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Relatório da obra O Cortiço

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A obra O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, é um romance de tese, onde o comportamento dos personagens é determinado por influência do meio, da raça e do momento histórico em que ele se insere. 
Os personagens desta obra não são considerados complexos do ponto de vista psicológico. Os personagens de O Cortiço servem para configurar tipos sociais, são personagens psicologicamente superficiais. Eles representam diferentes tipos sociais, como: capitalista, trabalhador escravo, burguês, trabalhador disciplinado, mulher europeia, mulher brasileira, entre outros. Vale lembrar também que no livro ocorre animalização ou zoomorfização, que consiste em tratar as pessoas como se estas fossem animais. Comparando as ações das personagens com ações ou características típicas dos animais.
Esta é uma obra naturalista, o naturalismo aborda assuntos como: a miséria, adultério, crimes, problemas sociais, assim como a coletividade. Devido as ações acontecerem de forma muito dinâmica no ambiente, o coletivo, ou seja, o cortiço, acaba por “ganhar vida”, tal como um personagem. O coletivo é tratado como prioridade, é por isso que o cortiço assume um papel de personagem principal da obra.
O narrador desta obra é onisciente, ou seja, que conta a história em terceira pessoa, o que permite que ele entre na mente, nos pensamentos das personagens, desvendando suas intenções e características. A obra apresenta tempo linear, com começo, meio e fim, ao que tudo indica a obra representa o Brasil do século XIX.
O Cortiço apresenta muitas críticas sociais como o trabalho escravo, a ambição, a inveja, condições de vida precárias, desigualdade social, a influência do meio sobre o homem, a degradação humana a partir da mistura de raças, o preconceito baseado na orientação sexual, dentre outros. A partir desta obra podemos fazer uma análise sobre as condições de vida precárias em que viviam os moradores dos cortiços, as diferentes personalidades existentes e como cada uma aproveita as oportunidades ou ainda como criam essas oportunidades. A obra ressalta o fato de que o meio pode influenciar o homem, o autor foi considerado um cientista da literatura, já que sua obra se assemelha a um experimento, com o objetivo de descobrir como o ser humano responde aos estímulos de determinado ambiente. A obra é de extrema importância não só para graduandos ou vestibulandos, mas sim para todos aqueles que apreciam a literatura, o conhecimento adquirido através dela, e os questionamentos que a obra provoca. Um verdadeiro relato da vida dos moradores de cortiços, apresentando características muito realistas do ambiente e dos tipos sociais da época, abarcando críticas sociais que perduram até nos dias atuais.

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