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Direito Civil IV - POSSE

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Disciplina: Direito Civil IV
POSSE
A posse pode ser entendida como fenômeno social que satisfaz as necessidades básicas de uma sociedade como moradia e trabalho.
A “posse” gera muitas controvérsias na doutrina e na jurisprudência. Muitos doutrinadores discutem essa matéria e não chegam a nenhuma conclusão concreta acerca do assunto.
Lafaille diz, (1945, p. 61):
Diversas causas têm contribuído para que a posse seja um dos setores mais árduos e mais complicados do Direito Civil. Os problemas que ela coloca são já de si difíceis, tanto no que se refere ao distingui-la de outras figuras, como no que respeita ao regulamentá-la e no organizar a sua defesa. Tudo isto, aliás, se agrava com a anarquia na linguagem que se reflete nos autores e nas próprias leis.
Diante a tantos conceitos e divergências em respeito ao assunto, pontuamos a função social de posse.
 No sentido de a função social de posse para ser capaz de resolver as necessidades, ou seja, os problemas sociais que há tempo trazem transtornos negativos para o nosso país, como a concentração de terras nas mãos de poucos, concentração de pobreza tanto na periferia como no campo, elevados índices de crescimento demográfico, precariedade de moradia, entre outros problemas. Problemas esses, que a princípio parecem serem impossíveis de serem resolvidos no cotidiano, mas que não são, claro, se assim for reconhecid a função social da posse.
Logo, desta forma encontraria a solução, por exemplo, para os “Sem Tetos”, pois caso a medida surtisse efeito, a função social da posse naquela ocupação da propriedade (que não atende a função social detalhada na Constituição Federal) com os fins de moradia, se teria um problema social resolvido. Assim, deixariam de existiriam tantas pessoas sem moradia.
 
Explicando a posse, ter uma propriedade, na verdade não é ter posse de um bem. Esta é um exercício aparente de um dos atributos da sociedade. Exemplificando, se alguém está dirigindo um carro, não quer dizer que tem posse dele, portanto, um exercício aparente.
Não podemos confundir posse com propriedade. Pois estas acontecem em prismas diferentes.
A posse acontece dentro de um contexto aparente, enquanto a propriedade dentro de um contexto real. A exemplo disso, temos a figura do locador e do locatário. O primeiro tem a posse física do bem, paga um aluguel, já o segundo é o detentor do bem imóvel, ou seja, o dono, podendo ou não ceder a posse a alguém que deseje alugá-lo.
Outro exemplo semelhante (empréstimo), é o contrato de Comodato, em que o comodante cede a posse para o comodatário para que fique no imóvel por tempo determinado, no caso sem pagar o aluguel, devendo apenas cuidar.
É importante ressaltar, que a posse e a propriedade podem se dar sobre coisa imóvel, móvel, tangível, imaterial, material, bem como, coisa simples, composta, de Direitos Patrimoniais, pessoais entre outros.
O objeto deve ter origem idônea, de natureza corpórea (perceptível pelos nossos sentidos, como bens móveis livros, jóias...e imóveis), ou incorpórea( não tangível como direitos autorais, direito de crédito, direito de usufruto...)
Dentre as espécies de posse temos a posse justa e posse injusta. A primeira é simplesmente justa, ou seja, acontece de forma não precária, clandestina ou violenta. Não carrega vícios em sua origem, o que por sua vez faz com que essa posse possa produzir os seus efeitos no mundo jurídico. Já a segunda é mais conhecida por ser caso da posse violenta, que é adquirida por meio de ameaças, força física, intimidação e força moral.
Como o nome aponta, a posse clandestina, se dá de forma oculta, as escondidas contra quem se pretende praticar o apossamento da coisa, a maioria das vezes ocorre por abuso de confiança como por exemplo, os caseiros. Vale ressaltar que a clandestinidade da posse é um defeito relativo, uma vez que ela acontece somente em relação à pessoa a quem pertence à coisa, mas podendo ser perfeitamente visível as demais pessoas. 
Temos a posse nova e a posse velha. Para que a posse nova se configure, é necessário que ela tenha o tempo inferior a um ano e um dia. Para que seja velha ao contrário, mais de um ano e um dia. 
A posse de boa-fé ocorre no âmbito subjetivo, é exercida por quem desconhece os obstáculos, ou seja, quando o possuidor está convicto de que a coisa é sua e está em conformidade com a lei, mas ignora totalmente os obstáculos ou possíveis vícios legais que impedem que o mesmo possa proceder à aquisição da propriedade do bem em questão.
Bibliografia:
FRANCO, Wanildo José Nobre. A posse e a propriedade. Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/8898-8897-1-PB.pdf. Acesso em 04/03/18.
COSTA,Samara http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12222. Acesso em: 08/03/2018.

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