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Apostila direito administrativo - tre Técnico

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www.concursovirtual.com.br 1
PRF - Direito Penal | Profº Rodrigo Motta
TRE/RJ | TÉCNICO
JudICIáRIO | áREa 
admINIsTRaTIva
PROFº RODRIGO MOTTA
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TRE/RJ | TÉCNICO
JudICIáRIO | áREa 
admINIsTRaTIva
PROFº RODRIGO MOTTA
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PRF - Direito Penal | Profº Rodrigo Motta
InTRODuçãO AO DIReITO ADMInIsTRATIvO:
Direito Público e Direito PrivaDo
Direito Pública
•	 Desigualdade jurídica – regula os interesses estatais e sociais
Direito Privado
•	 igualdade Jurídica – regula os interesses individuais
Direito administrativo - ramo do Direito Público
três elementos do estado: 
 POVO
 eStaDo TERRITÓRIO
 GOVERNO SOBERANO
o estado tem 03 funções:
i – Função legislativa => elaboração das leis. Exercida tipicamente pelo Poder Legislativo.
ii – Função Jurisdicional => aplicação da lei aos casos concretos. Exercida tipicamente pelo Poder Judiciário.
iii – Função administrativa => administração da máquina pública. Exercida tipicamente pelo Poder Executivo.
OBS: Atipicamente os Poderes Legislativo e Judiciário também exercem uma função administrativa.
Sistemas administrativos
	Jurisdição Una - sistema inglês – art. 5º, XXXv, cF (adotado no brasil)
	Dualidade de jurisdição - Sistema do contencioso administrativo – sistema francês 
 
PRF - Direito Penal | Profº Rodrigo Motta
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COnCeITO De DIReITO ADMInIsTRATIvO:
Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, agentes e atividades públicas tendentes a realizar 
concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.
Ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a 
Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecu-
ção de seus fins, de natureza pública.
FoNteS Do Direito aDMiNiStrativo
	Lei (sentido amplo) – fonte primária do Direito Administrativo, abrangendo esta expressão desde a Cons-
tituição até os regulamentos executivos.
	Doutrina – Sistema teórico de princípios aplicáveis ao Direito Positivo.
	Jurisprudência – Reiteração dos julgamentos num mesmo sentido.
 OBS: EC 45/2004 – art. 103-A, CF – súmulas vinculantes
	Costumes – prática administrativa
aDMiNiStração Pública
=> sentido subjetivo, orgânico ou formal: é o conjunto de órgãos, agentes e entidades que exercem a função 
administrativa estatal.
. Órgãos – unidade despersonalizadas (não possuem personalidade jurídica.
. Entidades – estruturas dotadas de personalidade jurídica.
. Agentes públicos – Pessoas físicas que desempenham alguma função pública, de forma remunerada ou não, com 
ou sem vínculo profissional. 
=>sentido objetivo, funcional ou material: atividade concreta e imediata desempenhada pelo Estado, visando 
satisfazer as necessidades que a coletividade possui.
. Atividade de Polícia administrativa (Ex: choque de ordem)
. Serviços públicos (art. 21, CF)
. Fomento (incentivo)
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PRF - Direito Penal | Profº Rodrigo Motta
eXeRCÍCIOs De FIXAçãO
(OUTORGA POR REMOÇÃO / TJ-SE / 2014 / CESPE) Julgue os itens a seguir.
01) O fomento, a polícia administrativa e o serviço público são abrangidos pela administração pública em sentido 
objetivo.
(ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO / ÁREA ADMINISTRAÇÃO / TCE-PA / 2016 / CESPE) No 
que concerne à administração pública, julgue os itens a seguir.
02) Do ponto de vista subjetivo, a administração pública integra o Poder Executivo, que exerce com exclusividade 
as funções administrativas, em decorrência do princípio da separação dos poderes.
(NÍVEL SUPERIOR - DIREITO / MC / 2013 / CESPE) Julgue os itens subsecutivos.
03) É característica marcante do direito público a desigualdade nas relações jurídicas por ele regidas, devido à pre-
valência do interesse público sobre o privado.
(ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO / MI / 2013 / CESPE) Com relação a Estado, governo e admi-
nistração pública, julgue os itens seguintes.
04) Consoante as regras do direito brasileiro, as funções administrativas, legislativas e judiciais distribuem-se entre 
os poderes estatais — Executivo, Legislativo e Judiciário, respectivamente —, que as exercem de forma exclusiva, 
segundo o princípio da separação dos poderes.
(ANALISTA ADMINISTRATIVO / TJ-CE / 2014 / CESPE) No que se refere ao Estado, governo e à adminis-
tração pública, julgue os itens a seguir.
05) A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade administrativa exercida pelas pessoas 
jurídicas, pelos órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa.
(PROCURADOR / TCE-PB / 2014 / CESPE) No que se refere ao direito administrativo e seus princípios, julgue 
os itens a seguir.
06) A lei é fonte primária do direito, sendo que o costume, fonte secundária, não é considerado fonte do direito 
administrativo.
(ANALISTA DE PLANEJAMENTO / DIREITO / INPI / 2013 / CESPE) Em relação ao objeto e às fontes 
do direito administrativo, julgue os itens seguintes. 
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07) Considerada fonte secundária do direito administrativo, a jurisprudência não tem força cogente de uma norma 
criada pelo legislador, salvo no caso de súmula vinculante, cujo cumprimento é obrigatório pela administração 
pública.
(ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA JUDICIÁRIA / TRE-MS / 2013 / CESPE)
08) Dizer que o direito administrativo é um ramo do direito público significa o mesmo que dizer que seu objeto 
está restrito a relações jurídicas regidas pelo direito público.
(ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA JUDICIÁRIA / TRE-MS / 2013 / CESPE) Em relação ao objeto e às 
fontes do direito administrativo, julgue os itens a seguir.
09) O Poder Executivo exerce, além da função administrativa, a denominada função política de governo — como, 
por exemplo, a elaboração de políticas públicas, que também constituem objeto de estudo do direito administra-
tivo.
(ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO / CADE / 2014 / CESPE) Julgue os itens que se seguem.
10) Embora a função administrativa seja atípica para os Poderes Judiciário e Legislativo, no exercício da função 
administrativa, esses poderes praticam atos administrativos.
GABARITO:
01 ( C )
02 ( E )
03 ( C )
04 ( E )
05 ( E )
06 ( E )
07 ( C )
08 ( E )
09 ( E )
10 ( C )
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AGenTes PúblICOs
CONCEITO
“São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal”. 
(Hely Lopes Meirelles)
“É toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta”. (Maria Sylvia 
Zanella Di Pietro)
Art. 2º, Lei 8.429/92 – “Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma 
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.” 
claSSiFicação DoS aGeNteS PúblicoS
	Agentes políticos
	Agentes administrativos
	Agentes honoríficos
	Agentes delegados
	Agentes credenciados
*Conforme posição de Hely Lopes Meirelles
	aGeNteS PolÍticoS
	Componentes do Governo nos seus primeiros escalões
	Atuam com plena liberdade funcional
	Prerrogativas e responsabilidades próprias, estabelecidas na Constituição e em leis especiais
exemplos: Chefes de Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares imediatos 
(Ministros e Secretários Estaduais e Municipais), Senadores, Vereadores e Deputados.
OBS: Sobre os Magistrados, Membros do MinistérioPúblico e Ministros dos Tribunais de Contas, são considera-
dos agentes políticos por Hely Lopes Meirelles, mas não por Maria Sylvia Zanella Di Pietro.
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	aGeNteS aDMiNiStrativoS
	Vínculo profissional
	Sujeição à hierarquia funcional
	Regime jurídico determinado pela entidade estatal
Exemplos: Servidores Públicos, empregados públicos e temporários.
	aGeNteS HoNorÍFicoS
	Convocados, designados ou nomeados
	Exercício transitório
	Condição cívica ou honorabilidade
Exemplos: Mesários eleitorais, jurados.
	aGeNteS DeleGaDoS
	Particulares que exercem, em nome próprio, determinadas atividades, por sua conta e risco
	Fiscalizados pelo poder delegante
Exemplos: Leiloeiros, tradutores, intérpretes públicos, notários e registradores.
	aGeNteS creDeNciaDoS
	Representam a Administração em determinado ato ou atividade específica
	Remunerados pelo poder credenciante
Exemplos: Artista ou cientista que representa o País em evento internacional.
obS: agentes Públicos: Segundo a Profª Di Pietro
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. agentes políticos 
 servidores (estatutários)
. Servidores em sentido amplo empregados públicos
 temporários
 
 requisição, nomeação ou designação
. Particulares em colaboração delegados
 Gestores de negócios
. Militares
eXeRCÍCIOs De FIXAçãO
(TÉCNICO JUDICIÁRIO / TRE-MS / 2013 / CESPE)
01) Considera-se agente público aquele que exerce, mesmo que transitoriamente, cargo, emprego ou função públi-
ca, sempre mediante remuneração pelo serviço prestado.
(ADMINISTRADOR / MS / 2013 / CESPE) Acerca dos agentes públicos, julgue os itens subsequentes.
02) Senadores, deputados e vereadores são considerados agentes políticos.
(ANALISTA TÉCNICO-ADMIN./ MS / 2013 / CESPE) No que tange a agentes públicos, julgue os itens sub-
secutivos.
03) Os magistrados, agentes políticos investidos para o exercício de atribuições constitucionais, têm plena liberda-
de funcional no desempenho de suas funções, bem como prerrogativas próprias e legislações específicas.
(TÉCNICO / MPU / 2013 / CESPE) Acerca dos agentes públicos, julgue os próximos itens.
04) Os ministros de Estado são considerados agentes políticos, dado que integram os mais altos escalões do poder 
público.
(TÉCNICO JUDICIÁRIO / TRT-8ª REGIÃO / 2013 / CESPE)
05) Os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público poderão adquirir a 
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estabilidade após três anos de efetivo exercício, sendo condição para a aquisição da referida estabilidade avaliação 
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
(INVESTIGADOR DE POLÍCIA / PC-BA / 2013 / CESPE) Com relação ao regime constitucional aplicável à 
administração pública, julgue os itens subsequentes.
06) É condição necessária e suficiente para a aquisição da estabilidade no serviço público o exercício efetivo no 
cargo por período de três anos.
(DELEGADO DE POLÍCIA / PC-BA / 2013 / CESPE) Com relação aos agentes públicos, julgue os itens 
subsequentes.
07) Para que ocorra provimento de vagas em qualquer cargo público, é necessária a prévia aprovação em concurso 
público.
(AGENTE DE POLÍCIA / PC-DF / 2013 / CESPE) Julgue os itens a seguir, concernentes à administração 
pública. 
08) Os cargos em comissão e as funções de confiança podem ser preenchidos por livre escolha da autoridade ad-
ministrativa entre pessoas sem vínculo com a administração pública.
(TÉCNICO / MPU / 2013 / CESPE) Acerca dos agentes públicos, julgue os próximos itens.
09) Admite-se a realização, pela administração pública, de processo seletivo simplificado para contratar profissio-
nais por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
(NÍVEL SUPERIOR - DIREITO / MC / 2013 / CESPE)
10) O regime jurídico dos agentes públicos contratados por tempo determinado é celetista, logo esses agentes são 
considerados empregados públicos.
(TÉCNICO / CNJ / 2013 / CESPE) Consoante à agentes públicos, julgue os itens que se seguem.
11) Considere que determinado cidadão tenha sido convocado como mesário em um pleito eleitoral. Nessa si-
tuação hipotética, no exercício de suas atribuições, ele deve ser considerado agente político e, para fins penais, 
funcionário público.
(ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA JUDICIÁRIA / TRE-MS / 2013 / CESPE) No que se refere aos agentes 
e servidores públicos, julgue os próximos itens.
12) Compreendem a categoria de servidores públicos, em sentido amplo, os servidores estatutários, os emprega-
dos públicos e os servidores temporários.
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(NÍVEL SUPERIOR - DIREITO / MC / 2013 / CESPE) Julgue os itens subsecutivos.
13) Um artista consagrado contratado para representar o Brasil em um congresso internacional é um agente cre-
denciado, que é também considerado funcionário público para fins penais.
GABARITO
01 ( E )
02 ( C )
03 ( C )
04 ( C )
05 ( C )
06 ( E )
07 ( E )
08 ( E )
09 ( C )
10 ( E )
11 ( E )
12 ( C )
13 ( C )
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PRInCÍPIOs DA ADMInIsTRAçãO PúblICA
Princípios => são proposições básicas de uma ciência.
regime Jurídico-administrativo => conjunto de regras que disciplinam o desempenho de atividades pela ad-
ministração.
PriNcÍPioS Da aDMiNiStração Pública
 
 
Princípios expressos: (art. 37, caput) (Macete liMPe)
art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência* e, também, ao seguinte:
l egalidade
i mpessoalidade 
M oralidade
P ublicidade
e ficiência*
* Tornou-se expresso com a E.C. nº19/98
leGAlIDADe
 Particular => tudo que a lei não proíbe.
 (legalidade genérica - ampliativa)
legalidade
 adm. Pública => só o que a lei determina.
 (legalidade restritiva – estrita legalidade)
PRERROGATIVAS SujEIçõES (RESTRIçõES)
Supremacia do interesse público
sobre o privado
indisponibilidade do
interesse público
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IMPessOAlIDADe
impessoalidade (imparcialidade, neutralidade)
- Vedação à promoção pessoal do agente público (art. 37, §1º CF)
- Finalidade pública (remoção de ofício com intuito de punir caracteriza desvio de finalidade, violando assim o 
princípio da impessoalidade)
- Os atos não serão imputados ao agente que o pratica, mas ao órgão ou entidade em nome do qual ele atua. (teoria 
do órgão)
MORAlIDADe
Moralidade (ética, decoro, probidade, boa fé)
“É o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração”, segundo Maurice Hauriou.
Legalidade ≠ Moralidade
*nem tudo que é legal é honesto / moral.
*ação popular é o remédio constitucional que o cidadão comum tem para combater uma ação lesiva à moralidade 
administrativa. (art. 5º, LXXIII)
*Improbidade (art.37, §4º CF)
art. 37 (...)
§4º - Os atos de improbidade administrativa importarão à suspensão dos direitos políticos, a perda da função 
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem 
prejuízo da ação penal cabível.
S uspensão dos direitos políticos
P erda da função pública
i ndisponibilidade de bens
r essarcimento ao erário
S em prejuízo da ação penal cabível
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SÚMULA VINCULANTE Nº 13 STF – VEDAÇÃO AO NEPOTISMO
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo 
em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal. 
PUbliciDaDe
art. 5º, XXXiii, cF - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, 
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Visa a transparência dos atos da administração pública.
Não tem natureza absoluta (sigilo é exceção ao princípio da publicidade) 
eFiciÊNcia
Perfeição, presteza e rendimento funcional
Modo de atuação do agente / modo de estruturar, organizar e disciplinar a Administração Pública
Tornou-se expresso com a E.C. nº19/98
Ex: avaliação de desempenho do servidor público
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS (Rol exemplificativo)
	Razoabilidade e proporcionalidade
	Autotutela
	Continuidade do serviço público 
	Motivação 
	Segurança jurídica
lei 9.784/99, art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, os princípios da legalidade, finalidade, motivação, 
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
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razoabilidade e Proporcionalidade
	Proibição do excesso
	Compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte 
da Administração Pública.
	Art. 2º, VI, Lei nº 9.784/99 – “Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições 
e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público”
Autotutela
Permite à Administração Pública rever seus próprios atos, anulando os ilegais e revogando os inconvenientes 
ou inoportunos.
	Súmula n° 346 do StF = A Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios 
atos.
	Súmula n°473 do StF = A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, 
a apreciação judicial.
continuidade do serviço público
	Os serviços públicos não devem sofrer interrupção, ou seja, sua prestação deve ser contínua para evitar 
que a paralisação provoque, como às vezes ocorre, colapso nas múltiplas atividades particulares.
	Inerente ao interesse público.
 
lei 8987/95 - Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno 
atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
 § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, 
generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
 § 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua 
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
 § 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou 
após prévio aviso, quando:
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 I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
 II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
Motivação
	Indicação dos pressupostos de fato e de direito que serviram de fundamento a prática do ato.
	Atenção: Não confundir motivo com motivação. 
	Em regra, os atos administrativos devem ser motivados.
	Alguns atos não necessitam de motivação (Ex: nomeação e exoneração de cargos em comissão)
Lei 9.784/99 - Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com 
fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante 
do ato. (...)
Segurança Jurídica
Resguarda a estabilização das relações jurídicas. 
Art. 5º, XXXVI, CF – A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Art. 2º, XIII, Lei 9.784/99 - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a 
que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
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Art. 54, Lei 9.784/99 - O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
eXeRCÍCIOs De FIXAçãO
01) (aNaliSta aDMiNiStrativo / tre-Pi / 2016 / ceSPe) Determinada autoridade administra-
tiva deixou de anular ato administrativo ilegal, do qual decorriam efeitos favoráveis para seu destinatário, 
em razão de ter decorrido mais de cinco anos desde a prática do ato, praticado de boa-fé.
Nessa situação hipotética, a atuação da autoridade administrativa está fundada no princípio adminis-
trativo da
(A) tutela.
(B) moralidade.
(C) segurança jurídica.
(D) legalidade.
(E) especialidade.
02) (aNaliSta aDMiNiStrativo / tre-Pi / 2016 / ceSPe) o regime jurídico-administrativo 
caracteriza-se
(A) pelas prerrogativas e sujeições a que se submete a administração pública.
(B) pela prevalência da autonomia da vontade do indivíduo.
(C) por princípios da teoria geral do direito.
(D) pela relação de horizontalidade entre o Estado e os administrados.
(E) pela aplicação preponderante de normas do direito privado.
(ANALISTA JUDICIÁRIO / TJ-CE / 2014 / CESPE) No que se refere ao regime jurídico administrativo, julgue 
os itens a seguir.
03) A autotutela administrativa compreende tanto o controle de legalidade ou legitimidade quanto o controle de 
mérito.
(JUIZ SUBSTITUTO / TRF-2ª REGIÃO / 2013 / CESPE) Com referência ao regime jurídico e aos princípios 
da administração pública, assinale a opção correta de acordo com o pensamento doutrinário dominante.
04 Para o particular, o princípio da legalidade apresenta conotaçãonegativa ou restritiva; já para a administração 
pública ele apresenta caráter positivo ou ampliativo.
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(TÉCNICO JUDICIÁRIO / TRE-GO / 2015 / CESPE-UnB) No que se refere ao regime jurídico-administrati-
vo brasileiro e aos princípios regentes da administração pública, julgue os próximos itens.
05) Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, 
aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver proibição legal.
(PROCURADOR / PGE-BA / 2014 / CESPE) Acerca do regime jurídico-administrativo e dos princípios jurídi-
cos que amparam a administração pública, julgue os itens seguintes.
06) Suponha que o governador de determinado estado tenha atribuído o nome de Nelson Mandela, ex-presidente 
da África do Sul, a escola pública estadual construída com recursos financeiros repassados mediante convênio com 
a União. Nesse caso, há violação do princípio da impessoalidade, dada a existência de proibição constitucional à 
publicidade de obras com nomes de autoridades públicas.
(ANALISTA ADMINISTRATIVO / TRT 10ª REGIÃO / 2013 / CESPE) A respeito da administração pública 
e seus princípios, julgue os itens subsecutivos.
07) Considere a seguinte situação hipotética.
Determinado prefeito, que é filho do deputado federal em exercício José Faber, instituiu ação político-adminis-
trativa municipal que nomeou da seguinte forma: Programa de Alimentação Escolar José Faber. Nessa situação 
hipotética, embora o prefeito tenha associado o nome do próprio pai ao referido programa, não houve violação 
do princípio da impessoalidade, pois não ocorreu promoção pessoal do chefe do Poder Executivo municipal.
(AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO / TCU / 2015 / CESPE) No que se refere aos princípios e conceitos 
da administração pública, julgue os próximos itens.
08) Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação administrativa que contrariar, além da lei, a moral, os bons 
costumes, a honestidade ou os deveres de boa administração.
(OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR / TJDFT / 2013 / CESPE) Em relação ao direito administrativo, julgue 
os itens a seguir.
09) Haverá ofensa ao princípio da moralidade administrativa sempre que o comportamento da administração, em-
bora em consonância com a lei, ofender a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios 
de justiça e a ideia comum de honestidade.
(ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA JUDICIÁRIA / TJ-SE / 2014 / CESPE) No que se refere aos princípios 
que regem a administração pública, julgue os seguintes itens. 
10) Em consonância com os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade, o STF, por meio da Sú-
mula Vinculante n.º 13, considerou proibida a prática de nepotismo na administração pública, inclusive a efetuada 
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mediante designações recíprocas — nepotismo cruzado.
(ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO / ANTAQ / 2014 / CESPE) Com relação à administração pública e seus 
princípios fundamentais, julgue os próximos itens.
11) O princípio da publicidade está relacionado à exigência de ampla divulgação dos atos administrativos e de 
transparência da administração pública, condições asseguradas, sem exceção, ao cidadão.
(AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO / TCU / 2015 / CESPE) No que se refere a princípios da adminis-
tração pública, julgue os próximos itens.
12) De acordo com entendimento dominante, é legítima a publicação em sítio eletrônico da administração pública 
dos nomes de seus servidores e do valor dos vencimentos e das vantagens pecuniárias a que eles fazem jus.
13) Se for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, será permitido o sigilo dos atos administrativos.
(INVESTIGADOR DE POLÍCIA / PC-BA / 2013 / CESPE) No que se refere aos princípios básicos da admi-
nistração pública federal, julgue os itens subsecutivos.
14) A probidade, que deve nortear a conduta dos administradores públicos, constitui fundamento do princípio da 
eficiência.
(PROCURADOR / PGE-BA / 2014 / CESPE) Acerca do regime jurídico-administrativo e dos princípios jurídi-
cos que amparam a administração pública, julgue os itens seguintes.
15) O atendimento ao princípio da eficiência administrativa autoriza a atuação de servidor público em descon-
formidade com a regra legal, desde que haja a comprovação do atingimento da eficácia na prestação do serviço 
público correspondente.
(ANALISTA ADMINISTRATIVO / TJ-CE / 2014 / CESPE)
16) O princípio da razoabilidade é considerado um princípio implícito da administração pública, por não se encon-
trar previsto explicitamente na legislação constitucional ou infraconstitucional.
(PROCURADOR / TC-DF / 2013 / CESPE) Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir.
17) Constitui exteriorização do princípio da autotutela a súmula do STF que enuncia que “A administração pode 
anular seus próprios atos, quando eivados dos vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; 
ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial”.
(TÉCNICO JUDICIÁRIO / JUDICIÁRIA / TJ-CE / 2014 / CESPE) Com relação aos princípios que funda-
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mentam a administração pública, julgue os itens a seguir.
18) A necessidade da continuidade do serviço público é demonstrada, no texto constitucional, quando assegura ao 
servidor público o exercício irrestrito do direito de greve.
19) O princípio da motivação dos atos administrativos, que impõe ao administrador o dever de indicar os pressu-
postos de fato e de direito que determinam a prática do ato, não possui fundamento constitucional.
(ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO / FUB / 2015 / CESPE-UnB) A administração pública é regida por 
princípios fundamentais que atingem todos os entes da Federação: União, estados, municípios e o Distrito Federal. 
Com relação a esse assunto, julgue os itens subsecutivos.
20) Na hierarquia dos princípios da administração pública, o mais importante é o princípio da legalidade, o pri-
meiro a ser citado na CF.
GABARITO
01 (C)
02 (A)
03 (C)
04 (E)
05 (C)
06 (E)
07 (E)
08 (E)
09 (C)
10 (C)
11 (E)
12 (C)
13 (C)
14 (E)
15 (E)
16 (E)
17 (C)
18 (E)
19 (E)
20 (E)
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ADMInIsTRAçãO PúblICA DIReTA e InDIReTA
organização administrativa
entidades políticas e entidades administrativas
Entidades políticas – pessoas jurídicas que compõem a Federação, possuindo autonomia política, o que as possibilita 
a auto-organização (elaboração das próprias Constituições e Leis Orgânicas) e também capacidade de legislar, 
dentro das competências constitucionais.
União, Estados, Distrito Federal e Municípios são pessoas políticas.
Entidades administrativas – pessoas jurídicas que não possuem autonomia política. Não possuem competências le-
gislativas, possuindo apenas atribuições de natureza administrativa.
Autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas jurídicas adminis-
trativas.
Centralização – Execução direta, por meio de órgãos e agentes integrantes da Administração direta.
Descentralização – Distribuição de competência para outra pessoa. Entidades distintas.
Concentração – Aglutinação de órgãos.
Desconcentração – Distribuição interna de competência. Ocorre entre órgãos
entidades União
Políticas Estados
 DF
 Municípios 
Pessoas jurídicas de direito público.
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Administração pública indireta
entidades de F undações públicas
 natureza a utarquias
administrativa S ociedades de economia mista
 e mpresas públicas
OBS: Não há hierarquia entre a Administração direta e indireta. Controle finalístico.
DeSceNtraliZação
Descentralização política – Ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do 
ente central; é a situação dos Estados-membros e Municípios. Possuem competência legislativa própria, que não 
decorre da União nem a ela se subordina, pois possui fundamento constitucional.
Descentralização administrativa – Ocorre quando as atribuições que os entes descentralizados exercem só têm o valor 
jurídico que lhes empresta o ente central; suas atribuições não decorrem, com força própria, da Constituição, mas 
do poder central.
OBS: Alguns doutrinadores também tratam da descentralização territorial ou geográfica (entidade dotada de per-
sonalidade jurídica de direito público, com capacidade administrativa genérica).
DeSceNtraliZação aDMiNiStrativa
outorga Delegação
Também chamada de técnica, funcional ou 
por serviços Por colaboração
Outorga legal (lei) Contrato ou ato unilateral
Repasse da titularidade e da execução 
do serviço
Repasse da execução do serviço. 
*a titularidade permanece com o poder público.
Ex: autarquias Ex: concessionárias de serviço público
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Órgãos Públicos
	Centros de competência;
	Unidades integradas da estrutura da Administração direta e indireta;
	Não possuem personalidade jurídica;
	Possuem cargos, agentes e funções. 
	Em regra, não possuem capacidade processual, salvo na defesa de prerrogativas e competências funcionais. 
Súmula nº 525 STJ - A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo 
demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.
relação estado X agentes:
1) teoria do mandato: Agente como mandatário do Estado.
2) teoria da representação: Agente como mero representante.
3) teoria do Órgão: Tem como característica a chamada imputação volitiva e, por isso, é também conhecida 
como Teoria da Imputação.
O ato praticado pelo agente é imputado ao órgão ou entidade em nome do qual atua. 
Alguns autores citam como exemplo a figura do “funcionário de fato”.
Classificação dos órgãos públicos
Posição estatal
	Órgãos independentes
	Órgãos autônomos
	Órgãos superiores
	Órgãos subalternos
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estrutura
	Órgãos simples
	Órgãos compostos
atuação funcional
	Órgãos singulares
	Órgãos colegiados
Posição estatal
Órgãos independentes
Diretamente previstos no texto constitucional, sem subordinação hierárquica ou funcional, sujeitos apenas a con-
trole constitucional de um Poder sobre o outro. 
Ex.: Presidência da República, Governadorias de Estado, Prefeituras Municipais, Senado Federal, Câmara dos 
Deputados, Câmaras Municipais, Assembleia Legislativa, Tribunais do Poder Judiciário.
OBS: Ministério Público e Tribunais de Contas costumam ser classificadas como órgãos independentes.
Órgãos autônomos
Subordinados à chefia de órgão independente; possuem autonomia administrativa e financeira;
Ex.: Ministérios, Secretarias Estaduais e Municipais.
Órgãos superiores
Possuem atribuições de direção, controle e decisão, sujeitos à uma chefia mais alta. Não possuem autonomia ad-
ministrativa ou financeira. 
Ex.: Departamentos, Divisões, Coordenadorias e Gabinetes.
Órgãos subalternos
São aqueles que não tem poder decisório (ou reduzido), com atividades de execução.
Ex.: Seção de almoxarifado, expediente, zeladoria e portaria.
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estrutura
Órgãos compostos
Aqueles que são formados por outras estruturas menores.
Órgãos simples (unitários) 
São formados por um único centro de competência. 
atuação funcional
Órgãos singulares
São também denominados por alguns doutrinadores de unipessoais. O poder de decisão e atuação cabe a um úni-
co agente, que é o seu representante.
Ex.: Presidência da República
Órgãos colegiados
São também denominados por alguns doutrinadores de pluripessoais. O poder de decisão cabe a uma maioria, 
mediante manifestação conjunta dos seus membros.
Ex.: Congresso Nacional.
entidades da administração Pública indireta
características comuns
	São dotadas de personalidade jurídica
	Fruto de descentralização administrativa
	Especialização de fins e atividades
	Sujeitos a controle pelo ente instituidor
	Vinculadas à Administração direta
	Necessidade de concurso público para provimento de cargos e empregos públicos
	Proibição constitucional de acumulação de cargos públicos
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	Sujeição a controle pelos Tribunais de Contas
	Necessidade de licitação para contratação (compras, obras, serviços e alienações)
Personalidade Jurídica
	Autarquias – Pessoas jurídicas de direito público
	Fundações públicas – Pessoas jurídicas de direito público ou privado
Segundo o STF, as fundações públicas de direito público são espécie do gênero autarquia. São as chamadas fundações autárquicas ou 
autarquias fundacionais.
	Empresas públicas e Sociedades de economia mista – Pessoas jurídicas de direito privado
Art. 3º, Lei 13.303/2016 - “Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado...”
Art. 4º, Lei 13.303/2016 – “Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado...”
atividades desempenhadas
	Autarquias – Atividades típicas do Estado
Art. 5º, DL 200/1967 – “Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para execu-
tar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira 
descentralizada.”
	Fundações públicas – Patrimônio personalizado, com finalidade não lucrativa, de caráter social
	Empresas públicas e Sociedades de economia mista – Prestam serviço público ou desempenham atividade 
econômica
OBS: Dependendo da atividade exercida (prestação de serviço público ou desempenho de atividade econômica), 
pode haver a incidência de uma característica num caso e não no outro. 
Exemplo1: Responsabilidade Civil
Art. 37, §6º, CF – “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo 
ou culpa.”
Exemplo2: Bens
Art. 98, CC – “São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros 
são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.”
OBS: Bens utilizados diretamente na prestação de serviço público sofrem restrições, como a impenhorabilidade.
Exemplo3: Imunidade Tributária
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: (...)
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VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; (...)
§ 2º - a vedação do inciso vi, «a», é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades 
essenciais ou às delas decorrentes.
OBS: Em diversas ocasiões,o STF decidiu que, quando as empresas públicas e sociedades de economia mista 
prestassem serviços públicos, fariam jus à imunidade tributária, como no caso dos Correios (ECT) e Infraero.
criação
Art. 37, XIX, CF – “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de socie-
dade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.”
	Autarquias – Criadas por lei específica
	Fundações públicas – Depende da natureza. Se for de direito público, será criada por lei específica. Caso 
não, sendo de direito privado, a lei específica apenas autorizará a criação. Lei complementar definirá as 
áreas de atuação.
	Empresas públicas e Sociedades de economia mista – Lei específica apenas autoriza a criação. (Art. 3º e 4º 
da Lei 13.303/2016)
lei 13.303/2016 – estatuto jurídico das entidades estatais
“Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com 
patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. 
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou 
do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem 
como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, 
sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, 
aos Municípios ou a entidade da administração indireta.”
“Art. 173, CF. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo 
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse cole-
tivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica sujeitam-se ao regime 
jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem 
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
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I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, 
comerciais, trabalhistas e tributários; 
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração 
pública; 
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas 
minoritários; 
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. 
(...)”
regime Jurídico de Pessoal
Autarquias e fundações públicas de direito público – Regime estatutário
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único 
e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN 
nº 2.135-4)
Empresas Públicas, fundações públicas de direito privado e Sociedades de Economia Mista - CLT
Diferenças entre empresas Públicas e Sociedades de economia Mista
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
1ª diferença
Capital
EP - 100% público SEM - Majoritariamente público / minoria capital privado
2ª diferença
Forma societária
EP - Qualquer forma admitida pelo direito SEM - Somente S/A.
3ª diferença
Foro processual
EP - Justiça Federal (competência – Art. 109, I, 
CF) (no caso de empresa pública federal) SEM - Justiça Estadual (súmula 556 STF)
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alguns exemplos de entidades da administração indireta
	autarquias - iNSS, banco central, cvM, ibaMa
OBS.:
1) Autarquias corporativas ou profissionais: Conselhos federais e regionais, fiscalizadores de profissões.
 *Segundo o StF, a oab não se enquadra. Natureza “sui generis”
2) Consórcios públicos – Lei 11.107/05
3) Agências Reguladoras – Autarquias em regime especial, que atuam na regulação de setor específico, como a 
ANATEL, ANEEL e ANP.
*Não confundir agência reguladora com agência executiva 
Agência executiva
Autarquia ou fundação que celebra contrato de gestão com órgão da administração pública direta (art. 37, §8º, CF)
Agência reguladora
É uma autarquia em regime especial que atua na regulação de atividade.
	Fundações Públicas – FUNai, FiocrUZ, ibGe, FUNaSa, cNPq
	empresas Públicas – caixa econômica Federal (ceF), correios (ect), bNDeS, SerPro
	Sociedades de economia Mista – Petrobras e banco do brasil
iMPortaNte!!!!! entidades paraestatais não integram a administração Pública direta nem indireta. 
Portanto, organizações Sociais, oSciP, Serviços sociais autônomos são entidades do terceiro Setor, e 
não da administração Pública.
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eXeRCÍCIOs De FIXAçãO
(AGENTE ADMINISTRATIVO / DPU / 2016 / CESPE) A respeito da centralização, descentralização, concen-
tração e desconcentração e da organização administrativa da União, julgue os itens subsequentes.
01) A desconcentração de serviços é caracterizada pelas situações em que o poder público cria, por meio de lei, 
uma pessoa jurídica e a ela atribui a execução de determinado serviço.
(TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS / DPU / 2016 / CESPE) Em relação à administração pública 
direta e indireta e às funções administrativas, julgue os itens a seguir.
02) A criação de autarquia federal depende de edição de lei complementar.
03) Cria-se empresa pública e autoriza-se seu imediato funcionamento por meio de publicação de lei ordinária 
específica.
(ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO / FUB / 2015 / CESPE) No que diz respeito à administração pública 
federal, sua estrutura, características e descrição, julgue os próximos itens.
04) Órgãos como o SESC, o SENAI e o SESI são autarquias que colaboram com o Estado no desempenho de 
atividades de interesse público.
05) Com exceção das empresas públicas, os órgãos da administração pública indireta não possuem fins lucrativos.
06) As fundações, públicas e privadas, são entidades pertencentes à administração indireta.
(ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA JUDICIÁRIA / TJ-SE / 2014 / CESPE) No que concerne à administração 
pública, julgue os itens subsequentes.
07) As empresas públicas se diferenciam das sociedades de economia mista, entre outros fatores, pela forma jurí-
dica e de constituição de seu capital social.
(JUIZ / TJDFT / 2014 / CESPE) Acerca da administração indireta, julgue os itens a seguir.
08) As fundações, que consistem em agregação de pessoas públicas, são criadas para atender finalidade específica.
09) O Estado tem responsabilidade administrativa direta pelos atos praticados pelas autarquias.
(TÉCNICO ADMINISTRATIVO / ANTAQ / 2014 / CESPE)
Acerca da organização da administração pública, julgue os itens seguintes.
10) Para a criação de entidades da administração indireta, como sociedades de economia mista, empresas públicas 
e organizações sociais, é necessária a edição de lei formalpelo Poder Legislativo.
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(ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO / ANTAQ / 2014 / CESPE) Com relação à administração pública, julgue 
os próximos itens.
11) Os órgãos administrativos são pessoas jurídicas de direito público que compõem tanto a administração pública 
direta quanto a indireta.
(TÉCNICO JUDICIÁRIO / JUDICIÁRIA / TJ-CE / 2014 / CESPE) Acerca do controle da administração 
pública, julgue os itens.
12) O controle da administração pública contempla os instrumentos jurídicos de fiscalização da atuação dos agen-
tes e órgãos públicos, não podendo haver controle sobre pessoas administrativas que compõem a administração 
indireta, uma vez que aquelas são entes independentes.
GABARITO
01 (E)
02 (E)
03 (E)
04 (E)
05 (E)
06 (E)
07 (C)
08 (E)
09 (E)
10 (E)
11 (E)
12 (E)
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TRE/RJ | TÉCNICO
JudICIáRIO | áREa 
admINIsTRaTIva
PROFº RODRIGO MOTTA

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