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Ritmos Biológicos

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Glândula pineal do Epitálamo: o temporizador ultradiano
A nrelatolrina quc tcnl o arninoáciclo tlil:rtolàno conro plecursor e sintetizada pcla glândula pineal
quando o Íbloperíodor se tonla longo. L,ssa glândula situa-se atrás do tiilarno e colnpona-se conro uÍn
ternporizadol de longr. praz-o nronitorando a dr.rlaçrio c1o fotoper'íodo sazonal. Dcssa forrna. parece
orquestrar os ritmos r"rltlaclianos conro o ciclo ovulatririo. a hibcnraçào^ etc. E quetn controlaria a glilndula
pinea l')
O núcleo supraquiasnráÍico (NSQ) Íàz sinapse cor.n outros núclcos hipotalânricos colno o trúcleo
pararentricular cluc crrria arôrrios para a rncdula ao ní'u,el de TI a T2. inÍlLrcrrciartdo os neut'onios plc-
ganulionares sirnpalicos. Os ncur'ônios pris-ganglionares. por sua vcz. irrervattr a glândula pineal. ct!a
atir idade resulta na síntese e libet'ação de melatonirra. /\ redLrção do Íbtoperioclo durante o outorlo
aurlrerlla o tônus sinrpático (lernbrc-se cluc os neurônios do NSQ são inibitórios) e corlro consecliiência
ílunrcntii gradativanrcntc a nrelatonina circulanle. O aunrento de rnelirtonina reduz a Íirnção gonadal e a
sLtspende Iernpolariarnente a atividade reprodutiva durante o inverno erl r'árias especies cle nranríferos e
cle aves. Os seres hunranos nào estão suleitos aos eÍ-eitos sazonais do tenrporizador externo na
deternrinaçiio clo ciclo rcploclutivo. entretanto. a redução de luminosiclade causa a indtrção de sotto.
Ritmos Bicl*Eic*s
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relegio biológico end*ge:ro q*e tr-r*li:r:{1;-i L-l cuttr* a;L1tlíl-
yiqiliil * üillrrlt r:tt;ti-r:-;t ! :: hr i-tr-, rtlt,q,+ e":,.ir-,lel:* qt;e
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ritPüTÀLAM* §fdê Íãfttáíilr,:r
I§5íJ N. 5:*.rar,**rtrrir:z;lar : ilr*-§arr87i*arar pÚs-qafll|':raril-{{:L=4iü--
SISTEMAS MODULADORES
A alternância entre os estados de vigília e de sono, à primeira vista, nos dá a impressão de que
o sono parece ser um fenômeno passivo, como se estivéssemos sendo desligados
passivamente. Esse "desligamento" ou perda temporária da nossa consciência é ativamente
induzido. Para compreendermos os mecanismos neurais do sono, precisamos conhecer outros
circuitos neurais que agem modulando difusamente (amplamente) o SNC. Além de circuitos
neurais específicos (sensorial e motor), o SNC possui conexóes nervosas amplamente
espalhadas que "ligam" e "desligam" várias regióes do cérebro ao mesmo tempo, De fato,
quando adormecemos, o fazemos de uma única vez. os vários circuitos, visual, auditivo,
olfativo, motor, etc. não são "desligados" um a um. lsso sugere que deve existir um sistema
atenuador/ativador geral de todo o sistema nervoso central. Graças à atividade desse
sistema, o nosso estado de consciência e o desempenho comportamental podem variar ao
longo de um dia: acordados, podemos estar bastante dispostos e atentos fazendo inúmeras
atividades. Logo estamos menos atentos e com menos movimentos, quase sonolentos e
jogados numa poltrona com uma preguiça danada. Em seguida os olhos se fecham e
comeÇamos a dormir.
CICLO UGíLIA-SONO
Vigília: estado em que uma pessoa responde facilmente aos estímulos sensoriais ambientais e
comporta-se ativamente manifestando padrões locomotores e expressões cognitivas. A postura
é muito dinâmica e muda constantemente apoiada em tônus muscular bastante variável.
Sono: estado de consciência complementar ao de vigília que proporciona repouso, durante o
qual ocorre a suspensão temporária da atividade perceptivo-sensorial e motora voluntária.
Neste estado a pessoa fica com elevado limiar de resposta aos estímulos ambientais (não e
fácil acordar alguém) e apresenta atividade motora reduzida (não se locomove).
Durante o sono o individuo está inconsciente e as pesquisas são realizadas monitorando-se
parâmetros fisiologicos como:
\ a)Atividade cerebral, através da eletroencefalografia (EEG);) O1 fOnus muscular cervical (eletromiografia; EMG) e os movimentos oculares (eletro-
' oculograma; EOG)
c) Parâmetros viscerais cardíacos e respiratórios
Quando estamos acordados e atentos o EEG apresenta amplitude baixa e freqüência em torno
de 14Hz e a medida que vamos ficando sonolentos a freqüência vai diminuído e a amplitude
das ondas, aumentando.
Fases do Sono
O sono está longe de ser um fenômeno homogêneo. Assim como a nossa atenção varia ao
longo do dia, o sono apresenta diferentes estágios cuja facilidade com que somos
despertados varia. Os estágios.do sono foram identificados conforme os padrôes do EEG
levando-se em consideração a freqüência e a amplitude das ondas cerebrais. Na prática o
sono é dividido em sono de ondas lentas (maior parte do sono) e sono paradoxal.
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A medida que o sono atinge o estágio lV vai ficando mais difícil de despertar a pessoa O sono
de ondas lentas parece estar particularmente delineado para o repouso. O tônus muscular está
reduzido e o movimento do corpo é mÍnimo Ocorrem reduçÕes da temperatura corporal e do
consumo de oxigênio (redução do metabolismo) e aumento da atividade parassimpática. A
presença de ondas lentas e de grande amplitude indica que os neurônios corticais estão
sincronizados e as entradas sensoriais externas estão "funcionalmente" bloqueadas para o
cofiex.
Gradativamente, o sono passa do estágio 4, 3 para o 2 seguidos de um episodio bastante
especial onde o EEG se torna semelhante ao do individuo acordado, ou seja, totalmente
dessicronizado. A esse episodio do sono que se repete umas 4 a 5 vezes durante uma noite de
sono chamou-se sono paradoxal. O termo paradoxal justifica-se, pois além das ondas do EEG
ficarem dessicronizadas, os olhos, mesmo com as pálpebras fechadas, se movem rapidamente
(REM = rapid eyes movenents) enquanto o restante da musculatura esquelética mantém-se
totalmente atônico Por isso esse sono é chamado também de sono REM. Assim, mais ou
menos 70 a 90 min depors do inÍcio do sono ocorre o primeiro episodio de sono REM (durando
de 5 a'l 5 minutos). A figura mostra que à medida que se aproxima a hora de despertar, a
duração do sono REM aumenta e não ocorrem mais os estágios 3 e 4.
Durante o sono REM ocorrem os sonhos, aumentos do metabolismo das células nervosas e
da atividade simpática Relatamos o sonho como sendo experiências sensoriais vívidas, porém
muitas vezes bizarras e ilogicas. Nos episodios de sono REM ocorrem alteraçÕes de atividades
viscerais como o pênis e o clitóris ficarem ingurgitados e eretos, mas sem que o sonho tenha
necessariamente conteúdo sexual.
A duração total do sono varia conforme a idade assim como a duração do sono REM: na
criança pode representar 80% e no adulto, de 25 a 30% e no idoso podendo chegar a 10 a
15%.
Quanto tempo devemos dormir?
A média de duração para adultos está entre 7 e 8,5 horas por noite mas há diferenças
individuais. algumas pessoas dormem apenas de 4 a 5 horas por noite, outras de 9 a 10 horas.
O importante e a qualidade do sono natural de cada individuo, isto é, ao acordar sentir-se
restabelecido fisicamente e psicologicamente, não importando a duração total do sono.
A§ pessoas que demoram para "pegar no sono" ou que despertam muitas vezes durante o
sono podem estar sofrendo de insônia. Por outro lado há os que dormem com facilidade, mas
sofrem com a privação de sono seja porque o sono é interrompido periodicamente (plantonista,
os roncadores, etc) ou porque não dormiu o total de sono que lhe é natural (como devido às
baladas, etc.). A privação de sono leva à fadiga, cansaço, distúrbios de humor e desconforto
social.
Mecanismos neurais ds€ono
Já vimos que a afwfdíde do córtex é controlada por pequenos grupos de neurônios
moduladores situados mais profundamente no encéfalo. Esses grupos de neurônios ativam o
cortex alterando o seu nível de excitabilidade e regulando o fluxo de informações sensoriais. As
evidências de que o tronco encefálico possui populações de neurônios envolvidos com a
regulação do ciclo sono-vigilia sáo baseados em dados de lesão, estimulação e registros de
atividade elétrica em diferentes estados do sono.
O tálamo e o ciclo sono-vigilia
Os núcleos tálamo que tem projeção no córtex comportam-se de duas maneiras:
a) modo de transmissão, é típico do estado de vigília e
b) modo de disparo em salvas, típico do estado de sono
No modo de transmissão os relês tálamo-corticais respondem continuamente aos estímulos
do ambiente e essa via encontra-se extremamente facilitada (potencial de membrana mais
próximo do limiar) por meio de sinapses excitatórias glutamatergicas: é o que esperamos para
um individuo que está acordado. Assim, durante a vigília os dendritos dos neurônios corticais
são maciçamente bombardeados por aferências talâmicas, tornando o EEG bastante
dessicronizado (ondas rápidas e de baixa amplitude) ou seja, várias áreas corticais estão em
operação.
No modo de disparo em salvas, os relês tálam-o-corticais estão inexcitáveis (hiperpolarizados).
Acontece que esses neurônios talâmicos possuem canais de Ca** voltagem-dependentes,
mas quando há hiperpolarizaçào da membrana. (durante a vigília, quando a membrana está
mais excitável esses canais estão silenciosos). Quando são hiperpolarizados, passam a
disparar potenciais em salva, sincronizam o EEG e estaremos dormindo
No tálamo, além de neurônios relês há neurônios do núcleo reticular (GABAérgicos) que
fazem sinapse inibitória com os demais neurônios relês do talâmo. Sob a ação do sistema de
modulação difuso colinérgico, os neurônios gabaergicos reduzem a excitabilidade dos
neurônios talamo-corticais e esses passam a disparar em salvas, lentificando e sincronizando
as ondas do EEG.
Durante a vigília, esse sistema está inoperante e somos mantidos acordados graças a
atividade do sistema ativador reticular ascendente (SARA) responsável pela
dessincronizaçâo do EEG e pelos neurônios histaminérgicos do hipotálamo posterior e do
núcleo tubero-mamilar. Quando esses núcleos são destruídos causam coma e a
sincronização do EEG; se forem estimulados, causam efeitos opostos. É por isso que as
drogas anti-histamínicas (contra a alergia) induzem o sono.
Bom, se há sistemas que nos mantém vigis como funcionam os que nos Íazem dormir? O
sistema de modulação histaminérgico (hipotálamo posterior) que nos ajuda a ficar acordados
recebe inervação inibitória GABAergica do hipotálamo anterior que induz à sincronização do
EEG. O sono de ondas lentas é,causado pelo bloqueio das vias histaminérgicas, ativação do
sistema de modulação colinérgico e mudança de atividade dos neurônios tálamo-corticais ao
modo de disparo em salvas. O sistema colinérgico é susceptível à temperatura. Talvez por
esse motivo, sintamos sono durante a febre. Ao mesmo tempo, a atividade medular é regulada:
inibicãoidos motoneurônios do corno anterior e da coluna intermédio lateral (simpático).
Não sapemos, no entanto, o que dispara todo o processo...
Passa$os cerca de '1 hora e meia após o inicio do sono sincronizado, ocorre o sono paradoxal
que dpra uns 20 minutos e tem esse nome porque o individuo continua dormindo, mas as
ondad do EEG se tornam dessincronizadas, como se fossem de vigÍlia. Ocorrem ainda
episódios de movimentos oculares rápidos e por isso, chamado de sono-REM (rapid eyes
movements). Os episodios de sono-REM se repetem a cada 90 minutos.
Os núcleos pontinos reticulares colinérgicos são os responsáveis pelo sono REM: animais
com lesão bilateral nesses núcleos dormem um sono sem ondas dessincronizadas. Acredita-se
que durante o sono paradoxal, esses núcleos reticulares (como os neurônios talâmicos)
disparam em salvas enquanto os neurônios tálamo-corticais disparam no modo de
transmissão, principalmente nas áreas occipitais e em regiôes lÍmbicas.

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