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Módulo 4: Conteúdo programático – Estudo da perda de carga distribuída Bibliografia: Bunetti, F. Mecânica dos Fluidos , São Paulo, Prentice Hall, 2007. PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA NO ESCOAMENTO Turbulento Caso 1 O estudo da perda de carga em condutos forçados é de suma importância para o correto dimensionamento de sistemas de bombeamento e de tubulações. O fluido ao escoar em um conduto é submetido a forças resistentes exercidas pelas paredes da tubulação e por uma região do próprio líquido, denominada camada limite. Assim, há o surgimento de forças cisalhantes (atritos) que dissipam energia principalmente em forma de calor. Essa energia não é mais recuperada e por isso, denomina-se perda de carga (ΔH). A perda de carga distribuída ocorre ao longo do trecho, tubulação, singularidades. Entende-se por conduto forçado aquele no qual o fluido escoa sob pressão preenchendo totalmente à seção de escoamento. Muitas vezes os condutos de seção circular são chamados de tubos ou tubulações. Um conduto é dito uniforme quando a sua seção transversal não varia com o seu comprimento. De modo geral, o escoamento de um fluido não é descrito pelo movimento individual de cada uma de suas partículas, mas é especificado por sua densidade (ρ) e velocidade média de escoamento (Vm) numa determinada posição e num determinado instante. Ao escoar por um conduto forçado, o fluido é submetido a variações de pressão, decorrentes de variação na elevação da tubulação, da velocidade de escoamento ou ainda do atrito do fluido com a face interna da parede do conduto. Fórmula Universal de Perda de Carga (Darcy-Weisbach) Diversos estudos apontaram para a relação de proporcionalidade que a resistência ao escoamento em uma tubulação poderia possuir, concluindo-se que a mesma é: Independente da pressão a que o fluido é submetido em um escoamento; Diretamente proporcional ao comprimento L; Inversamente proporcional a uma certa potência do diâmetro D; Proporcional a uma certa potência da velocidade V; e relacionada à rugosidade da tubulação, se o escoamento for turbulento. Assim, diversas formulações empíricas foram sugeridas baseadas nesta proporcionalidade, sendo que Henry e Weisbach por volta de 1845 fizeram um estudo avaliando as diferentes forças presentes em um elemento de fluido em escoamento sobre uma tubulação, principalmente relacionando a força de cisalhamento existente junto às paredes do conduto. Estabeleceram então a formulação seguinte: gD fLVh h m f 2 2 = onde: L: comprimento da tubulação; hD = diâmetro hidráulico do conduto; mV velocidade média do escoamento; g: aceleração local da gravidade; e f: fator de perda de carga (ou fator de atrito friction). Valor experimental obtido em gráfico denominado Diagrama de Moody - Rouse O fator de perda de carga f, na época da proposição da fórmula, era tido como um valor constante e dependente então de características da tubulação. Com o tempo, porém, esta teoria demonstrou-se equivocada, descobrindo-se e propondo formulações específicas para o cálculo deste coeficiente. Determinação experimental do fator de perda de carga f Nikuradse em 1933 determinou experimentalmente a influência da rugosidade, colocando areias de diferentes diâmetros uniformes nas paredes de condutos circulares cilíndricos e determinando os diferentes perfis de velocidades resultantes. Em 1939, Colebrook e White apresentaram uma formulação para o fator de perda de carga, agrupando os equacionamentos apresentados por Nikuradse. Assim, ficou apresentada a fórmula de Colebrook-White para o fator de perda de carga em escoamentos turbulentos: A resolução desta formulação para fator de perda de carga exige a aplicação de métodos iterativos de cálculo numérico, que até bem pouco tempo apresentavam dificuldades matemáticas e computacionais. Porém, com o advento das máquinas calculadoras programáveis, bem como das planilhas de cálculos eletrônicas, estes procedimentos vêm se tornando cada vez mais simples. Por estes motivos de dificuldade na resolução rápida deste equacionamento, foi que em 1944, Moody propôs a tabulação dos dados de forma gráfica, Diagrama de Moody. O uso do diagrama de Moody Rouse para o calculo da perda de carga tem três casos variando com os parâmetros de entrada conhecidos. Caso 1 Quando é possível determinar o número de Reynolds e a relação k Dh . Exercício 1 Determinar o fator de atrito quando o número de Reynolds é 4. 510 e 1000= k Dh Do diagrama com os dados de entrada obtém - se f = 0,02 Exercício 2 Determinar o fator de atrito quando o número de Reynolds é 4. 510 , diâmetro hidráulico 46 mm e o tubo é de aço Se o tubo é de aço do diagrama tira-se mk 510.6,4 −= . Logo 1000 10.6,4 10.46 5 3 == − − k Dh Do diagrama com os dados de entrada obtém - se f = 0,02
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