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LILI KAWAMURA CAPÍTULO II e III O capítulo inicia-se introduzindo as idéias das escolas de engenharia no Brasil, suas origens, formação e o seu papel na formação dos futuros engenheiros em uma realidade agroexportadora e, posteriormente, em uma realidade de industrialização e substituição de importações. A implantação do ensino de engenharia se deu com a expansão das ferrovias, portos e hidrelétricas, que demandavam profissionais qualificados. A criação de tecnologia se efetuava nos países industrializados da Europa e Estados Unidos, cabia as escolas de engenharia locais o estudo e a difusão de técnicas e equipamentos. As primeiras escolas de engenharia implantadas no Brasil foram a Escola de Engenharia do Mackenzie College, com influência do ensino das escolas de engenharia americanas. Também presente, a Escola Politécnica de são Paulo, com influencias do ensino europeu e americano, de características pragmáticas. O processo de seleção para tais escolas, desde a admissão até a outorga de diploma de engenheiro, era considerado um processo elitista, onde se beneficiavam somente a sociedade dominante. O índice de evasão por sua vez era bastante expressivo. Os interesses de expansão do mercado interno brasileiro, juntamente com o caráter militar e intervencionista que assumiu o governo, favoreceram a expansão urbano-industrial. Surgia uma tendência à formação profissional pragmática, voltada para especialização ligada à produção industrial, tendência esta que se desenvolveu nos Estados Unidos junto à doutrina da organização racional do trabalho. Vale ressaltar a preocupação das escolas de engenharia em incutir no futuro engenheiro seu papel de dirigente no exercício de suas funções e a importância da formação especifica para ocupar aquela posição. Havia a predominância da engenharia civil, devido ao fato de que a capacidade produtiva do aparelho econômico, através de suas unidades industriais, não comportava a absorção de expressivo numero de engenheiros. Depois da Segunda Guerra, expandiram-se as escolas técnicas, principalmente de engenharia portadoras de ensino pragmático (que vem se acentuando desde os fins da década de 60, com a Reforma Universitária) hierarquizado e preparatório para a posterior especialização profissional. As tentativas de acompanhar a expansão tecnológica têm provocado nas escolas de engenharia a sua rápida obsoletizaçao frente às transformações econômicas ocorrentes.
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