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8 CONHECIMENTO E M+ëTODO

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1 CONHECIMENTO E MÉTODO
Prof. Ms. COSME LUIZ CHINAZZO
1.1 O QUE É CONHECIMENTO?
1.2 O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMNETO
1.3 FUNDAMENTOS DO CONHECIMENTO
1.3.1 O RACIONALISMO
1.3.2 O EMPIRISMO
1.3.3 A DIALÉTICA
1.4 A QUESTÃO DO MÉTODO 
1.1 O QUE É CONHECIMENTO?
Em sala de aula quando pergunto aos alunos: O que é o CONHECIMENTO? Normalmente, se instaura um silêncio, e só vejo caretas e olhares inquietos. Certamente na mente da maioria deles passa um questionamento, do tipo, que pergunta estranha, isso porque conforme vou instigando para que manifestem suas idéias vão se expressando dizendo que conhecimento: “é saber”; “é aprender”; “é estudar”; “são informações recebidas”; “é aquilo que aprendemos”.
Na verdade, num primeiro momento a pergunta o que é conhecimento? Parece muito estranha, isso porque na nossa vida o conhecimento está presente de modo muito natural, desde muito cedo somos insistentemente alertados por nossos pais, parentes, professores... sobre a importância e a necessidade de conhecermos, isto ou aquilo. Convivemos com recomendações do tipo: “você precisa conhecer isso”. “é necessário ter consciência de...”. Desse modo, ao longo de nossa vida vamos recebendo informações e adquirindo compreensões as coisas do mundo, sobre as relações humanas, sobre as questões sociais e culturais. Quer dizer, estamos permanentemente conhecendo, mas nunca nos perguntamos o que significa conhecer? Qual a origem dos conhecimentos que recebemos? Como foram produzidos? Quem produzir? Por que produziu? Quando produziu? Se o que conhecemos é verdadeiro? Ou falso? Podemos dizer que a grande maioria dessas compreensões são informações, não conhecimento propriamente dito. Conhecimento e informação são coisas bem distintas. Acontece que dificilmente problematizamos sobre o conhecimento. Mas na verdade, desde a Antigüidade muitos pensadores se preocuparam com o problema do conhecimento humano, impondo-se questionamentos em torno das seguintes perguntas?�
- O que é o conhecimento? 
- É possível o conhecimento? Pode o sujeito conhecer o objeto?
- O que é a verdade? Qual o critério para dizer que o conhecimento é verdadeiro ou não?
- Qual é o fundamento do conhecimento? Ou seja, de onde se originam os conteúdos do sujeito conhecedor? Da consciência ou da experiência?
Para muitas pessoas de nossos tempos, essas e outras perguntas semelhantes, parecem estranhas, mas são elaboradas e re-elaboradas há mais de vinte séculos. 
Etimologicamente, da língua francesa temos connaissance que quer dizer conhecimento: con quer dizer com e naissance significa nascer. Logo, conhecimento = nascer com. Assim, no ato de conhecer, o sujeito conhecedor nasce como ser pensante e, concomitantemente com ele, nasce o objeto que ele pensa e conhece. O processo de produção do conhecimento mostra aos homens que eles jamais são alguma coisa pronta, na medida em que estão sempre nascendo de novo, quando têm coragem de se mostrarem abertos diante da realidade.
Para que exista o ato de conhecer, é indispensável o relacionamento de dois elementos básicos:
Um SUJEITO conhecedor X Um OBJETO conhecido
 └ CONHECIMENTO ┘
Dependendo da corrente filosófica, será dada maior ênfase ao SUJEITO ou ao OBJETO, assim, sabemos que os racionalistas dão maior importância ao sujeito, enquanto que os empiristas dão maior importância ao objeto.
O ato de conhecer envolve o dualismo sujeito e objeto onde encontram-se frente a frente. Neste dualismo encontramos a essência do conhecimento. Este é o resultado da relação entre os dois elementos. É relação e ao mesmo tempo correlação, porque o sujeito só é sujeito para um objeto e o objeto só é objeto para um sujeito. Mas tal correlação não é reversível, pois ser sujeito é algo completamente distinto de ser objeto. E a função do sujeito é a de apreender o objeto, e a função do objeto é de ser apreendido pelo sujeito.
“O sujeito, no caso que nos interessa aqui, é o ser humano que construiu a faculdade da inteligibilidade, construiu um interior capaz de apropriar-se simbólica e representativamente do exterior, conseguindo, inclusive, operar de forma abstrata com seus símbolos e representações. O objeto é o mundo exterior ao sujeito, que é representado em seu pensamento a partir da manipulação que executa com eles” (LUCKESI, 1995, p.16). 
A pergunta que se impõe é, que se é possível ao sujeito apreender o objeto?
Respondendo a essa questão, Cotrim (1993), distingue duas correntes filosóficas básicas e antagônicas:
a) CETICISMO – Esta corrente filosófica defende a idéia de que o ser humano não tem possibilidades de conhecer a verdade.
b) DOGMATISMO GNOSIOLÓGICO – Esta corrente filosófica defende a idéia de que o tem possibilidades de conhecer a verdade.
Cotrim (1983), divide o ceticismo em duas modalidades: absoluto e relativo
a – Ceticismo absoluto. A palavra absoluto, por si só, já diz tudo, ou seja, nega qualquer forma total de conhecer a verdade. Argumenta que o homem nada pode afirmar, pois nada pode conhecer.
Os céticos absolutos se fixam em duas características do ser humano que podem conduzir ao erro, quais seja: os sentidos e a razão. 
- Os sentidos nos enganam com muita freqüência, não são confiáveis.
- A razão também não é confiável, é ela que proporciona diferentes concepções teóricas, sobre um mesmo tema, que são superadas de tempos em tempos.
b – Ceticismo relativo – nega parcialmente nossa possibilidade de conhecer, é mais moderada e se divide em duas modalidades:
- fenomenalismo – só se conhece a aparência dos seres;
		 - não conhecemos a essência das coisas;
 		 - não conhecemos a coisa em si;
		 - conhecemos a exteriorização das coisas.
- probabilismo – podemos alcançar uma verdade provável, nunca provada ou comprovada. Nunca chegaremos ao nível da plena certeza, da verdade absoluta.
Por outro lado, existem os pensadores que acreditam que o ser humano (sujeito) pode conhecer o objeto e chegar à verdade. A estes Cotrim (1993), denomina de Dogmatismo e divide em duas visões:
- ingênuo – acredita plenamente na possibilidade de o ser humano conhecer a verdade. Para estes, o ser humano não tem dificuldades no ato de conhecer a verdade.
- crítico – acredita na capacidade do ser humano de conhecer a verdade, mas mediante um esforço conjugado dos sentidos e da inteligência.
- confia que através de um trabalho metódico, racional e científico, o homem torna-se capaz de decifrar a realidade do mundo.
1.2 O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMNETO
O conhecimento é um dado natural do ser humano. Aristóteles já afirmava que o homem naturalmente deseja saber. Basta observar uma criança: ela sempre está buscando o desconhecido para torná-lo palpável e visível. Na medida em que a criança cresce a curiosidade aumenta. Naturalmente, conforme a psicologia do desenvolvimento humano, é a fase dos porquês. Assim sendo, na medida em que o ser humano quer agir sobre as coisas ou sobre o mundo, estabelecendo uma relação mais profunda, e como não pode agir diretamente sobre os objetos, tem a necessidade de criar instrumentos para dominar e estabelecer as suas relações com o mundo.
“O conceito explicativo da realidade nunca está pronto; ele é uma construção que o sujeito faz a partir da lógica que encontra nos fragmentos da realidade. Para tanto, utiliza-se de recursos metodológicos, de meios e processos de investigação. Ele se constrói por meio de longa busca, por meio de esforço de desvendamento. A elucidação do mundo exterior exige imaginação investida, busca disciplinada e metodológica, tendo em vista captar os meandros do real” (LUCKESI, 1995, p.18).
Muitos autores referem-se ao conhecimento dizendo que ele é a “elucidação” da realidade. Elucidar na língua latina é derivada do verbo “lucere”, que significa “trazer a luz”, “iluminar”, assim, elucidar é iluminar, tornar claro. Outros autores se referem ao conhecimento como o ato de desvelamento,ou seja, conhecer é desvelar a realidade. “Desvelar” quer dizer “tirar o véu”. Também é muito usado o termo “desvendar” que significa “tirar a venda”. Quem está com olhos vendados, não pode ver. Então, conhecimento é o ato de tirar a venda, tirar o véu, iluminar, clarear, para poder dizer o que a realidade é, como é, porquê é, que elementos a constituem...
“Os conceitos não nascem de dentro do sujeito, mas sim da apropriação adequada que ele faz do exterior. Deste modo, a iluminação da realidade não é um ato exclusivo do sujeito, mas um ato que se processa dialeticamente com e a partir da realidade exterior. O sujeito ilumina a realidade com sua inteligência, mas a partir dos fragmentos de “luz”, dos sinais que a própria realidade lhe oferece. O sujeito, no nível da teoria, explica um objeto, não porque ele voluntariamente queira que a explicação seja esta e não outra, mas sim porque os fragmentos da realidade com os quais ele trabalha lhe oferecem uma lógica de compreensão, lhe permitem descobrir uma inteligibilidade entre eles, formando, assim, um conceito que nada mais é que a expressão pensada de um objeto” (LUCKESI, 1995, p.16-17).
Conhecer é sempre um ato desafiador em busca de sentidos e significados das coisas, é esclarecer o que estava duvidoso, é clarear o que estava obscuro, é iluminar o que estava na escuridão...
Nesta linha de pensamento, o conhecimento é a compreensão inteligível da realidade que o homem, na condição de sujeito, adquire realizando uma confrontação com a realidade. Em outra palavra, a realidade exterior adquire, no interior do ser humano, uma forma abstrata pensada, que lhe permite saber e expressar o que essa realidade é, como é, por que é. Através do ato de conhecer, a realidade exterior deixa de ser dúvida, perplexidade, coisa obscura para se tornar algo compreendido, algo explicado.
A função primordial do conhecimento deve ser a de possibilitar a compreensão da realidade, para permitir a ação e adequação do ser humano sobre essa mesma realidade.
Para o homem penetrar nas diversas áreas da realidade ele precisa aprender. Adquirir conhecimentos, aprender a refletir, pensar, eis o início para a compreensão do conhecimento.
O conhecimento tem uma dimensão social e uma dimensão histórica. Sob o enfoque social o conhecimento ilumina outras consciências. A dimensão histórica significa que ele é produzido e germinado num determinado tempo. Por isso o conhecimento sempre é novo.
Necessariamente temos que admitir que o ser humano é um sujeito produtor de conhecimentos. E que basicamente temos duas atitudes diante do conhecimento, quais sejam: usar o conhecimento já existente e/ou produzir novos conhecimentos. 
Necessita-se ter um posicionamento crítico diante do conhecimento. O posicionar-se criticamente implica colocar a relação do fazer e do usar de maneira dialética, porque o conhecimento é feito pelos homens e é utilizado pelos homens e, fatalmente, de qualquer maneira, utilizado em função dos homens. 
1.3 FUNDAMENTOS DO CONHECIMENTO
Historicamente encontramos várias correntes filosóficas e pensadores que se empenharam em explicar os fundamentos do conhecimento. Passamos a expor alguns pressupostos de três, dessas correntes, que consideramos as correntes principais, isto quer dizer que não são as únicas existentes. 
1.3.1 RACIONALISMO 
Usamos este termo para designar a corrente filosófica que deposita total e exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade. Para estes a razão humana, trabalhando com os princípios lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro.
O racionalismo moderno teve início com René Descartes que, na verdade, é considerado o fundador da filosofia moderna. O racionalismo de Descartes é também conhecido como pensamento cartesiano.
O ponto de partida de Descartes é a teoria de que tudo pode ser analisado e explicado pela RAZÃO. A razão é o instrumento por excelência na construção do conhecimento em busca da verdade. Atribui à razão humana a capacidade exclusiva de conhecer e estabelecer a verdade. Proclama que a razão é independente da experiência sensorial e que é inata, é imutável e é igual em todos os homens. 
O EMPIRISMO
A palavra empirismo significa experiência. O empirismo surge como uma ração natural ao racionalismo. Enquanto o racionalismo defendia o primado da razão, no empreendimento de conhecermos a verdade, os empiristas aparecem defendendo o primado da experiência sensorial, ou seja, o conhecimento e as idéias só se formam em nossa mente a partir dos nossos sentidos, das nossas experiências sensoriais, das percepções que nossos sentidos apreendem do mundo exterior. Não existe nada em nossa mente que não tenha antes passado pelos sentidos.
Nós centraremos no pensamento de John Locke, que combate a concepção da existência de idéias inatas. O ponto de partida de John Locke é de que o ser humano, ao nascer, tem a mente como uma folha de papel em branco (tabula rasa), quer dizer, não nascemos com idéias prontas em nossa cabeça. As idéias vão sendo escritas com as experiências que faremos ao longo de nossa vida. 
A teoria de Locke é fundamentada na argumentação de que nada existe na mente do ser humano que não tenha sua origem nos sentidos, na percepção sensorial. As idéias que adquirimos e armazenamos durante nossa vida são o resultado do exercício da experiência sensorial.
A DIALÉTICA
Representa um meio-termo entre empiristas e racionalistas aqui, tanto os sentidos como a razão humana tem participação determinante na origem de nossos conhecimentos.
O conhecimento humano evolui da experiência sensível à lógica racional. Só podemos atingir o conhecimento correto depois de muitas repetições do processo que conduz da matéria à consciência e da consciência à matéria, isto é, da prática à teoria e da teoria à prática.
Nesta concepção, o conhecimento é produção humana, ele é resultante da necessidade de interação do homem com o mundo e com os outros homens, onde no processo de produção de sua vida individual e social, os homens produzem suas idéias, representações, teorias, religiões e ciências. 
1.4 A QUESTÃO DO MÉTODO 
Muito frequentemente o método científico é apresentado como uma "receita" para se fazer ciência, inclusive com etapas delimitadas. Sabemos que muitos já escreveram coisas mais profundas sobre o assunto, mas aqui estão algumas explicações e informações sobre o método científico. Os cientistas aprenderam a destacar e determinar certas regras por meio da tentativa e do erro ao longo de toda a história da ciência. 
Método e Técnica - Existem métodos e existem técnicas, todos nós sabemos. Porém, quando, tomamos de um modo muito amplo, os dois termos podem proporcionar pequenas confusões entre si. No entanto raciocinando com maior rigor sobre o significado de cada um deles pode-se notar a existência de uma diferença fundamental entre ambos. 
Método = significa caminho para chegar a um fim ou pelo qual se atinge um objetivo. 
Técnica = é a maneira de fazer da forma mais hábil, segura, perfeita algum tipo de atividade, arte ou oficio.
Fazendo uma simples comparação pode-se dizer que o método é a estratégia da ação. O método indica o que fazer é o orientador geral da atividade. A técnica é a tática da ação. Ela resolve o como fazer a atividade, soluciona a maneira especifica e mais adequada pelo qual a ação se desenvolve em cada etapa. Em outras palavras: a estratégia adequada ganha uma batalha. A técnica, portanto assegura a instrumentalização especifica da ação em cada etapa do método. Este por seu turno estabelece o caminho correto para chegar ao fim, por isso é mais amplo mais geral.
Embora procedimentos variem de uma área da ciência para outra, consegue-se determinar certos elementos que diferenciam o método científico de outros métodos. Primeiramente os pesquisadores propõem hipóteses para explicar certos fenômenos, e então desenvolvem experimentos que testam essas previsões. Então teorias são formadas juntando-se hipóteses de uma certaárea em uma estrutura coerente de conhecimento. Isto ajuda na formulação de novas hipóteses, bem como coloca as hipóteses em um conjunto de conhecimento maior.
No dizer de Cervo; Brevian (2002, p27), “Existe, pois, um método fundamental idêntico para todas as ciências, que compreende um certo número de procedimentos ou operações científicas levadas a efeito em qualquer tipo de pesquisa. Estes procedimentos (...), podem ser resumidos da seguinte maneira:
formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses;
efetuar observações e medidas;
registrar tão cuidadosamnte quanto possível os dados observados com o intuito de responder às perguntras formuladas ou comprovar a hipótese levantada;
elaborar explicações ou rever conclusões, idéias ou opiniões que estejam em desacordo com as observações ou com as respostas resultantes;
generalizar, isto é, estabelecer conclusões obtidas a todos os casos que envolvem condições similares; a generalização é tarefa do processo chamado indução;
prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se esperar que surjam certas relações. 
Entretanto, o método pode e deve ser adaptado às diversas ciências, à medida que a investigação de seu objeto impõe, ao pesquisador, lançar mão de técnidcas especializadas”.
 Portanto podemos dizer que a importância  do método é evidente. O método tem como fim disciplinar o espírito, excluir de suas investigações o capricho e o acaso, adaptar o esforço a empregar segundo as exigências do objeto, determinar os meios de investigação e a ordem da pesquisa. Ele é, pois, fator de segurança e economia. Mas não é o suficiente a si mesmo, e Descartes exagera a respeito da importância do método, quando diz que as inteligências diferem apenas pelos métodos que utilizam. O método, ao contrário, exige, para ser fecundo inteligência e talento. Ele lhes dá a potência, mas não os substitui jamais.
BIBLIOGRAFIA
CERVO, Amado L.; BREVIAN, Pedro A. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 1993.
DESCARTES, René. Discurso do Método. Tradução de M. Ermantina Galvão 
Gomes Pereira. São Paulo: Marins Fortes, 1989.
GRINGS, Dadeus. Lógica Formal. 2. ed. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana, 1986
HÜHNE, Leda Miranda (Coord.) Metodologia científica. 5. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1992.
IGLÉSIAS, Maura. In: REZENDE, Antonio (Org.). Curso de Filosofia. 4. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991.
JOLIVET, Régis. Curso de Filosofia. 7. ed. Traduzido por Eduardo Prado de Mendonça. Rio de Janeiro: Agir, 1965.
LACKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1997. Os pensadores.
LUCKESI, Cipriano Carlos et al. Fazer Universidade: uma proposta metodológica. 9. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
LUCKESI, Cipriano Carlos; PASSOS, Elizete Silva. Introdução à Filosofia. São Paulo: Cortez, 1995.
MAGALHÃES, Gildo. Introdução à monografia científica. São Paulo: Ática, 2005.
REZENDE, Antonio (Org.). Curso de Filosofia. 4. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991.
TRICHES, Ivo José. Filosofia da Educação. Curitiba. IESDE, 2004. Aulas em vídeo conferência. 
� Esta parte foi desenvolvida tendo como base bibliográfica os seguintes textos:
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 1993.
HÜHNE, Leda Miranda (Coord.) Metodologia científica. 5. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1992.

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