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Resumo Contratos Empresariais

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CONTRATOS EMPRESARIAIS 
Os contratos são conceituados como os mecanismos jurídicos por meio dos quais são formados vínculos jurídicos entre dois ou mais sujeitos de direito, que corresponde ao acordo de vontades entre estes, capaz de criar, modificar extinguir direitos ou obrigações entre as partes contratantes.
 É importante destacar a distinção entre contratos civis, empresariais e consumeristas. Desta forma, os contratos empresariais serão aqueles onde as duas partes ou, ao menos uma delas será empresária, em que ambos os polos da relação jurídico-contratual têm sua atividade movida por razões empresariais, ao passo que, nos contratos consumeristas, necessariamente, uma das partes é consumidora, mesmo que uma delas for pessoa jurídica, na qual tal relação é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, diferentemente dos contratos civis, no qual é aquele que pode ter como parte pessoa física ou jurídica.
Precipuamente faz-se necessário um estudo dos princípios basilares do direito contratual:
Princípio da Autonomia da Vontade das Partes:
As partes contratantes têm ampla liberdade para contratar e estabelecer entre si os termos e condições do vínculo contratual.
Princípio do Consensualismo
O simples consenso entre as partes contratantes tem força suficiente para fazer surgir o contrato, não se exigindo forma especial para a formação do contrato.
Princípio da Relatividade dos Contratos
O contrato produz efeito apenas entre as partes contratantes, que assumem, modificam, extinguem direitos ou obrigações, não prejudicando ou aproveitando a terceiros.
Princípio da Obrigatoriedade dos Contratos (ou Princípio da Força Obrigatória dos Contratos):
O contrato faz lei entre as partes contratantes (pacta sunt servanda).
Princípio da Boa-Fé Objetiva
Relacionado a uma questão de interpretação do contrato, pressupõe tal princípio que não se deve fazer prevalecer sobre a real intenção das partes, apenas o que está eventualmente escrito no acordo firmado, desta forma, em todos os contratos regras implícitas, decorrentes da própria natureza da relação contratual firmada, sendo cláusula aberta consagrada no Código Civil, que está prevista nos seus artigos 113 e 422.
Exceção do Contrato não Cumprido 
A exceção de contrato não cumprido ou inexecução contratual é um mecanismo de defesa de boa-fé, através da justiça privada, que faz com que uma parte contratante não possa reclamar a execução do que lhe é devido pelo outro contratante, se não cumpriu também a sua obrigação respectiva.
CONTRATOS EMPRESARIAS EM ESPÉCIE 
Compra e Venda Empresarial 
O Contrato de compra e venda é o contrato mais utilizado no cotidiano comercial, destinado a promover a transferência e a aquisição da propriedade de algum bem ou direito.
No contrato de compra e venda empresarial, tem-se ambas as partes qualificadas como empresários, na qual o objeto do contrato será bem ou direito utilizado pelos empresários necessários a atividade empresarial, mediante um acordo de vontade existente entre comprador e vendedor, que não podem alterar as regras já estabelecidas em lei, sob pena de nulidade, e desta forma tem-se necessariamente três elementos básicos, o consentimento, a coisa e o preço.
A primeira obrigação do vendedor é a transferência do domínio da coisa, seja a posse ou propriedade do bem, dependendo do que foi acordado, e este responsabiliza-se pelos vícios do bem, bem como pela pela evicção, e as obrigações do comprador são o pagamento do bem e posteriormente o recebimento da coisa.
Cláusulas Especiais no Contrato de Compra e Venda Empresarial
Retrovenda
Compreende cláusula muito comum nos contratos onde o objeto compreende bem imóvel, nessa cláusula será dado direito ao vendedor de, no prazo máximo de 3 anos, incorporar o objeto da venda, novamente, em seu patrimônio. Caso exista alguma inadimplência por conta do comprador, o vendedor poderá retomar o bem com a devolução da quantia. 
Venda a Contento 
Nessa modalidade, o comprador, após a entrega do bem objeto da venda, deverá manifestar o seu agrado, que será o instrumento de aperfeiçoamento da compra e venda.
Perempção ou Preferência 
Ao vender um bem, o vendedor pode vir a resguardar seu direito de preempção ou direito de preferência. Assim, caso o comprador queira vender esse bem a terceiros, ele estará obrigado a oferecer o bem ao vendedor, que se pagar o mesmo valor oferecido pelo terceiro e demais termos e condições, terá preferência sobre ele.
Venda com Reserva de Domínio 
As partes poderão, ainda, em contratos nos quais a forma de pagamento for parcelada, convencionar o contrato de compra e venda com cláusula de reserva de domínio, em razão da qual a posse do bem alienado é transferida para o comprador desde o início da vigência do contrato, mas o domínio, e, portanto, a propriedade, somente é transferida ao comprador mediante o pagamento da última parcela. 
Venda Sobre Documentos
Consiste em modalidade muito utilizada em contratos de compra e venda internacionais, onde a tradição da coisa será substituída pela entrega de um título representativo, ou de outros documentos exigidos no contrato.
CONTRATOS DE COLABORAÇÃO EMPRESARIAL 
Os Contratos de Colaboração são os negócios mercantis que se encontra em situação intermediária e são, portanto, contratos híbridos.
Além da compra e venda empresarial, outras relações contratuais têm sido desenvolvidas pelo comércio com vistas ao fornecimento de bens, produtos e serviços ao mercado consumidor. São elas a Comissão Mercantil; a Representação Comercial; a Concessão Mercantil; e a Franquia; que usualmente são agrupados na categoria dos Contratos de Colaboração.
Os contratos de colaboração empresarial definem-se por uma obrigação particular, que um dos contratantes assume, em relação aos produtos ou serviços do outro, a de criação ou ampliação de mercado.
 Os contratos de colaboração, em razão da obrigação essencial que os caracteriza, possuem como característica comum uma subordinação empresarial estabelecida entre as partes, desta forma, o contratado deve organizar-se empresarialmente da forma definida pelo contratante, seguindo as orientações e determinações partidas deste. Vale ressaltar que a natureza desta subordinação é empresarial e não pessoal. 
Comissão Mercantil
Trata-se de vínculo contratual em que um empresário (comissário) se obriga a realizar negócios mercantis por conta de outro (comitente), mas em nome próprio, assumindo, portanto, responsabilidade pessoal pelos atos praticados.
Representação Comercial
O contrato de Agência ou Representação Comercial é o instrumento pelo qual uma das partes (representante comercial autônomo) se obriga, em localidade delimitada, a obter pedidos de compra e venda de mercadorias fabricadas ou comercializadas pela outra parte (representado ou preponente). Na representação comercial, não há, em regra, vínculo societário e/ou empregatício entre o representado e o representante comercial autônomo, sendo esta a principal característica desse tipo de contrato.
Concessão Mercantil
A concessão comercial trata-se de contrato atípico em que determinado empresário (concessionário) se obriga a comercializar, com ou sem exclusividade, com ou sem cláusula de territorialidade, os produtos fabricados por outro empresário (concedente), nas condições estipuladas pelo último.
Franquia
O contrato de franquia consiste no instrumento pelo qual um comerciante (franquiador) licencia o uso de seu nome, sua marca ou produtos a outro, (franquiado) e presta-lhe serviços de organização empresarial, com ou sem venda de produtos. Tal instrumento contratual é regido pela Lei 8955/1994.
CONTRATOS BANCÁRIOS 
Contratos bancários são aqueles em que uma das partes deve ser necessariamente um banco, ou seja, se o contrato configurar ato de coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, (atividade bancária). Somente uma instituição financeira regularmente autorizada pelo governo, poderá realizar tal contrato. 
A operações são divididas peladoutrina em típicas e atípicas. As operações típicas são aquelas que estão relacionadas com o crédito, como por exemplo, a abertura de crédito e a conta corrente. As operações típicas se subdividem em operações passivas e ativas. Na primeira operação o banco assume a posição de devedor da obrigação principal, e na segunda operação o banco assume a posição de credor da obrigação principal. As operações atípicas são as prestações de serviços acessórios ao cliente, como por exemplo, a cobrança de títulos (recebimento de carnês e contas) e a guarda de valores (aluguel de cofre).
Deposito Bancário 
Depósito bancário é o contrato, através do qual o depositante entrega dinheiro ao banco, o qual se obriga a restituí-lo quando solicitado.
Mútuo Bancário 
É o contrato bancário por meio do qual o banco disponibiliza para o cliente uma determinada quantia, cabendo a este pagar ao banco o valor correspondente, com os acréscimos legais, no prazo contratualmente estipulado.
Desconto Bancário 
É o contrato por meio do qual o banco antecipa ao seu cliente o valor de crédito que este titulariza perante terceiro, na maioria das vezes não vencido, e o recebe em cessão.
Abertura de Crédito 
É o contrato segundo o qual o banco se obriga a pôr à disposição de um cliente uma soma em dinheiro, por prazo determinado ou indeterminado, obrigando-se este a devolver a importância, acrescida dos juros, ao se extinguir o contrato.
CONTRATOS BANCÁRIOS IMPRÓPRIOS 
São os contratos nos quais há uma divergência doutrinária quanto a sua natureza, bem como a configuração dos contratos tipicamente bancários, são eles: 
Alienação Fiduciária 
Trata-se de contrato no qual o agente recebe financiamento para adquirir um bem móvel e o aliena ao financiador a fim de adimplir a obrigação gerada, ou seja, pagamento da dívida contraída. Se caracteriza pela onerosidade, bilateralidade, acessoriedade e formalidade.
Arrendamento Mercantil 
O arrendamento mercantil ou leasing é o meio pelo qual o empresário obtém acesso a bens necessários para o funcionamento de sua empresa, sem a necessidade de comprá-los, portanto tem como finalidade a aquisição ou renovação de maquinários, sem a necessidade de dispêndio de dinheiro, sendo outra empresa que adquire os bens e os aluga.
Faturização 
Através do contrato de fomento mercantil, o faturizador presta o serviço de administração do crédito ao faturizado, garantindo o pagamento caso haja inadimplência por parte dos devedores; entre outras obrigações, como: gerir os créditos do faturizado, assumir o risco do inadimplemento dos devedores, garantir o pagamento das faturas.
Cartão de Crédito 
Pelo contrato de cartão de crédito, uma instituição financeira (emissora) se obriga perante uma pessoa física ou jurídica (titular) a pagar o crédito concedido a esta por um terceiro, empresário credenciado por aquela (fornecedor). Trata-se de um contrato bancário, na medida em que a emissora, na verdade, financia tanto o titular como o fornecedor. O primeiro pode, em virtude de disposição contratual, parcelar o valor da compra, em vez de pagá-lo totalmente no vencimento mensal do cartão.
CONTRATO DE SEGURO 
Seguro é o contrato em que uma parte (sociedade seguradora) se obriga, mediante recebimento de um prêmio, a pagar à outra parte (segurado), ou a terceiros beneficiários, determinada quantia, caso ocorra evento futuro, possível e incerto pré-estabelecido no contrato, sendo que somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada.
Tal instrumento contratual é previsto regido pelo Código Civil, e tem como função socializar riscos entre os segurados, pois de um lado a seguradora arrecada um prêmio, orçado mediante a análise da probabilidade de ocorrência de certo evento danoso. Por outro lado, a seguradora se responsabiliza pelo pagamento de certa prestação em pecúnia, normalmente em caráter indenizatório, ao segurado, ou, se for o caso, a terceiros beneficiários, quando verificada situação de sinistro.

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