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BIOLOGIA MOLECULAR DA CÉLULA BMH126 PROFª. MARIANA CABANEL 2017/02 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS CURSO: FARMÁCIA (NOTURNO) Retículo endoplasmático Maturação da proteína e controle de qualidade ➢ Metade das proteínas de secreção e de membrana é glicoproteína ➢ A glicosilação de proteínas se inicia no RE ➢ Oligossacarídeo é transferido para a porção amino de uma asparagina do peptídeo nascente. Glicosilação do tipo N ➢ Reação catalisada por um enzima oligossacaril transferase do lúmen do RE Síntese e ancoragem do oligossacarídeo na membrana do RE ➢ O lipídeo dolicol ancora o oligossacarídeo na membrana do RE Glicosilação e o controle de qualidade ➢ Controle de qualidade: a presença das 3 glicoses no oligossacarídeo preso a proteína atua como um sinal de proteína desenovelada. ➢ A proteína completamente enovelada sai do RE apenas após a retirada das 3 glicoses. Chaperonas ➢ BIP: é uma proteína chaperona do RE que se liga a proteína recém sintetizada para impedir seu enovelamento incorreto e sua possível agregação. Sistema ubiquitina-proteassoma ➢ Mais de 80% das proteínas falham em adquirir sua conformação correta. ➢ Proteínas mal enoveladas são exportadas do RE de volta para o citosol, onde são ubiquitinadas e degradadas em proteassomas. Monitoramento de proteínas mal enoveladas ➢ Sistema de reconhecimento de proteínas mal enoveladas gera uma resposta de heat- shock ou resposta de choque térmico ➢ Aumenta a transcrição de chaperonas, proteínas envolvidas na retrotranslocação (exportação do RE para citosol) e proteases. Alzheimer: Agregação de peptídeos b-amilóides Estresse de RE RE liso ➢ Síntese de lipídeos (colesterol e fosfolipídeos) de todas as membranas da célula ➢ Abundantes em células que produzem hormônios esteróides ➢ Apresenta enzimas que detoxificam substâncias tóxicas, abundante no fígado ➢ Hidrólise de glicogênio produzindo glicose ➢ Acúmulo de cálcio no lúmen do REL – especialização da célula muscular com o retículo sarcoplasmático RE liso e a síntese de lipídeos ➢ RE liso: Síntese de lipídeos (colesterol e fosfolipídeos) de todas as membranas da célula. ➢ Cada etapa da síntese de lipídeos é catalisada por enzimas na membrana do RE voltadas para o citosol, onde todos os metabólitos são encontrados. Síntese de fosfolipídeos na membrana do RE ➢ Enzimas scramblases equilibram os fosfolipídeos entre os dois folhetos da bicamada lipídica. Na membrana do RE. Por isso, a membrana do RE é simétrica. ➢ No entanto, a membrana plasmática é assimétrica devido a ação enzimática das flipases e flopases. RE liso e a detoxificação ➢ Medicamentos ou Drogas insolúveis → tendem a se acumular no organismo podendo chegar a níveis tóxicos. ➢ Detoxificação: reações de hidroxilação que transformam drogas insolúveis em substâncias hidrossolúveis. Ocorre no REL : fígado, rins, pele e pulmões. RE liso e o acúmulo de cálcio ➢ Cálcio é um mediador intracelular utilizado em eventos de sinalização, e por isso deve ser mantido em baixas concentrações no citosol. ➢ O REL, principalmente de células musculares, apresentam grande quantidade da bomba Cálcio-ATPase, bombeando ativamente cálcio para dentro do lúmen do REL. Atividade de síntese de proteínas Complexo de Golgi Síntese proteica e transporte de proteínas Proteínas sintetizadas no citosol Proteínas sintetizadas no RE Citosol Núcleo Mitocôndria Transporte pós-traducional mediado por proteínas transmembranas RE Complexo do Golgi Lisossomos Membrana Plasmática Meio extracelular Transporte co-traducional mediado por proteínas transmembranas e ribossomos Transporte pós-traducional mediado por vesículas Transporte mediado por vesículas ➢ Membranas são fluidas e são capazes de se auto-selar. ➢ Vesículas brotam da membrana de um compartimento, carregando moléculas que devem ser transportadas para outro compartimento. A transferência da carga transportada ocorre após a fusão da membrana da vesícula com a membrana do compartimento alvo. 1. Seleção da carga por proteínas receptoras 2. Concentração de vários complexos receptor-carga em uma pequena região da membrana 3. Formação da vesícula que engloba as cargas, a partir da interação das caudas citoplasmáticas dos receptores com adaptinas e clatrinas. Transporte mediado por vesículas Transporte mediado por vesículas Proteínas de revestimento: concentram a carga e contribuem para a formação das vesículas Clatrinas: medeia o transporte da membrana plasmática e entre o endossoma e o Golgi COPI: medeia o transporte do Golgi para o RE (retrógrado) COPII: medeia o transporte do RE para o Golgi (anterógrado) Proteínas de revestimento de vesículas Especificidade das vesículas e microdomínios ➢ Marcadores moleculares expostos na face citosólica da membrana das organelas servem como guias para o tráfego de vesículas, assegurando que a vesícula transportada seja fusionada apenas com o compartimento correto ➢ PI: fosfatidilinositol PIP: fosfatidilinositol fosfato Destacamento das vesículas ➢ Dinamina: proteína em hélice que se enrosca e estrangula o “pescoço” da vesícula. ➢ Ação dependente de gasto de energia (hidrólise de GTP) ➢ Dessa forma, as membranas são aproximadas até que se auto-selem e a vesícula se destaque Fusão de vesículas ➢ Proteínas SNARES catalisam a reação de fusão da vesícula de transporte. ➢ v-SNARE: presente nas membranas das vesículas ➢ t-SNARE: presente na membrana do compartimento alvo Transporte de vesículas Transporte do RE para o complexo de Golgi ➢ Proteínas sintetizadas no RE e que são destinadas para o complexo de Golgi apresentam em sua sequência de aminoácidos um sinal de saída do RE ➢ Essas proteínas solúveis ou de membrana são empacotadas em vesículas revestidas de COPII ➢ Vesículas brotam de regiões especializadas do RE, chamadas de sítios de saída do RE, cujas membranas não apresentam ribossomo ➢ Apenas proteínas enoveladas e complexadas saem do RE Transporte retrógrado do complexo de Golgi para o RE ➢ Transporte retrógrado: transporta de volta proteínas residentes do RE que escaparam do controle da formação de vesículas ou proteínas receptoras do RE ➢ Proteínas residentes do RE apresentam uma sequência sinal de retorno, chamada de KDEL ( lisina – asparagina – glutamina – leucina) ➢ Vesículas retrógradas são revestidas por COPI, e este interage diretamente com receptores que reconhecem a sequência sinal KDEL
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