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LICENCIATURA EM FÍSICA PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE: OP) POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR MANOEL LUCAS VIDALINO DE SIMAS RA 1734904 POLO JUIZ DE FORA 2017 2 MANOEL LUCAS VIDALINO DE SIMAS RA 1734904 PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP INTERATIVA, referente ao curso de Licenciatura em Física, como um dos requisitos para a avaliação na disciplina de cunho prático Prática de Ensino: Observação e Projeto. POLO JUIZ DE FORA 2017 3 SUMÁRIO 4 1 INTRODUÇÃO O homem em sua natureza possui uma característica diversa dos outros seres vivos, que nada mais é do que o desejo e a capacidade para aprender. Impelido por tais características é conduzido, sempre mais, à procura de possibilidades onde se realizem esses anseios. É nesse ambiente que a educação exerce seu papel maior, que consiste em dotar o ser humano de conhecimentos, por um meio dialético, que atendam às suas dimensões. A partir de análises atentas, nos é permitido identificar que a educação como se entende hodiernamente não tem conseguido abarcar a plenitude humana uma vez não é contemplada além dos âmbitos curriculares e de aprendizado. Assim é a educação formal, tal como foi conceituada por Souza e Tavares (2009, p. 46): [...] todo sistema educativo, que seja estruturado e tenha um nível de organização é planejado sistematicamente e intencionalmente, é considerado formal. A educação escolar, com todos seus níveis de ensino é considerada um exemplo tipo desta educação. Com relação a esse conceito em particular, uma lei denominada Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o estende em seu Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (BRASIL, 1996) Porém não é o que se observa na realidade dos ambientes educativos brasileiros que se têm restringidos aos ambientes escolares e muita das vezes abordado temas e conteúdos que na realidade não suscitam no aluno verdadeiro interesse. Tendo em vistas tais realidades podem-nos vir algumas questões à mente: como e em qual medida poderíamos expandir o conceito de educação, de modo a levá-lo para extramuros dos ambientes escolares, atingindo, dessa maneira, o dia-a-dia dos alunos? Como reconhecer os espaços a serem usados como meio de aprendizado? Além dessas perguntas nos viriam ainda muitas outras que apenas daremos alguns pontos para que em um trabalho mais extenso se possa abordar: o fator da valorização da Cultura, a inclusão social, a inserção dos alunos nos conceitos de cidadania e autorrealização. Após trazer a lumen as perguntas feitas acima, nos é permitido concluir a necessidade de se esquadrinhar opções educacionais que se deem fora dos portais escolares que possibilite ao aluno obter experiências em realidades que não as formais de 5 educação. Desse modo os alunados receberão um ensino bem mais integral, de modo a desenvolver diversas qualidades que poderiam ser esquecidas sem esse método de educação, tais como as capacidades físicas, mentais, cognitivas, psicológicas, sociais e inclusive religiosas (de uma maneira genérica). Todos sabem que após o surgimento das primeiras universidades, com Carlos Magno (séc. VIII), o ensino não era dividido em matérias como hoje em dia, mas lecionava-se de um modo orgânico atendendo às necessidades vigentes e dando os alunos uma formação integral, de modo que ter minando seu período de formação podia enveredar por qualquer meio de atuação que já estava meramente preparado. Dizendo isso, não digo ser necessário que voltemos àquele método de ensino, mas que como todas as técnicas aprendidas até hoje, não nos esqueçamos dos primeiros métodos de ensino. É muitas vezes angustiante para o docente, a percepção da apetência que os alunos possuem por assuntos que infelizmente não se adaptam aos meios formais de educação. Assim, uma conclusão plausível, seria uma que aceite que a educação é plena quando articula saberes obtidos em ambientas formais e não formais. Não pretendemos neste projeto responder a todas as interpelações feitas nos parágrafos anteriores, mas propor metodologias de aprendizagem e abordagem que propiciem uma participação da parte dos alunos de modo a propiciar na construção de seus conhecimentos. Para realização da proposta apresentada, tomaremos dois ambientes, o primeiro será Colégio Estadual Eduardo Breder, trata-se de um colégio público, situado à estrada Friburgo / Teresópolis Km 13, no bairro do Campo do Coelho, Nova Friburgo – RJ. Possui boa estrutura, como quadra coberta, dezenove salas de aula, laboratórios de ciências e de informática, biblioteca e sala para leitura, além de possuir boas dependências e vias para alunos com deficiência ou mobilidade reduzida; o segundo será um ambiente educativo não escolar Um pouco distante dos dois colégios se encontra uma bela igreja dedicada à Santa Ana. Serão valorizados os conhecimentos prévios dos estudantes, suas capacidades e suas necessidades dando oportunidades para que se transformem em protagonistas nos procedimentos de ensino-aprendizado que refletem o mundo atual. 2 OBJETIVOS Distinguiremos a seguir os objetivos gerais dos específicos: 2.1 Objetivos Gerais 6 Identificar as possibilidades de execução das atividades educativas por meio da integração de ambientes escolares e não escolares, com ações conjuntas entre o corpo docente, o discente, a escola, o ambiente não escolar e integrantes dos meios sociais. Promover um encontro dos estudantes com uma vivência ambiental e protagonista, para que através disso, se desenvolver neles uma série de habilidades e competências pautadas na observação, identificação, experimentação e assimilação de fenômenos científicos, educacionais e socioambientais e também os relacionados à saúde corporal. Além disso, pretendemos gerar momentos em que o aluno possa aprender, conviver, fazer e compreender, a necessidade de uma mudança na maneira de viver, pensar, produzir e consumir, para a construção de um mundo melhor de um cidadão livre, criativo, ético e atuante em nossa sociedade. 2.2 Objetivos Específicos Quanto aos objetivos específicos são os seguintes: realizar um levantamento local de espécies animais e vegetais e respectiva catalogação; elaborar um mapeamento de áreas propicia à pratica desportiva e de preservação ambiental; identificar e desenvolver propostas de melhoria e conservação ambiental; promover integração entre alunos e frequentadores do local; observar e refletir sobre a importância da integração dos ambientes educativos escolares e não escolares. 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 Metodologia 3.1.1 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos No que diz respeito à disciplina de Ciências Biológicas será realizado um levantamento, identificação e catalogação das espécies da fauna e da flora. Além de se identificar locais que precisem de uma preservação ambiental. Também será feita a identificação de locais propícios àpraticas desportivas e demonstração de atividades voltadas para a manutenção da saúde corporal, como relativos à disciplina de Educação Física. 7 Buscaremos também, uma Transdisciplinaridade, na integração social envolvendo aspectos de convivência com outros usuários dos locais, principalmente no campo da ética, do reconhecimento e da inclusão social. 3.1.2 Pareceres de Ação 3.1.2.1 Disciplina Ciências Biológicas 1 - Apresentação, pelo docente em sala de aula, de conteúdo relacionado à composição da flora e da fauna em seus aspectos gerais. 2 - Identificação de propriedades gerais que podem auxiliar uma catalogação inicial de espécies vegetais e animais. 3 - Exposição de noções de ecologia e preservação das espécies animais e vegetais. 4 - Divisão dos alunos em grupos para visitação do local que terão responsabilidade de identificar e catalogar 10 espécies vegetais e 10 espécies animais existentes ao redor tanto da Igreja como do colégio. 5 - Classificação das condições de conservação e proteção ambiental, realçando a cuidado com os aspectos ecológicos e propor obras a respeito. 6 - Elaboração de mapeamento completo das condições locais no que se refere à presença de espécies animais e vegetais. 3.1.2.2 Disciplina Educação Física 1 - Apresentação, pelo professor em sala de aula, de possibilidades de utilização de locais com características semelhantes às dos locais escolhidos. 2 - Identificação, pelo professor, das várias probabilidades de práticas relacionadas à educação física no local. 3 - Divisão dos alunos em grupos para visitação do local, com a finalidade de reconhecimento das condições e equipagens destinados a lazer e às práticas de educação física e a religiosidade em geral. 4 - Montagem, pelos educandos, de atividades de educação física a serem efetuadas no local, associando a escola e os habitantes locais. 5 - Conjectura às entidades representantes dos residentes do bairro abrangido pela Igreja e pelo Colégio de programas de apoio às práticas de educação física, com foco no cuidado da saúde. 6 - Montagem de relatos e imagens de todas as etapas realizadas. 8 3.1.2.3 Disciplinas Colaterais 1 - Exposição, pelo professor em sala de aula, de assuntos e preocupações com ponto de vista no relacionamento humano, enfatizando os aspectos relacionados à alteridade e da inclusão social. 2 - Apresentação, pelo professor em sala de aula, de elementos básicos dos cuidados com o corpo e a saúde. 4 MODO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO Para a avaliação das atividades promovidas, primeiramente, o professor fará algo paulatino, ou seja, ele irá avaliando cada parte do projeto por si mesma, e abrangerá a análises dos relatórios, dos levantamentos, das descrições e pelos demais resultados produzidos pelos estudantes. Será avaliada também, a exposição oral feita pelos alunos em sala de aula. Caso o professor ache vantajoso poderá também, levar em consideração o desprendimento dos alunos e a assimilação do conteúdo feito por eles, e sua integração com a comunidade local. Como resultado final poderá ser feita no colégio uma, como que feira, entre os alunos, havendo exposições com materiais digitais, os quais passarão à biblioteca da escola, afim de serem usados nos próximos anos como ponto de partida para novos projetos. 5 CONCLUSÃO Espera-se, com esse trabalho, que os alunos compreendam que as disciplinas envolvidas, cujo conteúdo é apreendido em sala de aula, têm ou podem ter analogia com outros ambientes além do da escola. Acredita-se que o engajamento dos educandos em suas referentes tarefas pode oferecer o desenvolvimento de uma visão crítica da realidade, em seus mais variados aspectos, especialmente aqueles tangenciados à preservação da natureza, o respeito às pessoas, o cuidado com a saúde. Espera-se, também, que essa experiência possa apresentar a apreensão do significado do trabalho em equipe, desmistificando um pouco a noção que se tem de que existimos numa sociedade apenas egocêntrica, cujos adolescentes, principalmente na faixa etária em questão, fazem parte de uma massa de indivíduos que se caracterizariam pela alienação da realidade. 9 Há que se considerar, ainda, que projetos deste tipo muitas vezes podem ser vistos como ilusórios porque não estariam acostumados à realidade da educação no Brasil. Tem- se como certo, pela experiência vivenciado professor, que há um desejo latente dos alunos em prolongar a sala de aula para outros ambientes, talvez numa busca de reviver a escola peripatética de Aristóteles. A experimentação de novas realidades e valores sempre foi uma propriedade da humanidade, cuja prova é o grau de seu desenvolvimento desde o momento do aparecimento do homem. A aposta nessa aptidão talvez seja um fator que nos faça crer que projetos deste tipo não sejam meras quimeras. 10 REFERÊNCIAS BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. GOHN, M.G. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio - Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, V. 14, n. 50, p. 27 -38,2006. SOUZA, J. A.; TAVARES, H. M. O educador contemporâneo nos espaços educativos não escolares: desafios e possibilidades. Revista Educação Popular, Uberlândia, v. 8, p. 4 1-54, 2009.
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