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Simulado (2) IED


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Segunda Prova de IED I 
 
Simulado 1 
 
1) Relacione as noções de relação jurídica e de direito subjetivo. 
 
2) Qual é o papel do vínculo jurídico na teoria da relação jurídica? 
 
3) O que é um precedente jurídico?Qual é a sua força nos sistemas do Common Law e 
romano-germânico,respectivamente. 
 
4) Diferencie a norma geral,a norma especial e a norma de efeitos concretos. 
 
5) Disserte sobre os planos da vigência,da validade e da eficácia da norma jurídica. 
 
 
Simulado 2 
 
1)Qual é o papel do vínculo jurídico na teoria da relação jurídica? 
 
2) Diferencie as normas de conduta das normas de organização. 
 
3) “A jurisprudência é a principal fonte do direito” É correta a afirmativa? Fundamente 
sua resposta. 
 
4) Há relação jurídica decorrente do ato ilícito? Fundamente sua resposta. 
 
5) Disserte sobre os campos da vigência, da validade e da efiácia da norma jurídica. 
 
 
Simulado 3 
 
1) O que é um costume jurídico? De que maneira ele se torna fonte do direito? 
 
2) Relacione as noções de direito subjetivo e objetivo. 
 
3) “Toda norma jurídica vigente é também válida”. É correta a afirmativa acima? 
Fundamente. 
 
4) O que é súmula vinculante? Qual o seu papel no nosso ordenamento jurídico? 
 
5) Disserte sobre os elementos da relação jurídica. 
 
 
GABARITO 
 
 
Simulado 1 
 
1) Relacione as noções de relação jurídica e de direito subjetivo. 
 
R: Relação jurídica é a relação inter-humana na qual a regra jurídica, incidindo 
sobre os fatos, torna jurídica. Tal interação, na qual uma das pessoas pretende 
algo e a outra está obrigada, é indissoluvelmente permeada pelo direito 
subjetivo. Isso porque, este se traduz justamente na vantagem conferida a um 
dos sujeitos da relação, o qual, em função de deter um poder da vontade 
previamente reconhecido pelo ordenamento, impõe deveres a outrem. 
Toda relação jurídica, portanto, é necessariamente formada por uma posição 
jurídica vantajosa regida pelo direito subjetivo e outra pelo dever jurídico, 
ambas assentadas no direito objetivo (normativo). 
 
Comentário: Direito subjetivo é portanto o direito que eu tenho de exigir algo de alguém, e 
que encontra-se fundamentado nas leis, costumes, etc. A ação é sua parte constitutiva (e 
materializa em absoluto a relação jurídica). É o direito do locador de receber alugueis, do 
filho de receber pensão alimentícia, e assim vai. É portanto bastante diferente do direito 
objetivo – apesar de ambos se chamarem Direito em um sentido lato -, que apenas traça 
as normas de conduta que todos devem observar, a fim de que haja ordem e segurança 
nas relações sociais. 
A norma de direito objetivo tem, como uma de suas características, ser genérica, isto é, 
não se aplica a ninguém em particular, mas apenas àqueles que, socorrendo-se do 
preceito que ela prevê, encontram nela guarida à sua pretensão. Os que obedecem às 
normas por ela estipulada e desenvolvem suas atividades dentro das raias por elas 
traçadas, ficam sob a proteção do direito e podem utilizá-lo em seu interesse; o direito 
torna-se assim seu direito, o tal direito subjetivo. Portanto, o direito subjetivo constitui uma 
prerrogativa conferida e disciplinada pelo direito objetivo. 
 
*A relação jurídica apresenta os seguintes elementos estruturais: 
 fato jurídico gerador (ou propulsor), decorrente da incidência da norma jurídica ao 
suporte fático por ela considerado; 
 sujeitos ativo e passivo (evitar o binômio credor/devedor), que são os titulares, 
respectivamente, da vantagem a da desvantagem decorrente da relação jurídica; 
 objeto, ou conteúdo, que é o feixe de direitos subjetivos e deveres jurídicos conferidos 
aos sujeitos. 
 
 
2) Qual é o papel do vínculo jurídico na teoria da relação jurídica? 
 
R: O vínculo jurídico tem papel conectivo e garantista, vez que é o responsável 
pela ligação dos sujeitos da relação - estabelecendo seus sujeitos ativo (titular 
do direito subjetivo) e passivo (detentor do dever jurídico) e garantindo a 
aplicação legal. 
 
Comentário: O vínculo jurídico gera o que vocês verão lá na frente como obrigação. Ele 
não só conecta os sujeitos, mas também garante que essa obrigação seja cumprida por 
força legal. Por exemplo, em um contrato de compra e venda, há o vínculo entre o 
vendedor e o comprador enquanto pessoas (um é obrigado a fornecer o objeto da relação, 
que é o imóvel, e o outro é obrigado a pagar a prestação determinada, o preço de venda) e 
o vínculo que se estabelece entre ambos no sentido de obstar o descumprimento do que 
foi acordado (que chamamos pacta sunt servanda, ou “cumpra-se o que foi determinado”). 
Da mesma forma, num homicídio por exemplo, existe o vínculo “material” entre a pessoa 
do assassino e a vítima e, ao mesmo tempo, a quebra do vínculo jurídico subjetivo do 
direito à vida (garantido constitucionalmente a todos os indivíduos). 
 
3) O que é um precedente jurídico?Qual é a sua força nos sistemas do 
Common Law e romano-germânico,respectivamente. 
 
R: Precedente jurídico é um caso sentenciado ou decisão de uma corte que 
fornece exemplo para o questionamento ou deslinde de um caso similar ou 
idêntico posteriormente surgido. 
No sistema de common law, o precedente tem força de fonte do direito, 
exercendo larga influência e sendo verdadeiramente decisivo no desfecho do 
caso superveniente, na medida em que tal sistema se funda na doutrina do 
stare decidis (“fixar a decisão”). 
No sistema romano-germânico (o Brasil se inclui), onde vige o império do 
direito legislado, a força do precedente é reduzido, por não se tratar de fonte 
formal do direito. Ainda que esse cumpra alguma função orientadora, sua 
existência não obriga decisões supervenientes nem modus operandis em 
hipóteses semelhantes. Seguir o precedente, portanto, é opcional. 
 
Comentário: Atenção pra não confundir precedente com jurisprudência, e stare decidis 
com súmula vinculante!!!!!!! 
Jusisprudência é o conjunto de decisões semelhantes sobre determinada matéria em um 
tribunal. É uma coletânea. O precedente, por outro lado, tanto pode ser pra decisão quanto 
pra uma situação fática. Assim, pode haver precedente, mas não jurisprudência sobre 
determinada situação em seu sentido mais específico. Vocês muitas vezes vão ouvir gente 
falando de precedente como se fosse jurisprudência, mas é importante ressaltar que esse 
último provém de decisões reiteradas, pra não confundir. Assim, toda jurisprudência 
advém de precedentes, mas nem todo precedente constitui jurisprudência. Quando 
falarem “isso é entendimento juridprudencial”, vocês já sabem: na maior parte dos 
precedentes daquele tribunal, decidiu-se de tal modo. Quando falarem “vou colocar essa 
jurisprudência na petição” e colacionarem um julgado, já sabem: peçam pra aprender IED 
de novo haha, que isso é precedente! E mais: vale lembrar que a jurisprudência pode 
mudar, porque decorre de um entendimento reiterado, mas precedentes são estáticos, 
porque derivam de um fato concreto. 
 
Com relação à súmula vinculante, que foi introduzida no ordenamento por meio da EC 45 
de 2014, trata-se de uma jurisprudência consolidada que quando votada e aprovada pelo 
STF adquire força de lei e deve ser adotada por todos os juízes e tribunais na decisão de 
determinado assunto. Ela direciona e vincula a fim de não gerar distorções na aplicação da 
lei, só podendo ser contrariada pelo Poder Legislativo quando na edição de uma nova 
norma. 
Diferentemente do stare decidis, que é precedente obrigatório apenas para o caso em 
julgamento, a súmula vinculante é formulada de maneira genérica, para aplicação em 
todos os casos futuros. 
 
4) Diferencie a norma geral,anorma especial e a norma de efeitos concretos. 
 
R: A norma geral é a que se aplica a todos os indivíduos indistintamente, sendo 
portanto genérica. A especial é a que se funda na norma geral mas cria 
hipóteses adstritas somente a determinadas pessoas ou situações, em função 
de sua condição. Já a norma de efeitos concretos se materializa com perfeição 
nos atos administrativos, possuindo apenas sentido formal. Isso porque, apesar 
de se dotada de imperatividade e normatividade, é concreta e individualista na 
medida em que seus efeitos se propagam apenas a uma quantidade finita de 
situações. Normalmente ela não serve para definir condutas, mas sim para 
suspender, fixar, aprovar ou autorizar. Como exemplo, temos as leis de anistia, 
as de estabelecimento de imóveis como área de preservação ambiental, etc.. 
 
Comentários: Poderia haver dúvida a respeito da semelhança da norma especial com a de 
efeitos concretos, mas elas não tem nada a ver. Primeiro porque, como já dito, a de ef. 
conc. é normalmente um ato administrativo que gera efeitos imediatos e está adstrito a 
uma situação muitíssimo limitada. Segundo porque, como também já dito, a norma 
especial sempre se funda, obrigatoriamente, numa geral, criando uma “especialização” e 
se sobrepondo àquela. Como exemplo, podemos citar o infanticídio, insculpido no art. 123 
do CP e que é caracterizado pelo homicídio do filho durante ou logo após o parto. Essa é 
uma nítida especialização ao art 121, “matar alguém”. Ou seja, se você mata seu filho 
quando ele tem 5 anos é homicídio, mas se você mata ainda sob influência do estado 
puerperal, é infanticídio. 
 
5) Disserte sobre os planos da vigência,da validade e da eficácia da norma 
jurídica. 
 
R: Para uma norma ser considerada válida, ela necessita, em primeira 
instância, compor o sistema jurídico, ou seja, submeter-se ao processo de 
produção e formação em conformidade com as diretrizes, procedimental e de 
competência, instituídas no próprio sistema, isto é, no ordenamento jurídico 
brasileiro; ser submetida ao poder legislativo e passar por todos os trâmites 
legais, com a votação, promulgação, terminando com a publicação da lei, na 
forma prevista na Constituição Federal. Essa primeira análise é denominada de 
validade formal. 
 Ademais, além da validade formal, a norma jurídica necessita de que o seu 
conteúdo esteja em sintonia com o sistema jurídico, ou seja, com as normas 
hierarquicamente superiores a ela, não podendo, no caso brasileiro, ser 
contrária à Constituição Federal ou às Normas infraconstitucionais superiores à 
norma que está se analisando. Esta é denominada como validade material. 
 
Em sendo válida, a norma jurídica pode ser vigente, isto é, ter capacidade de 
produzir seus efeitos no mundo jurídico e fático. No Brasil, salvo disposição 
contrária, as leis promulgadas começam a vigorar 45 dias após serem 
oficialmente publicadas. Nesse meio tempo, elas ficam num “limbo existencial” 
a que chamamos vacatio legis. A lei existe, mas ainda não vige, não produz 
efeitos concretos (Comentário: Isso é feito para que os indivíduos ou órgãos a que se 
destinem possam “acostumar-se” com a nova regulamentação. Imagina se você acordasse 
um belo dia e aquilo que podia ontem fosse proibido hoje? Não dá.). Nesse sentido, 
uma lei é válida quando é exigível. 
 
Por fim, a efetividade se relaciona com a aplicabilidade ou executoriedade de 
uma norma vigente tanto pelos operadores do Direito como por seus 
destinatários. A efetividade relaciona-se ao eficaz cumprimento da função 
social da norma, ou seja, é sua aptidão para produzir os efeitos que lhe são 
próprios. 
 
Simulado 2 
 
1)Qual é o papel do vínculo jurídico na teoria da relação jurídica? (já 
respondida) 
 
2) Diferencie as normas de conduta das normas de organização. 
 
R: As normas de conduta são aquelas que disciplinam o comportamento dos 
indivíduos e dos grupos sociais. Sua estrutura lógica revela um juízo hipotético, 
prevendo uma situação que pode ocorrer ou não e estabelecendo uma 
consequência que deve suceder à primeira situação (Se A, deve ser B). 
Rotineiramente é composta pela endonorma e pela perinorma. A primeira, 
prevê, como hipótese normativa, um fato ou ato da vida social, e atribui a ele 
uma consequência que deve ser respeitada. Assim, caso o ato previsto ocorra, 
surge um novo comportamento como permitido, proibido ou obrigatório. Já a 
segunda, é o componente da norma que reforça a consequência da 
endonorma. Ela pode reforçar essa consequência por meio de uma punição, 
que será chamada de sanção penal, ou um prêmio, denominado sanção 
premial. 
As normas de organização são auto-explicativas. Organizam i) o Estado, 
estruturando e regulando o funcionamento de seus órgãos; ii) os poderes 
sociais, fixando e distribuindo capacidades e competências e iii) o direito, 
disciplinando a identificação, a modificação e a aplicação das normas jurídicas. 
Sua estrutura lógica revela a existência de um juízo categórico, ou seja, a 
norma constata que algo existe e estabelece uma consequência que deve ser 
respeitada. 
 
 
3) “A jurisprudência é a principal fonte do direito” É correta a afirmativa? 
Fundamente sua resposta. 
 
R: De forma alguma. A jurisprudência nem ao menos pode ser considerada 
fonte formal do direito no sistema romano-germânico, porquanto 
consubstancia-se num entendimento uniforme sobre determinada matéria nos 
tribunais e tem função meramente interpretativa, não geradora de normas 
jurídicas. Nesse mister, vale ressaltar que a principal fonte do Direito no Brasil 
é, em verdade, a lei escrita e os Códigos, cumprindo papel acessório o 
costume. 
 
4) Há relação jurídica decorrente do ato ilícito? Fundamente sua resposta. 
 
R: A priori, poderia-se dizer que não, visto que para que seja estabelecida uma 
relação jurídica há que se ter, dentre outros elementos, um direito subjetivo 
insculpido no ordenamento. Se o ato é ilícito, sua relação não pode ser jurídica, 
porquanto não é exigível com fundamento no direito objetivo. Como exemplo, 
podemos citar o jogo do bicho. Quem joga, não pode obrigar, por via judicial, o 
pagamento do bicheiro, vez que a conduta de ambos é ilícita. 
 
Entretanto, pode ocorrer de o ato ilícito partir de apenas uma das partes, 
conduzindo à exigibilidade de reparação em função da lei. É o caso, por 
exemplo, do marido que bate na mulher. Trata-se de um ato ilícito que tem 
punição prevista na Lei Maria da Penha e que atribui à mulher um direito 
subjetivo. 
 
Nesse sentido, é perfeitamente possível uma relação jurídica nascer de um ato 
ilícito, desde que uma das partes detenha um direito subjetivo conferido e 
disciplinado pelo direito objetivo. 
 
5) Disserte sobre os campos da vigência, da validade e da efiácia da norma 
jurídica. (já respondida) 
 
 
Simulado 3 
 
1) O que é um costume jurídico? De que maneira ele se torna fonte do direito? 
 
R: O costume jurídico é uma criação espontânea da sociedade, sendo 
resultado dos acontecimentos sociais e baseando-se nos valores morais da 
sociedade relativos ao bom senso e ao ideal de Justiça. A repetição de uma 
conduta a partir de tais ideais, gerando um hábito, é que definem o Costume. 
Ele é, portanto, um paradigma social que, quando absorvido pelo Direito, detém 
a mesma coercitividade e imposição de uma lei escrita, cabendo ao Estado 
garantir sua observância. E é aí que ele se torna fonte. A norma 
consuetudinária (costumeira), tem caráter supletivo, e aplica-se quando a lei 
escrita não é satisfatória perante o caso concreto. Nesse sentido, e como 
exemplo, o art. 4º do Código Civil é categórico: “Quando a lei for omissa, o juiz 
decidira o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais 
do direito”. 
De fato, o Julgador, diante de certas questões,socorre-se do costume do povo, 
que é o direito vivo para julgar com justiça a realidade social atual, objetivando-
se o bem comum da sociedade. 
 
Comentário: Importante lembrar que, perante a lei, três são as espécies de costume: 
Secundum legem, que é quando este se acha expressante referido na lei; Prater legem, 
que é quando o costume é usado para suprir a lei em casos omissos e Contra legem, 
que é aquele que se opõe a lei (no entanto, em regra o costume não pode ser contrário ao 
ordenamento jurídico, portanto a doutrina rejeita essa espécie, vez que é contra a tarefa do 
Estado. 
 
2) Relacione as noções de direito subjetivo e objetivo. 
 
R: O direito objetivo é pressuposto fundante do direito subjetivo. O primeiro é 
norma de organização social e o segundo corresponde à possibilidade ou 
poder de agir que a ordem jurídica garante a alguém. A partir do conhecimento 
do direito objetivo, deduzimos o direito subjetivo de cada parte dentro de uma 
relação jurídica. 
 
3) “Toda norma jurídica vigente é também válida”. É correta a afirmativa acima? 
Fundamente. 
 
R: Sim. A norma jurídica vigente invariavelmente pressupõe validez, posto que 
essa é sinônimo de integração ao ordenamento e pressuposto da primeira. Ao 
contrário, nem toda norma válida é vigente, porquanto pode haver lei válida que 
não produza efeitos no plano jurídico/ concreto (quando em período de vacacio 
legis, por exemplo) 
 
4) O que é súmula vinculante? Qual o seu papel no nosso ordenamento 
jurídico? 
 
R: Trata-se de figura normativa introduzida no ordenamento por meio da EC 45 
de 2014 que se forma a partir uma jurisprudência consolidada, a qual, quando 
votada e aprovada pelo STF, adquire força de lei, obrigando a Administração 
Pública e o Judiciário a atuarem conforme seus parâmetros. A súmula 
vinculante cumpre papel diretivo, a fim de evitar distorções na aplicação da lei e 
só pode ser contrariada pelo Poder Legislativo quando na edição de uma nova 
norma. 
 
5) Disserte sobre os elementos da relação jurídica. 
 
R: Toda relação jurídica é formada pelos sujeitos ativo e passivo, o vínculo 
atributivo e o objeto da relação. 
 
Sujeito ativo pode ser classificado como a pessoa que porta o direito subjetivo, 
ou seja, pode exigir da outra pessoa o cumprimento de uma prestação. Já o 
sujeito passivo é aquele que dever cumprir a obrigação em favor do outro, 
prestação essa denominada dever jurídico. 
Ressalte-se que as relações jurídicas podem ser classificadas em virtude de 
seus sujeitos, sendo simples, quando envolvem apenas duas pessoas, ou 
plurilateral, quando possui vários pessoas como sujeitos ativos ou passivos. 
Distingue-se também a relação jurídica em relativas, quando o sujeito passivo é 
uma pessoa ou grupo de pessoas, ou absolutas, quando o sujeito passivo é a 
coletividade, não pois sendo determinado. 
Verifica-se, ainda, relações jurídicas de Direito Público, quando é o Estado que 
figura como pólo ativo, exercendo seu poder de império, numa relação de 
subordinação em relação ao pólo passivo; e relações jurídicas de Direito 
Privado, quando é formada por indivíduos, que nos dois pólos, ativo ou 
passivo, exercem seus direitos e deveres numa relação de igualdade, ou 
coordenação. 
Outro elemento da relação jurídica é o vínculo atributivo, que pode ser 
explicado como a ligação entre os sujeitos da relação, estabelecendo os 
sujeitos ativos e passivos da mesma e que tem por origem um contrato ou a 
lei. 
Já o objeto, importante elemento da relação jurídica, pode ser explicado como 
a coisa sobre a qual recai o direito do sujeito ativo, e o dever do sujeito 
passivo. 
Vale dizer que o objeto da relação jurídica sempre será um bem, que pode ser 
patrimonial ou não, ou seja, pode possuir valor financeiro ou não. 
Com relação ao objeto, as relações jurídicas podem se distinguir em relações 
jurídicas pessoais, quando o objeto da relação refere-se a um modo de ser da 
pessoa (exemplo: honra, imagem, liberdade); relações jurídicas obrigacionais, 
nas quais o objeto da relação é uma prestação (obrigações de dar, fazer ou 
não fazer) e relações jurídicas reais, aquelas em cujo objeto é uma coisa, como 
no caso da posse de uma casa. Mas deve-se atentar que, embora, o objeto da 
relação seja uma coisa, a relação jurídica não é entre coisa e pessoa, mas uma 
relação entre o titular da coisa e os não titulares, em que a titularidade da 
coisa, valerá contra qualquer pessoa, mesmo que não determinada.