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Empirismo 13 FI LO S O FI A | LI V R O 2 | EX ER C ÍC IO S Questão 1 (Ufpr 2022) Ampliando suas investigações para além de suas capacidades, e deixando seus pensamentos vagarem em profundezas, a tal ponto de lhes faltar apoio seguro para o pé, não é de admirar que os homens levantem questões e multipliquem disputas acerca de assuntos insolúveis, servindo apenas para prolongar e aumentar suas dúvidas, e para confirmá-los ao fim num perfeito ceticismo. (LOCKE. Ensaio acerca do entendimento humano. Trad. Anoar Aiex. Coleção Os Pensadores, vol. XVIII. São Paulo: Victor Civita, 1973, introdução, p. 147.) Considerando a passagem acima e a obra de que foi extraída, segundo Locke, os homens tornam-se céticos porque: são capazes de obter apenas um conhecimento provável acerca das coisas. não limitam suas investigações ao que é possível conhecer. dependem da experiência sensível para conhecer, sendo essa experiência enganosa. não são capazes de encontrar um apoio seguro para os seus pensamentos. encontram prazer na mera disputa. Questão 2 (Uem 2022) O filósofo escocês David Hume (1711-1776) e o filósofo prussiano Immanuel Kant (1724-1804) deram importantes contribuições para as reflexões sobre a moralidade e as ações humanas na filosofia moderna. Sobre a filosofia moral de Hume e Kant, assinale o que for correto. Hume acredita que juízos descritivos e juízos morais, que são prescritivos, são justificados por faculdades humanas distintas. Por acreditar que faculdades racionais são incapazes de justificar juízos morais, Hume argumenta que a justificação de tais juízos não pode ser feita sem o auxílio de crenças religiosas. Kant defende a tese de que faculdades racionais são incapazes de justificar juízos morais. Para Kant, a avaliação de preceitos morais é realizada com base em efeitos benéficos ou em efeitos maléficos que as ações humanas produzem. Hume lança mão de emoções, como a empatia pelo outro, para justificar os juízos morais. B C E D A 02 04 16 08 01 Licenciado para - José F ernando F ernandes da S ilva - 01588167224 - P rotegido por E duzz.com 14 FI LO S O FI A | LI V R O 2 | EX ER C ÍC IO S Questão 3 (Ufpr 2021) Na introdução ao Ensaio sobre o entendimento humano, John Locke declara que nessa obra ele pretende investigar “a origem, a certeza e a extensão do conhecimento humano, juntamente com as bases e graus da crença, opinião e assentimento”. (LOCKE, John. Coleção Os Pensadores. Vol. XVIII. São Paulo: Victor Civita, 1973. p. 145.) Com base nessa citação e na obra de que foi retirada, é correto afirmar que essa investigação: levará o entendimento a ter certeza sobre seus conteúdos. levará o entendimento a estender os seus limites. requer o exame dos processos físicos pelos quais o entendimento recebe suas ideias. requer o abandono das opiniões recebidas. busca critérios de verdade. Questão 4 (Uece 2020) Observe as seguintes citações, que refletem posições divergentes, colocadas por empiristas e racionalistas, sobre o método que deveria ser usado para o estabelecimento do correto processo de conhecimento da realidade: “Primeiramente, considero haver em nós certas noções primitivas, as quais são como originais, sob cujo padrão formamos todos os nossos outros conhecimentos”. DESCARTES, R. Carta a Elisabeth. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Col. Os Pensadores. “De onde a mente apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo numa palavra, da experiência. Todo o conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento”. LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Col. Os pensadores. Considerando o que propunham o empirismo e o racionalismo, atente para o que se afirma a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso. ( ) O racionalismo é a forma de compreensão do conhecimento que prioriza a razão e recorre à indução como método de análise. ( ) O empirismo, ao contrário do racionalismo, parte da experiência para a construção de afirmações gerais a respeito da realidade. ( ) Para o racionalismo, sobretudo o cartesiano, a verdade deveria ser buscada fora dos sentidos, visto que eles são enganosos e podem nos equivocar em qualquer experiência de percepção. ( ) O empirismo, vertente de compreensão da qual Locke fazia parte, aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas. A sequência correta, de cima para baixo, é: entre as frases uma relação de A V, F, V, F. B V, V, F, V. C F, F, F, V. D F, V, V, F. B C E D A Licenciado para - José F ernando F ernandes da S ilva - 01588167224 - P rotegido por E duzz.com 15 FI LO S O FI A | LI V R O 2 | EX ER C ÍC IO S Questão 5 (Enem 2020) Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades racionais fossem inteiramente perfeitas desde o início, não poderia ter inferido da fluidez e transparência da água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e calor do fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades que aparecem aos sentidos, nem as causas que o produziram, nem os efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão é capaz de extrair, sem auxílio da experiência, qualquer conclusão referente à existência efetiva de coisas ou questões de fato. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Unesp 2003. Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento humano? A A potência inata da mente. B A revelação da inspiração divina. C O estudo das tradições filosóficas. D A vivência dos fenômenos do mundo. D Descartes é um representante do teologismo e Locke é um representante do culturalismo. E Descartes é um representante do materialismo e Locke é um representante do idealismo. Questão 7 (Ufu 2019) Quando olhamos em torno de nós na direção dos objetos externos e consideramos a ação das causas, não somos jamais capazes, a partir de um único caso, de descobrir algum poder ou conexão necessária, alguma qualidade que ligue o efeito à causa e torne um a consequência infalível do outro como, por exemplo, o impulso de uma bola de bilhar é acompanhado pelo movimento da segunda. Eis tudo o que se manifesta aos sentidos externos. HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. In: Os Pensadores. Tradução: AIEX, A. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 76. Considerando-se o excerto acima, segundo Hume, o que permite que o entendimento humano seja alcançado é a suposição de que as causas e os efeitos dos acontecimentos sejam conhecidos. Nesse sentido, é correto afirmar que esse conhecimento é consequência A da razão. B da causa. C do efeito. D do hábito. E O desenvolvimento do raciocínio abstrato. Questão 6 (Ueg 2019) John Locke afirmou que a mente é como uma folha em branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes demonstrava desconfiança em relação aos sentidos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois filósofos, verifica-se o seguinte: A Locke é um representante do racionalismo e Descartes é um representante do empirismo. B Locke é um representante do empirismo e Descartes é um representante do racionalismo. C Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, pois ambos eram críticos do iluminismo. Licenciado para - José F ernando F ernandes da S ilva - 01588167224 - P rotegido por E duzz.com 16 FI LO S O FI A | LI V R O 2 | EX ER C ÍC IO S Questão 8 (Enem PPL 2018) Quando analisamosnossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela. HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na A convicção inata. B dimensão apriorística. C elaboração do intelecto. D percepção dos sentidos. Questão 9 (Unesp 2018) Posto que as qualidades que impressionam nossos sentidos estão nas próprias coisas, é claro que as ideias produzidas na mente entram pelos sentidos. O entendimento não tem o poder de inventar ou formar uma única ideia simples na mente que não tenha sido recebida pelos sentidos. Gostaria que alguém tentasse imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar, ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder fazer isso, concluirei também que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções reais dos diversos sons. (John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano, 1991. Adaptado.) De acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-se Questão 10 (Uel 2017) Leia o texto a seguir. Podemos definir uma causa como um objeto, seguido de outro, tal que todos os objetos semelhantes ao primeiro são seguidos por objetos semelhantes ao segundo. Ou, em outras palavras, tal que, se o primeiro objeto não existisse, o segundo jamais teria existido. O aparecimento de uma causa sempre conduz a mente, por uma transição habitual, à ideia do efeito; disso também temos experiência. Em conformidade com essa experiência, podemos, portanto, formular uma outra definição de causa e chamá-la um objeto seguido de outro, e cujo aparecimento sempre conduz o pensamento àquele outro. Mas, não temos ideia dessa conexão, nem sequer uma noção distinta do que é que desejamos saber quando tentamos concebê-las. Adaptado de: HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. Seção VII, 29. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: UNESP, 2004. p. 115. Com base no texto e nos conhecimentos acerca das noções de causa e efeito em David Hume, assinale a alternativa correta. E realidade transcendental. A da reminiscência de ideias originalmente transcendentes. B da combinação de ideias metafísicas e empíricas. C de categorias a priori existentes na mente humana. D da experiência com os objetos reais e empíricos. E de uma relação dialética do espírito humano com o mundo. A As noções de causa e efeito fazem parte da realidade e por isso os fenômenos do mundo são explicados através da indicação da causa. B A presença do efeito revela a causa nele envolvida, o que garante a explicação de determinado acontecimento. C A causa e o efeito são noções que se baseiam na experiência e, por meio dela, são apreendidas. D A causa e o efeito são conhecidos objetivamente pela mente e não por hábitos formados pela percepção do mundo. E A causa e o efeito proporcionam, necessariamente, explicações válidas sobre determinados fatos e acontecimentos. Licenciado para - José F ernando F ernandes da S ilva - 01588167224 - P rotegido por E duzz.com 17 FI LO S O FI A | LI V R O 2 | EX ER C ÍC IO S Questão 11 (Ufu 2017) Hume descreveu a confiança que o entendimento humano deposita na probabilidade dos resultados dos eventos observados na natureza. Ele comparou essa convicção ao lançamento de dados, cujas faces são previamente conhecidas, porém, nas palavras do filósofo: [...] verificando que maior número de faces aparece mais em um evento do que no outro, o espírito [o entendimento humano] converge com mais frequência para ele e o encontra muitas vezes ao considerar as várias possibilidades das quais depende o resultado definitivo. HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção “Os Pensadores”. Esse tipo de raciocínio, descrito por Hume, conduz o entendimento humano a uma situação distinta da certeza racional, uma espécie de “falha”, representada pelo(a) A verdade da fantasia, que é superior à certeza racional. B crença, que ocupa o lugar da certeza racional. C sentido visual, que é mais verídico que a certeza sensível. D ideia inata, que atua como o a priori da razão humana. Questão 12 (Enem 2ª aplicação 2016) Pode-se admitir que a experiência passada dá somente uma informação direta e segura sobre determinados objetos em determinados períodos do tempo, dos quais ela teve conhecimento. Todavia, é esta a principal questão sobre a qual gostaria de insistir: por que esta experiência tem de ser estendida a tempos futuros e a outros objetos que, pelo que sabemos, unicamente são similares em aparência. O pão que outrora comi alimentou-me, isto é, um corpo dotado de tais qualidades sensíveis estava, a este tempo, dotado de tais poderes desconhecidos. Mas, segue-se daí que este outro pão deve também alimentar-me como ocorreu na outra vez, e que qualidades sensíveis semelhantes devem sempre ser acompanhadas de poderes ocultos semelhantes? A consequência não parece de nenhum modo necessária. HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995. O problema descrito no texto tem como consequência a A universabilidade do conjunto das proposições de observação. B normatividade das teorias científicas que se valem da experiência. C dificuldade de se fundamentar as leis científicas em bases empíricas. D inviabilidade de se considerar a experiência na construção da ciência. E correspondência entre afirmações singulares e afirmações universais. Licenciado para - José F ernando F ernandes da S ilva - 01588167224 - P rotegido por E duzz.com 18 FI LO S O FI A | LI V R O 2 | EX ER C ÍC IO S Questão 13 (Unicamp 2015) A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato. LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13. O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte, A afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência. B é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos. C aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas. D defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento. Questão 14 (Enem 2015) Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar. HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995. Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que A os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação. B o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível. C as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso. D os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória. E as ideias têm como fonteespecífica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria. Questão 15 (Unioeste 2013) “I. Objeção: o conhecimento colocado em ideias deve ser todo uma pura visão. Não duvido que meu leitor, neste momento, deve estar apto para pensar que eu tenho estado todo este tempo construindo apenas um castelo no ar, e estar pronto para dizer: ‘Qual é o propósito de tudo isto? O conhecimento, você afirma, é apenas a percepção de acordo ou desacordo de nossas ideias: mas quem sabe o que estas ideias podem ser? Se isto for verdadeiro, as visões de um entusiasta e os raciocínios de um homem sóbrio deverão ser igualmente evidentes. Não consiste em verificar o que são as coisas, de sorte que um homem observa apenas o acordo de suas próprias imaginações e se expressa em conformidade com isso, sendo, pois, tudo verdadeiro, tudo certeza. Tais castelos no ar serão fortalezas da verdade como as demonstrações de Euclides. Uma harpa não constitui um centauro: revelamos, por este meio, um conhecimento tão certo e tão verdadeiro como o que afirma que o quadrado não é um círculo. ‘Mas para que serve todo este conhecimento refinado das próprias imaginações dos homens que pesquisam a realidade das coisas? Não importa o que são as fantasias dos homens, trata-se apenas do conhecimento das coisas a ser capturado; unicamente este valoriza nossos raciocínios e mostra o predomínio do conhecimento de um homem sobre o outro, dizendo respeito às coisas como realmente são, e não de sonhos e fantasias’. II. Resposta: não exatamente, onde as ideias concordam com as coisas. A isto respondo: se nosso conhecimento de nossas ideias termina nelas, e não vai além disso, onde há algo mais para ser designado, nossos mais sérios pensamentos serão de pouco mais uso que os devaneios de um cérebro louco; e as verdades construídas deste modo não pesam mais que os discursos de um homem que vê coisas claramente num sonho e com grande segurança as expressa. Mas espero, antes de terminar, tornar evidente que este meio de certeza, mediante o conhecimento de nossas ideias, vai um pouco além da pura imaginação; e acredito que será mostrado que toda a certeza das verdades gerais pertencentes a um homem não se encontra em nada mais.” - Locke. Licenciado para - José F ernando F ernandes da S ilva - 01588167224 - P rotegido por E duzz.com 25 FI LO S O FI A | LI V R O 2 | EX ER C ÍC IO S “Aristóteles e Locke consideram que o conhecimento se realiza por graus contínuos, partindo da sensação até chegar às ideias. [...] Para o racionalismo, a fonte do conhecimento verdadeiro é a razão operando por si mesma, sem o auxílio da experiência sensível e controlando a própria experiência sensível. Para o empirismo, a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência sensível, responsável pelas ideias da razão e controlando o trabalho da própria razão.” - Marilena Chauí. Considerando os textos acima que versam sobre a noção de conhecimento moderna e, especificamente, sobre a noção de conhecimento em Locke, é INCORRETO afirmar que A A teoria do conhecimento de John Locke se caracteriza por criticar fortemente a ideia de que o conhecimento funda-se em ideias inatas. B é possível, segundo Locke, construir uma ciência mesmo que as ideias formadoras de seu corpo de conhecimento não concordem com as coisas mesmas. C a teoria do conhecimento de Locke pretende demonstrar uma tese: nosso conhecimento é fundado na experiência sensível e na experiência interna. D verdades derivadas de ideias que não encontram nenhum referencial em sensações, pelo menos em sua base, não passam de devaneios da imaginação. E acordo ou desacordo de nossas ideias, segundo Locke, produz o conhecimento que temos do mundo e quanto mais precisa for esta relação, mais próximos estaremos da verdade. Questão 16 (Enem PPL 2013) O contrário de um fato qualquer é sempre possível, pois, além de jamais implicar uma contradição, o espírito o concebe com a mesma facilidade e distinção como se ele estivesse em completo acordo com a realidade. Que o Sol não nascerá amanhã é tão inteligível e não implica mais contradição do que a afirmação de que ele nascerá. Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua falsidade de maneira absolutamente precisa. Se ela fosse demonstrativamente falsa, implicaria uma contradição e o espírito nunca poderia concebê-la distintamente, assim como não pode conceber que seja diferente de HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado). O filósofo escocês David Hume refere-se a fatos, ou seja, a eventos espaço-temporais, que acontecem no mundo. Com relação ao conhecimento referente a tais eventos, Hume considera que os fenômenos A acontecem de forma inquestionável, ao serem apreensíveis pela razão humana. B ocorrem de maneira necessária, permitindo um saber próximo ao de estilo matemático. C propiciam segurança ao observador, por se basearem em dados que os tornam incontestáveis. D devem ter seus resultados previstos por duas modalidades de provas, com conclusões idênticas. E exigem previsões obtidas por raciocínio, distinto do conhecimento baseado em cálculo abstrato. Licenciado para - José F ernando F ernandes da S ilva - 01588167224 - P rotegido por E duzz.com 25 FI LO S O FI A | LI V R O 2 | EX ER C ÍC IO S Questão 18 (Ufu 2012) O texto abaixo comenta a correlação entre ideias e impressões em David Hume. Em contrapartida, vemos que qualquer impressão, da mente ou do corpo, é constantemente seguida por uma ideia que a ela se assemelha, e da qual difere apenas nos graus de força e vividez. A conjunção constante de nossas percepções semelhantes é uma prova convincente de que umas são as causas das outras; [...]. HUME, D. Tratado da natureza humana. São Paulo: Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 29. Assinale a alternativa que, de acordo com Hume, indica corretamente o modo como a mente adquire as percepções denominadas ideias. Questão 17 (Ueg 2012) David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista, A não existem ideias inatas. B não existem ideias abstratas. C não existem ideias a posteriori. D não existem ideias formadas pela experiência. A Todas as nossas ideias são formas a priori da mente e, mediante essas ideias, organizamos as respectivas impressões na experiência. B Todas as nossas ideias advêm das nossas experiências e são cópias das nossas impressões, as quais sempre antecedem nossas ideias. C Todas as nossas ideias são cópias de percepções inteligíveis, que adquirimos através de uma experiência metafísica, que transcende toda a realidade empírica. D Todas as nossas ideias já existem de forma inata, e são apenas preenchidas pelas impressões, no momento em que temos algum contato com a experiência. Licenciado para - José F ernando F ernandes da S ilva - 01588167224 - P rotegido por E duzz.com