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Sono e Consciência

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1 
@resumosdamed_ 
 
 
NEUROANATOMIA 
Sono e Consciência 
 
1. Explique a fisiologia do sono e seus distúrbios. 
2. Quais as fases do sono, funções e mecanismos. 
3. Quais hormônios e neurotransmissores relacionados ao sono e como 
funcionam suas ações. 
4. Quais centros responsáveis pelo sono. 
5. O que é o ciclo circadiano e sua função. 
6. Explique o Jetlag. 
7. O que é consciência e quais seus níveis. 
8. Explique o exame do sono – polissonografia. 
9. Explique a escala de Glasgow. 
 
 
 
 
 
 
 
Sono é um estado ordinário de consciência, complementar ao da vigília (ou 
*estado desperto), em que há repouso normal e periódico, caracterizado, pela 
suspensão temporária da atividade perceptivo-sensorial e motora voluntária. 
 
 
 
Os eventos comportamentais e fisiológicos que ocorrem nos seres humanos 
durante a vigília e durante o sono, bem como na transição de uma para o outro, 
foram bem estudados pelos fisiologistas e neurologistas em laboratórios e clínicas 
de sono. Tipicamente, esses laboratórios oferecem a voluntários ou a pacientes 
com distúrbios do sono uma sala climatizada com uma boa cama e uma 
decoração aconchegante. Além disso, possuem um visor com vidro unidirecional e 
equipamentos de vídeo que permitem a observação de fora pelos pesquisadores. 
Outros equipamentos registram o eletroencefalograma (para monitorar a 
atividade cerebral), o eletrocardiograma (para documentar especialmente a 
frequência cardíaca), o eletromiograma (para registrar o tônus muscular), o eletro- 
oculograma (que acusa a ocorrência de movimentos oculares), e às vezes outros 
parâmetros fisiológicos. Em conjunto, esse tipo de documentação múltipla do sono 
chama-se registro polissonográfico. Em laboratórios que utilizam animais não 
humanos para o estudo da neurobiologia do sono, além do registro 
polissonográfico pode-se também realizar registros intracranianos para estudar a 
atividade neuronal e associá-los à microinjeção de drogas neuroativas, lesões do 
sistema nervoso e outros experimentos que não podem ser realizados em seres 
humanos. Com isso, pôde-se acompanhar detalhadamente todos os fenômenos 
do ciclo vigília-sono, que foram então divididos em três categorias: 
comportamentais, autonômicos e eletroencefalográficos. 
 
Durante a vigília, a pessoa responde a estímulos sensoriais provenientes do 
ambiente e apresenta comportamento ativo com base em intensa atividade 
motora e locomotora. A postura, muito dinâmica, muda constantemente, apoiada 
em um certo tônus muscular. Quando o indivíduo adormece, entretanto, tudo se 
modifica: ele diminui sua reatividade aos estímulos externos, apresenta redução da 
atividade motora e assume uma postura estereotipada (geralmente deitado com 
os olhos fechados). 
 
O eletromiograma e o eletro-oculograma tomam-se menos ativos. Muitos 
fenômenos autonômicos ocorrem usualmente caracterizados por uma redução 
geral das funções vegetativas: diminui a frequência cardíaca e a frequência 
respiratória, e com isso cai a pressão arterial; diminui a motilidade gastrointestinal; a 
temperatura corporal cai um ou dois graus, acompanhada de redução da 
atividade metabólica dos órgãos e tecidos. O eletroencefalograma (EEG) acusa 
grandes alterações na atividade cerebral. Durante a vigília, o EEG apresenta um 
ritmo rápido de baixa voltagem e alta frequência, que é substituído durante o sono 
pelo seu oposto, um ritmo lento de alta voltagem e baixa frequência. Essa 
transformação do EEG é conhecida como sincronização, porque representa a 
atividade sináptica simultânea (sincronizada) dos neurônios que permanecem 
TUTORIA 3 
SONO 
SONO 
OS FENÔMENOS DO SONO 
2 
@resumosdamed_ 
 
ativos. Analogamente, o EEG da vigília é descrito como dessincronizado, por 
representar a atividade sináptica não coincidente de uma enorme população de 
neurônios de todos os tipos. 
 
 
O sono permanente do 
cérebro isolado era devido 
à interrupção da maioria 
das vias sensoriais (exceto as 
visuais e as olfatórias), 
impedidas pelo corte 
cirúrgico de chegar ao 
tálamo e depois ao córtex 
cerebral. Supostamente, isso 
ocorria em menor grau no 
encéfalo isolado, pois os 
núcleos dos nervos 
cranianos permaneciam 
conectados aos níveis 
superiores. 
O sono, era produzido pelo 
desligamento dos sistemas 
sensoriais, que então seriam 
os responsáveis pela 
manutenção da vigília. A 
explicação ficou conhecida 
como hipótese "passiva" do sono. Hoje se sabe que há sistemas neurais que 
mantêm o indivíduo alerta e ativo durante a vigília, outros que iniciam os 
fenômenos do sono e controlam a transição gradual pelos estágios do sono de 
ondas lentas, outros ainda que "ligam" e "desligam" os fenômenos do sono 
paradoxal ciclicamente, e ainda outros que possibilitam o despertar. Em todos os 
estágios e estados do sono, há grupos de neurônios com fibras ascendentes que 
controlam a excitabilidade do tálamo e do córtex cerebral, e outros com fibras 
descendentes que regulam a atividade dos órgãos (coração, pulmão, trato 
digestório e outros) e dos músculos. 
 
 
A privação durante alguns dias geralmente provoca o fenômeno do rebote, isto é, 
a ocorrência de um aumento da quantidade de sono depois que se recomeça a 
dormir. O ciclo vai-se normalizando aos poucos, mas depois disso se constata que 
a quantidade de sono "perdido" não é reposta inteiramente durante o rebote. A 
privação durante muitos dias pode ser fatal. Dormir é incontornável, logo, o sono é 
necessário. 
Mas para que ele serve? Essa questão fundamental não tem ainda uma resposta 
clara. Há sugestões e teorias, mas as evidências a favor de cada uma delas são 
controvertidas. A teoria mais difundida é a de que o sono serve para restaurar 
energias gastas durante a vigília. De fato, consumimos menos energia quando 
dormimos porque nossa atividade motora é mais baixa, assim como o fluxo 
sanguíneo, a respiração, a temperatura corporal e, consequentemente, a taxa 
metabólica global. A favor dessa ideia está o fato de que dormem mais os animais 
que gastam mais energia durante a vigília (os que têm volume corporal menor). 
Também fala a favor a constatação de que durante o sono secretamos mais 
somatotrofina, um hormônio hipofisária que, entre outros aspectos, influencia 
positivamente os mecanismos de síntese de proteínas das células em geral. 
 
Mas como explicar que dormimos a mesma quantidade de horas quando estamos 
cansados e quando estamos descansados? E como explicar que os indivíduos 
tetraplégicos durmam tanto quanto os indivíduos sadios? Relacionada com essa 
hipótese está a ideia de que o sono possa servir para restaurar o sistema imunitário. 
Há evidências a favor: (1) ratos privados de sono morrem em 15 a 20 dias, e a 
causa mortis é geralmente a ocorrência de infecções oportunistas causadas por 
imunodeficiência; (2) igual destino têm pacientes humanos que sofrem de uma 
doença rara, a insônia fatal familiar, devida a malformação do tálamo. Outra 
teoria difundida propõe que o sono seria restaurador de nossas capacidades 
mentais. Mas atenção: a ideia comum de que a privação do sono provocaria 
alterações perceptuais ou mentais provém de relatos anedóticos, não é apoiada 
por estudos controlados. Entretanto, parece haver relação entre o sono paradoxal 
e a memória: ratos privados especificamente desse estado de sono aprendem 
tarefas simples mais lentamente do que os animais-controles; estes, por sua vez, 
quando submetidos a muitos testes de aprendizagem durante a vigília, apresentam 
maior proporção de sono paradoxal quando dormem. Também há correlações 
intrigantes em seres humanos: crianças deficientes mentais têm menos sono 
QUEM REGULA O SONO E A VIGÍLIA? 
PARA QUE SERVE O SONO? 
3 
@resumosdamed_ 
 
SONO A MAIS 
PARASSÔNIAS: DISTÚRBIOS DO ACORDAR 
paradoxal, enquanto crianças bem-dotadas têm mais do que a média; e um 
estudo com estudantes universitários americanos mostrou que a proporção de 
sono paradoxal aumenta em épocas de provas. 
 
Uma outra ideia, mais recente, propõe que o sonoseja importante para a 
consolidação da memória e a fixação da aprendizagem. Os experimentos que 
abordaram essa hipótese produziram resultados contraditórios, mas tem crescido o 
número de evidências envolvendo o sono com os fenômenos moleculares e 
celulares da plasticidade sináptica. Se essa ideia se mostrar verdadeira, mais valerá 
você estudar durante o dia e a seguir ter uma boa noite de sono, do que virar a 
noite correndo atrás do prejuízo de não ter estudado no dia anterior. 
 
 
 
Várias causas podem provocar distúrbios do sono. Muitas são secundárias, como a 
insônia provocada por dor, depressão, ansiedade ou mudança súbita de fuso 
horário. Outras são primárias, provenientes de alterações neurológicas dos 
mecanismos do sono. Dentre os distúrbios primários, os mais comuns são as insônias, 
que dificultam o início ou a manutenção do sono. Mais raras são as hipersônias, 
que causam sonolência exagerada e crises de sono durante a vigília. Mais raras 
ainda são as parassônias, consideradas distúrbios do acordar. Embora incomuns, 
esses distúrbios são reveladores dos fenômenos e mecanismos que produzem o 
ciclo vigília-sono. 
 
 
 
A insônia é um sintoma. Define-se como insuficiência de sono, isto é, algo que 
causa desconforto ao indivíduo. Quem dorme pouco sem se sentir desconfortável 
não tem insônia. Dentre as causas primárias de insônia persistente, a mais 
conhecida é a chamada apneia obstrutiva do sono. O indivíduo queixa-se de 
sonolência e cansaço durante o dia, mas não apresenta alterações da hora de 
dormir e de acordar. O registro polissonográfico é revelador nesses casos: ocorre 
excessiva atonia muscular durante o sono de ondas lentas, atingindo o diafragma 
e os demais músculos respiratórios, inclusive os da faringe, que colapsa e fecha-se. 
A respiração cessa de repente, o indivíduo sufoca e desperta para restabelecer a 
respiração. Na verdade nem se dá conta de que desperta, porque permanece no 
estágio l do sono de ondas lentas, suficiente para restaurar o ritmo respiratório e 
retomar os demais estágios. Mas o problema repete-se logo depois, e o resultado é 
que o indivíduo apresenta muitas interrupções durante o período de sono. Pode 
ocorrer apneia do sono também em indivíduos obesos, cuja faringe colapsa 
devido à gordura excessiva. Neste caso a respiração também se interrompe e o 
mesmo fenômeno ocorre, mas as causas são mecânicas, e não neurológicas. Os 
roncos do sono podem ser provocados pela obesidade (também por outros tipos 
de obstrução respiratória), e geralmente não têm causas neurológicas. 
 
 
Dorme demais quem permanece sonolento após o tempo normal de sono, sem 
que haja apneia obstrutiva. São as hipersônias. O exemplo mais impressionante é a 
narcolepsia. Os pacientes narcolépticos apresentam verdadeiros ataques de sono 
durante a vigília, que duram alguns minutos e depois desaparecem. A pessoa 
pode "apagar", isto é, perder a consciência, ou manter a consciência mas perder 
completamente o tônus muscular (cataplexia). Podem ocorrer também 
alucinações hipnagógicas, ou seja, verdadeiros episódios de sonhos durante a 
vigília. 
 
A narcolepsia é um distúrbio do sono paradoxal que parece ter determinação 
genética, pelo menos em animais. Em humanos, pouco se sabe além de uma 
perda neuronal específica de certos neurônios do hipotálamo produtores de 
peptídeos chamados orexinas (ou hipocretinas), que normalmente inibem o sono 
paradoxal. Na ausência desses neurônios, o sono paradoxal é desregulado e 
ocorre no meio da vigília, sem apresentar a transição dos estágios do sono de 
ondas lentas. Como esses neurônios projetam para diversos sistemas moduladores 
difusos, a sua falta provoca a proliferação de receptores colinérgicos na ponte, e 
de receptores noradrenérgicos no locus ceruleus. Isso sugere a existência de 
hipersensibilidade colinérgica e noradrenérgica, e explica a ocorrência de maior 
quantidade de episódios anormais de sono paradoxal nos narcolépticos. A 
cataplexia não tem explicação firmada, mas pode-se supor que ocorra por 
hiperatividade dos mecanismos descendentes de inibição dos motoneurônios 
espinhais. 
 
 
Falar dormindo, urinar na cama (ate a adolescência), sonanbulismo, etc. São 
distúrbios que atingem alguns dos mecanismos neurais do sono paradoxal e do 
sono de ondas lentas, ativados inapropriadamente, de forma errada e nos 
DISTÚRBIOS DO SONO 
SONO A MENOS 
4 
@resumosdamed_ 
 
momentos errados. Há outros distúrbios desse tipo, menos folclóricos e mais 
desconfortáveis: são exemplos o terror notumo infantil e o sono paradoxal sem 
atonia. Neste último caso, o indivíduo readquire o tônus muscular sem 
dessincronizar completamente o EEG, o que impede que ele acorde mas provoca 
movimentos bruscos e violentos que podem ferir quem esteja do lado ou o próprio 
indivíduo. Fenômenos desse tipo foram produzidos em gatos com lesões no locus 
ceruleus; por isso se considera que as parassônias atingem os mecanismos de 
transição entre o sono paradoxal e a vigília. 
 
 
 
• O sono é causado por processo inibitório ativo: descobriu-se que a transecção 
do tronco cerebral, a nível médio da ponte, cria um cérebro cujo córtex nunca 
dorme. Em outras palavras, centros localizados abaixo da região médio- 
pontina do tronco cerebral parecem ser necessários para causar sono pela 
inibição de outras partes do encéfalo. 
• A área de estimulação mais caracterizada para causar um sono quase natural 
compreende núcleos da rafe situados na metade inferior da ponte e no bulbo. 
Esses núcleos compreendem a fina lâmina de neurônios especializados, 
situados na linha média. As fibras nervosas desses núcleos se disseminam 
localmente pela formação reticular do tronco cerebral, dirigindo-se, também, 
para cima, em direção tálamo, ao hipotálamo, à maioria das áreas do sistema 
límbico e até mesmo ao neocórtex do telencéfalo. Muitas terminações 
nervosas das fibras desses neurônios da rafe liberam serotonina. Admite-se que 
a serotonina é substância transmissora, associada à produção do sono. 
• A estimulação de algumas áreas no núcleo do trato solitário também pode 
causar sono. Esse núcleo é a terminação no bulbo e na ponte para onde se 
projetam os sinais provenientes das informações sensoriais viscerais, que 
chegam pelos nervos vago e glossofaríngeo. 
• O sono pode ser promovido por estimulação de diversas regiões do diencéfalo, 
incluindo a parte rostral do hipotálamo, principalmente a 
área supraquisasmática e área ocasional nos núcleos talâmicos de projeção 
difusa. 
• Lesões em centros promotores de sono podem causar vigília intensa: lesões 
discretas nos núcleos da rafe levam a elevado estado de insônia. Isso também 
é verdade para as lesões bilaterais na área supraquiasmática medial rostral, no 
hipotálamo anterior. Em ambos os casos, os núcleos reticulares excitatórios do 
mesencéfalo e da parte superior da ponte parecem ser liberados de sua 
inibição, causando assim estado de vigília intensa. O estado de vigília é tão 
intenso que pode provocar a morte do animal. 
 
CICLO DO SONO-VIGÍLIA 
 
As oscilações dos níveis de consciência formarão o ritmo circadiano conhecido 
como vigília-sono. A cada noite, a pessoa percorre estágios de dois tipos de sono, 
que se alternam um com o outro. Eles são chamados (1) sono de ondas lentas, no 
qual as ondas cerebrais têm grande amplitude e baixa frequência e (2) sono REM, 
no qual os olhos realizam movimentos rápidos, apesar de a pessoa ainda estar 
dormindo. 
 
SONO DE ONDAS LENTAS/NREM 
 
Neurotransmissor – GABA – neurônios gabaenergicos inibem os neurônios do SARA 
e neurônios do tálamo e hipotálamo. 
ESTÁGIO 1 
 
Durante o adormecimento, quando o indivíduo se torna sonolento, observa que o 
EEG passa de um traçado dessincronizado típico, chamado ritmo β para um 
traçado ligeiramente diferente, de voltagem um pouco maior e menor frequência, 
o ritmo α. O eletro-oculograma (EOG) e o eletromiograma (EMG), muito ativos e 
variáveis porque o indivíduo acordado realiza vários movimentos,torna-se mais 
estáveis. 
ESTÁGIO 2 
 
A seguir o indivíduo se torna mais adormecido, e seu EEG passava a apresentar 
algumas ondas de alta voltagem (chamadas fusos do sono e complexos K) O EOG 
e o EMG mantem-se estáveis. 
 
ESTÁGIO 3 E 4 
 
O sono se torna mais profundo e é mais difícil acordar o indivíduo, que a esta altura 
estava imóvel, dormindo tranquilamente com ocasionais mudanças de posição. O 
EEG apresenta-se mais e mais sincronizado, finalmente apresentando um ritmo de 
alta voltagem e baixa frequência, o chamado ritmo δ. 
RESUMIDAMENTE 
5 
@resumosdamed_ 
 
SONO PARADOXAL/REM 
 
O EEG volta a se tornar dessincronizado. O EOG revela que os olhos passam a 
mover-se ativamente, embora o corpo do indivíduo permaneça mais imóvel do 
que nunca, a julgar pelo EMG liso e estável. 
 
Geralmente, ao adormecer, em menos de 1 hora seu sono passará pelos estágios 1 
a 4 do sono de ondas lentas, depois alternará entre os estágios 3 e 4 durante cerca 
de meia hora, a seguir passará por um período de aproximadamente 20-30 minutos 
de sono paradoxal, e repetirá tudo outras vezes. De 90 em 90 minutos haverá 
alternância entre o sono de ondas lentas e o sono paradoxal, mas ao longo da 
noite a duração de cada estágio e do sono paradoxal ficará gradualmente maior. 
Ao final do período de sono, é provável que você acorde de modo espontâneo 
durante um período de sono paradoxal e relate algum sonho. 
 
REGULAÇÃO DO SONO E DA VIGÍLIA 
 
O ciclo vigília-sono é um dos ritmos circadianos, e, portanto, é sincronizado pelo 
sistema temporizador regido pelo núcleo supraquiasmático. 
 
MANUTENÇÃO DA VIGÍLIA 
 
Pelo menos dois mecanismos mantêm a vigília: (1) a ação ativadora das vias 
ascendentes histaminérgicas sobre o córtex cerebral e (2) a modulação do núcleo 
reticular talâmico pelos sistemas aminérgicos do tronco encefálico, que mantém os 
núcleos específicos do tálamo no modo de transmissão para o córtex. 
 
REGULAÇÃO DO SONO DE ONDAS LENTAS 
 
O sono de ondas lentas que se segue à vigília pode ser produzido por pelo menos 
três mecanismos: (1) o bloqueio das vias ativadoras histaminérgicas, (2) a ativação 
do sistema modulador colinérgico do tronco encefálico, prosencéfalo basal e 
hipotálamo anterior e (3) a passagem dos neurónios talamocorticais ao modo de 
disparo em salvas, regulada pelo núcleo reticular talâmico. 
 
REGULAÇÃO DO SONO PARADOXAL 
 
O sono paradoxal é: (1) iniciado pelo bloqueio dos neurônios 
moduladores aminérgicos do tronco encefálico e (2) mantido pelos sistemas 
moduladores colinérgicos e por outros neurônios pontinos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SARA é constituído de fibras noradrenérgicas do locus ceruleus, serotoninérgicas 
dos núcleos do rafe e colinérgicas da formação reticular da ponte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª fase: inicio da sonolência, diminuição da amplitude das ondas (teta) 
2ª fase: episódios de alta frequência, ondas grandes e lentas (delta). 
3ª fase: ondas delta e manutenção do tônus muscular 
 
4ª fase: sono profundo, dificuldade para acordar, diminuição da FR, PA. Sono de ondas lentas, 
recuperação física. 
 
5ª fase: Sono REM. Semelhante a uma pessoa acordada e relaxada, acentuada atividade 
cerebral. Pessoas são difíceis de acordar, apesar de acordarem espontaneamente com mais 
facilidade. Mais sonhos. Sono REM está relacionado com a recuperação psíquica. O Sono 
Paradoxal decresce cerca de 50% na infância para 25% na meia-idade e pode chegar a 20% na 
velhice. 
SARA 
6 
@resumosdamed_ 
 
Na transição entre o mesencéfalo e o diencéfalo, o SARA se divide em um ramo especificamente no bulbo, mesencéfalo e transicão̧ mesencéfalo-pontina. A SARA 
dorsal e outro ventral. O ramo dorsal termina no tálamo (núcleos intralaminares) (Substancia Ativadora Reticular Ascendente) está envolvida na regulac o dos 
que, por sua vez, projeta impulsos ativadores para todo o córtex. O ramo ventral ciclos do sono e em ac es como o despertar; atua também filtrando os estímulos 
dirige-se ao hipotálamo lateral e recebe fibras histaminérgicas do núcleo 
tuberomamilar do hipotálamo posterior, e sem passar pelo tálamo, este ramo dirige 
sensoriais antes que os mesmos sejam percebidos pelos núcleos diencefálicos e 
córtex cerebral. De maneira geral, como os cientistas Magoun e Moruzzi já haviam 
se diretamente ao córtex, sobre o qual tem ac 
desses ramos causa inconsciencia. 
o ativadora. A lesão de cada um constatado há mais de 60 anos, a SARA intervém na regulação do estado de 
vigília. Vale ressaltar: mais ou menos nessa época, o fisiologista suíço Walter Hess 
descobriu que a estimulação do tálamo com pulsos de baixa frequencia produzia 
A ativac o cortical envolve neurônios noradrenérgicos, serotoninérgicos, um sono de ondas lentas, conforme ficou evidenciado em seu experimento 
histaminérgicos e colinérgicos que fazem parte dos sistemas modulatórios de 
projeção difusa. O conjunto das fibras ativadoras noradrenérgicas, serotoninérgicas 
e colinérgicas que constituem o SARA e das fibras ativadoras histaminérgicas do 
hipotálamo denomina-se Sistema Ativador Ascendente, cujos componentes são 
mostrados na chave que segue. Este sistema tem papel central na regulac o do 
sono e da vigília. 
registrado em EEGs. 
 
A “consciência” passou, então, a ser entendida como um processo contínuo que 
emergiria basicamente de relac es entre o córtex, algumas formacõeş do 
diencéfalo e formação reticular. Como hoje se sabe, o coma e outros estados de 
inconsciência podem ser produzidos tanto pela destruic o da SARA, como 
também pela inativação de grandes extensões da superfície cortical. 
 
De maneira geral, os neurônios internunciais curtos que formam a zona reticulada 
da SARA podem atuar, do ponto de vista eletrofisiológico, em um sistema 
ascendente, através do diencéfalo, sobre o córtex cerebral, ou através de vias 
descendentes, as quais influenciam os sistemas sensitivo-motores da medula 
espinhal. 
* Formação reticular uma parte do tronco cerebral (ou tronco encefálico) que está 
envolvida em ações como os ciclos de sono, o despertar e a filtragem de estímulos 
sensoriais, para distinguir os estímulos relevantes dos estímulos irrelevantes. A sua 
principal função é ativar o córtex cerebral. É uma região evolucionária antiga, que 
apresenta uma estrutura intermédia entre a substância branca e a substancia 
cinzenta. A formac o reticular ocupa a parte central do tronco cerebral, e projeta- 
se cranialmente para dentro do diencéfalo, e caudalmente para a porc 
alta da medula espinhal. 
o mais 
 
 
 
 
 
 
“Porteiro da consciencia”, “centelha da mente” e “pantano neuronal” são outras 
denominac es desta formac o reticular localizada no tronco encefálico, mais 
Assim, a formação reticular é aparentemente uma área difusa com células e fibras 
que as cruzam em diferentes direções e que forma a parte central do tronco 
cerebral. É toda a zona do tronco cerebral onde não existe nenhum núcleo 
específico e é por alguns autores designada de pântano neuronal. 
 
Define-se consciência como um perfeito conhecimento de si próprio e do 
ambiente. Estados alterados de consciencia são comuns na prática clínica e se 
7 
@resumosdamed_ 
 
trata de emergência médica, visto que têm alta mortalidade, o que justifica 
diagnóstico e tratamento apropriados de maneira rápida. Coma é o oposto 
definido para consciencia, situação em que o paciente não demonstra 
conhecimento de si próprio e do ambiente, caracterizado pela ausência ou 
extrema diminuição do alerta omportamental (nível de consciência), 
permanecendo não responsivo aos estímulos internos e externos e com os olhos 
fechados. 
Confusão mental é um termo impreciso e deve ser evitado, pois não fornece 
• Ele regula a atividade física, química, fisio e psicológica do organismo, 
influenciando a digestão, o estado de vigília, o sono, a regulação das células e 
a temperatura corporal. 
• O ritmo circadiano regula fatores como: Horário de sono, Apetite,Temperatura 
corporal, Níveis hormonais, Estado de alerta, Pressão sanguínea, Metabolismo 
• Alguns se repetem com um ciclo maior que uma vez por dia (por exemplo, 
uma vez por mês), e são chamados infradianos, enquanto outros se repetem 
com um ciclo menor (digamos, quatro vezes por dia), os ultradianos 
informac o sobre o que de fato está ocorrendo. Desta forma, a situacão̧ clínica 
em que há agudamente um déficit global da atenc o denomina-se delirium. 
 
 
 
 
 
 
• É o período de cerca de 24 horas sobre o qual o ciclo biológico de quase 
todos os seres vivos se baseia. 
• O ritmo circadiano é influenciado pela luz, temperatura, movimento das marés, 
ventos, dia e noite. 
• Um dos marcapassos desse sistema fica no diencéfalo e tem o nome de 
núcleo supraquiasmático 
• Se situa no hipotálamo, bem acima do quiasma óptico. 
• Trata-se de um par de núcleos pequenos que recebem axônios 
provenientes de ambas as retinas, 
• originários de certas células ganglionares da retina que ao mesmo 
tempo são fotorreceptores, capazes de detectar mudanças de 
luminosidade do ambiente através de um pigmento fotossensível 
chamado melanopsina. 
RELÓGIO HIPOTALÂMICO E OS RITMOS DO DIA A DIA: 
CICLO CIRCADIANO 
8 
@resumosdamed_ 
 
• As aferências que chegam ao núcleo supraquiasmático, portanto, são 
adequadas à função que se postula para ele, de temporizador 
circadiano, ou seja, capaz de gerar um ritmo acoplado ao ciclo dia- 
noite. 
• Regulação: A luz é absorvida pela melanopsina das células 
ganglionares fotorreceptoras, cujos axônios excitatórios ativam os 
neurônios do supraquiasmático: estes, portanto, aumentam sua 
frequência de disparo durante o dia, e a diminuem durante a noite. 
• Os axônios eferentes (que emergem dos neurônios do supraquiasmático) 
são mais diversificados que os primeiros e podem ser divididos em duas 
classes principais: 
1. os que projetam para diversos outros núcleos do hipotálamo - O 
acesso aos diversos núcleos hipotalâmicos coloca o núcleo 
supraquiasmático em boa posição para interferir sobre as funções 
autonômicas de controle visceral 
2. os que projetam para o prosencéfalo basal e o tálamo - O acesso 
ao prosencéfalo basal e o tálamo permitiria influenciar diversos 
comportamentos motivados (necessário que vá para o córtex 
para fazer o controle do comportamento). 
• Além disso, ambos os circuitos eferentes são apropriados para influenciar 
o ciclo vigília-sono. 
• Como os mesmos resultados são obtidos para outras funções circadianas, 
além da atividade locomotora, conclui- se desse tipo de experimento que 
o núcleo supraquiasmático confere periodicidade às funções, mas não 
participa delas. 
• As circunstâncias sociais também são eficientes temporizadores: é o caso dos 
turnos de trabalho, das oportunidades de lazer noturno e da própria luz elétrica, 
que prolonga a luminosidade do dia pela noite adentro, além de outros. Um 
aspecto importante adicional é que o fotoperíodo natural não é sempre o 
mesmo durante o ano: varia com as estações. 
 
 
• O relógio biológico, para controlar os ritmos não circadianos, mais conhecido 
fica no epitálamo, uma parte do diencéfalo situada dorsalmente ao tálamo (o 
prefixo epi significa, entre outras coisas, sobre, acima de). A parte mais saliente 
do epitálamo é a glândula pineal ou epífise, que emerge do diencéfalo como 
um pequeno cogumelo cuja cabeça cai para trás, ficando ligeiramente sobre 
o mesencéfalo entre os dois colículos superiores. 
• A pineal é um marcapasso do sistema temporizador infradiano circanual, 
encarregado de monitorar as estações do ano e sincronizar com elas algumas 
funções que variam anualmente, como o comportamento reprodutor de muitos 
animais, o fenômeno da hibernação e outros 
• Sob ativação simpática, que aumenta durante a noite, as células 
da pineal aumentam a síntese e a secreção da melatonina. 
• A pineal, então, é um sensor da duração do fotoperíodo, e é por 
essa sua propriedade que a melatonina tem sido utilizada com 
relativo sucesso como medicamento capaz de diminuir os efeitos 
do jet-lag, as alterações de ritmo circadiano que ocorrem quando 
se viaja de avião a jato para o leste ou para o oeste. 
• A melatonina é um hormônio liberado em maiores quantidades durante a noite, 
e atua na temporização circadiana do ciclo sono-vigilia, reduz as funções 
gonodais e os efeitos do jetlag. 
• A ação da melatonina é possibilitada pelos receptores específicos para ela 
(receptores MT, e MT2), que 
algumas células sintetizam e 
expressam na membrana. É 
o caso do próprio núcleo 
supraquiasmático, sítio de 
grande concentração 
desses receptores. Assim, 
essa estreita relação do 
sistema temporizador 
circadiano com o circanual 
se fecha “quimicamente", 
uma vez que a 
concentração de 
melatonina circulante é 
detectada pelos neurônios 
supraquiasmático, cuja 
atividade é então regulada 
de acordo. 
RELÓGIO EPITALÂMICO E O RITMO DAS ESTAÇÕES: 
9 
@resumosdamed_ 
 
NEUROANATOMIA E NEUROQUÍMICA DOS SISTEMAS MODULADORES: 
 
 
• O ciclo vigília-sono é um dos ritmos circadianos, e, portanto, é também 
sincronizado pelo sistema temporizador regido pelo núcleo supraquiasmático 
• Os primeiros neurocientistas acreditavam que ao adormecer, o cérebro estaria 
sendo “desligado”. Pensaram que bastaria que os sistemas sensoriais se 
desligassem para o indivíduo dormir, e religassem para o despertar 
• Na realidade, para ligar ou desligar o conjunto de uma só vez, é necessário um 
sistema de conexões bastante espalhado, difuso mesmo, capaz de ligar (ou 
desligar) muitas áreas ao mesmo tempo. Não seria eficiente utilizar os sistemas 
sensoriais um a um, por exemplo, e ir ligando (ou desligando) a visão, a 
audição, a somestesia etc., separadamente. 
• É como a rede elétrica de um teatro: O iluminador pode acionar um projetor 
específico para um ponto do palco, ou então todas as luzes da sala ao mesmo 
tempo. Mas pode também utilizar atenuadores, diminuindo ou aumentando a 
intensidade de luz de cada projetor separadamente, ou de toda a sala em 
conjunto. 
• Para o sistema nervoso, os circuitos que controlam cada “projetor” são 
chamados sistemas específicos (sensoriaís, motores e outros), e os que 
controlam a “sala” (o SNC em conjunto) são os sistemas difusos. Os 
equivalentes neurais dos atenuadores são os sistemas moduladores, que 
podem, ser também específicos ou difusos 
→ Exemplo de sistema modulador específico é o que controla os 
mecanismos atencionais. Através dele podemos prestar atenção a 
um determinado som do ambiente, destacando-0 dos outros 
estímulos presentes naquele momento.: sons, luzes, objetos etc. O 
sistema atencional faz isso modulando a excitabilidade auditiva 
para favorecer a percepção daquele som e nada mais. É mesmo 
como um projetor dirigido ao palco do teatro, que leva o público 
a dirigir a sua percepção a um ponto específico. 
→ Os sistemas moduladores difusos fazem o papel dos atenuadores 
gerais do teatro: controlam o nível de consciência e o 
comportamento do indivíduo como se fosse a intensidade de 
iluminação da sala toda. Podemos estar acordados, 
extremamente alertas e fazendo várias coisas ao mesmo tempo; 
acordados, mas distraídos, sem muitos movimentos; sonolentos e 
escarrapachados numa poltrona; levemente adormecidos; ou 
dormindo profundamente na cama. Trata-se de uma faixa 
contínua de- níveis de consciência e de comportamento que 
oscilam a cada 24 horas: um ritmo circadiano muito conhecido 
nosso, o ciclo vigília-sono 
 
• Diferentes sistemas difusos foram 
identificados, e a maioria dos 
neurônios que lhes dão origem reside 
no tronco encefálico, às vezes 
reunidos em núcleos bem definidos, 
outras vezes frouxamente distribuídos 
em meio a uma rede de fibras 
nervosas dispostas em todas as 
direções, constituindo um conjunto 
que recebe o nome genérico de 
formação reticular 
→ A formação reticular 
estende-se desde o 
bulbo até o 
mesencéfalo. Muitos 
neurônios dela 
preenchem as condições 
para exercer funçõesmoduladoras difusas: 
seus corpos celulares são 
pequenos, mas seus axônios - muito ramificados - apresentam 
ramos ascendentes capazes de exercer suas ações sobre o 
diencéfalo e o telencéfalo, e ramos descendentes que chegam à 
medula. 
→ A formação reticular é toda a zona do tronco cerebral onde não 
existe nenhum núcleo específico e é por alguns autores 
designada de pântano neuronal. 
• Outros neurônios com características semelhantes foram identificados em 
núcleos distintos do bulbo e da ponte, como é o caso do locus ceruleus e dos 
núcleos da rafe mediana; no tegmento mesencefálico; e até mesmo no 
prosencéfalo basal, como o núcleo de Meynert e a área septal. Esses 
neurônios, por terem somas pequenos, apresentam axônios finos e, por isso, 
SISTEMA MODELADOR 
10 
@resumosdamed_ 
 
baixas velocidades de condução (em tomo de 1 m/s). No entanto, disparam 
PAs como metrônomos 0, i. e., a frequências bastante regulares (entre 1 e 10 
Fiz). Essas características funcionais, associadas à natureza difusa de seus 
axônios, são compatíveis com a hipótese de que se trate realmente de 
neurônios moduladores 
• Constatou-se, a partir da aplicação de técnicas histoquímicas e imuno- 
histoquímicas, a existência de diferentes sistemas moduladores difusos, cada 
um deles caracterizado por empregar um determinado neurotransmissor. 
Emergiu uma visão original do efeito que eles causam nas extensas regiões que 
inervam: a criação de “microclimas” neuroquímicos. 
→ Quando um sistema que utiliza a noradrenalina, por exemplo, 
aumenta sua atividade, ocorre a liberação desse neurotransmissor 
nas amplas áreas que recebem os axônios respectivos - cria-se um 
“microclima noradrenérgico”, como se o tecido se tornasse 
banhado em noradrenalina. 
→ Se no momento seguinte um outro sistema predominar, por 
exemplo o que emprega a serotonina como neurotransmissor, o 
microclima toma-se serotoninérgico. 
→ O balanço entre os diversos neurotransmissores de liberação difusa 
no tecido neural faria modular a excitabilidade dos neurônios, e 
com isso seria possível controlar dinamicamente o seu nível geral 
de atividade. Em conjunto, o resultado funcional 
→ seria o controle do nível de consciência e da atividade 
comportamental geral do indivíduo. 
 
NOMENCLATURA: 
 
• Cada sistema foi codificado com uma letra e um número: 
→ a letra indica o neurotransmissor e o número assinala 
aproximadamente a localização rostro- caudal de cada grupo de 
neurônios que têm aquele neurotransmissor. 
→ Os números menores indicam níveis mais caudais 
→ Os números maiores, níveis mais rostrais (com exceção da 
acetilcolina, codificada exatamente ao contrário). 
 
Os neurônios noradrenérgicos formam o conjunto mais numeroso. Constituem duas 
colunas: dorsal e ventral. 
→ A coluna ventral contém neurônios associados ao núcleo ambíguo (Al), 
enquanto a coluna dorsal contém neurônios dos núcleos do trato solitário 
e motor do vago (A2), e da formação reticular (A3). 
→ As duas colunas situam- se no bulbo e os seus neurônios emitem projeções 
para o hipotálamo, participando do controle das funções 
cardiovasculares e neuroendócrinas. 
→ Mais acima na ponte estão os grupos A5 e A7, que compõem a formação 
reticular pontina, com projeções descendentes para a medula 
toracolombar e participação na modulação dos reflexos autonômicos. 
→ Na ponte ficam também os grupos A4 e A6, que correspondem ao locus 
ceruleus. Este tem grande importância no controle do ciclo vigília-sono, e 
suas projeções estão de acordo com essa função: os axônios cerúleos 
estendem-se e ramificam-se por praticamente todo o SNC, do córtex 
cerebral à medula espinhal 
 
 
Os neuronios adrenérgicos (C ie C2), se encontram misturados aos neurônios 
noradrenérgicos no bulbo (com os grupos Al e A2, respectivamente). As células 
C1 projetam à coluna intermediolateral da medula toracolombar, onde se 
situam os neurônios pré-ganglionares simpáticos que controlam o diâmetro 
vascular. Outros neurônios C1 projetam ao hipotálamo, participando aí também 
da regulação da função cardiovascular. As células C2 são componentes do 
núcleo do trato solitário, e participam da modulação da motilidade 
gastrointestinal. 
11 
@resumosdamed_ 
 
JET LAG 
 
 
 
Neurônios dopaminérgicos (A8 a A l7) são bastante diversificados. Alguns (A8 a 
AIO) incluem a substância negra no mesencéfalo e a área tegmental ventral 
adjacente. Uma parte projeta para os núcleos da base, e portanto participa do 
controle motor. Outros neurônios emitem axônios que se estendem por diversas 
regiões límbicas prosencefálicas, constituindo um sistema modulador do humor. 
Outros neurônios dopaminérgicos (Al 1 a A 15) situam-se no hipotálamo e 
projetam localmente à eminência mediana e à neuro-hipófise, ou vão mais 
longe, até a medula toracolombar. No primeiro caso são controladores da 
secreção hormonal hipofisária, e no segundo modulam os neurônios pré- 
ganglionares simpáticos. Um terceiro conjunto de células dopaminérgicas 
localiza-se no bulbo olfatório e na retina, onde elas parecem desempenhar 
funções no processamento sensorial correspondente. 
 
 
Os neurônios serotoninérgicos são todos concentrados bem próximo à linha 
média do tronco encefálico, ocupando os núcleos da rafe (raphé, em francês, 
quer dizer sutura, junção). Os mais caudais, situados no bulbo, têm projeções 
descendentes e participam do controle simpático (BI aB3) e da modulação 
endógena da dor (B4). Os mais rostrais (B5 a B9) são muito importantes para a 
regulação do ciclo vigília-sono, e participam também da modulação de 
comportamentos motivacionais e emocionais. Na verdade, os núcleos da rafe 
pontina continuam-se sem interrupção com a grísea periaquedutal do 
mesencéfalo, uma estrutura com importante participação nos 
comportamentos emocionais. Os neurônios serotoninérgicos mais rostrais (B5 a 
B9) projetam amplamente a todo o prosencéfalo e ao cerebelo. 
 
 
Os neurônios colinérgicos e histaminérgicos foram descobertos há pouco 
tempo. Os colinérgicos do prosencéfalo basal assumiram grande importância 
médica, porque estão entre os primeiros a degenerar em indivíduos idosos com 
doença de Alzheimer, o que naturalmente nos leva a concluir que participam 
dos mecanismos da memória. Os colinérgicos mais caudais, situados na ponte, 
têm projeção ascendente para o mesencéfalo e o diencéfalo, e descendente 
para o bulbo. Em ambos os casos, participam da regulação do ciclo vigília- 
sono. Os neurônios que sintetizam histamina localizam-se no hipotálamo, têm 
projeções ascendentes e descendentes que se ramificam em vastas regiões do 
prosencéfalo e do rombencéfalo. Participam da regulação dos 
comportamentos de alerta, ou seja, modulam a excitabilidade cortical durante 
a vigília. 
 
 
 
O jet lag, em termos médicos, significa “dissincronose”. Trata-se de uma mudança 
brusca que pode pegar o metabolismo da pessoa de surpresa. Isso acontece 
porque o relógio biológico do nosso corpo é programado para se adaptar à rotina 
cotidiana. 
12 
@resumosdamed_ 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA 
ESCALA DE GLASGOW 
Então, quando há uma alteração repentina, você pode sofrer os efeitos desse 
distúrbio. Na prática, quando os passageiros cruzam três ou mais zonas de tempo 
no fuso horário, é comum ocorrer o jet lag. Ou seja, a fadiga causada pela 
alteração do ciclo circadiano (alternância entre dormir e estar acordado). 
 
 
 
• Dores no corpo e dores de cabeça; 
• Cansaço e sonolência; 
• Problemas digestivos; 
• Dificuldade de concentração; 
• Falha momentânea de memória; 
• Insônia; 
• Variação de humor; 
• Irritação na pele. 
 
 
 
 
 
 
• Define-se consciência como um perfeito conhecimento de si próprio e do 
ambiente. 
• A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger 
qualificações tais como subjetividade, autoconsciência, sapiência, e a 
capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente 
• Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, 
mas serno mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução 
tomam parte. 
• A consciência está intimamente ligada aos sistemas moduladores (existem 
também os difusos e os específicos), que seriam como atenuadores gerais no 
teatro (que diminuem ou aumentam as luzes) mas no caso da mente, 
controlam o nível de consciência. 
• As oscilações dos níveis de consciência formarão o ritmo circadiano 
conhecido como vigília-sono. 
• Estados alterados de consciência são comuns na prática clínica e se trata de 
emergência médica, visto que têm alta mortalidade, o que justifica 
diagnóstico e tratamento apropriados de maneira rápida. 
• Coma é o oposto definido para consciência, situação em que o paciente não 
demonstra conhecimento de si próprio e do ambiente, caracterizado pela 
ausência ou extrema diminuição do alerta comportamental (nível de 
consciência), permanecendo não responsivo aos estímulos internos e externos 
e com os olhos fechados. 
 
 
• Alerta: acordado e com resposta adequada a perguntas. 
 
• Sonolência/Letargia: considerada um estado de diminuição do nível de 
consciência em que o paciente consegue ser acordado com estímulos 
brandos. 
 
• Obnubilação: sonolência profunda, responde a perguntas com voz alta e/ou 
após estímulo moderado (balançar). 
• Torpor/Estupor: considerado um estado de sonolência mais profunda em que o 
indivíduo precisa receber estímulos vigorosos e repetidos para despertar. 
 
• Coma: não abre os olhos nem emite sons verbais sob estímulo verbal ou 
doloroso. 
 
A avaliação mais objetiva da consciência é feita pela aplicação da Escala de 
Coma de Glasgow, que avalia três parâmetros de resposta: abertura ocular, 
melhor resposta verbal e melhor resposta motora 
 
 
 
 
A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala neurológica que intenciona 
constituir-se de um método confiável e objetivo para registrar o nível de 
consciência de uma pessoa, para avaliação inicial e contínua após um 
traumatismo craniano. Seu valor também é utilizado no prognóstico do paciente e 
é de grande utilidade na previsão de eventuais sequelas. 
SINTOMAS DO JET LAG 
CONSCIÊNCIA 
DEFINIÇÃO: 
13 
@resumosdamed_ 
 
Inicialmente usado para avaliar o nível de consciência depois de trauma 
encefálico, a escala é atualmente aplicada a diferentes situações. 
 
A caracterização exata dos padrões motores é importante, sendo o padrão flexor 
ou decorticação caracterizado por flexão dos membros superiores e extensão dos 
inferiores, e o padrão extensor ou descerebração caracterizado por extensão dos 
membros superiores e inferiores. 
 
É uma escala útil na avaliação e no acompanhamento de rebaixamento agudo 
do nível de consciência. Resultado menor ou igual a 8 indica necessidade de 
intubação orotraqueal para manutenção de vias aéreas e prevenção de 
aspiração. Deve-se lembrar, no entanto, que a escala é simplificada e nem sempre 
é fidedigna na avaliação do paciente com rebaixamento de nível de consciência. 
Por exemplo, pacientes com lesão na área relacionada à linguagem podem 
apresentar um escore reduzido, porém sem acometimento importante do nível de 
consciência. 
 
 
OCULAR 
 
(4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de 
estímulo externo. 
 
(3) Ao som: abre os olhos quando é chamado. 
 
(2) À pressão: paciente abre os olhos após pressão na 
extremidade dos dedos (aumentando progressivamente a 
intensidade por 10 segundos). 
 
(1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser fisicamente 
capaz de abri-los. 
 
(NT) Não testável: Olhos fechados devido ao fator local 
impossibilitar a AO. 
 
VERBAL 
 
(5) Orientada: consegue responder adequadamente o 
nome, local e data. 
 (4) Confusa: consegue conversar em frases, mas não 
responde corretamente as perguntas de nome, local e 
data. 
 
(3) Palavras: não consegue falar em frases, mas interage 
através de palavras isoladas. 
 
(2) Sons: somente produz gemidos. 
 
(1) Ausente: não produz sons, apesar de ser fisicamente 
capaz de realizá-los. 
 
(NT) Não testável: não emite sons devido a algum fator 
que impossibilita a comunicação. 
 
MOTORA 
 
(6) À ordem: cumpre ordens de atividade motora (duas 
ações) como apertar a mão do profissional e colocar a 
língua para fora. 
 
(5) Localizadora: eleva a mão acima do nível da clavícula 
em uma tentativa de interromper o estímulo (durante o 
pinçamento do trapézio ou incisura supraorbitária). 
 
(4) Flexão normal: a mão não alcança a fonte do 
estímulo, mas há uma flexão rápida do braço ao nível do 
cotovelo e na direção externa ao corpo. 
 
(3) Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do 
estímulo, mas há uma flexão lenta do braço na direção 
interna do corpo. 
 
(2) Extensão: há uma extensão do braço ao nível do 
cotovelo. 
 
(1) Ausente: não há resposta motora dos membros 
superiores e inferiores, apesar de o paciente ser 
fisicamente capaz de realizá-la. 
 
14 
@resumosdamed_ 
 
REATIVIDADE 
P5- para aqueles incluídos nessa categoria, toda a percepção está ausente, 
indicando um distúrbio orgânico ou funcional dos neurônios corticais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para avaliação desse parâmetro é aplicado os seguintes testes. O 1º teste consiste 
em solicitar ao paciente para obedecer a uma ordem escrita: "feche os olhos" ou 
"ponha a sua língua para fora". O 2º teste é elaborado para testar a orientação no 
tempo e espaço: "Você sabe onde está? Você sabe que dia estamos? Que mês? 
Que ano?". No 3º teste é analisada a habilidade do paciente em obedecer a um 
comando oral "feche seus olhos" ou "ponha a sua língua para fora". O 4º teste é 
para verificar e reflexo de "blinking" que consiste no fechamento dos olhos aos 
estímulos visuais de ameaça (5). No parâmetro perceptividade o indivíduo é 
classificado em cinco categorias: 
 
P1- indivíduos com nenhuma perda de consciência, neurologicamente normais no 
que se refere ao nível de consciência. Estes pacientes devem receber pontuação 
máxima também nos itens referentes aos 3 tipos de reatividade; 
 
P2- representa "obnubilação "; estes pacientes estão desorientados no tempo e no 
espaço ou são incapazes de obedecer a um comando escrito, porém executam 
ordens verbais; 
 
P3- representa o que tem sido reconhecido classicamente como "torpor". Inclui 
indivíduos com pobre compreensão da linguagem. Para eles, uma ordem verbal 
precisa ser repetida muitas vezes antes de ser obedecida e mesmo assim o faz 
lentamente. Apresenta o reflexo de "blinking" normal; 
 
P4- refere-se a pacientes que apresentam somente resposta a "blinking"; 
Na reatividade inespecífica é considerado reação orientada positiva, aquela 
reação do indivíduo que quando tem seus olhos abertos, volta o olhar para o lado 
da cama onde ocorreu o barulho forte ou chamaram o seu nome; e a reação de 
despertar é considerada presente quando o indivíduo abre os olhos pelo estímulo 
de alguma manobra que é realizada. Quanto a reatividade inespecífica pode-se 
designar o indivíduo em três grupos: R1- inclui os indivíduos que mostram uma 
reação orientada positiva com seus olhos abertos e uma reação positiva de 
despertar com os olhos fechados; R2- inclui aqueles que perdem a reação 
orientada com os olhos abertos, mas puderam ainda abrir seus olhos quando 
desafiados; R3- inclui indivíduos que perdem a capacidade de apresentar reação 
de despertar. Na reatividade à dor pode-se dividir os pacientes em quatro grupos: 
D1- é o grupo que apresenta reação normal. Há mímica característica, o choro e a 
retirada do membro; D2- ocorre perda da reação facial e vocal para dor, 
apresenta reação de despertar quando estimulado durante o sono e pode ainda 
retirar o membro; D3- os indivíduos incluídos nesses grupo apresentam como 
reação à dor somente a retirada do membro; D4- neste grupo são incluídos os 
pacientes com perda de todas as formas de reação à dor. Na reatividade 
autonômica é avaliada a resposta do sistema nervoso autônomo à estimulação 
dolorosa. A reação à dor causa um período de apnéia seguido por uma mais 
duradoura taquipnéia.O ritmo cardíaco pode acelerar ou diminuir, é frequente 
mudanças vasomotoras ocasionando rubor, sudorese. Midríase também é muito 
comum. Neste indicador os pacientes são incluídos em dois grupos: V1- inclui 
aqueles indivíduos que apresentam reações neuro-vegetativas ao estímulo 
doloroso; V2- são classificados nesse grupo aqueles que nenhuma reação 
autonômica à dor pode ser notada. A pontuação final nessa escala é dada pela 
somatória dos números que seguem as letras de cada item avaliado. 
PERCEPTIVIDADE 
 (NT) Não testável: não movimenta membros superiores 
e/ou inferiores devido a algum fator que impossibilita a 
movimentação. 
 
*PUPILAR (GCS-P) 
(atualização 2018): 
 
(-2) Ambas as pupilas não reagem ao estímulo de luz. 
 
(-1) Uma pupila não reage ao estímulo de luz. 
 
(0) Nenhuma pupila fica sem reação ao estímulo de luz. 
 
15 
@resumosdamed_ 
 
 
O exame de polissonografia consiste no monitoramento das atividades do 
paciente durante o sono. Como o nome sugere, a polissonografia reúne diversos 
testes, que são feitos enquanto o paciente dorme. Assim, é possível verificar a 
atividade cerebral, cardíaca, muscular, o funcionamento do aparelho respiratório, 
entre outros fatores. 
 
Tem a finalidade de monitorar o funcionamento do organismo enquanto o 
paciente dorme pode apoiar o diagnóstico de uma série de distúrbios do sono. 
Conforme o Ministério da Saúde, entre os mais comuns, estão a insônia, a apneia 
obstrutiva do sono e também a síndrome das pernas inquietas. Mais que uma 
simples dificuldade para pegar no sono, a insônia prejudica a capacidade de 
manter um sono contínuo durante a noite ou a manhã. Por sua vez, a apneia 
obstrutiva do sono é causada pela obstrução da via aérea no nível da garganta, 
interrompendo a respiração por um período médio de 20 segundos. Já a síndrome 
das pernas inquietas é caracterizada pela agitação involuntária dos membros 
inferiores que, em alguns casos, também afeta os braços. Essa agitação costuma 
se intensificar durante a noite, sendo detectada mais facilmente pela 
polissonografia. 
 
Como funciona o exame? O que é avaliado? Conforme a recomendação 
médica, a polissonografia pode envolver diversos testes, realizados 
simultaneamente. Geralmente, esses testes são feitos através de sensores 
colocados no paciente. Eletroencefalograma (EEG), eletrocardiograma (ECG), 
eletromiograma (EMG), eletro-oculograma (EOG) e oximetria de pulso costumam 
compor a polissonografia. Também podem ser colhidos registros sobre o esforço 
respiratório do tórax e abdômen, fluxo aéreo nasal e oral, bem como de ronco e 
posição corporal. O EEG é um teste que mostra a atividade elétrica do cérebro, 
enquanto o ECG avalia o funcionamento do coração. Já o eletromiograma mede 
o movimento dos músculos, enquanto o eletro-oculograma possibilita a 
identificação das fases do sono, e em que momento se iniciam pelo movimento 
dos olhos. 
 
Referências: 
Cem bilhões de neurónios: conceitos fundamentais de neurociências. Princípios de 
neurociência – kandel 
Neuroanatomia funcional – machado 
EXAME DO SONO – POLISSONOGRAFIA 
16 
@resumosdamed_

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