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EDNEA BARBOSA DE ALMEIDA EDUARDO RODRIGUES DA SILVA GABRIEL TONETTI DE BULHÕES LAILA MEIRA RODRIGUES DETERMINAÇÃO DE DENSIDADE DE LÍQUIDO E METAIS Relatório apresentado à disciplina de Química I, do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental do Instituto Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para avaliação. Orientador: Prof. Alex dos Santos Borges. Vitória 2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO TEÓRICA.............................................................................. 3 2. OBJETIVO...................................................................................................... 4 3. MATERIAIS E REAGENTES.......................................................................... 5 4. PROCEDIMENTOS........................................................................................ 5 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................... 6 6. CONCLUSÃO................................................................................................. 8 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 9 1 INTRODUÇÃO As substâncias podem ser identificadas utilizando-se suas propriedades físicas. Uma das propriedades que caracteriza uma substância é a sua densidade. Essas propriedades, que têm valores estabelecidos para cada substância, não dependem da quantidade de substância e são chamadas de propriedades intensivas. Ou seja, a densidade de água pura contida em um litro ou em uma colher de 5 mililitros é a mesma. Por definição, densidade (d) é massa (m) por unidade de volume (v). A massa é uma medida direta de quantidade de matéria do corpo e independe do lugar onde é medida (RUSSELL, 1994). A densidade do objeto é calculada pela divisão da massa do objeto por seu volume. Ou seja, densidade expressa a quantidade de matéria em uma dada unidade de volume: d = m/v (1) As densidades de sólidos e líquidos são comumente expressas em gramas por centímetro cúbico, g/cm³. Como um milímetro equivale a um centímetro cúbico, é possível expressar a densidade em g/mL. A densidade pode variar com a pressão, temperatura e, consequentemente, com o estado de agregação no qual o elemento se encontra, por isso costuma-se indicar a densidade dos elementos nos estados sólidos e líquidos ao nível do mar – a 25 ºC e a 1atm – para que se obtenha um resultado mais confiável. A figura 1 mostra como varia a densidade na tabela periódica. Figura 1 – Variação das densidades dos elementos químicos dentro da tabela periódica Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/quimica/propriedades-periodicas-.html Substâncias puras têm densidades características. Uma substância composta ou uma mistura, tem densidade igual à média ponderada das densidades dos elementos que a compõe, calculada a partir das porcentagens em massa de cada componente. Portanto, é possível verificar a pureza de determinada sustância através da comparação do valor da densidade calculado experimentalmente, com o valor da densidade da mesma substância de acordo com a literatura (tabela 1). Tabela 1 – Densidade de algumas substâncias a 25 ºC SUBSTÂNCIA DENSIDADE (g/cm³) Cera de abelha 0,96 Diamante 3,5 Leite integral 1,03 Madeira balsa 0,12 Madeira de ébano 1,2 Mercúrio 13,6 Ouro 19,3 Prata 10,5 Zinco 7,1 Fonte: Química Geral, Russell, v.1, p.41 Por meio da densidade de um objeto ou de uma substância composta e das densidades dos seus componentes, pode-se determinar a porcentagem de cada componente na substância. Para calcular a densidade de substâncias sólidas, é necessário determinar a massa de uma amostra e também o seu volume. Sendo o sólido compacto e irregular, pode-se realizar a medição de seu volume através do deslocamento de água, quando introduzido em um instrumento de medição de volume (figura 2). Figura 2 – Determinação do volume de sólidos irregulares Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/quimica/densidade-solidos-irregulares-principio-arquimedes.html Para determinar a densidade de líquidos, utiliza-se o picnômetro, que trata-se de um pequeno frasco de vidro, construído de forma que o volume de fluído que contenha seja invariável. Possui uma tampa de vidro esmerilhado, que contêm um orifício capilar, como mostra a figura 3. Figura 3 – Picnômetro Fonte: http://metaquimica.net 2 OBJETIVO Determinar a densidade de líquidos e de algumas espécies metálicas e a partir disso determinar a pureza de uma espécie metálica. 3 MATERIAIS E REAGENTES A tabela 2 mostra os materiais e reagentes utilizados na prática em questão. Tabela 2- Materiais e reagentes Balança semi-analítica Picnômetro Vidro de relógio Pinça metálica Proveta (10, 25 e 50mL) Amostra de metais (Al, Fe, Sn, Pb, Cu) Béquer (100 mL) Etanol PA Papel absorvente Funil Termômetro Conta gotas 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Procedimentos para determinação da densidade das amostras metálicas Determinou-se a massa de cada amostra metálica (Al, Fe, Cu, Sn, Pb) na balança semi-análitica e anotou-se o valor com precisão de 0,001g de acordo com a tabela fornecida; Adicionou-se água destilada em uma proveta de 50ml, até que o menisco atingisse a marca de 20ml. Anotou-se o volume V1, com precisão de 0,01ml; Com o uso de uma pinça metálica, colocou-se, cuidadosamente, a amostra de chumbo dentro da proveta de 50 ml, contendo 20 ml de água destilada. Certificou-se da não existência de bolhas aderidas em sua superfície . Leu-se e anotou-se o novo volume, V2 (com precisão de 0,01ml); Repetiu-se o procedimento anterior com a amostra de ferro e Estanho, sendo que para isso, utilizou-se a proveta de 10 ml, contendo 6 ml de água destilada, para ambas, cada uma por vez. Leu-se e anotou-se o novo volume, V2 (com precisão de 0,01ml); Para as amostras de Cobre e Alumínio, utilizou-se a proveta de 25 ml, contendo 15 ml de água destilada, anotou-se o volume final; Calculou-se o volume das amostras. 4.2 Procedimento para calibração do picnômetro Pesou-se o picnômetro com o termômetro limpo e seco na balança semi- analitica (precisão ±0,01g); Preencheu-se um Béquer de 100 ml com água destilada e aferiu-se a temperatura da água; Preencheu-se o picnômetro com a água destilada, completando-se totalmente o capilar da tampa, verificando-se se possuía bolhas de ar; Secou-se cuidadosamente a superfície externa do picnômetro com papel absorvente; Obteve-se a massa do picnômetro com água, na mesma balança; Determinou-se a massa de água contida no picnômetro e o volume real do picnômetro. 4.3 Procedimento para determinação da densidade do etanol Lavou-se o picnometro cuidadosamente com etanol, para remoção de resíduos de água do seu interior, Preencheu-se o picnometro com etanol, completando-se inteiramente o capilar da tampa, verificando-se se possuía bolhas de ar; Tampou-se o picnometro e secou-se sua superfície externa; Aferiu-se a temperatura do etanol; Pesou-se o picnometro (com o termômetro embutido) contendo a amostra de etanol; Determinou-se o a massa de etanol contida no picnometro e a partir do volume do picnometro calculou-se a densidade do etanol. Estimou-se o percentual de erro relativodos dados experimentais em relação aos dados fornecidos pela literatura (densidade teórica): E(%)=[(valor real- valor experimental)/valor real]x100 5 Resultados e discussões Após a realização do experimento, obteve-se o seguinte resultado, conforme tabela 3. Tabela 3 – Resultados obtidos no experimento Amostras metálicas Massa obtida (g) Volume obtido (mL) Densidade experimental (g/mL) Densidade teórica (g/mL) Erro (%) Alumínio 1,638 1,01 1,621 2,70 39,96 Ferro 3,250 0,39 8,333 7,87 -5,88 Estanho 0,866 0,15 5,773 7,29 20,80 Chumbo 9,688 0,99 9,784 11,34 13,72 Cobre Etanol 3,162 9,193 0.99 11,456 3,193 0,802 8,93 0,79 64,24 -1,51 Gráfico 1 – Relação entre as densidades das amostras metálicas analisadas e seus números atômicos A partir dos dados exibidos acima, cabe afirmar que poucas amostras apresentaram grau de pureza satisfatório, e que nenhuma delas teve resultados condizentes com a densidade teórica, no caso do etanol, percebe-se que a densidade experimental variou com a menor escala de erro, dentre as demais substâncias analisadas. Os resultados obtidos experimentalmente para os metais, destoaram dos valores tabelados na teoria. Os desvios observados podem ter origem em diversos fatores: nas impurezas presentes nos materiais analisados; erros derivados do manuseio incorreto das amostras, como o contato direto com o metal a ser analisado, o que pode alterar o seu peso. Além disso, os instrumentos que auxiliaram os procedimentos, como a proveta, não são considerados os mais precisos no cálculo de volume. Outros fatores que alteram diretamente a densidade é a temperatura e pressão, o que possivelmente pode ter interferido nos resultados. 0 2 4 6 8 10 12 13 26 50 82 29 D e n si d ad e , g /c m ³ Número atômico Z densidade teórica a 25 C densidade prática 6 Conclusão A prática experimental relatada fornece informações importantes para o entendimento das propriedades periódicas dos elementos, possibilitando compreender que cada substância possui valor de densidade relativa própria, sendo desta forma uma característica de cada substância. Então, a determinação da densidade auxilia no processo de identificação de alguns materiais, principalmente minerais e metais, o que é relevante na atuação do engenheiro sanitarista e ambiental, uma vez que pode auxiliar na compreensão e solução de problemas ambientais. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RUSSELL, John B.; Química Geral v.1, São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books, 1994. SAINT’PIERRE, Tatiana Dillenburg. Densidade. Disponível em: < http://web.ccead.pucrio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_den sidade.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2016.
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