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Estatuto da OAB comentado e atualizado 2018 1

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ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB
Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994 �
Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DA ADVOCACIA
CAPÍTULO I
DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA
Art. 1º São atividades privativas de advocacia: (ADV. CURATIVA).
I - a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais;� 
Comentários: 
Atos privativos da atividade de advocacia, apenas os advogados legalmente inscritos na OAB podem praticá-lo – sob pena de exercício ilegal da profissão. Ok – art. 47 Lei das Contravenções Penais (A Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB é o órgão competente para apuração das situações de exercício ilegal da profissão quando se tratar de pessoa não inscrita).
Atividade – É um conjunto de atos que tem um fim orientado (existe um quadro de continuidade, de permanência).
POSTULAR – É o ato de pedir. Exigir a prestação jurisdicional do Estado. EXIGE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA. Essa é a função tradicional do advogado.
Nenhum curso jurídico forma um advogado, e sim bacharel em direito. Ok
QUEM NÃO PODE ADVOGAR – PRATICAR ATOS PRIVATIVOS DE ADVOGADO?
NÃO SERÁ MAIS ADV. AQUELE QUE TIVER SUA INSCRIÇÃO CANCELADA PELA OAB.
AQUELE QUE EXERCE CARGO INCOMPATÍVEL COM A ADVOCACIA.
O ADV. QUE SOFRE RESTRIÇÃO AO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO EM RAZÃO DE IMPEDIMENTO (ART.30, I e II, EOAB), NÃO PODEM PRATICAR ATOS PRIVATIVOS NO ÂMBITO DO IMPEDIMENTO. SOB PENA DE:RESPONDER POR PERDAS E DANOS EM FACE DA NULIDADE DOS ATOS; RESPONDER PERANTE A OAB e EXERC.ILEG.PROF.
O ADV. QUE CONSEGUIR SEU LICENCIAMENTO DOS QUADROS DA OAB NÃO PERDE SUA INSCRIÇÃO, DEIXARÁ DE EXERCER EM CARÁTER TEMPORÁRIO, A PROFISSÃO. (art. 12 EOAB) – FICA PROIBIDO O EXERCÍCIO DA ADVOCACIA NO PERÍODO DO LICENCIAMENTO.
Não se trata de enumeração exaustiva – outras podem surgir fruto da evolução das necessidades jurídicas e sociais.
Existe uma interpretação restritiva a ser feita aqui: Exclui de seu alcance os JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS ações até 20 salários mínimos art. 9º Lei 9.099/95 (art. 98,CF); a JUSTIÇA DO TRABALHO e a JUSTIÇA DE PAZ (representação profissional FACULTATIVA)- A PARTE PODE POSTULAR DIRETAMENTE. 
Facultado porque a cidadania sai maculada se não há igualdade de meios técnicos, quando uma das partes é defendida por profissional e outra não.
- ART. 92, CF.
12 - Ver art. 133, CF – Essa norma do art. 1º REGULAMENTA o artigo 133,CF.
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. (ADV.PREVENTIVA)
§1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. 
§2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. (RESOLUÇÃO N.° OO5/2004/PRES/OAB/RO)
§3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. 
Comentários:
§1º O HC é uma exceção ao art. 1º, porque seu alcance garante a liberdade pessoal.
Em função da crise no Poder Judiciário, cresce a chamada ADVOCACIA PREVENTIVA- que busca soluções negociadas aos conflitos, aconselhamentos técnicos que evite o LITÍGIO JUDICIAL. Motivos da (AUTOCOMPOSIÇÃO: cumprimento insatisfatório do exercício da jurisdição e formalidade do processo)
As áreas mais dinâmicas da advocacia atual – é a atuação extrajudicial: mediação nas negociações individuais ou coletivas, na arbitragem, nas contratações – relações internas e internacionais.
§ 2º Atos e contratos elaborados por mãos técnicas pode afastar prejuízos futuros.
A obrigatoriedade no que se refere aos atos constitutivos de Pessoas jurídicas é porque as conseqüências da criação desses entes sobre os grupos sociais diversos EXIGEM UMA CAUTELA MAIOR. A atividade econômica fez surgir profissionais, sem qualificação jurídica (despachantes, contadores) – que se utilizam de formulários nem sempre adequados, isso pode causar dificuldades.
Em face das microempresas a OAB firmou convênio como SEBRAE, cabendo a este o pagamento dos honorários aos advogados/ tabela previamente fixada para os SERVIÇOS DE ELABORAÇÃO, ALTERAÇÃO e ANÁLISE DE CONTRATOS SOCIAIS.
O Estatuto considera NULOS os atos que não estejam visados por advogado. 
O visto do advogado não é mera formalidade – importa o comprometimento de AUTORIA da forma e do conteúdo do ato. Sujeito aos deveres ético-profissionais e a responsabilidade civil culposa por danos decorrentes. A simples assinatura, sem a efetiva autoria da redação do texto, CARACTERIZA INFRAÇÃO DISCIPLINAR – ART. 34, V, EOAB. (36,I/EOAB)
PJ de Direito Privado (associações civis – sem fins lucrativos), as fundações, as cooperativas e as sociedade civis e empresária.
As empresas individuais registram-se mediante formulários padronizados que declaram apenas dados predeterminados. As que não exigem atos constitutivos societários civis e empresárias, não estão contempladas neste preceito.
§ 3º Não importa sua natureza civil, comercial, econômica, não lucrativa, pública ou privada.
- A advocacia não pode estar associada a outra atividade, seja ela qual for.
- É proibida a divulgação, p.ex. advocacia e atividade contábil; advocacia e imóveis; advocacia e consultoria econômica.
A violação desse preceito – CED-OAB- art.40, IV. INFRAÇÃO, sujeita a sanção de CENSURA (ART. 36, II e III, EOAB).
Art.39 CED - Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.
A vedação existe em relação à prática no mesmo local ou para a divulgação conjunta.
- A vedação implica PUBLICAÇÃO E AO exercício conjunto de atividade que inclua a advocacia. 
- ESSAS ATIVIDADES NÃO PODEM ESTAR ASSOCIADAS À ADVOCACIA EM CARÁTER PERMANENTE, QUANDO OFERECER SEUS SERVIÇOS PROFISSIONAIS.
EX. DECISÃO DO ANTIGO TRIBUNAL DE ÉTICA OAB-SP:
“O exercício da advocacia não pode se realizar no mesmo local onde se exerce a corretagem de imóveis. Se o escritório do advogado está localizado em prédio destinado à atividade comercial, deve ter acomodações separadas para resguardo do sigilo que deve cercar a atividade da advocacia.”
- O MODELO ADOTADO PARA A ADVOCACIA É O DA EXCLUSIVIDADE.
- CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA ARTS. 39 e 40, DEFINE SEUS LIMITES.
a) ANÚNCIO MODERADO E DISCRETO
b)FINALIDADE EXCLUSIVAMENTE INFORMATIVA. VEDADA A UTILIZAÇÃO E MEIOS PROMOCIONAIS TÍPICOS DE ATIVIDADE MERCANTIL. [Art. 39, CED]
c) VEDA-SE A VEICULAÇÃO POR RÁDIO E TELEVISÃO e ANÚNCIOS DE RUA. Art. 40, I, CED
-PODENDO SER UTILIZADOS OS DEMAIS MEIOS DE IMPRENSA OU DAQUELES CUJO ACESSO DEPENDE DO PRÓPRIO INTERESSADO (INTERNET), OBSERVADOS OS LIMITES DE CONTEÚDO.
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça. 
§1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. 
(Art. 5º, XXXV(35) e LXXIV(74), CF)
§2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público. 
§3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta Lei. 
A indispensabilidade, a inviolabilidade, a função social e a independência são características da advocacia destacadas pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Advocacia.
Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB. 
- Apenas os inscritos na OAB podem utilizar a denominação de advogado. (art. 8º EOAB) e (art. 1º e 4º Regulamento Geral do EOAB).
- Advogado não é gênero, mas espécie de profissional do direito.
-Por hábito, no Brasil, costuma-se tratar advogado por doutor. DOUTOR é o que obtém o título de Doutor em direito – defesa de tese.Embora não se possa evitar o tratamento social, o uso indevido do título de doutor em documentos profissionais e nos meios de publicidade configura infração ética. 
§1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta Lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
- Todos exercem atividade de advocacia, dentro de suas atribuições institucionais. (artigos 131, 132 e 134, CF)
- O poder de punir o advogado público, por falta ética não funcional e relacionada à atividade privativa da advocacia é exclusivamente da OAB. (art. 44, II, EOAB)
(*) – VERIFICAR SE NO EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES ESSES CARGOS EXIGEM INSCRICÃO NA OAB.
§2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no Art. 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
- O estatuto faculta ao estagiário (regularmente inscrito na OAB) exercer todos os atos, desde que acompanhado necessariamente por advogado (incluindo procurador ou defensor público), e, sob a responsabilidade deste.
(Art. 35, Regulamento Geral do EOAB) – Sua inscrição é realizada no Conselho Seccional correspondente ao local do curso jurídico e seu cartão de identidade, com vigência de três anos, perderá sua validade assim que for prestado compromisso para se obter a inscrição principal (art. 35, Regulamento Geral EOAB).
- A inscrição como estagiário não é pré-requisito para se obter a inscrição principal.
- A atuação do estagiário não constitui atividade profissional; integra sua aprendizagem prática e tem função pedagógica.
- Todos os atos profissionais e peças processuais deverão ser realizados com a participação do advogado, embora possam conter, também, o nome, o número de inscrição e a assinatura do estagiário.
- A ausência da assinatura do advogado gera nulidade do ato e responsabilidade disciplinar para ambos, em virtude de infração de norma estatutária expressa (art. 36, III, do Estatuto).
(art. 29, § 1º e § 2º do Regulamento Geral do Eoab)- para atos extrajudiciais
- Ver art. 13 EOAB – É obrigatório o uso do documento de identidade profissional.
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. (art. 34, I, EOAB)
Parágrafo único - São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. 
- Essa é a nulidade absoluta e por ser de pleno direito: a) pode ser declarada de ofício; b) Pode ser provocada por qualquer interessado ou pelo Ministério Público; c) É imprescritível; d) Não se ratifica pela parte interessada; e) Não convalesce com o tempo; f) apaga, ao ser declarada, os efeitos produzidos ab initio; g) não pode ser suprida ou sanada.
- Quem o pratica responde civilmente pelos danos decorrentes, em virtude do ilícito (art.186, CC); criminalmente (exercício ilegal da profissão) e administrativamente, onde couberem as respectivas sanções.
- SUSPENSO – qualquer ato de advocacia praticado durante o cumprimento da penalidade.
Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. 
- O instrumento do mandato, onde são explicitados os poderes da representação, é a procuração (que o advogado deve sempre provar).
- (Ver art. 15§ 3º EOAB) 
- Comete infração ética, passível de sanção de censura (art. 36, II, EOAB), o advogado que aceita procuração de quem já tenha patrono constituído, sem que haja prévio conhecimento deste. Ver [Art. 14, CED] EXCEÇÃO – art. 14, CED = adoção de medidas urgentes e inadiáveis, ou diante de motivo justo. 
- ver art. 16, do CED. CESSAÇÃO DO MANDATO. – O ADVOGADO DEVE PRESTAR CONTAS AO CLIENTE DO SEU EXERCÍCIO – VER ART. 37, I, c/c art. 34, inc. XXI, EOAB.
- ver art. 21, CED – Postulação contra ex-cliente ou ex-empregador. Não é permitida atuação simultânea, no mesmo processo, como advogado e preposto do cliente ou empregador. [Art. 25, CED]
§1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.
- A declaração de urgência feita pelo advogado é dotada de presunção legal de veracidade.
- O prazo de 15 dias independe de qualquer ato ou manifestação da autoridade judicial. Tal prorrogação ocorre uma única vez, totalizando trinta dias.
§2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. 
- Conjunto de poderes, sem necessidade de especificá-los. Permite ao advogado exercer todos os atos processuais e procedimentais atribuídos às partes e necessários ao desenvolvimento normal do processo, desde a distribuição até aos recursos às últimas instâncias.
- PODERES ESPECIAIS – receber citação inicial; confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir(conciliar), desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.
§3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. 
- Pode renunciar sempre que julgar conveniente ou por imperativo ético. O juízo de oportunidade é do adv. Entretanto, matizado pela ética profissional.
- Impõe-se o dever de renúncia (regularmente notificada, judicial ou extrajudicialmente) sempre que o adv. Sentir faltar-lhe a confiança do cliente.
- art. 15, CED (abandono) e art. 16, CED-OAB – renúncia implica omissão do motivo e a continuidade da responsabilidade profissional, durante o prazo estabelecido da lei.
- (Art. 6º RGEOAB) – “O advogado deve notificar o cliente da renúncia ao mandato (art. 5º §3º, EOAB, preferencialmente mediante carta com aviso de recepção, comunicando, após, o Juízo.”
‘- O prazo é necessário para que o cliente tenha condições de tempo para prover à sua substituição.
CASOS EM QUE A RENÚNCIA SE IMPÕE COMO DEVER DO ADVOGADO:
Art. 16, CED; Art. 20, CED; art. 54, CED
�
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DO ADVOGADO
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. 
Parágrafo único - As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho. 
DIREITOS OU PRERROGATIVA – Prerrogativa profissional significa direito exclusivo e indispensável ao exercício de determinada profissão, no interesse social. DIREITO-DEVER. SÃO AS CONDIÇÕES LEGAIS DE EXERCÍCIO DE SEU MÚNUS PÚBLICO.
O PRECEITO RESSALTA A ISONOMIA DE TRATAMENTO ENTRE ADVOGADO, JUIZ E PROMOTOR DE JUSTIÇA.
UM POSTULA, O OUTRO FISCALIZA A APLICAÇÃO DA LEI E O OUTRO JULGA. As funções são distintas mas não se estabelece entre elas relação de hierarquia e subordinação.
O RELACIONAMENTO PROFISSIONAL DEVE SER INDEPENDENTE, HARMÔNICO, RECIPROCAMENTE RESPEITOSO e DIGNO.
Por força do 133, CF e do Estatuto que o regulamenta e desse artigo 6º, não prevalece mais as normas contidas nos arts. 263, 264 e 265 do CPP, que autorizam o juiz NOMEAR DE OFÍCIO DEFENSOR ao réu que o não tenha. 
CABE APENAS A OAB DESIGNAR ADVOGADO-PARTICULAR\PRIVADO- PARA ASSISTÊNCIA JURÍDICA, QUANDO HOUVER IMPOSSIBILIDADE DE DEFENSORIA PÚBLICA NO LOCAL DO SERVIÇO. 
CARECE O JUIZ DE QUALQUER AUTORIDADE PARA TAL.
O PARÁGRAFO ÚNICO:
NÃO É PRIVILÉGIO PORQUE ADVOCACIA É SERVIÇO PÚBLICO, QUANTO A SEUS EFEITOS E SEU DESEMPENHO TEM DE RECEBER ADEQUADA COLABORAÇÃO DESSESAGENTES.
Art. 7º São direitos do advogado: (artigo 15- REG.GERAL DO EOAB)
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; 
VER ART. 5º, XIII, CF.
A LIBERDADE DO EXERCÍCIO PODE SER: I) PLENA
a) EM RAZÃO DO ESPAÇO, no âmbito do território do estado-membro, do DF e Território Federal, em cujo Conselho Seccional o advogado obteve sua inscrição principal, suplementar ou por transferência 
b) EM RAZÃO DA MATÉRIA, PERANTE OS TRIBUNAIS FEDERAIS E SUPERIORES, LOCALIZADOS EM OUTRAS UNIDADES FEDERATIVAS.
II) CONDICIONADA DIFERENÇA ENTRE EVENTUAL-HABITUAL
PARA O EXERCÍCIO EVENTUAL DA ADVOCACIA, FORA DO TERRITÓRIO DE SUA INSCRIÇÃO PRINCIPAL OU SUPLEMENTAR, ASSIM ENTENDIDO QUANDO NÃO EXCEDER DE CINCO CAUSAS, AO ANO. (v. art. 10, § 2º EOAB)= HABITUALMENTE
II – A inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, da sua correspondência escrita, eletrônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia. (EVITA-SE BUSCA GENÉRICA)
ANTES ERA: ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da OAB;�
INVIOLABILIDADE – EXPRESSA no art. 2º, § 3º, e no art. 7º, II e XIX, e § 2º e 3º, deste artigo - EOAB.
A INVIOLABILIDADE POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
a) Imunidade profissional, por manifestações e palavras- AQUELAS CONSIDERADAS OFENSIVA POR QUALQUER PESSOA OU AUTORIDADE (ART. 142, I, CP) – não é PRIVILÉGIO, é para qualquer cidadão. Não exclui a PUNIBILIDADE ÉTICO-DISCIPLINAR- DEVER de TRATAR O MP E MAGISTRATURA com CONSIDERAÇÃO, RESPEITO RECÍPROCO. .(EOAB- art. 44, II; 58, III, EOAB)- apenas a OAB tem competência para puni-lo. Se o magistrado o fizer COMETERÁ ABUSO DE AUTORIDADE.
b) Proteção do sigilo profissional – É um direito e um dever. DIREITO AO SILÊNCIO e DEVER DE SE CALAR. NÃO RESULTA DE CONTRATO ENTRE O ADV. E O CLIENTE. ESTENDE-SE ÀS CONFIDÊNCIAS DOS CLIENTES; ÀS DO ADVERSÁRIO; ÀS DOS COLEGAS; ÀS ENTREVISTAS PARA NEGOCIAR OU CONCILIAR; ÀS DE TERCEIRA PESSOA FEITAS AO ADV. EM RAZÃO DA PROFISSÃO.
ENTENDE-SE CESSADO O DEVER DE SIGILO, SE O CLIENTE COMUNICA AO SEU ADVOGADO A INTENÇÃO DE COMETER UM CRIME (DEVE O ADV. PROMOVER OS MEIOS PARA EVITAR QUE O CRIME SEJA COMETIDO)
Ver. Art. 7º, XIX – O Conselho Federal decidiu (Recurso 174/SC/80) não poder o advogado prestar depoimento ou testemunhar contra ex-constituinte sobre o que esta lhe teria transmitido. O STF já entendeu que esse preceito diz respeito a “qualidade de testemunha” – O SIGILO PROFISSIONAL NÃO ACOBERTA O ADV. ACUSADO EM AÇÃO DE PRÁTICA DE CRIME.
“O SEGREDO PROFISSIONAL LIMITAR-SE-Á AO QUE LHE FOI CONFIADO PELO CONSTITINTE, MAS SOBRE OS FATOS QUE, POR OUTROS MEIOS, TENHA CHEGADO AO SEU CONHECIMENTO, NÃO PREVALECE O SIGILO” (TJSP/ Ag. Inst. 18.143-1/ RT 127/212).
INEXISTE O DIREITO-DEVER DE SIGILO PROFISSIONAL, EM RELAÇÃO A FATOS NOTÓRIOS, FATOS DE CONHECIMENTO PÚBLICO, FATOS PROVADOS EM JUÍZO E A DOCUMENTOS AUTÊNTICOS OU AUTENTICADOS.
c) Proteção dos meios de trabalho, incluindo local, instalações, documentos e dados.
A INVIOLABILIDADE É ESPÉCIE DO GÊNERO IMUNIDADES. Então:
POR CAUSA DA INFORMATIZAÇÃO, A INVIOLABILIDADE SE ESTENDE AOS DADOS E ARQUIVOS DE COMPUTADOR, MANTIDOS EM SEU LOCAL DE TRABALHO OU QUE TRANSPORTE CONSIGO.
A PROTEÇÃO NÃO VISA O ADVOGADO, E SIM O CLIENTE. O segredo que guarda não é seu, é do cliente.
LOCAL DE TRABALHO É QUALQUER UM QUE O ADVOGADO COSTUME UTILIZAR PARA DESENVOLVER SEUS TRABALHOS PROFISSIONAIS, INCLUINDO A RESIDÊNCIA, QUANDO FOR O CASO.
A RESIDÊNCIA JÁ ESTÁ COBERTA A TODAS AS PESSOAS POR FORÇA DO DISPOSTO NO ART. 5º, XI, CF: “A CASA É O ASILO INVIOLÁVEL DO INDIVÍDUO”
Os instrumentos de trabalho não são bens de desfrute pessoal, mas existem em função dos clientes.
A INVIOLABILIDADE NÃO É ABSOLUTA – POIS NÃO ALCANÇA OS ATOS NÃO PROFISSIONAIS (OS QUE DIZEM RESPEITO A INTERESSES PESSOAIS) E OS EXCESSIVOS (QUE ULTRAPASSAM OS LIMITES DA RAZOABILIDADE – ver exemplos....).
A HIPÓTESE PREVISTA NO ART. 5º, XII, CF, aplica-se apenas à própria pessoa do advogado, POR ILÍCITOS PENAIS POR ELE COMETIDOS, mas nunca em razão de sua atividade profissional.
Exceção: art. 133, CF – Locução “LIMITES DA LEI” – O advogado não pode reter documentos que lhe foram confiados para os subtrair às investigações judiciais, SOB PENA DE PROTEGER O DELITO E A IMPUNIDADE – REFERE-SE A COISAS ACHADAS E OBTIDAS POR MEIOS CRIMINOSOS.
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 
O DESCUMPRIMENTO DESSA REGRA IMPORTA CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE
ART. 5º, LXII (62), CF. Assegura ao preso, sempre, a assistência de advogado.
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;� 
COMBINADO COM O Art. 7º, § 3º EOAB, a prisão ocorre por motivo muito grave: a prisão em flagrante do advogado por motivo de exercício da profissão pode ocorrer por duas hipóteses:
a) NO CASO DE CRIME INAFIANÇÁVEL. Ex. RACISMO (e nos demais casos);
b) NO CASO DE CRIME DE DESACATO A MAGISTRADO (exerc. Adv.)
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar;� 
Em todas as hipóteses de prisão de advogado, enquanto não transita em julgado. ENTENDE-SE: TODA SALA UTILIZADA PARA OCUPAÇÃO OU DETENÇÃO EVENTUAL DOS OFICIAIS INTEGRANTES DO QUARTEL MILITAR RESPECTIVO.
Por causa da ADIn n. 1.127-8 – CABERÁ AO ADVOGADO PRESO, OU À PRÓPRIA OAB, DEMONSTRAR EM JUÍZO QUE A SALA NÃO POSSUI INSTALAÇÕES E COMODIDADES CONDIGNAS.
Julgado do STJ – RT 718/483, ago.1995 – DEU INTELIGÊNCIA AO ar. 7º, V, entendendo que o recolhimento do advogado a dependência especial do BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR supre a exigência legal. Negando o pedido de PRISÃO DOMICILIAR.
Advogado indiciado, acusado ou ofendido por fato relacionado ao exercício da profissão, TEM ASSISTÊNCIA DE REPRESENTANTE DA OAB nos inquéritos e nas ações penais, INDEPENDENTEMENTE DA ATUAÇÃO DE SEU DEFENSOR (art. 16 REG.GER.OAB)
VI - ingressar livremente: O ADVOGADO EXERCE SERVIÇO PÚBLICO E NÃO PODE SER IMPEDIDO DE INGRESSAR LIVREMENTE NOS LOCAIS PÚBLICOS ONDE DEVA ATUAR.
» QUALQUER MEDIDA QUE SEPARE, CONDICIONE OU IMPEÇA O INGRESSO DO ADVOGADO PARA ALÉM DAS PORTAS, CANCELOS E BALCÕES, CONFIGURA ILEGALIDADE E ABUSO DE PODER.
» NAS HIPÓTESES DAS ALÍNEAS a); b) e c) – BASTA O DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO PROFISSIONAL;
» NA HIPÓTESE DA ALÍNEA d) DEVE ESTAR MUNIDO DE PROCURAÇÃO.
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; os agentes e escrivães estarão lá!!!
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; 
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deve comparecer, desde que munido de poderes especiais; 
MAS O STJ JÁ DECIDIU (RMS N. 3.258-2, DJU de 06.06.94) que “não constituinenhuma ilegalidade a restrição de acesso dos advogados e das respectivas partes além do balcão destinado ao atendimento, observados, contudo, o direito livre e irrestrito aos autos, papéis e documentos específicos, inerentes ao mandato”.
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; 
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; 
OBS: Se os magistrados criam dificuldades para receber os advogados, INFRINGEM EXPRESSA DISPOSIÇÃO DE LEI, cometendo ABUSO DE AUTORIDADE e sujeitando-se, também, a punição disciplinar a ele aplicável. Cabe ao advogado e à OAB contra ele representarem, inclusive à CORREGEDORIA competente.
(INCONSTITUCIONAL) - IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido;� (6 ADIn nº 1.105-7. A eficácia de todo o dispositivo foi suspensa pelo STF, em medida liminar.)
A sustentação ocorre após a leitura do relatório e do voto do relator. – ANTES DO VOTO não é possível pois ele (adv) não tem capacidade premonitória – para saber qual a orientação do relator antes dele se manifestar.
APÓS O VOTO – PODE CONTRADITAR AS TESES – buscando o convencimento dos demais Juízes do Colegiado – para que não sigam a orientação do relator
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; 
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; 
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; 
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; 
XIV – examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (NR)15 
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; (não retira: § 1º e 2º)
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; (não retira: § 1º e 2º)
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela; (desagravo= desforra; reparação) - art. 19 RGEOAB e 18,§ 2º RGEOAB
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; ART. 54, X, EOAB
Os símbolos não são meios de identificação (carteira, o cartão, nº de inscrição – que também são exclusivos) – SÃO FORMAS EXTERNAS GENÉRICAS E OSTENSIVAS - DESENHOS SIGNIFICATIVOS, TOGAS OU VESTIMENTAS, ANÉIS, ADORNOS, ETC. APENAS O CONSELHO FEDERAL TEM COMPETÊNCIA PARA CRIÁ-LOS OU APROVÁ-LOS – DEVIDO AO CARÁTER DE UNIFORMIDADE NACIONAL QUE SE IMPÕE.
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; 
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. 
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:18 
a) apresentar razões e quesitos; (lei 13.245/2016) 
b) (VETADO). (lei 13.245/2016)
§1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 
1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. 
§2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato� puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. 
§3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.� 
§4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle� assegurados à OAB. 
§5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. 
(Lei n. 11.767, de 2008 – acresceu os parágrafos 6º e 7º)
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes.
§ 7o A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.
c §§ 6o e 7o acrescidos pela Lei no 11.767, de 7-8-2008.
§§ 8o e 9o VETADOS. Lei no 11.767, de 7-8-2008.
§ 10 Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.28 
§ 11 No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.29
§ 12 A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.30. (ver arts. 20 e seguintes do Regulamento Geral)
�CAPÍTULO III
DA INSCRIÇÃO
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: 
I - capacidade civil; 
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; ART. 23 RGEOAB
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
IV - aprovação em Exame de Ordem; ART. 44, II, EOAB; 58, VI, EOAB e 8º, § 1º, EOAB
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; ART. 28, EOAB; Declaração falsa, art. 34, XXVI, EOAB e 38, II, EOAB- EXCLUSÃO
VI - idoneidade moral; 
VII - prestar compromisso perante o Conselho. ART. 20 RGEOAB
§1º O Exame de Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB. 
§2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo. 
§3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. 
§4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial. 
Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário: 
I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do Art. 8o;
II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. 
§1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. ART. 29,§ 1º RGEOAB
§2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize Seu curso jurídico. (A inscrição principal – Conselho Seccional do domicílio profissional)/ a identidade do estagiário perderá a validade com a inscrição principal (art. 35 RGEOAB)
§3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode freqüentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB. Art. 28, EOAB - para se obter a inscrição principal não é necessária a obtenção prévia da inscrição como estagiário – a finalidade do estágio é a aprendizagem – o estagiário não é profissional do direito.
§4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem. 
Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do Regulamento Geral. 
§1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. 
§2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano. ART. 26 RGEOAB
§3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente. 
§4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal. 
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: 
I - assim o requerer; 
II - sofrer penalidade de exclusão; APÓS TRÂNSITO E JULGADO DA DECISÃO
III - falecer; 
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; 
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. (PERDA DA IDONEIDADE, DA CAPACIDADE CIVIL, CANCELAMENTO DO DIPLOMA DE GRADUAÇÃO)
§1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II (exclusão), III (falecer) e IV(exercer em caráter definitivo, att. incompatível), o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo Conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. 
§2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I (CAPACIDADE CIVIL), V (NÃO EXERCE ATT. INCOMPATÍVEL), VI (IDONEIDADE MORAL) e VII (PRESTAR COMPROMISSO) do Art. 8º. 
§3º Na hipótese do inciso II (PENALIDADE DE EXCLUSÃO)deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação. ART.41,EOAB
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento. 
Parágrafo único - Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal.
Perguntas: 
1.
2. 
Art. 12. Licencia-se o profissional que: É TEMPORÁRIO E PERMITE A MANUTENÇÃO DO NÚMERO DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO.
Pergunta: 
1.O ADVOGADO LICENCIADO PAGA ANUIDADE À OAB? A REGRA É PAGAR (BENEFÍCIO). PARA NÃO PAGAR, ELE PRECISA, AO REQUERER E JUSTIFICAR AS RAZÕES DA LICENÇA, SOLICITAR O NÃO PAGAMENTO. SE ELE NÃO FIZER ESSA SOLICITAÇÃO – A OAB ENTENDERÁ QUE O SEU SILÊNCIO, SIGNIFICA QUE PAGARÁ A ANUIDADE. CONFORME SÚMULA Nº 03\2012\COP
SÚMULA N. 03/2012/COP
O CONSELHO PLENO DO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, no uso das atribuições que lhe são conferidas nos arts. 75, parágrafo único, e 86 do Regulamento Geral da Lei nº 8.906/94, considerando o julgamento da Proposição n. 2010.19.03171-01/COP (SGD: 49.0000.2012.007566-3/COP), decidiu, na Sessão Ordinária realizada no dia 17 de setembro de 2012, editar a Súmula n. 03/2012/COP, com o seguinte enunciado: 
“ADVOGADO. OAB. PAGAMENTO DE ANUIDADES. OBRIGATORIEDADE. SUSPENSÃO. LICENÇA. I – É obrigatório o pagamento de anuidades pelo advogado suspenso temporariamente de suas atividades profissionais. II – O advogado regularmente licenciado do exercício profissional não está sujeito ao pagamento das anuidades, sendo, contudo, obrigatória sua manifestação expressa de opção nesse sentido, presumindo-se, com a ausência de requerimento correspondente, que pretende fazer jus aos benefícios proporcionados pela OAB, com a manutenção da obrigatoriedade do respectivo recolhimento.” 
Brasília, 17 de setembro de 2012.
OPHIR CAVALCANTE JUNIOR
Presidente
MIGUEL ÂNGELO CANÇADO
Relator
a) A OAB FEZ CONVÊNIO COM A CEF (BRASÍLIA)– SEM CUSTO ADICIONAL: SUBSÍDIOS PARA EQUIPAR ESCRITÓRIO; CARTÃO DE CRÉDITO COM CERTIFICAÇÃO DIGITAL; PROGRAMA DE MILHAGEM (QUE PODE SERVIR PARA PAGAMENTO DA ANUIDADE); LINHAS DE CRÉDITO COM TAXAS ABAIXO DO MERCADO; PRIORIDADE NOS ATENDIMENTOS BANCÁRIOS;
B) AUXÍLIOS PECUNIÁRIOS – OAB/SP – ADVOGADOS E ESTAGIÁRIOS – COMPROVADAMENTE CARENTES, COM INCAPACIDADE LABORATIVA E/OU QUE ENFRENTEM SITUAÇÃO EMERGENCIAL E IMPREVISÍVEL – EXTENDIDOS AOS DEPENDENTES CADASTRADOS NA OAB;
REQUISITOS: 01 ANO DE EXERCÍCIO (PETIÇÕES, PUBLICAÇÕES, CERTIDÕES, INTIMAÇÕES, PARECERES, OUTROS DOCUMENTOS); QUITES NA TESOURARIA (ANUIDADE); 
C) AUXÍLIO CRECHE- 25% DO VALOR DA MENSALIDADE – LIMITADO A R$ 151,00 – ENTIDADES CREDENCIADAS
D) AUXÍLIO EDUCAÇÃO: R$ 751,00 – A CADA ANO LETIVO.
E) AUXÍLIO EXTRAORDINÁRIO – R$ 3757 – VÁLIDO PELO PERÍODO DE 12 MESES.
F) AUXILIO FAMÍLIA MENSAL – 6 MESES – 490,00\ HOSPITALAR – R$ 6.762,00- 12 MESES; MEDICAMENTO – 6MESES – R$ 2.254,00 – EM GÊNERO (REMÉDIOS); NATALIDADE: (R$ 751,00) ODONTOLÓGICO (R$ 3.006,00)-12 MESES
2.EXISTE UM PRAZO LIMITE PARA QUE ELE PERMANEÇA NESSA CONDIÇÃO DE LICENCIADO? 
Art. 12. Licencia-se o profissional que:
I - assim o requerer, por motivojustificado; EX. AFASTAMENTO TEMPORÁRIO DO PAÍS.
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; 
III - sofrer doença mental considerada curável. 
ATOS PRATICADOS POR ADVOGADOS LICENCIADOS SÃO NULOS – ART. 4º EOAB.
�
	CANCELAMENTO
	LICENCIAMENTO
	Requerimento simples do interessado
	Requerimento justificado do interessado
	Exercício de atividade incompatível com a advocacia em caráter permanente
	Exercício de atividade incompatível em caráter temporário
	Falecimento ou exclusão do advogado dos quadros da OAB
	Doença mental considerada curável
	Perda de qualquer requisito necessário para a inscrição.
	
Art. 13. O documento de identidade profissional, na forma prevista no Regulamento Geral, é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais. ART. 35 RGEOAB\ do art. 32 e seguintes do RGEOAB – já vem tratando de todas as características da CARTEIRA .
Art. 14. É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os documentos assinados pelo advogado, no exercício de sua atividade. 
Parágrafo único - É vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício da advocacia ou o uso da expressão "escritório de advocacia", sem indicação expressa do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB. 
VER ARTS. SOBRE A PUBLICIDADE DO ADVOGADO A PARTIR DO ART. 40 DO CED
CAPÍTULO IV
DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. (NR)42 lei n 13.247/2016
OS ADVOGADOS PODE SE REUNIR EM UM ESCRITÓRIO APENAS PARA DIVIDIR DESPESAS – SEM CONSTITUIR UMA SOCIEDADE – ISSO NÃO É ILEGAL. \ sociedade UNIPESSOAL DE ADVOCACIA.
B. A SOCIEDADE DE ADV. É UMA PESSOA JURÍDICA – (P.J-FUNDAÇÃO; CORPORAÇÃO-REUNIÃO DE PESSOAS - ASSOCIAÇÃO; SOCIEDADE: MERCANTIL OU SOCIEDADE CIVIL-(NAT.JUR.) SIMPLES – NÃO TEM NATUREZA EMPRESARIAL).
§ 1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. (NR)43 Lei n. 13.247/2016
TANTO A SOCIEDADE SIMPLES QAUNTO A UNIPESSOAL PRECISAM SER REGISTRADAS
§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber. (NR)44 \ 
O QUE O CED TRATA: UMA SOCIEDADE PARA CADA SECCIONAL\ PODE TER FILIAIS EM OUTRA SECCIONAL \ OS ADV DEVEM TER INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR (ART. 15§ 5º, EOAB)\ O ADV. NÃO PODE INTEGRAR MAIS DE UMA SOCIEDADE NA MESMA SECCIONAL, ETC.
RESPONSABILIDADE CIVIL ADV. SUBJETIVA – OBRIGAÇÃO MEIO - ART. 14§4º CDC- SUBSIDIÁRIA (ART 17) – SOCIEDADE OBJETIVA (COMO REGRA).- PERDA DA CHANCE
§3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. 
1. PODE NA PROCURAÇÃO CONSTAR O NOME DE TODOS OU ALGUM DOS DEMAIS ADVOGADOS DA SOCIEDADE? SIM, NA PROCURAÇÃO CONSTA O NOME DA SOCIEDADE E INDIVIDUALMENTE DO ADVOGADO CONTRATADO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.
ATÉ COMO UMA FORMA DE CONTROLE EXTERNO – DO QUE TEM SIDO DITO ATÉ AQUI!
2. Art. 37 Os advogados podem constituir sociedade simples, unipessoal ou pluripessoal, de prestação de serviços de advocacia, a qual deve ser regularmente registrada no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. (NR)28 
§ 1º As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos.29 
b. E QUANTO O ADVOGADO RECEBE PELOS SEUS HONORÁRIOS NESSE CASO? O CONTRATADO PELA PARTE. SUCUMBÊNCIA PODE SER DIVIDIDO PELA SOCIEDADE. 
§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. (NR)45
§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. (NR)46
A. ADMITE-SE A CONSTITUIÇÃO DE FILIAIS DE SOCIEDADES DE ADVOGADOS – EM OUTRO CONSELHO SECCIONAL – SOCIEDADE EM RONDÔNIA – FILIAIS: MT, SC, SP – EM RONDÔNIA (JAMAIS!!!!)\\ ATO CONSTITUTIVO ARQUIVADO ONDE SE INSTALAR – AVERBADO ONDE ESTIVER REGISTRADA A SEDE
A POSSIBILIDADE DE UMA SOCIEDADE DE ADVOGADOS ESTAR COM FILIAIS EM VÁRIOS ESTADOS DA FEDERAÇÃO. (IMPRATICÁVEL!!!!!! – CARO DEMAIS)
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos. 
§ 7º A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. (NR)47
UMA SOCIEDADE UNIPESSOAL PODE ESTAR SENDO FORMADA POR ADVOGADO QUE SAIU DE UMA SOCIEDADE DE ADVOGADOS.
Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. (NR)48
§1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. 
§2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição. PORQUE? PORQUE É TEMPORÁRIO.
§3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. 
§ 4º A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia. (NR)49
Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. (NR)50
OS PREJUÍZOS CAUSADOS PELOS SÓCIOS – OBRIGARÃO EM PRIMEIRO LUGAR A SOCIEDADE – O SEU CAPITAL SOCIAL FARÁ FRENTE A EVENTUAL INDENIZAÇÃO AO LESADO – OS ADVOGADOS (RESPONDEM SUBSIDIARIAMENTE) – “SÓ COLOCAM A MÃO NO BOLSO” EM SEGUNDO LUGAR; MAS ILIMITADAMENTE.- NOS CASOS EM QUE A PROCURAÇÃO FOR EM CARÁTER COLETIVO – POIS SOLIDARIAMENTE RESPONDERÁ A SOCIEDADE E SUBSIDIARIAMENTE O ADV.
1. DIFERENÇA ENTRE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA e RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA: Diferentemente da responsabilidade solidária, onde há duas ou mais pessoas unidas pelo mesmo débito, por exemplo; na responsabilidade subsidiária, uma das pessoas tem o débito originário, e a outra apenas a responsabilidade por esse débito. 
Vale lembrar que a expressão “subsidiária” se refere a tudo que vem “em reforço de...” ou “em substituição de...”, ou seja, não sendo possível executar o efetivo devedor – sujeito passivo direto da relação jurídica obrigacional – devem ser executados os demais responsáveis pela dívida contraída.
CAPÍTULO V�
DO ADVOGADO EMPREGADO
Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia.
Parágrafo único- O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. 
A. ESTÁ SUBORDINADO AO EMPREGADOR – MAS DE FORMA ATENUADA.
Aliás, pode chegar a ser causa de rescisão indireta do contrato de trabalho a exigência feita pelo empregador para que o advogado proceda de maneira contrária à ética profissional. A hipótese encontra-se dentre aquelas previstas no art. 483, “a”, da CLT.
Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
A. O PISO SALARIAL DO ADV. EMPREGADO, FIXADO POR MEIO DE TRÊS INSTRUMENTOS: 1) ACORDO COLETIVO DE TRABALHO; 2) CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO; 3) SENTENÇA NORMATIVA (PROFERIDA EM CASO DE DISSÍDIO COLETIVO)
B. A REPRESENTAÇÃO DOS ADV. EMPREGADOS EM MATÉRIA TRABALHISTA COMPETE AO SINDICATO DE ADVOGADOS; OU À FEDERAÇÃO OU CONFEDERAÇÃO DE ADVOGADOS. NÃO É RESPONSABILIDADE DA OAB – É DO SINDICATO!!!!
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. (ART.12, REGIMENTO GERAL DA OAB, CONSIDERA-SE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA O REGIME DE TRABALHO QUE FOR EXPRESSAMENTE PREVISTO EM CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO.
- em CASO DE cláusula de DEDICAÇÃO EXCLUSIVA, SERÃO REMUNERADAS COMO EXTRAORDINÁRIAS AS HORAS TRABALHADAS QUE EXCEDEREM A JORNADA DE OITO HORAS DIÁRIAS (ART. 12, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO GERAL DA OAB) – dedicação exclusiva (8h diárias – 40h semanais)
§1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. 
§2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito. 
A) NA CLT É 50%
“SERÃO REMUNERADAS COMO EXTRAORDINÁRIAS AS HORAS TRABALHADAS QUE EXCEDEREM A JORNADA DE OITO HORAS DIÁRIAS” (ART. 12, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO GERAL DA OAB)
§3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até às cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.
NA CLT (22H às 5H) – (20% ADICIONAL)
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. 
OBS: CONFORME PREVISTO NO REGULAMENTO GERAL DA OAB, OS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA NÃO POSSUEM CARÁTER SALARIAL E, DESSA FORMA, NÃO INTEGRAM A REMUNERAÇÃO DO ADVOGADO PARA EFEITOS TRABALHISTAS OU PREVIDENCIÁRIOS.
Parágrafo único - Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo. �
- honorários de sucumbência pertencem ao advogado ou advogado empregado se não existir convenção expressa em contrário.
- Os honorários de sucumbência pertencem à parte vencedora se houver contrato ou convenção individual ou coletiva que assim Estabeleçam.
- OS DEMAIS DIREITOS TRABALHISTAS NÃO PREVISTOS NO EOAB OU NO REGULAMENTO GERAL DA OAB DECORREM DA CLT, JÁ QUE O ADV. EMPREGADO E CONSIDERADO UM EMPREGADO URBANO NOS TERMOS DO ART. 3º DA CONSOLIDAÇÃO.
�
CAPÍTULO VI
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
- OS PRINCÍPIOS DA DIGNIDADE E DA INDEPENDÊNCIA PROFISSIONAL IMPÕEM UM PISO DE VALORES, PARA EVITAR O AVILTAMENTO PROFISSIONAL, E TAMBÉM LIMITAM EXCESSOS REMUNERATÓRIOS, PARA CONTER OS IMPULSOS MERCANTILISTAS. DEVE RESPEITAR A TABELA DE HONORÁRIOS – ELABORADAS PELO CONSELHO SECCIONAL – VARIÁVEIS CONFORME REGIÃO.
85, § 19, CPC – ver posicionamento doutrinário sobre os adv. Públicos.
- FUNÇÃO DA TABELA DE HONORÁRIOS:
A) ESTABELECER PARÂMETROS ACEITÁVEIS AO MERCADO(CONDIÇÃO SOCIAL) E ÉTICAMENTE ACEITÁVEIS
B) EVITA AVILTAMENTO(DESONRA\ BAIXEZA) E PRÁTICAS DE CONCORRÊNCIAS DESLEAIS. – NÃO ESTABELECE UM TETO OU LIMITE MÁXIMO – VER ART. 36 CED
- A FIXAÇÃO ABAIXO É PROIBIDA (ART. 22, § 5º, EOAB; ART. 48, § 6º DO CED) – ART. 36, II E III, DO EOAB
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.
(...)
§ 5o O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de mandato outorgado por advogado para defesa em processo oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da profissão. NOS CASOS EM QUE É POSSÍVEL O DESAGRAVO PÚBLICO.
Art. 48, CED
§ 6º Deverá o advogado observar o valor mínimo da Tabela de Honorários instituída pelo respectivo Conselho Seccional onde for realizado o serviço, inclusive aquele referente às diligências, sob pena de caracterizar-se aviltamento de honorários.
- DIFICULDADES FINANCEIRAS DE CLIENTES NÃO JUSTIFICAM A EXCEÇÃO. CABE A ESTADO GARANTIR A ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – ATRAVÉS DA DEFENSORIA E PELOS CONVÊNIOS FIRMADOS COM A OAB – PARA RESSARCIMENTO DE HONORÁRIOS AOS ADVOGADOS INTEGRANTES DA ASSISTÊNCIA
Na prática, se o adv. Não quiser cobrar os honorários – vai se valer da lei 1.050\(?) ATESTADO DE POBREZA – DECLARAÇÃO DE POBREZA (JURIDICAMENTE NECESSITADO)
- É POSSÍVEL O ADVOGADO TRABALHAR SEM REMUNERAÇÃO? SIM. COMO EXCEÇÃO PARA EVITAR CONCORRÊNCIA DESLEAL – EXCEÇÃO: art. 22,§ 5º EOAB. E ADVOCACIA PRO BONO – CONFORME CED ART. 30 E SEUS PARÁGRAFOS.
- VER ART. 48 E SEGUINTES DO CED. SOBRE HONORÁRIOS.
- HONORÁRIOS QUOTA LITIS ART. 50 CED – AQUELE EM QUE HÁ PARTICIPAÇÃO DO ADV NO RESULADO OU GANHO DECORRENTE DA DEMANDA. CONTRATO VINCULADO AO ÊXITO
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados (contratuais- estipulados preferencialmente em contrato escrito, com eficácia de título executivo extrajudicial), aos fixados por arbitramento judicial (processo judicial caso não exista contrato escrito ou haja desacordo entre cliente e advogado) e aos de sucumbência (ESTIPULADO EM SENTENÇA, PELO JUIZ DA CAUSA, EM FAVOR DO ADVOGADO DA PARTE VENCEDORA, A SER PAGA PELA PARTE VENCIDA – ART. 20, CPC). 
§1º O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado. 
§2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. VER ARTS 48 e 49 DO CED
§3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final. 
§4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. 
JUNTA NOS AUTOS O CONTRATO DE HONORÁRIOS – PERMITE AO MAGISTRADO RESERVAR AO ADVOGADO – CREDOR, O MONTANTE CORRESPONDENTE, DESCONTADO DE EVENTUAIS DEPÓSITOS JUDICIAIS EM NOME DA PARTE. (EX. SINSEPOL)
§5º O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de mandato outorgado por advogado para defesa em processo oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da profissão. \ NAQUELES CASOS EM QUE CABE DESAGRAVO PÚBLICO.
Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer queo precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. 
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que o estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial. PORQUE TEM CARÁTER ALIMENTAR
§1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier. 
§2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou representantes legais. 
(SEM EFEITO-ADIN) §3º É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência. �
- A) OS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA PERTENCEM AO ADV., NÃO HAVENDO PREVISÃO EM CONTRÁRIO; O STF, NA ADIN 1.194 – ADMITIU A POSSIBILIDADE DE DISPOSIÇÃO, PELO ADV. DA VERBA SUCUMBENCIAL – DIREITO DISPONÍVEL (PORTANTO, ADMITE ACORDO ENTRE AS PARTES)
B) PODE TRANSFERIR A TITULARIDADE PARA A SOCIEDADE.
§4º O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os convencionados, quer os concedidos por sentença. 
Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo: 
I - do vencimento do contrato, se houver; 
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação; 
V - da renúncia ou revogação do mandato. 
Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele (art. 34, XXI).57
Art. 26. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento. 
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CAPÍTULO VII (atualizado até AQUI)
DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia. 
- EXISTEM PROFISSÕES QUE PARA SEREM DESEMPENHADAS DE FORMA REGULAR, DEVEM SER OBSERVADOS REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES ESTABELECIDAS NA LEI (ART. 5º, XIII(13) C/C 22, XVI(16), CF).
- OS ATOS PRIVATIVOS DE ADVOCACIA PRATICADOS POR ADVOGADOS IMPEDIDOS, NO ÂMBITO DO IMPEDIMENTO, SÃO CONSIDERADOS NULOS; BEM COMO PARA AQUELE QUE PASSAR A EXERCER ATIVIDADE INCOMPATÍVEL (ART. 4º, PARÁGRAFO ÚNICO, EOAB).
-A NULIDADE DO ATO NÃO EXCLUI A RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL. 
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: 
- ESSE ARTIGO PROÍBE O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE – NOS CASOS DO ARTIGO 30 – OCORRE LIMITAÇÃO (IMPEDIMENTO)
- SÃO ATIVIDADES INCOMPATÍVEIS COM A ADVOCACIA AQUELAS QUE POSSIBILITAM PRIVILÉGIOS CAPAZES DE DESEQUILIBRAR AS OPORTUNIDADES PROFISSIONAIS E GERAR CONCORRÊNCIA DESLEAL, TAIS COMO CAPTAÇÃO DE CLIENTELA, FACILIDADE DE ACESSO E TRÁFICO DE INFLUÊNCIA.
- O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE INCOMPATÍVEL EM CARÁTER DEFINITIVO, CONSTITUI HIPÓTESE DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DO PROFISSIONAL (ART.11, IV DO EOAB)
- O Estatuto optou por uma numeração taxativa, sem possibilidade de acréscimos mediante Provimento. As hipóteses são as referidas na lei, e apenas estas.
- Mantiveram-se as hipóteses clássicas ou tradicionais relacionadas ao exercício da advocacia, não só por insuportável conflito de interesses, mas, por fortes motivações éticas, quando a função importa exercício de poder decisório relevante – afetando o princípio da igualdade de oportunidades profissionais.
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
- A INCOMPATIBILIDADE É REFERIDA AO CARGO. É IRRELEVANTE QUE O SEU TITULAR ESTEJA DESEMPENHANDO ATIVIDADES DE OUTRO CARGO, OU DESVIADO DE FUNÇÃO. 
APENAS CESSA A INCOMPATIBILIDADE QUANDO DEIXAR O CARGO, POR APOSENTADORIA, MORTE, RENÚNCIA OU EXONERAÇÃO.
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; 
- PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GOVERNADOR DE ESTADO E PREFEITO MUNICIPAL E SEUS RESPECTIVOS VICES.
MEMBROS DAS MESAS DO CONGRESSO NACIONAL, SENADO FEDERAL, CÂMARA DOS DEPUTADOS, ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS, CÂMARAS MUNICIPAIS. 
Em razão da necessidade de terem dedicação exclusiva para o desempenho das atividades do cargo para o qual foram eleitos, por confiança do povo, não podem ter permissão para advogar, sendo incompatíveis com a advocacia, conforme art. 28, inciso I do Estatuto da Advocacia. 
            Ademais, por razões de ordem ética, para prevenir a corrupção da advocacia, é justo que se proíba totalmente o exercício da advocacia por tais pessoas, porque possuem enorme poder sobre direitos e interesses de terceiros, buscando-se, assim, evitar que barganhas sejam feitas ilegalmente, através do exercício da advocacia, manchando-se esta nobre profissão. Evita-se também a captação de clientela. 
Quanto ao Poder Legislativo, temos: na União (compondo o Congresso Nacional), os Senadores da República e os Deputados Federais; nos Estados, os Deputados Estaduais; no Distrito Federal, os Deputados Distritais; e nos Municípios, os Vereadores. Nenhum deles é incompatível com a advocacia em razão de tais mandatos eletivos. Porém, passarão a sê-lo caso sejam eleitos para compor a Mesa do Poder Legislativo respectivo, independentemente do cargo que nela venham a ocupar, por ser a Mesa um órgão diretor. Exemplificativamente, são incompatíveis com a advocacia o Presidente da Mesa da Casa Legislativa, o Vice-Presidente, os Secretários, e assim por diante, a depender da organização interna de cada uma, e também seus substitutos legais.
            As incompatibilidades previstas no inciso I do art. 28 do Estatuto são todas de natureza temporária, gerando meramente a licença do advogado, e não o cancelamento da inscrição. Em caso de reeleição, ou sendo o mesmo eleito para novo cargo que também gere incompatibilidade com a advocacia, prorroga-se o licenciamento junto à OAB. 
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta;� 
Essas são as hipóteses de incompatibilidade do inciso II do art. 28 do Estatuto, e referem-se às situações em que o indivíduo está vinculado a cargo, emprego ou função em que, ou tem poderes de influência sobre a vida das pessoas (Membros de órgãos do Poder Judiciário, dos Tribunais e Conselhos de Contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgão de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta), ou porque devam ser absolutamente imparciais no trato com direitos e interesses de terceiros (membros do Ministério Público), ou as duas coisas juntas.
            Os membros do Poder Judiciário, incluindo-se os juízes de primeira instância, desembargadores e Ministros dos Tribunais Superiores e do Supremo Tribunal Federal, possuem vedação ao exercício da advocacia, pelas óbvias razões de que são julgadores. Não poderiam ligar-se à advocacia, atividade essencialmente parcial, quando exercem atividade imparcial por excelência.
            Ademais, magistrado exercendo a advocacia daria ensejo, possivelmente, ou a atos de privilégios, por conhecer os servidores dos fóruns, assim como aos demais magistrados, ou daria ensejo a comentários maldosos que rebaixariam a condição da advocacia no tecido social. Além disso, haveria uma captação de clientela fenomenal, prejudicando a classe dos advogados, ainda que involuntária por parte do magistrado, pois a população de uma forma geral acreditaria estar melhor defendidapor um "advogado-juiz", pelas facilidades que o juiz teria perante o Poder Judiciário.
            Os juízes de paz não exercem função jurisdicional, porém podem mediar conflitos, atividade para a qual se exige a imparcialidade. Além disso, são eleitos pelos cidadãos pelo voto direto, e recebem remuneração do Poder Público, razões pelas quais devem realmente ser obrigados à exclusividade, sendo-lhes vedado por completo o exercício da advocacia.
            Quanto aos membros do Ministério Público, a Lei Complementar n.º 75/1993 (art. 237, inciso II) diz que é vedado, ao membro do Ministério Público da União, o exercício da advocacia, e a Lei Federal n.º 8.625/1993 (art. 44, inciso II) estende aos membros, do Ministério Público dos Estados, idêntica proibição.
            Ressalto, porém, que o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias previu, no art. 29, §3º, que o Membro do Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição poderia optar pelo regime anterior no que respeita às garantias e vantagens, observando-se, quanto às vedações, a situação jurídica na data desta. Por isso é que o art. 83 do Estatuto da Advocacia dispõe claramente: 
            "Não se aplica o disposto no artigo 28, inciso II, desta Lei, aos membros do Ministério Público que, na data de promulgação da Constituição, se incluam na previsão do artigo 29, § 3º, do seu Ato das Disposições Constitucionais Transitórias."
            Assim, é possível deparar-se com um membro do Ministério Público advogando legalmente, porque norma de natureza constitucional lhe conferiu tal direito, que, como aliás não poderia deixar de ser, foi mantido pelo Estatuto da Advocacia.
            Veja-se, ainda, que o inciso II do art. 28 do Estatuto declara incompatível com a advocacia o membro do Ministério Público (Promotor de Justiça, Procurador de Justiça, Procurador da República, Procurador do Trabalho, etc...), não se incluindo aí, portanto, o servidor, que se enquadra em outra hipótese, apenas de impedimento, conforme veremos.
            Quanto aos Tribunais de Contas, no caso do Tribunal de Contas da União, a CF/88 expressamente dispõe que (art. 73, §3º): 
            "Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do artigo 40. (Redação dada ao parágrafo pela Emenda Constitucional nº 20/98, DOU 16.12.1998).
            Portanto, se aos ministros do STJ aplica-se a total proibição de exercer a advocacia, diferente não ocorre com os Ministros dos Tribunais de Constas da União. Pelo princípio da simetria constitucional, o mesmo se aplica ao Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, por analogia aos Desembargadores dos Tribunais de Justiça.
            A fiscalização do Município é exercida pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal e, mediante controle externo, pelo Poder Legislativo Municipal, na forma da lei, sendo este último exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Verificam-se Tribunais de Contas dos Municípios em São Paulo e Rio de Janeiro. Assim, os seus membros serão incompatíveis com a advocacia.
            A incompatibilidade é necessária porque os Tribunais e Conselhos de Contas possuem função de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nas respectivas áreas de competência) e das entidades da administração direta e indireta dos mesmos, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, e seria impossível conciliar a imparcialidade e a autoridade que tais funções exigem com atividades de advocacia. 
            O Estatuto dispõe especificamente sobre essa classe de pessoas, porque apesar do nome, Tribunal de Contas não é órgão do Poder Judiciário, mas sim do Poder Legislativo, de maneira que não estariam abrangidos na incompatibilidade prevista anteriormente para membros do Poder Judiciário, sendo necessária a menção expressa. Por sua vez, o termo "membros" utilizado pelo inciso II do art. 28 do Estatuto, ao se referir a Tribunais e Conselhos de Contas, abrange os Ministros e Conselheiros, respectivamente, mas também os auditores, até porque estes podem eventualmente vir a substituir aqueles em sessões de julgamento.
            Todavia, não se considera incompatível com a advocacia o servidor dos Tribunais e Conselhos de Contas, sendo caso de mero impedimento de advogar contra a Fazenda Pública que lhe remunere. A esse respeito, decidiu o Conselho Federal da OAB, no Proc. 4.9992/96/PC, Relator o Conselheiro Paulo Luiz Netto Lobo:
            "Incompatíveis com o exercício da advocacia são os Conselheiros e Auditores que possam substituí-los (art. 28, II, da Lei 8.906/94). Todos os demais servidores dos Tribunais e Conselhos de Contas estão dispensados sujeitos aos impedimentos previstos no art. 30, I, da Lei 8.906/94. Precedente de uniformização de jurisprudência." (Proc. 005.139/97/PCA-MS, Rel. Paulo Luiz Netto Lôbo, j. 20.10.97, DJ 05.11.98, p. 56922)
            Sobre os que exerçam função de julgamento em órgão de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta, incide a proibição total de exercício da advocacia.
            DIÓGENES GASPARINI ensina magistralmente:
            "Colegiados são os órgãos de que decidem e agem pela manifestação de vontade da maioria de seus membros. Destarte,não há prevalência da vontade individual de seu dirigente, designado, quase sempre, de presidente. Essa vontade é a resultante de um procedimento que observa: convocação dos membros, conhecimento prévio da pauta a sofrer deliberação, verificação de presença para instalação, verificação dos impedimentos, sessão, discussão, votação e proclamação do resultado." [04]
            Apesar da regra geral, nesses casos, ser a incompatibilidade, o Regulamento Geral (art. 8º), diz que a incompatibilidade prevista no art. 28, II, do Estatuto, não se aplica aos advogados que participam dos órgãos nele referidos, na qualidade de titulares ou suplentes, como representantes dos advogados.
            Assim, são duas as hipóteses:
            1º) Se o advogado integra órgão de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta, lá tendo poderes de julgamento, torna-se incompatível para o exercício da advocacia; 
            2º) Mas, se toma assento para representar exatamente a classe dos advogados, não se tornará incompatível com a advocacia.
            O objetivo é evidente: ter quem defenda os interesses dos advogados perante os órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta. Gerando-se a incompatibilidade, ninguém aceitaria investir-se de representante dos advogados perante tais órgãos. Ademais, o advogado lá estará no interesse de toda a classe, desenvolvendo relevante função.
            No entanto, para preservar a moralidade, o §1º do art. 8º do Regulamento estabelece que fica o advogado, que representa sua classe, impedido de exercer a advocacia perante os órgãos em que atua, enquanto durar a investidura (note-se que é apenas caso de impedimento, não de incompatibilidade).
            Quanto aos juízes classistas, existiam no âmbito da Justiça do Trabalho e eram incompatíveis com a advocacia durante o prazo do mandato (incompatibilidade temporária). Porém, como os cargos de juízes classistas foram extintos pela Emenda Constitucional n.º 24 de 1999, não há mais por que se ocupar disso.
Como se sabe, a Justiça Eleitoral é a única para a qual não se realiza concurso público para ingresso em seus quadros como membro (magistrado), pois os juízes eleitorais são escolhidos para servir na Justiça Eleitoral, por prazo determinado, dentre membros de outrascarreiras do Judiciário, onde foram legal e constitucionalmente investidos, o que favorece a dinâmica de rotatividade no poder e evita a corrupção de juízes eleitorais ou sua vinculação moral com determinadas correntes políticas. 
            De fato, a Constituição Federal de 1988 (art. 121, §2º) estabelece que juízes de tribunais eleitorais servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
            Vê-se, porém, que também compõem os quadros da Justiça Eleitoral, advogados indicados para tal fim, que figuram na qualidade de magistrados. 
Assim, o Tribunal Superior Eleitoral tem no mínimo sete membros, escolhidos, mediante eleição, pelo voto secreto, sendo três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça e, por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal (CF/88, art. 119). 
Já no Tribunal Regional Eleitoral, existente um na capital de cada Estado e no Distrito Federal, a composição será, mediante eleição, pelo voto secreto, de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça, de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo e, por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
            Nesse caso, o STF, na liminar concedida na ADIN n.º 1.127-8, afastou a incompatibilidade prevista no inciso II do art. 28 do Estatuto, para dizer que não se tornam incompatíveis os membros da Justiça Eleitoral provenientes da advocacia, ressalvando-se impedimento de advogar perante a própria Justiça Eleitoral e contra a Fazenda Pública Federal.
            Não andou bem, a meu ver, o STF com essa decisão, porque se o motivo é que os magistrados eleitorais provenientes da advocacia exercem cargo temporário, nesta situação também se encontram os Chefes do Poder Executivo e os que integram a Mesa de Poder Legislativo, de maneira que, por não existir subordinação entre os Poderes da União, a situação deveria ser a mesma. Dever-se-ia, salvo melhor juízo, aplicar ao caso a letra da lei, para causar a incompatibilidade do magistrado eleitoral, ainda que proveniente da advocacia e por tempo limitado, porque a situação é de mesma razão jurídica, com o agravante de que o magistrado eleitoral proveniente da advocacia ocupará Tribunal Eleitoral (Regional ou Superior), tendo muitas vezes participação direta no pleito eleitoral e nas questões pertinentes a mandatos de cargos eletivos, inclusive em grau recursal, fundamentais numa República democrática. Tais atribuições de relevância, a meu ver, não se coadunam com a parcialidade da advocacia.
            Ademais, inaceitável o posicionamento do STF porque se a lei dispõe que é incompatível com a advocacia quem exerça função de julgamento em órgão de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta, sendo tal vedação aceita pelo Excelso Pretório, como pode que aquele que participa de órgão de natureza jurisdicional e de caráter eleitoral, também colegiado, como são os Tribunais, possa exercer a advocacia? A hipótese se me afigura desproporcional.
            No entanto, apesar das críticas acima, prevalece evidentemente a decisão do STF, de maneira que os magistrados eleitorais provenientes da advocacia, que integrem Tribunais Regionais Eleitorais ou o próprio Tribunal Superior Eleitoral na qualidade de juristas, terão apenas impedimento ao exercício da advocacia (não podendo advogar perante o próprio Tribunal nem contra a Fazenda Pública que lhe remunere), estando livre o exercício da atividade advocatícia nas demais hipóteses, não se lhes aplicando a incompatibilidade que se verifica às demais espécies de magistrados.
O JUIZ CONCURSADO RECEBE SUAS REMUNERAÇÕES NORMAIS E MAIS OS TRÊS MIL COM O ACÚMUILO DA FUNÇÃO....
NOS TRIBUNAIS DOIS ANOS MAIS DOIS 
NO PRIMEIRO GRAU UMA VEZ SÓ – UM BIÊNIO.
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; 
anote
A preocupação no Estatuto ocorre mais com a função de DIREÇÃO “que detenha poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro”. Portanto, não é qualquer cargo que concretiza a hipótese, mesmo quando seu titular seja denominado “diretor”. O cargo pode ser de direção, assessoramento superior, coordenação, superintendência, gerência, administração, MAS PARA QUE HAJA INCOMPATIBILIDADE haverá de deter poder de decisão relevante que afete direitos e obrigações de terceiros.
ENTÃO, dada a multiplicidade e variedade desses cargos ou funções, caberá ao Conselho competente da OAB, determinar sobre a incompatibilidade. (ART. 28, § 2º, EOAB)
Assim, não importa o nome da ocupação: coordenador, gerente, administrador, superintendente, diretor, chefe, e assim por diante, merecem análise. Será incompatível, porém, apenas aquele que tenha poderes sobre interesses de terceiros, conforme §2º do art. 28 do Estatuto, do contrário não haverá incompatibilidade com a advocacia, mas apenas impedimento, e ainda assim se for o caso.Vejamos:
            EMENTA DO CONSELHO FEDERAL DA OAB: Ementa 001/2003/PCA. Cargo de Chefia - Poder sobre subordinados, não afetando direitos e obrigações de terceiros. Aplicação da Regra do § 2º do art. 28 da Lei 8.906/94 do caso concreto - Provimento do Recurso - Inscrição concedida com impedimentos. (Recurso nº 0292/2002/PCA-SP. Relator: Conselheiro Aristófanes Bezerra de Castro Filho (AM). Pedido de Vista: Conselheiro Edgard Luiz Cavalcanti de Albuquerque (PR), julgamento: 10.02.2003, por maioria, DJ 14.02.2003, p. 706, S1); 
            EMENTA DO CONSELHO FEDERAL DA OAB: Ementa 029/2002/PCA. Assessor Especial de Controle Interno. Prefeitura Municipal de Itu. Lei Municipal nº 3.710, de 10.02.95. Inexistência da incompatibilidade prescrita no art. 28, III do EAOAB. Impedimento. Não há incompatibilidade entre as atribuições do cargo de Assessor Especial de Controle Interno da Prefeitura de Itu que não detém poder de decisão relevante sobre interesses de terceiros e o exercício da advocacia. Hipótese que caracteriza impedimento, na forma prevista no art. 30, I, da Lei nº 8.906/94. (Recurso nº 0033/2002/PCA-SP. Relator: Conselheira Ana Maria Morais (GO). Pedido de Vista: Conselheiro João Otávio de Noronha (MG), julgamento: 22.04.2002, por maioria, DJ 24.05.2002, p. 344, S1). 
            Dito isto, passo a fazer duas observações que julgo pertinentes ao tema em comento.
            Primeiramente, surge a indagação: e o diretor de departamento jurídico, torna-se incompatível com a advocacia? Esta é a única hipótese a que não se aplica o inciso III do art. 28 do Estatuto, porque se o diretor jurídico, ao assumir o cargo, passar a ser incompatível com a advocacia (e aqui quero lembrar que isso implicaria em sequer poder prestar assessoria ou consultoria jurídica interna), todo o objetivo buscado com o Estatuto, ao estabelecer ser privativo de advogado o cargo de direção jurídica, cairia por terra, e se tornaria inócuo, pois como admitir um advogado para cargo de direção jurídica que ficará, em razão do cargo mesmo, incompatível com a advocacia? Não me olvidando desta hipótese, entendo que o Estatuto fez expressa menção a essa situação (art. 29), que terei oportunidade de comentar mais adiante.
            Porém, se o advogado assume, nos órgãos ou pessoas morais elencados no inciso III do art. 28 do Estatuto, cargo de direção que não seja de direção jurídica, e sim de outro setor, departamento, ou mesmo de direção geral,

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