocados sob adoção, tutela ou guarda, observadas as regras e princípios contidos na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, e na Constituição Federal. 
A LEI regulamenta ainda, no seu capítulo três, onde trata do direito das crianças e adolescentes à convivência familiar comunitária. 
O artigo 19 irá afirmar que as crianças e os adolescentes têm o direito de serem criados e educados por suas famílias naturais ou substitutas.
É ainda de primordial importância que os processos de crianças e adolescentes abrigados, sejam rigorosamente avaliados semestralmente conforme o que determina o § 1º: 
 Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe Inter profissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. (Lei 12.010/2009, de 03/08/2009)
§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. 
A participação dos profissionais de Assistência Social deve ser incisiva nas discussões sobre a proteção integral, pois é no exercício da profissão que essa discussão deve ser imperativa nos processos de planejamento, execução e monitoramento no desdobramento das atividades dos diferentes serviços de Proteção social. 
 Dessa forma, o tema desafia os (as) profissionais para ampliar o conhecimento no que diz respeito à Legislação e orientações sobre os programas e serviços da rede de proteção social para construir uma ação reflexiva com base nas orientações legais.
 Algumas breves considerações da história e trajetória das conquistas e retrocessos no que concerne ao cuidado e proteção das crianças e adolescentes antes da Constituição Federal de 1988.
O Código de 1927 foi um marco importante na história da proteção da criança e do adolescente, na época, identificados como “menores”, contribuindo para que o Brasil ocupasse, em termos legislativos, posição de vanguarda na América Latina, em razão do enfrentamento da infância desassistida através de uma lei própria.15
É uma situação ao menos inusitada, que há mais de um século venha havendo uma preocupação com o cuidado para com nossas crianças e adolescentes. Somos uma nação pioneira em muitas coisas, inclusive e orgulhosamente nessa questão social tão séria e delicada que a que envolve crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social. Porém se perpetua em nossa sociedade corrompida e perversa o descaso com a mesma. Tal irregularidade que beira a uma aberração faz com que crianças e adolescentes de vitimas passem a um estado de patologia social, porque não se enquadram ao padrão estabelecido. 
Temos pela história que o Brasil é pioneiro no acolhimento das regras da Convenção sobre Direitos da Criança das Nações Unidas em 1988 anos da promulgação da Constituição Federal, que fora promulgada somente um ano após, em 20 de novembro de 1989. Esse fato somado ao código de 1927 coloca o país no cenário internacional, ao incorporar em seu texto constitucional princípios que, até então, não tinham sido bem assimilados pelos demais países.
Porém ao olharmos as pesquisas e projeções referentes a estatísticas que apresenta a real situação por que passam as crianças e adolescentes em nossos dias ficamos estarrecidos (as), se tivermos um mínimo de consciência e senso humanitário.Muitas décadas têm passado desde o período das “Rodas dos Enjeitados” dos tempos coloniais. E, desde então, Leis foram criadas e de muitas formas pessoas de nossa sociedade: lideres políticos e religiosos tem se expressado no sentido de minorar a situação de descaso por que passam milhares de crianças e adolescentes em nosso meio. 
Exemplo disso é a letra da canção do Pe. Zezinho, no ano de (1982). Que diz: 
Dizem que este País é feliz, porque o povo ainda canta nas ruas Dizem que nossa nação não vai mal porque o povo ainda faz carnaval. E eu queria somente lembrar que milhões de crianças sem lar. Não partilham da mesma visão. Há tristeza no seu coração Menores abandonados. Alguém os abandonou. Pequenos e mal amados o progresso não os adotou. Pelas esquinas e praças estão Desleixados e até maltrapilhos. Frutos espúrios da nossa nação São rebentos, porém, não filhos. - E eu queria somente lembrar que milhões de crianças sem lar. Compartilham do mesmo sofrer. Já não sabem a quem recorrer. Menores abandonados. Alguém os abandonou. Pequenos e mal amados o progresso não os adotou ( 2 X)Vivem à margem da nossa nação. Assaltando e ferindo quem passa. Tentam gritar do seu jeito infeliz. Que o País os deixou na desgraça. E eu queria somente lembrar que milhões de crianças sem lar. São os frutos do mal que floriu num País que jamais repartiu. Menores abandonados Alguém os abandonou. Pequenos e mal amados o progresso não os adotou ( 2X). Menores abandonados, Alguém os abandonou. (Pe. Zezinho, Ed Paulinas, 1982)
O teor da letra dessa canção é o retrato mais cruel e original da realidade de milhares de crianças e adolescentes nas ruas e praças de nossas cidades. Desde a mais recôndita até as metrópoles e nos campos, igualmente, crianças e adolescentes, especialmente das classes sociais mais desprotegidas, estão a mercê da sorte que é ainda mais cruel que seus próprios destinos. 
 "...não vês ali, sentadas 
nessa casa, essas
crianças que parecem
emergir dum sonho?
Os mesmos que lhes
deviam amor lhes
deram morte..."
(Ésquilo. Orestíada. 498
a.C.)
Citando João Batista Saraiva João Batista Costa Saraiva, Juiz da Infância e Juventude no RS que iniciou na região das missões na cidade de Santo Ângelo – RS. Mentor da ONG – Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – CEDEDICA. Quando fundamenta sua tese de defesa das crianças e adolescentes dizendo: “ninguém nasce infrator”. Podemos perceber o sentido do poema acima que há milênios acompanha e desenrolar da vida humana e, ao que parece como as mesmas inquietações, porém com igual garra para buscar mudanças e adequações para uma vida melhor com mais dignidade para todos, especialmente para nossas crianças e adolescentes. 
O ambiente penitenciário, onde vivem mulheres com seus bebês, é na maioria das vezes insalubres e inabitáveis o que suscita o questionamento: onde fica a concretização dos direitos esposados e garantidos pela Constituição Federal de 1988 e, agora reforçados pelo Estatuto do Idoso e Estatuto da Criança e do Adolescente? 
a- Menor privado de condições essenciais de subsistência, saúde e instrução obrigatória, ainda que eventualmente em razão de falta, ação ou omissão dos pais ou responsável e manifesta impossibilidade de os mesmos provê-las.
b- Menor vítima de maus-tratos ou castigos imoderados impostos pelos pais ou responsáveis.
c- Menor em perigo moral devido a encontrar-se, de modo habitual, em ambiente contrário aos bons costumes, e na hipótese de exploração em atividade contrária aos bons costumes.
d- Menor privado de representação ou assistência legal, pela falta eventual de pais ou responsável.
e- Menor com desvio de conduta, em virtude de grave inadaptação familiar e comunitária.
f- Menor autor de infração penal.
Ante essas premissas de violação dos direitos fundamentais o ECA, vem trazendo em seu bojo profundo teor protecionista e a intenção de controle de criança e adolescentes, consagrando a aliança entre a Justiça e a Assistência Social, constituindo um novo mecanismo de intervenção sobre a população pobre.
1.1.5 Do acolhimento de bebês em abrigo
O abrigo deveria então ser capaz de se estruturar para propiciar o acolhimento, conforme dita a lei, mas assumindo toda essa dimensão contraditória. É, então, essencial o projeto educacional, a formação e sustentação de seus trabalhadores – como este livro defende – para poder suportar o cotidiano de seu trabalho tão mobilizador. O presente texto se organiza justamente nessa perspectiva: oferece criteriosas referências que permitem acolher as inúmeras questões apresentadas àqueles que se propõem a cuidar de bebês em situações adversas, ao mesmo tempo em que abre espaços para a sensibilidade e a criatividade, mobilizadas em cada um na sua lida com bebês. (1. ed. - São Paulo: Instituto Fazendo História, 2011. Vários autores. Bibliografia. ISBN 978-85-63513-01-4)
Mesmo que existam muitas leis para regulamentar ou organizar a situação da adoção ou abrigamento em todas as etapas da vida. Quando se trata de bebês ou então, de situação mais polemica ainda que é o caso de irmãos consanguíneos é muito difícil estabelecer critérios legais. Mas a exigência primordial é de que haja no mínimo sensibilidade e conforme o texto acima que o essencial seja respeitado que é o projeto educacional e uma formação substancial humanitária e técnica aos envolvidos no processo do cuidado básico diário dessas crianças, por sua situação já tão desprovida de base emocional. 
Nesse sentido todo cuidado será pouco para que situações como descrito a seguir se instaurem nos abrigos e mais ainda nos cuidadores.
Ao se pensar em situações de vulnerabilidade, quando parecem falhar todas as possibilidades do bem-estar social que a lei exige e que as políticas públicas deveriam garantir, um sentimento de desamparo se apodera de todos, e o risco de se instalarem programas assistencialistas, compensatórios, é enorme. (1. ed. - São Paulo: Instituto Fazendo História, 2011. Vários autores. Bibliografia. ISBN 978-85-63513-01-4)
 
Da mesma forma muito difícil é não se envolver emocionalmente com as situações ao se deparar com a fragilidade e ao mesmo tempo a meiguice de uma criança. Sobretudo quando esta não tem as mínimas condições de defesa, estando absolutamente vulnerável não só pelas situações de abandono ou mal tratos. Mas especialmente pelos agravos emocionais que as diversas situações causam em todas as pessoas envolvidas. 
Deixar de se afetar por tudo que o bebê e a criança trazem representa um desafio ainda maior. O colo é tentador, como forma de calar o choro e o sofrimento, e ensurdecer diante das demandas incessantes é uma defesa possível. Como propiciar que os bebês deixem de ser infans (etimologicamente o termo significa sem voz) para que adquiram voz e poder, num contexto que supostamente foi criado para ampará-los no insuportável sofrimento de estarem privados do convívio familiar, do amor e do carinho de suas mães? Sim, os bebês em abrigo nos colocam face a face com a angústia primordial que nos funda: o horror ao abandono, a sensação catastrófica de perder a continuidade de ser, que o par perfeito mãe-bebê evoca e representa. (1. ed. - São Paulo: Instituto Fazendo História, 2011. Vários autores. Bibliografia. ISBN 978-85-63513-01-4)
As marcas indeléveis que um período de acolhimento institucional prolongado, acrescentado a perda ou escassez do contato com a família natural, exige que a equipe elabore tática e toda uma estratégia como o encaminhamento para um atendimento psicopedagógico, além de articulação com uma equipe técnica multiprofissional para ao menos minimizar o sofrimento emocional de uma criança abrigada. 
A poesia de Arnaldo Antunes, (2004), diz: “Saiba: todo mundo foi neném Einstein, Freud e Platão também Hitler, Bush e Sadam Hussein Quem tem grana e quem não tem”. 
Essa realidade descrita em rima, não apresenta somente uma simples rima, mas uma reflexão que todos deveríamos fazer.Parecemos esquecer com muita facilidade que assim como fomos crianças, hoje nossas crianças necessitam de proteção e cuidado. 
Parafraseando Nogueira (2011) O acolhimento é uma das medidas de proteção previstas no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e se aplica a qualquer bebê, criança ou adolescente ameaçado ou violado em seus direitos básicos. A Caracterização desse ato, como uma medida excepcional e provisória, o acolhimento só deve ocorrer quando esgotadas todas as alternativas de permanência na família. Como já foi visto a legislação vigente dá todas as orientações necessárias para a garantia dos direitos da criança ou adolescente. Nesse caso, deve representar uma alternativa de moradia digna, com clima residencial, atendimento personalizado e preservação dos vínculos familiares sempre que possível, até que o bebê, a criança ou o adolescente possa retornar à sua família de origem ou ser encaminhado a uma família substituta. É fundamental que as famílias, as crianças e os profissionais partilhem da ideia de que quando a família não pode exercer sua função é dever do Estado fazê-lo. 
Na realidade muitos traumas e problemas mais graves poderiam ser evitados se todas as possibilidades forem esgotadas no sentido de uma reintegração das crianças e adolescentes junto a suas famílias. Sem a necessidade de buscar famílias substitutas, que também não são ilesas de cometerem violações de direitos. Experiências já mostraram que nem sempre a solução está na colocação em famílias substitutas. 
2.5 A Politica de Assistência Social e o Contexto do (a) Assistente Social no exercício da profissão
A constituição Federal de 1988 em seu bojo traz importantes posicionamentos e concepções para a Assistência Social brasileira, quando a inclui paralelamente a Seguridade Social. 
Já em 1993 com a implementação da Lei Orgânica da Assistência Social LOAS, a Assistência Social, passa a ser regulamentada como um direito a todos os cidadãos e cidadãs quando em seu texto original traz: 
Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
Todos os serviços de Proteção Básica aos cidadãos foram conquistados a partir da inserção da Assistência Social no sistema do bem-estar social brasileiro através da Seguridade Social que compõe o tripé da Saúde e da Previdência Social. 
Para Borba Silva (2012) a questão da subalternidade está relacionada diretamente às políticas públicas.
A Política de Assistência necessita, ainda, deixar esse lugar. Necessita deixar o lugar que, historicamente, lhe foi determinado, de executora de ações meramente “de ajuda”, com caráter pontual e compensatório de alívio à pobreza, e assumir, efetivamente, seu protagonismo. Deve tomar seu lugar no campo da Seguridade Social, com conquistas de financiamentos adequados para a execução de um Sistema Único de qualidade, de ofertas de serviços que contemplem as reais necessidades expressadas pela população que lhes demanda. (BORBA SILVA, 2012, p. 126). 
É da competência da politica de proteção social a garantia dos meios de sobrevivência para as populações desprovidas destes. Através dos Serviços de Proteção Básica, desenvolvidos junto aos CRAS, em especial os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, e, igualmente o Serviço de Proteção Social Básica no Domicilio para Pessoas com Deficiência e Idosas. Esses Serviços socioassistenciais da proteção social básica possibilitam a organização e hierarquização da rede sócioassistencial concretizando a descentralização da politica da assistência social. 
Com base no respeito às diferenças é que o ser humano desenvolve suas capacidades e fortalece sua identidade conquistando maior capacidade de sobrevivência e autonomia. Pela conquista dos seus direitos social que por sua vez são garantidos pela politica de assistência social. (Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)).
No seio das famílias com novas faces e jeitos de se apresentarem no cultivo de valores, crenças e identidade que se fundamenta e fortalece a cultura do dialogo, no combate a todas as formas de violência, de preconceito, de discriminação nas relações. 
Com o empoderamento garantido da cidadania tendo o aporte do Estado que a Politica da Assistência Social através da LOAS pode assegurar o acesso aos serviços, programas e projetos do direito social que proporcionam a autonomia básica, que conforme expressa, PEREIRA, 2002, p. 70 ao dizer: 
Por autonomia básica entendemos a capacidade do indivíduo de eleger objetivos e crenças, de valorá-los com discernimento e de pô-los em prática sem opressões. [“...] Ser autônomo nesse sentido consiste em possuir capacidade de eleger opções informadas sobre o que se tem que fazer e de como levá-lo a cabo”. 
Essa autonomia, bem como a sua consistência está na: 
...forma de gestão no sistema descentralizado e participativo proposto pela LOAS, em seu capítulo III, artigo 6º, implica na participação popular, na autonomia da gestão municipal, potencializando a divisão de responsabilidades e no co-financiamento entre as esferas de governo e a sociedade civil.
Uma vez estabelecida e respeitada a autonomia da gestão em todas as esferas governamentais e na mesma proporção a descentralização dos serviços maiores os ganhos para a população alcançada através das politicas sociais. 
Temos pelo conhecimento da historia que o engajamento politico da sociedade brasileira não possibilita a conquista dos direitos e cidadania por não se empenhar em uma politica formativa. Não existe interesse politico por parte dos governantes de que a população seja esclarecida para assim permanecer massa de manobra para a politica eleitoreira que impera nas classes dominantes. Prova disso é a situação de ingovernabilidade atual. Essa situação é um atraso para a consolidação das politicas sociais, pois a Politica de Assistência Social como uma politica pública enfrenta um grande desafio nesse sentido. 
Uma população manobrada pela compra de votos, por exemplo, é de certa forma impedida de se inserir nos avanços tecnológicos e permaneça convivendo com a miséria e a fome. 
Segundo Fonseca (1998). Pesquisas do Banco Mundial garantem que 7,4% da população do Brasil vivem abaixo da linha da pobreza, isto é não possuem o mínimo necessário para a sobrevivência. Essa situação é mantida pelas classes sociais que não querem perder ou dividir suas benesses. Bem como pelos governantes que mantem o abandono social e politico das classes menos privilegiadas. 
A Ética profissional pode ser vista como a ação "reguladora" da ética agindo no desempenho das profissões. A ética profissional estudaria e regularia relacionamento do profissional com sua clientela. Ao nos reportamos sobre a Ética profissional estamos nos referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de estatutos e códigos específicos. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.
Sendo assim “as relações sociais são constituídas na medida em que o homem se insere no Processo de Trabalho, o trabalho define este novo ser; a base ontológica primaria da vida social” (BARROCO, 2010, p.168). 
Os profissionais assistentes sociais enquanto gestoras(es) municipais da política pública de assistência social. Estão sendo cada vez mais requisitados, haja vista suas habilidades técnico-operativa e teórico-metodológica e seu conhecimento sobre a política pública de assistência social. 
Buscou-se com esta pesquisa aprofundar questões referentes ao exercício profissional, por esse profissionalismo, bem como pelo acesso deste (a) profissional aos espaços de atendimento qualificado a população usuária.
Todo o processo da pesquisa foi elaborado pelo caminho doaperfeiçoamento pela exploração de possibilidades e, sobretudo pela atuação na dimensão técnico-operativa da profissão, sem, obviamente, desconsiderar as outras duas dimensões do serviço social tais como: ético-política e teórico-metodológica e isso se expressa claramente pelo esforço contínuo de construção teórica e prática de grande complexidade. 
Em consonância com os teóricos que discutem a dimensão técnico-operativa (MIOTO, SARMENTO, PRÉDES), faz-se necessário que se tenham cada vez mais pesquisas que abordem a temática da dimensão técnico-operativa da profissão de serviço social, no entanto o exercício profissional, neste sentido, deve ser visto como elemento que condensa as três dimensões da profissão.
 
[...] isto não significa dizer que é um assunto que margeia o esquecimento no debate profissional [...] mas também, não é possível afirmar que esta discussão esteja ganhando centralidade como objeto de preocupação dos principais pesquisadores da área e/ou das instituições onde realiza pesquisa em Serviço Social. (SARMENTO, 2009: 01). 
Por isso devem ser questionamentos constantes na atuação dos (as) profissionais da área. Que espaço está sendo ocupado no exercício da profissão? Que tipo de relação está sendo estabelecida? Como são, e qual o teor de nossas reflexões, como deixamos impressas as marcas da profissão? Quais os diálogos que estabelecemos e como estamos lidando com este espaço de gestão que nos é confiado? E, só assim, deste modo, avaliar e aprofundar a discussão sobre a nossa atuação. 
Ao discutir a dimensão técnico-operativa do serviço social faz-se necessário tomar cuidado para não cair num discurso de exploração de técnicas, instrumentos e estratégias da profissão em seu cotidiano. Como afirma Yamamoto apud Mioto (1999:52) é importante enfrentar o desafio de transitar da bagagem teórica acumulada ao enraizamento da profissão na realidade sem reduzir esse debate ao tecnicismo. 
Para Yamamoto (1998) a década de 1990 foi de fato importante para o Serviço Social brasileiro e trouxe através de seu Código de Ética visibilidade a profissão: 
[...] salto de qualidade em sua autoqualificarão na sociedade. Essa adquiriu visibilidade pública por meio do Novo Código de Ética do Assistente Social, das revisões da legislação profissional e das profundas alterações verificadas no ensino universitário na área. (...) houve, também, um adensamento do mercado editorial e da produção acadêmica. (...) Os assistentes sociais ingressaram nos anos 90, como uma categoria que também é pesquisadora, reconhecida, como tal, pelas agências de fomento. (IAMAMOTO, 1998:51). 
Este processo favoreceu a conquista entre tantas outras, de novos patamares de atuação profissional, no qual destacamos a gestão das políticas sociais e públicas como importante espaço. 
Nos anos de 1990 os profissionais do serviço social começam a movimentar-se, para construir novas formas de intervenção. Este movimento é fruto das mudanças estruturais ocorridas no Brasil no período da Ditadura Militar e que deixaram marcas profundas no cenário político social brasileiro. E, é neste contexto, que o Estado propõe políticas sociais assistencialistas e fragmentadas para atender as questões mais emergenciais da população.
Com destaque para a década de 1980, quando o projeto de ruptura alterou o discurso teórico-metodológico da profissão, no espaço acadêmico e, igualmente na produção científica. Nesta ocasião foi que os profissionais começaram sua organização politica e, a partir dai expandiu-se por todo o país associações e sindicatos dos assistentes sociais (SILVA, 1995). 
Pelo rompimento com sua história conservadora o serviço social aprimora sua intervenção e começa a discutir de forma qualificada categorias como: Estado, Instituição e Política Social com fortes influências das teorias Marxistas.
Ao romper, portanto com vertentes conservadoras o serviço social volta seu olhar para uma totalidade social e não mais para uma visão macrossocial. 
No quadro que segue pode-se observar um paralelo referente às mudanças trazidas pela LEI Nº 12.010/09 em contrapartida com o ECA. 
QUADRO COMPARATIVO ECA E A LEI Nº 12.010/09.
	ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
	LEI Nº 12010/09 - NOVA LEI DA ADOÇÃO E AS ALTERAÇÕES NO ECA
	
	Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o aperfeiçoamento da sistemática prevista para garantia do direito à convivência familiar a todas as crianças e adolescentes, na forma prevista pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente.
§ 1o A intervenção estatal, em observância ao disposto no caput do art. 226 da Constituição Federal, será prioritariamente voltada à orientação, apoio e promoção social da família natural, junto à qual a criança e o adolescente devem permanecer, ressalvada absoluta impossibilidade, demonstrada por decisão judicial fundamentada.
§ 2o Na impossibilidade de permanência na família natural, a criança e o adolescente serão colocados sob adoção, tutela ou guarda, observadas as regras e princípios contidos na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, e na Constituição Federal.
	Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal.
§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema.
§ 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal.
§ 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à
gestante e à nutriz que dele necessitem
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
	Art. 8o
§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal.
§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser também prestada a gestantes ou mães
que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção.” (NR)
Art. 13. ...........................................................................
Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude.” (NR)
 FONTE: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE E DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP. Av. Cel. José Soares Marcondes, nº 2.201 – Fone/fax: (18) 3222-3066 – CEP: 19.013-050 www.pjpp.sp.gov.br Promotor de Justiça: Luiz Antônio Miguel Ferreira – Oficiais de Promotoria: Cristina K. Teranizi Dói e Edilson Balancim.
Tendências Demográficas Uma análise dos resultados da amostra do Censo Demográfico 2000
O crescimento da população em idade potencialmente ativa - entre 15 e 64 anos de idade - é, por outro lado, mais dinâmico do que dos menores de 15 anos de idade, já que apresentou taxas ascendentes até o período de 1970/1980 para, a partir daí, declinar e, praticamente, estabilizar-se até 2000. A população de 65 anos ou mais de idade no período de 1950/2000 dobrou a sua participação no total da população, e revelou, no período, crescimento significativo. A dinâmica de crescimento deste grupo reflete a rapidez no processo de envelhecimento da população brasileira, reflexo do aumento da longevidade da população combinado à redução dos níveis da fecundidade. (IBGE, Censo Demográfico 1950/2000.).
Tabela 5 - Taxa média geométrica de crescimento anual da população residente, segundo os grupos de idade - Brasil - 1950/2000.
	
Grupos por idade
	População residente e participação relativa
	
	1950
	1960
	1970
	1980
	1991
	2000
	 População residente
	
	Total
	51. 827.765
	70.092.376
	92. 955 059
	118. 874.

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