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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2021 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
1 
 
OS: 0017/2/21-Gil 
CONCURSO: 
 
ÍNDICE 
CAPÍTULO 1.....................................................................................................................................02 
- Estado, Governo e Administração Pública. Conceitos, elementos, poderes e organização. 
 
CAPÍTULO 2.....................................................................................................................................15 
- Organização administrativa da União: administração direta e indireta. 
 
CAPÍTULO 3.....................................................................................................................................49 
- Natureza, fins e princípios. 
 
CAPÍTULO 4.....................................................................................................................................54 
- Poderes administrativos. Poder hierárquico. Poder disciplinar. Poder regulamentar. Poder de polícia. Uso e abuso 
do poder. 
 
CAPÍTULO 5.....................................................................................................................................76 
-Atos administrativos. Conceitos, requisitos, elementos, pressupostos e classificação. Fato e ato administrativo. 
Atos administrativos em espécie. O silêncio no direito administrativo. Cassação. Revogação e anulação. Processo 
administrativo. Fatos da administração pública: atos da administração pública e fatos administrativos. Formação 
do ato administrativo: elementos, procedimento administrativo. Validade, eficácia e autoexecutoriedade do ato 
administrativo. Atos administrativos simples, complexos e compostos. Atos administrativos unilaterais, bilaterais e 
multilaterais. Atos administrativos gerais e individuais. Atos administrativos vinculados e discricionários. Mérito do 
ato administrativo, discricionariedade. Ato administrativo inexistente. Teoria das nulidades no direito 
administrativo. Atos administrativos nulos e anuláveis. Vícios do ato administrativo. Teoria dos motivos 
determinantes. Revogação, anulação e convalidação do ato administrativo. 
 
CAPÍTULO 6.....................................................................................................................................99 
- Controle e responsabilização da administração. 6.1. Controle administrativo. 6.2. Controle judicial. 6.3. Controle 
legislativo. Improbidade Administrativa. Lei nº8.429/1992 (sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função da administração pública direta, 
indireta ou fundacional) 
 
Capítulo 7......................................................................................................................................128 
- Responsabilidade civil do Estado. 
 
Capítulo 8......................................................................................................................................142 
- Lei nº 8.666/93- Licitações e Contratos 
 
Capítulo 9......................................................................................................................................203 
- Legislação 
 
 
 
 
 
 
 
ULTIMO 
EDITAL 
1. Conceito e fontes do Direito Administrativo. 2. Regime jurídico administrativo. 3. A Administração Pública: Conceito. Poderes e 
deveres do administrador público. Uso e abuso do poder. Organização administrativa brasileira: princípios, espécies, formas e 
características. Centralização e descentralização da atividade administrativa do Estado. Concentração e Desconcentração. 
Administração Pública Direta e Indireta, Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de economia mista. 
Entidades paraestatais. Organizações Sociais. 4. Poderes Administrativos: poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, 
poder disciplinar, poder regulamentar e poder de polícia. 5. Atos Administrativos: fatos da Administração Pública, atos da 
Administração Pública e fatos administrativos. Conceito, formação, elementos, atributos e classificação. Mérito do ato 
administrativo. Discricionariedade. Ato administrativo inexistente. Atos administrativos nulos e anuláveis. Teoria dos motivos 
determinantes. Revogação, anulação e convalidação do ato administrativo. 6. Serviços Públicos: conceitos: classificação; 
regulamentação; controle; permissão; concessão e autorização. 7. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado: 
provimento e vacância de cargos públicos, remoção, redistribuição, direitos e vantagens, licenças e afastamentos e seguridade social 
do servidor (Lei nº 9.826/74, atualizada). 8. Responsabilidade civil do Estado. Ação de Indenização. Ação Regressiva. 9. Controle da 
Administração Pública: Conceito. Tipos e Formas de Controle. Controle Interno e Externo. Controle Prévio, Concomitante e Posterior. 
Controle Parlamentar. Controle pelos Tribunais de Contas. Controle Jurisdicional. Meios de Controle Jurisdicional. 10. Contrato 
Administrativo. Conceito. Características. Classificação. Rescisão. Modalidades. Contrato de Gestão. Convênio. Consórcio. 11. 
Licitação (Lei Federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993). Conceito. Princípios. Obrigatoriedade. Dispensa e inexigibilidade. 
Modalidades. Procedimento. Anulação e revogação. Recursos administrativos. 12. Improbidade administrativa. Lei de Improbidade 
Administrativa (Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992). 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2021 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
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2 
 
OS: 0017/2/21-Gil 
Capítulo 1: 
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
1. NOÇÕES DE ESTADO 
Conceituar Estado (composto pelos elementos povo, território e governo e para alguns também o elemento finalidade) é 
uma das mais difíceis tarefas do Direito e da Teoria Geral do Estado. No entanto, respaldado na teoria do Contrato Social de 
Rousseau, pode-se afirmar, que as pessoas resolveram abdicar um pouco da sua liberdade, para poder viver em sociedade 
sob o governo de uma determinada entidade, que, conhecemos, hodiernamente como Estado. 
1.1 NOÇÕES DE PODERES DO ESTADO 
Foi o filósofo grego Aristóteles, em sua obra “Política”, quem primeiro vislumbrou o exercício de três funções estatais 
distintas: a função de editar normas gerais, a função de aplicar essas normas ao caso concreto e a função de administrar. 
Aristóteles, no entanto, dada a época em que viveu, concentrou essas três funções na mão de um único órgão, o soberano, 
cujo poder de mando era “inconstratável”. 
Posteriormente, Montesquieu, em sua obra “O espírito das leis”, aprimorou a teoria aristotélica e inovou atribuindo cada 
uma das três funções a órgãos estatais distintos, autônomos e independentes entre si, que deviam exercer funções típicas 
inerentes à sua natureza. 
A teoria de tripartição de poderes de Montesquieu foi adotada pela maioria dos Estados modernos, inclusive no Brasil. A 
Constituição de 1988 traz vários dispositivos com mecanismos desse tipo, autorizando a interpenetração de poderes de 
forma a estabelecer um equilíbrio entre ele e evitar abusos. 
Prevista no art. 2º da Constituição Federal Brasileira de 1988 e elencada como cláusula pétrea em seu art. 60, § 4º , a 
Separação de Poderes, atualmente, não é mais vista como uma separação absoluta. 
O Poder Executivo, que desenvolve a função típica de administrar, também desenvolve funções de outro Poder. Exemplo 
para a doutrina ocorre quando o Presidente da República edita Medida Provisória (CF- art. 62), em que estaria na função 
atípica de legislar. Não há consensona doutrina sobre o Executivo poder desenvolver a função de julgar. Uma corrente 
doutrinária entende que o Executivo não julga, porque não está autorizado pela Constituição Federal, enquanto outra 
corrente entende que essa autorização está prevista nas leis infraconstitucionais, a exemplo do CTB (Código de Trânsito 
Brasileiro), em seu artigo 17, que dar à JARE a competência para julgamento das infrações de trêansito. 
O Poder Judiciário tem como função tipica julgar, aplicando a Constituição e a lei ao caso concreto, porém, ele também 
desenvolve função legislativa, quando por exemplo, ( segundo a doutrina marjoritária, embora não haja consenso) elabora 
seu Regimento Interno (CF- ART. 96, I, a) e como algumas das funções administrativas, quando dar férias e licenças aos seus 
membros e servidores(CF- ART. 96, I, f). 
Assim também ocorre em relação ao Poder Legislativo, cuja função típica é legislar, porém, excepcionalmente ele julga, 
conforme art. 52, I da CF. (Ex.: Julgamento dos ex-presidentes Collor e Dilma por crimes de responsabilidade pelo Senado 
Federal) e também administra suas próprias casas, quando por exemplo faz concurso público ou licitação (CF- artigo 37, II e 
XXI). 
ANÁLISE TEMÁTICA 
 
 
 FUNÇÃO 
TÍPICA 
FUNÇÃO 
ATÍPICA 
PODER 
EXECUTIVO 
ADMINISTRAR ART. 62, CF. 
Lei infranconstitucional- CTB* 
PODER 
LEGISLATIVO 
LEGISLAR E 
FISCALIZAR 
ART. 52, CF 
ART. 37, XXI, CF 
PODER 
JUDICIÁRIO 
JULGAR ART 96,I, a. CF** 
ART 96,I, f. CF 
 
 
 
ESTADO 
POVO 
TERRITÓRIO 
GOVERNO 
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OS: 0017/2/21-Gil 
* Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Executivo desenvolver a função de julgar, mas para a banca 
prevalece o entendimento que ele não julga. 
** Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Judiciário desenvolver a função de legislar, mas para a banca 
prevalece o entendimento que ele legisla. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante 
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as 
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros 
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com 
aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso 
Nacional. 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das 
garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e 
administrativos; 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente 
vinculados; 
 
LEI Nº 9.503/1997- CTB 
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades: 
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1
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OS: 0017/2/21-Gil 
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos 
normativos, consultivos e coordenadores; 
 III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 V - a Polícia Rodoviária Federal; 
 VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e 
 VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI. 
(...) 
 Art. 17. Compete às JARI: 
 I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; 
 II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários informações complementares relativas 
aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida; 
 III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários informações sobre problemas 
observados nas autuações e apontados em recursos, e que se repitam sistematicamente. 
 
1.2 O ESTADO NA SUA FUNÇÃO DE ADMINISTRAR 
Desta forma, a função administrativa não é exclusiva do Poder Executivo. Os outros poderes (Judiciário e Legislativo) também 
exercem função administrativa. Quando um Tribunal de Justiça promove um juiz de uma comarca para outra, pratica ato 
administrativo, e, não, função jurisdicional. Quando a Câmara dos Deputados realiza uma licitação pratica inúmeros atos 
administrativos. O exercício de funções administrativas pelos Poderes Legislativo e Judiciário é essencial para que preservem 
maior independência no exercício de suas funções típicas de legislar e de julgar. 
Sendo assim, não se deve restringir a função administrativa apenas ao Poder Executivo, posto que os Poderes Legislativo e 
Judiciário também exercem função administrativa. 
E o estudo do Estado na função administrativa nos leva à ideia de Administração Pública. 
A Administração Pública é o Estado na sua função de administrar. 
 
1.3 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Entende-se como Administração Pública o conjunto de entidades (pessoas jurídicas- quem podem ser dividas em 
pessoas políticas e pessoas administrativas), órgãos e agentes públicos no desempenho da função administrativa. 
A Administração Pública pode ser vista sob duas análises: 
1ª análise: AdministraçãoPública em sentido amplo ou sentido estrito. 
2ª análise: Administração Pública em sentido subjetivo (formal ou orgânico) ou sentido objetivo (material ou 
funcional). 
 
1ª ANÁLISE: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO AMPLO OU SENTIDO ESTRITO. 
- Administração Pública em sentido amplo corresponde as funções políticas e funções administrativas desenvolvidas pelo 
órgãos governamentais e órgãos administrativos, ou seja, abarcaria as funções de planejamento, comando e direção da 
atividade administrativa, bem como a sua execução. 
- Administração Pública em sentido estrito corresponde às funções administrativas desenvolvidas pelos órgãos 
administrativos. Ficam fora de seu alcance, portanto, os órgãos governamentais e as funções de cunho político que os 
mesmos exercem. 
 
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5 
 
OS: 0017/2/21-Gil 
2ª ANÁLISE: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO (FORMAL OU ORGÂNICO) OU 
SENTIDO OBJETIVO (MATERIAL OU FUNCIONAL). 
 Administração Pública em sentido subjetivo, formal ou orgânico, compreende as entidades (políticas e 
administrativas) componentes da Administração Pública, os órgãos e os agentes públicos. 
- Entidades políticas (art. 18 da CF): União, Estados, DF e Municípios- formam a Administração Direta. 
- Entidades administrativas (art.37, XIX da CF): Autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista e Empresa 
Pública- formam a Administração Indireta. 
- Órgãos: compartimentos internos, unidades integrantes da Administração Direta e Indireta. Exemplos: Ministérios, 
Secretarias, Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes, Setores e Seções. 
- Agentes públicos: pessoas físicas que desenvolvem as funções do Estado. 
 Administração Pública em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública corresponde às diversas 
atividades finalísticas exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função 
administrativa. 
ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
1ª ANÁLISE 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
SENTIDO AMPLO - FUNÇÕES POLÍTICAS 
- FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS 
 
SENTIDO ESTRITO - FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS 
 
 
 
 
 
2ª ANÁLISE 
 
 
 
ADMNISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
SENTIDO 
SUBJETIVO, 
FORMAL OU 
ORGÂNICO 
 
ANALISA A ESTRUTURA: 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
AGENTES PÚBLICOS 
SENTIDO 
OBJETIVO, 
MATERIAL OU 
FUNCIONAL 
 
ANALISA A ATIVIDADE 
(ATIVIDADE- FIM): 
- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
- INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EM SENTIDO 
SUBJETIVO, FORMAL 
OU ORGÂNICO 
EM SENTIDO OBJETIVO, 
MATERIAL OU FUNCIONAL 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
AGENTES 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
- INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA: 
NA PROPRIEDADE 
NO DOMÍNIO ECONOMÔMICO 
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6 
 
OS: 0017/2/21-Gil 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO: 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA : ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS 
- Administração Pública em sentido subjetivo, formal ou orgânico, compreende as entidades políticas(U, E,DF E 
M) e administrativas (A, FP. SEM E EP) componentes da Administração Pública, os órgãos (compartimentos internos 
das entidades) e os agentes públicos (pessoas físicas). 
 
 LEI Nº 9.784/99 
Artigo 1º § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; 
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
DIRETA 
INDIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS E DF 
MUNICÍPIOS 
AUTARQUIAS 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
SOCIEDADES DE ECON. MISTA 
EMPRESAS PÚBLICAS 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
- INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA: NA PROPRIEDADE 
 NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
 
 
 
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OS: 0017/2/21-Gil 
ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO 
(ENTIDADE, ÓRGÃO E AGENTE PÚBLICO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO(MATERIAL OU FUNCIONAL) 
-ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA- 
Administração Pública em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública corresponde às 
diversas atividades finalísticas exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no 
desempenho da função administrativa. São elas: 
1) Prestação de serviços públicos 
2) Polícia administrativa 
3) Fomento 
4) Intervenção administrativa ( na propriedade ou o domínio econômico) 
 
1) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata que a Administração 
exerce, por si ou por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, 
sob regime exclusiva ou preponderantemente de Direito Público. Exemplos: saúde, educação, saneamento, 
transporte etc. De acordo com a CF, a referida atividade pode ser desenvolvida pela Administração Pública (direta 
e indireta) e pelo particular (por delegação, em uma de suas formas: concessão, permissão ou autorização). 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
DIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS 
E DF* 
MUNICÍPIOS 
EXECUTIVO- PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA 
LEGISLATIVO- SENADO E CÂMARA DOS DEPUTADOS 
JUDICIÁRIO- STF, STJ, TST, TSE, STM, TRF, TRT, TRE, TJDFT E CNJ. 
MPU- MPF, MPT, MPM, MPDFT E CNMP. 
DPU 
TCU 
 
EXECUTIVO- GOVERNADORIA DO ESTADO 
LEGISLATIVO- ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 
JUD- TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
MPE 
DPE 
TCE  (OBS.: EM 3 ESTADOS DA FEDERAÇÃO (PA, BA E 
GO) EXISTEM OS TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS- 
QUE SÃO ÓRGAOS ESTADUAIS. 
EXEC- PREFEITURA 
LEG- CAMARA MUNICIPAL 
(OBS.: A CF/88(ART. 31, § 4º) PROIBIU A CRIAÇÃO DE TRB. 
CONTAS MUNICIPAIS, MAS ANTES DE 1988 FORAM 
CRIADOS 2 (DOIS) TRIB.CONTAS MUNIPAIS (ÓRGÃO 
MUNIPAL), EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO. 
INDIRETA 
AUTARQUIA 
FUNDAÇÃO PUBLICA 
SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA 
EMPRESA PÚBLICA 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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OS: 0017/2/21-Gil 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 21. Compete à União: 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, 
nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros 
aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federale dos Municípios: 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse 
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; 
 
ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
PODE SER DESENVOLVIDA NA 
FORMA CENTRALIZADA OU 
DESCENTRALIZADA 
 
CENTRALIZADA 
 
- ADM. DIRETA 
(U,E,DF e M) 
 
 
 
DESCENTRALIZADA 
 
- ADM. INDIRETA 
(A, FP,SEM e EP) 
 
- PARTICULAR 
(CONCESSÃO, PERMISSÃO OU AUTORIZAÇÃO) 
 
 
2) POLÍCIA ADMINISTRATIVA: corresponde à atividade pela qual a Administração impõe limitações e 
condicionamentos ao gozo de bens e ao exercício de atividades e direitos individuais em prol do interesse 
coletivo. Ex: fiscalização, multas de trânsito, licença para dirigir, autorização para porte de arma, apreensão de 
bens, interdição de estabelecimentos etc. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
3) ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, 
Exemplos: benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos a juros facilitados, 
recursos orçamentários, entre outros instrumentos de estímulo. Exemplos: repasse de recursos financeiros ao 
Terceiro Setor (Organizações Sociais, OSCIP, Organizações da Sociedade Civil (OSC) etc. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, 
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; 
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, 
no caso de encerramento de suas atividades. 
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por 
instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
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OS: 0017/2/21-Gil 
4) INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA: 
4.1 – NA PROPRIEDADE- consiste em atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos 
concretos incidentes sobre destinatários específicos. Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, 
tombamento etc. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, 
mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao 
proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
 
4.2- NO DOMÍNIO ECONÔMICO- a intervenção no domínio econômico pode ser dividida em intervenção direta 
(artigo 173 da CF) e intervenção indireta (artigo 174 da CF). 
- Intervenção direta (artigo 173 da CF): consiste na atuação direta do Estado no domínio econômico 
(desenvolvendo atividade de natureza econômica), dentro dos permissivos constitucionais, por meio de empresas 
públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias. Um dos objetivos é competir com a iniciativa privada, 
para balancear o mercado e evitar formação de cartel. 
Alguns doutrinadores entendem que essa atuação não é considerada como atividade ou função administrativa. 
Outros entendem que a atividade se encaixa na função administrativa de intervenção, em decorrência da atuação 
do estado na atividade econômica em sentido estrito, em regime de concorrência com o setor privado, ocorrendo 
sempre de forma excepcional. O Estado assume a característica de Estado Empresário. Exemplos: Caixa 
Econômica Federal e Banco do Brasil, a primeira, como empresa pública federal, e o segundo, como sociedade de 
economia mista, atuam em regime de concorrência com as demais entidades bancárias do país. 
- Intervenção indireta (artigo 174 da CF): consiste na atuação do Estado como agente normativo, desenvolvendo 
a função de regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza privada. Exemplos: BACEN, 
Agências Reguladoras etc. 
 
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OS: 0017/2/21-Gil 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos 
em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que 
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
(...) 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, 
trabalhistas e tributários; 
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; 
(...) 
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao 
aumento arbitrário dos lucros. 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de 
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
 
LEI Nº 13.303/2016 
Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias. 
 
JURISPRUDÊNCIA 
1) STF- SÚMULA Nº 339 
NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE SERVIDORES 
PÚBLICOS SOB FUNDAMENTO DE ISONOMIA. 
2) SÚMULA VINCULANTE 37 
NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE SERVIDORES 
PÚBLICOS SOB O FUNDAMENTO DE ISONOMIA. 
 
1.4 AGENTES PÚBLICOS: CLASSIFICAÇÃO E REGRAS CONSTITUCIONAIS 
 
1. AGENTES PÚBLICOS: são PESSOAS FÍSICAS incumbidas de uma função estatal, de maneira transitória ou 
definitiva, com ou sem remuneração. 
O conceito é amplo – abrange todas as pessoas que de uma maneira ou de outra prestam um serviço público – 
estão abrangidos por esse conceito desde os titulares dos poderes do Estado até pessoas que se vinculam 
contratualmente com o Poder Público como é o caso dos delegatários de serviços públicos. 
A doutrina clássica divide o AgentePúblico (que até a Constituição de 1988 era chamado de funcionário público) 
em cinco categorias: agente político, agente administrativo, agente honorífico, agente delegado e agente 
credenciado. Veja: 
 
 
 
 
 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=339.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas
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CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 
(DOUTRINA CLÁSSICA): 
 
 
 
1.1 Espécies de Agentes Públicos: 
 Agentes Políticos: São agentes políticos são os que decidem a vontade soberana do Estado com atribuições 
constitucionais sem subordinação hierárquica; são os titulares dos Poderes do Estado. (Exemplos: Presidente, 
Governador, Deputado, Senador, membros do Poder Judiciário, membros do Ministério Público e membros do 
Tribunal de Contas etc.) 
 Agentes Administrativos: são os agentes que exercem uma atividade pública remunerada, sujeitos a uma 
hierarquia funcional e ao regime juriído próprio da entidade. Os agentes administrativos se subdividem em 
três subcategorias: servidores públicos, empregado públicos e servidores temporários. Exercem as funções 
comuns da Administração. (Exemplos: servidores do INSS, dos Tribunais, empregados da Petrobrás, do Banco 
do Brasil, professores substitutos das universidades públicas, recenseador do IBGE etc). 
 Agente Honoríficos: são cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente , 
determinados serviços ao Estado, em razão de sua condição cívica, honorabilidade ou notória capacidade 
profissional, sem qualquer vínculo empregatício e normalmente sem remuneração. (Exemplos: função de 
jurado do Tribunal do Juri, mesário eleitoral etc.). 
 Agentes Delegados: são os particulares que exercem função pública por delegação. (Exemplos: os 
concessionários, permissionários, cartorários, leiloeiros etc). 
 Agentes Credenciados: são os particulares que recebem a incumbência da administração de representa-la em 
determinado ato ou praticar certa atividade. (Exemplos: jurista representando o Brasil num Evento 
Internacional etc). 
 
AGENTES PÚBLICOS (CONFORME POSIÇÃO DA DOUTRINA MODERNA) 
Ao longo dos anos, passamos por situações fáticas e jurídicas, que irão alterar essa classificação. A doutrina 
moderna então passa a dividir o Agente Público em quatro categorias: agente político, militar, servidor público 
(lao sensu) e particular em colaboração com o Poder Público. 
 
 
 
 
 
AGENTE POLÍTICO 
AGENTE HONORÍFICO 
 AGENTE ADMINISTRATIVO 
AGENTE DELEGADO 
AGENTE CREDENCIADO 
AGENTES 
PÚBLICOS 
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OS: 0017/2/21-Gil 
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 
(DOUTRINA MODERNA): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2 Espécies de Agentes Públicos (Doutrina moderna): 
 Agentes Políticos: Agentes políticos são os titulares dos cargos estruturais à organização política do Estado, 
isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do Estado. São agentes políticos 
os Chefes dos Poderes executivos de todas as esferas de governo e seus auxiliares, além dos Senadores, 
Deputados e Vereadores. Existe uma tendência de se reconhecer também como agentes políticos os membros 
da Magistratura e do Ministério Público. 
 Militares: são militares as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército, Marinha e 
Aeronáutica), e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e 
Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante remuneração paga pelo 
Governo. A EC18/98 alterou os atigos 42 e 142, retirando o militar da categoria de servidor público. 
 Servidores Públicos (lato sensu): servidor público em sentido amplo, são as pessoas físicas que prestam 
serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante 
remuneração paga pelos cofres públicos. Estatutários ou servidor público em sentido estrito, são os titulares 
de cargo público efetivo e em comissão, com regime jurídico estatutário geral ou peculiar definidos em lei, 
integrantes da Administração Direta, autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de Direito 
Público. Empregados Públicos são os titulares de emprego público da Administração Direta e Indireta, regidos 
pela CLT, não ocupam cargo público e não possuem estabilidade. Embora regidos pela CLT, submetem-se às 
normas constitucionais referentes a requisitos iminentes do cargo, investidura, acumulação, vencimentos 
entre outros. Enquadram-se no regime geral da previdência tais como comissionados e temporários. Com 
exceção das funções de direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração Indireta, os empregados 
públicos são admitidos mediante concurso público ou processo seletivo. Temporários, exercem função sem 
vinculação a cargo ou emprego público e são submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de 
cada unidade da federação. Atualmente, esse tipo de contratação só poderá ocorrer com a finalidade de 
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. 
 Particulares em Colaboração com o Poder Público: os particulares em colaboração com o Poder Público não 
fazem parte do Estado, eles exercem função pública, entretanto, não deixam de ser particulares. Exemplos: os 
jurados e os que trabalham nos cartórios eleitorais, quando das eleições; os gestores de negócios públicos que 
assumem a gestão da coisa pública livremente, em situações anormais e urgentes; os contratados por locação 
civil de serviços; os concessionários e os permissionários de serviços públicos, os delegados de função ou ofício 
público, os que praticam atos que são de competência do Estado e têm força jurídica oficial. 
 
 
 
 
AGENTE 
PÚBLICO 
AGENTE POLÍTICO 
MILITARES 
 SERVIDOR PÚBLICO 
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO 
 COM O PODER PÚBLICO 
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OS: 0017/2/21-Gil 
QUADRO COMPARATIVO: 
 
 
 
 
AGENTES PÚBLICOS- ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS- EMENDA CONSTITUCIONAL 18/98 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
TEXTO ORIGINAL- CF/88 TEXTO ATUAL – EMENDA CONSTITUCIONAL 18/98 
Art. 42. São servidores militares federais os 
integrantes das Forças Armadas e servidores 
militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal 
os integrantes de suas polícias militares e de seus 
corpos de bombeiros militares. 
 
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros 
Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, 
são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
Art. 142., § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados 
militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, 
as seguintes disposições: 
 
JURISPRUDÊNCIA- AGENTES PÚBLICOS 
 
STF: 
1) SÚMULA VINCULANTE 13 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, 
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e 
indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federale dos Municípios, compreendido o ajuste 
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
 
2) Súmula Vinculante 13 e Agente Político 
STF- Rcl 6650- MC-Agr/PR 
Relator: Ellen Gracie 
”O Tribunal, por maioria, negou provimento a agravo regimental interposto contra decisão que deferira pedido de liminar em 
reclamação, na qual se impugna, sob alegação de afronta à Sumula Vinculante 13, decisão proferida em ação popular que 
suspendera o ato de nomeação do reclamante, irmão do Governador do Paraná, para o cargo de Secretário Estadual de 
Transportes (Decreto estadual 3.3.48/2008). Entendeu-se irretocável a decisão recorrida. Reportando-se ao que decidido no 
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OS: 0017/2/21-Gil 
RE 579951/RN (DJE de 12.9.2008), asseverou-se que a nomeação de parentes para cargos políticos não implica ofensa aos 
princípios que regem a Administração Pública, em face de sua natureza eminentemente política, e que, nos termos da 
Súmula Vinculante 13, as nomeações para cargos políticos não estão compreendidas nas hipóteses nela elencadas. Dessa 
forma, não seria possível submeter o caso do reclamante - nomeação para o cargo de Secretário Estadual de Transporte, 
agente político - à vedação imposta pela referida Súmula Vinculante, por se tratar de cargo de natureza eminentemente 
política. Por fim, no que se refere ao pedido formulado pelo agravante no sentido de se impedir o exercício pelo reclamante 
do cargo de responsável pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA, autarquia estadual, considerou-se o 
fato de não se estar a analisar o mérito da presente reclamação, devendo o julgamento ficar restrito apenas à aferição da 
fumaça do bom direito. Vencido o Min. Marco Aurélio, que dava provimento ao recurso, ao fundamento de que não seria 
possível empolgar o que decidido no RE 579951/RN para se ter base para a reclamação, por se tratar de processo subjetivo, e 
porque o Verbete Vinculante 13 não versaria expressamente a possibilidade da nomeação verificada. Rcl 6650 MC-AgR/PR, 
rel. Min. Ellen Gracie, 16.10.2008. (Rcl-6650)” 
 
3) NOMEAÇÃO PARA CARGO DE CONSELHEIRO DO TCE 
STF - Reclamação 6702- MC-Agr/PR 
Relator: Ricardo Lewandowski 
Julgamento: 04/03/2009 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. DENEGAÇÃO DE LIMINAR. ATO DECISÓRIO 
CONTRÁRIO À SÚMULA VINCULANTE 13 DO STF. NEPOTISMO. NOMEAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DO CARGO DE 
CONSELHEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ. NATUREZA ADMINISTRATIVA DO CARGO. VÍCIOS NO 
PROCESSO DE ESCOLHA. VOTAÇÃO ABERTA. APARENTE INCOMPATIBILIDADE COM A SISTEMÁTICA DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL. PRESENÇA DO FUMUS BONI IURIS E DO PERICULUM IN MORA. LIMINAR DEFERIDA EM PLENÁRIO. AGRAVO 
PROVIDO. I - A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática, uma vez que decorre 
diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. II - O cargo de Conselheiro do Tribunal de 
Contas do Estado do Paraná reveste-se, à primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que exerce a função de auxiliar 
do Legislativo no controle da Administração Pública. III - Aparente ocorrência de vícios que maculam o processo de escolha 
por parte da Assembléia Legislativa paranaense. IV - À luz do princípio da simetria, o processo de escolha de membros do 
Tribunal de Contas pela Assembléia Legislativa por votação aberta, ofende, a princípio, o art. 52, III, b, da Constituição. V - 
Presença, na espécie, dos requisitos indispensáveis para o deferimento do pedido liminarmente pleiteado. VI - Agravo 
regimental provido. 
 
4) Competência para julgamento de relação de trabalho temporário. 
STF- Rcl 4904 - RECLAMAÇÃO 
Origem: SE – SERGIPE 
Relator: MIN. CÁRMEN LÚCIA 
 
EMENTA: RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONTRATO TEMPORÁRIO. VÍNCULO JURÍDICO-
ADMINISTRATIVO. DESCUMPRIMENTO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 3.395/DF. COMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA COMUM. 
1. Contrato firmado entre o Reclamante e o Interessado tem natureza jurídico-administrativa, duração temporária e 
submete-se a regime específico, estabelecido pela Lei sergipana n. 2.781/1990, regulamentada pelo Decreto n. 11.203/1990. 
2. Incompetência da Justiça Trabalhista para o processamento e o julgamento das causas que envolvam o Poder Público e 
servidores que sejam vinculados a ele por relação jurídico-administrativa. Precedentes. 
3. Reclamação julgada procedente. 
 
 
 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=6650&classe=Rcl&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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Capítulo 2 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E 
DESCONCENTRAÇÃO 
O Estado exerce a função administrativa através das pessoas jurídicas (entidades políticas e entidades administrativas), 
órgãos e agentes públicos. As formas de realização das função administrativa são centralização, descentralização, 
concentração e desconcentração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO FENÔMENO DA DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na descentralização ocorre distribuição externa de competência. Um ente político (U, E, DF e M) distribui 
externamente uma parcela de sua competência administrativa para um ente administrativo (A, FP, SEM e EP). 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
DIRETA 
INDIRETA 
UNIÃO 
INSS 
FUNAI 
BANCO DO BRASIL 
CAIXA ECONOMICA FEDERAL 
DESCENTRALIZAÇÃO: 
U, E, D.F, M A, F.P, S.E.M, E.P 
CENTRALIZAÇÃO 
OCORRE A 
CENTRALIZAÇÃO 
QUANDO O ESTADO 
EXECUTA SUAS 
TAREFAS 
DIRETAMENTE, PELAS 
ENTIDADES POLÍTICAS 
(U, E, DF E M), POR 
MEIO DE SEUS ÓRGÃOS 
E AGENTES. NESSA 
FORMA DE REALIZAÇÃO 
DA FUNÇÃO 
ADMINISTRATIVA, 
TEMOS A 
ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA. 
OCORRE 
DESCENTRALIZAÇÃO 
QUANDO O ESTADO 
EXECUTA ALGUMAS DE 
SUAS ATRIBUIÇÕES POR 
MEIO DE OUTRAS 
PESSOAS, QUE NÃO AS 
PESSOAS DA ADMINIST. 
DIRETA. É O QUE 
OCORRE NA 
INSTITUIÇÃO DAS 
ENTIDADES 
ADMINISTRATIVAS QUE 
COMPÕEM A 
ADMINISTRAÇÃO 
INDIRETA. 
DESCENTRALIZAÇÃO CONCENTRAÇÃO 
OCORRE QUANDO 
UMA DETERMINADA 
PESSOA JURÍDICA 
INTEGRANTE DA 
ADMISTRAÇÃO 
PÚBLICA, EXTINGUE 
ÓRGÃOS ANTES DA 
SUA ESTRUTURA, 
REUNINDO EM UM 
NÚMERO MENOR DE 
UNIDADES AS 
RESPECTIVAS 
COMPETÊNCIAS. 
DESCONCENTRAÇÃO 
OCORRE QUANDO 
UMA DETERMINADA 
PESSOA JURÍDICA 
DISTRIBUI 
COMPETÊNCIAS NO 
ÂMBITO DE SUA 
PRÓPRIA ESTRUTURA 
A FIM DE TORNAR 
MAIS ÁGIL E 
EFICIENTE A FUNÇÃO 
ADMINISTRATIVA. 
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Na desconcentração ocorre distribuição interna de competência. Uma entidade (pessoa jurídica) distribui 
internametne competência administrativa dentro do próprio corpo, com a criação de órgãos. 
 
 
2.1 ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCONCENTRAÇÃO: 
Presidência da República 
Ministério da 
Economia 
Ministério da Educação Ministério da 
Saúde 
Ministério da 
Justiça 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA UNIÃO Poder Executivo 
Presidência da RepúblicaMinistério da Economia 
Delegacia da Receita Federal 
UNIÃO 
Setor de Atendimento- CAC 
 
ÓRGÃO 
PÚBLICO 
Conceito (doutrinário): são centros de competências, compartimentos 
internos das entidades, divisões da pessoa jurídica. 
Conceito (legal)- a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta 
(Lei 9.784/99- artigo 1º, §2º, I) 
 
 
Características: 
-são criados e extintos por lei; 
- não têm personalidade jurídica; 
- são resultado da desconcentração; 
- não possuem patrimônio próprio; 
- expressam a vontade das entidades a que pertencem (União, Estado, 
Município)- TEORIA DO ÓRGÃO OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA; 
 - não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que 
integram; 
- alguns têm capacidade processual(ou personalidade judiciária) para 
defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais; 
 
 
 
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2.1 CARACTERÍSTICAS: 
 
1) SÃO CRIADOS E EXTINTOS POR LEI 
Órgãos são criados e extintos por lei. Quando falamos lei, estamos falando de lei em sentido formal (aquela que precisa 
passar por um processo legislativo). Muito cuidado para não confundir com a análise de cargos públicos. Estes são criados 
por lei, mas podem ser extintos por lei ou por decreto (quando vagos, conforme artigo 84, VI, b da CF). Decreto é ato 
administrativo exclusivo do Chefe do Executivo. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 61, § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: 
II- disponham sobre: 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; 
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL- ARTIGOS RELACIONADOS AO TEMA 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos 
arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: 
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, 
VI, b; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
Art. 61, § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: 
II- disponham sobre: 
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou 
extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
2) NÃO TÊM PERSONALIDADE JURÍDICA 
Órgãos não são pessoas jurídicas, com direitos e obrigações. Órgãos são compartimentos dentro das pessoas. 
LEI Nº 9.784/99 
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e 
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da 
Administração. 
 § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: 
 I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração 
indireta; 
 II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; 
 III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
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OS: 0017/2/21-Gil 
3) SÃO RESULTADO DA DESCONCENTRAÇÃO 
Na desconcentração ocorre distribuição interna de competência. Uma entidade (pessoa jurídica) distribui 
internametne competência administrativa dentro do próprio corpo, com a criação de órgãos 
 
4) NÃO POSSUEM PATRIMÔNIO PRÓPRIO 
O patrimônio não é do órgão, o patrimônio é da entidade. 
 
5) EXPRESSAM A VONTADE DAS ENTIDADES A QUE PERTENCEM (UNIÃO, ESTADO, DF OU MUNICÍPIO) - TEORIA 
DO ÓRGÃO OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA 
Teoria adotada pelo direito brasileiro. Criada pelo alemão Otto Gierke, para essa teoria a atuação do agente 
público, que está no órgão, é imputada à pessoa juridica (Estado). Essa teoria serve de fundamento para a 
responsabilidade civil objetiva do Estado, prevista no artigo 37, §6º da CF. Antes dela, tivemos duas teorias (teoria 
do mandato e teoria da representação), que não foram aceitas. 
 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Art. 37, § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável 
nos casos de dolo ou culpa. 
 
 
6) NÃO TÊM CAPACIDADE PARA REPRESENTAR EM JUÍZO A PESSOA JURÍDICA QUE INTEGRAM 
Regra geral os órgãos não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram, SALVO aqueles órgãos 
que foram criados para terem essa capacidade de representação, a exemplo da AGU (Advocacia Geral da União), que 
representa a União judicial e extrajudicialmente, a PGE (Procuradoria Geral do Estado), que faz a representação judicial e 
extrajudicial dos Estados e a PGM (Procuradoria Geral do Município), que tem a mesma função nos Muncípios (onde foram 
criados). Essa análise faz com que os outros órgãos não tenham essa capacidade de representação judicial, via de regra. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a 
União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e 
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. 
§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da 
República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso 
público de provas e títulos. 
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OS: 0017/2/21-Gil 
§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da 
Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. 
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de 
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados doBrasil em todas as suas fases, 
exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, 
mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
7) ALGUNS TÊM CAPACIDADE PROCESSUAL (OU PERSONALIDADE JUDICIÁRIA) PARA DEFESA EM JUÍZO DE SUAS 
PRERROGATIVAS FUNCIONAIS 
Ter personalidade judiciaria é ter capacidade para estar em juízo (ação judicial). Segundo a doutrina majoritaria e a 
jurispridencia majoritária, os órgãos independentes, apesar de não terem personalidade jurídica, têm personalidade 
judiciária (capacidade para estar em juízo) em defesa de suas prerrogativas funcionais. Perceba que aqui eles não estão 
representando em juízo o ente que integram, eles estão em juízo em defessa de suas prerrogativas institucionais. O STF 
também tem entendido que o órgãos autônomos também têm essa capacidade. 
LEI Nº 8. 078/90 
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 
21.3.1995) 
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, 
especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código; 
JURISPRUDÊNCIA 
STJ- SÚMULA nº 525 
A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar 
em juízo para defender os seus direitos institucionais. 
 
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS 
1) SEGUNDO HELY LOPES MEIRELLES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à posição 
Estatal 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
Quanto 
 à Atuação 
 Funcional 
 
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Presidência 
Senado 
STF 
Ministérios 
Secretarias 
Gabinetes 
Sec. Gerais 
Protocolo 
Portaria 
Portaria Sec. de 
Educação 
Presidência 
da República 
Câmara dos 
Deputados 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7
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OS: 0017/2/21-Gil 
2) SEGUNDO MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGAOS 
SEGUNDO HELY LOPES E SEGUNDO DI PIETRO 
1) DE ACORDO COM À POSIÇÃO ESTATAL: 
1.1- ÓRGÃOS INDEPENDENTES: “são os originários da Constituição e representativos dos três poderes de Estado, sem qualquer 
subordinação hierárquica ou funcional; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica”. Exemplos: Presidência 
da República, Senado, Câmara dos Deputados, Tribunais Superiores etc . 
1.2- ÓRGÃOS AUTÔNOMOS: “são os localizados na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos 
independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais”. Ex.: 
Ministérios, AGU, Secretarias de Estado e Município etc. 
1.3- ÓRGÃOS SUPERIORES: “são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle 
hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira”. Exemplos: Departamentos, 
Coordenadorias, Divisões, Gabinetes etc . 
1.4- ÓRGÃOS SUBALTERNOS: “são os que se acham subordinados hierarquicamente à órgãos superiores de decisão; 
exercem funções de execução”. Ex.: Seções, Setor etc. 
2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 
- ÓRGÃOS SIMPLES(OU UNITÁRIOS): “são constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas”. Exemplos: 
Setor de Protocolo, Portaria etc. 
- ÓRGÃOS COMPOSTOS: “são constituídos por vários outros órgãos”. Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias de 
Município etc. 
(SEGUNDO HELY LOPES) (SEGUNDO DI PIETRO) 
3) QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL: 
- ÓRGÃOS SINGULARES (OU UNIPESSOAIS): “são os que 
atuam e decidem através de um único agente,”. 
Exemplos: Presidência, Governadoria, Prefeituras etc. 
- ÓRGÃOS COLEGIADOS ( OU PLURIPESSOAIS): “são todos 
aqueles que atuam e decidem pela manifestação 
 3) QUANTO À COMPOSIÇÃO 
- ÓRGÃOS SINGULARES: “quando integrados por um único 
agente”. Exemplos: Presidência da República, Diretoria de 
uma escola etc. 
- ÓRGÃOS COLETIVOS: “quando integrados por vários agentes”. 
Ex.: Tribunais etc. 
 
ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à posição 
Estatal 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
Quanto 
 à Composição 
 
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Quanto à 
sua esfera 
de ação 
 
 
Centrais 
 
 
Locais 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2021 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
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21 
 
OS: 0017/2/21-Gil 
conjunta e majoritária da vontade de seus membros”. 
Ex.: Corporações Legislativas, Tribunais etc. 
 
 
 ------- 
 
 
 
 
 4) QUANTO À ESFERA DE AÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO): 
- ÓRGÃOS CENTRAIS: “são aqueles que exercem atribuições em 
todo o território de competência da entidade (seja nacional, 
estadual ou municipal)”. Exemplos: Ministérios, Secretarias 
Estaduais ou Municipais etc. 
- ÓRGÃOS LOCAIS: “são aqueles que atuam sobre uma parte do 
território”. Ex.: Delegacias Regionais da Receita Federal, 
Delegacias de Polícia, Postos de Saúde etc. 
 
3) SEGUNDO CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) SEGUNDO RENATO ALESSI: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGÃOS 
SEGUNDO CELSO ANTÔNIO E SEGUNDO RENATO ALESSI 
1) DE ACORDO COM A FUNÇÃO: 
1.1)ÓRGÃOS ATIVOS: “os que expressam decisões estatais para o cumprimento dos fins da pessoa jurídica”. Ex.: Conselho 
Monetário Nacional, que edita resoluções obrigatórias para todo o sistema financeiro nacional. 
1.2)ÓRGÃOS CONSULTIVOS: “os de aconselhamento e elucidação (pareceres) para que sejam tomadas as providências 
pertinentes pelos órgãos ativos”. Ex.: Advocacia-Geral da União, que expede pareceres para a resolução de problemas 
jurídicos. 
 
ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à função 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
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ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à função 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2021 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
22 
 
OS: 0017/2/21-Gil 
1.3)ÓRGÃOS DE CONTROLE: “são os prepostos a fiscalizar e controlara atividade de outros órgãos e agentes”. Ex.: Tribunal de 
Contas da União, que controla (fiscaliza e revisa) as despesas governamentais. 
SEGUNDO CELSO ANTÔNIO SEGUNDO RENATO ALESSI 
2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 
2.1) ÓRGÃOS SIMPLES: “são aqueles cujas decisões são 
formadas e manifestadas por uma só pessoa ”. Ex.: 
Presidência da República 
2.2)ÓRGÃOS COLEGIAIS: “são aqueles cujas decisões são 
formadas e manifestadas por um grupo de pessoas”. 
Ex.:Plenário. 
 2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 
-2.1)ÓRGÃOS BUROCRÁTICOS: “são aqueles que estão a cargo 
de uma só pessoa física ou de várias pessoas ordenadas 
VERTICALMENTE ”. Ex.: Diretoria 
2.2) ÓRGÃOS COLEGIADOS: “são aqueles formados por uma 
coletividade de pessoas físicas ordenadas 
HORIZONTALMENTE, com base em uma relação de 
coligação ou coordenação”. 
 
2.3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
 
CONCEITO: A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração 
direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. 
CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS ENTIDADES: 
- São pessoas jurídicas, de direito público ou privado, instituídas por determinada entidade política para exercer uma parcela 
de sua capacidade de autoadministração. 
- Capacidade de autoadministração: segundo a qual exercem com autonomia a atividade que lhe foi transferida pela entidade 
política, nos termos e limites da lei. 
- Não possuem capacidade de autogoverno nem de autoconstituição, nem mesmo de autolegislação. 
- São resultado do fenômeno da descentralização. 
- Têm patrimônio próprio, receitas e orçamentos próprios. 
 
ANÁLISE DAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
 AUTARQUIA 
FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO 
PUB (PRIVADO) 
SOC. ECON. MISTA E 
EMPRESA PÚBLICA 
CONCEITO 
Pessoa jurídica de direito 
público, criada por lei, para 
desenvolver atividades 
típicas e próprias da 
Administração. 
 
 
 
Pessoa jurídica de direito público 
(entendimento jurisprudencial) ou de 
direito privado; as fundações são 
pessoas jurídicas que nascem em razão 
da existência de um patrimônio 
vinculado ao cumprimento de uma 
finalidade: desenvolver atividades com 
um fim social. 
 
Pessoas jurídicas de 
direito privado, destinadas 
à atividades 
econômicas(art. 173, CF) 
ou prestação de 
serviços(art. 175, CF) 
industriais ou comerciais, 
em que o Estado tenha 
interesse próprio ou 
considere convenientes à 
coletividade. 
CRIAÇÃO Criada por lei 
Fund. Pub. (Publico) - criada por lei 
Fundação Pub (Privado) - autorizada 
por lei 
Autorizadas por lei. 
PERSONALIDADE 
JURÍDICA 
Direito Público Direito Público ou Privado Direito Privado 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
23 
 
OS: 0017/2/21-Gil 
RELAÇÃO COM O 
ENTE POLÍTICO 
Vinculação 
(controle finalístico; 
supervisão ministerial; tutela 
administrativa) 
Vinculação 
(controle finalístico; 
supervisão ministerial; tutela 
administrativa) 
Vinculação 
(controle finalístico; 
supervisão ministerial; 
 tutela administrativa) 
REGIME JURÍDICO 
Regime Jurídico de Direito 
Público 
Fund. Pub. (Publico)- Reg. Jur. Direito 
Público 
 Fundação Pub (Privado)- Regime 
Híbrido 
Regime Híbrido 
RELAÇÃO DE 
TRABALHO 
Estatutária 
(Obs.: o STF suspendeu o 
uso do regime celetista 
através da ADI-MC 2135). 
Fund. Pub. (Publico) – Estatutária. 
(Obs.: o STF suspendeu o uso do 
regime celetista através da ADI-
MC 2135). 
Fundação Pub (Privado) – Celetista. 
Celetista 
LICITAÇÃO E 
CONTRATOS 
Realizados através de 
LICITAÇÃO 
Realizados através de LICITAÇÃO 
Realizados através de 
LICITAÇÃO 
CONTROLE 
EXTERNO 
Controle feito pelo Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas 
RESPONSABILI-
DADE CIVIL 
Objetiva Objetiva 
Art. 173: subjetiva 
Art. 175: objetiva 
FALÊNCIA NÃO 
NOMEAÇÃO DOS 
DIRIGENTES 
Na forma que a lei ou o estatuto estabelecer; a nomeação do 
dirigente compete ao Chefe do Executivo com prévia aprovação 
do Poder Legislativo. 
Na forma que a lei ou 
o estatuto estabe-
lecer; a nomeação do 
dirigente compete ao 
Chefe do Executivo, 
mas não é válida a 
exigência prévia 
aprovação do Poder 
Legislativo. 
EXEMPLOS 
UFC, INSS, Conselho Federal 
de Farmácia (Aut. Reg. Esp), 
Banco Central (Aut. Reg. 
Esp.), ARCE, SEMACE, JUCEC, 
ISSEC, DER, DETRAN, IJF, 
IPM, AMC, etc. 
FNS, UECE, UVA, URCA, IBGE, FUNAI 
etc. 
 
 Empresas Públicas: 
Correios, CEF, CASA DA 
MOEDA,SERPRO, 
EMBRAPA etc. 
 Soc. Economia Mista: 
Banco do Brasil S/A, 
Petrobrás S/A, Cagece 
S/A, Docas S/A etc. 
 
2.3.1 CARACTERÍSTICAS DAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS: 
 
1) CONCEITO: 
 AUTARQUIA 
FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO 
PUB (PRIVADO) 
SOC. ECON. MISTA E 
EMPRESA PÚBLICA 
CONCEITO 
Pessoa jurídica de direito 
público, criada por lei, para 
desenvolver atividades 
típicas e próprias da 
Administração. 
 
 
Pessoa jurídica de direito público 
(entendimento jurisprudencial) ou de 
direito privado que nascem em razão 
do cumprimento de uma finalidade: 
desenvolver atividades com um fim 
social. 
 
Pessoas jurídicas de 
direito privado, destinadas 
à atividades 
econômicas(art. 173, CF) 
ou prestação de 
serviços(art. 175, CF) 
industriais ou comerciais, 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2021 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
24 
 
OS: 0017/2/21-Gil 
 
- AUTARQUIA é pessoa jurídica de direito público, criada por lei, para desenvolver atividades típicas(da função de 
administrar) e próprias (que não visam lucro) da Administração Pública. 
- FUNDAÇÃO PÚBLICA é pessoa jurídica de direito público (entendimento jurisprudencial) ou de direito privado 
que nascem em razão do cumprimento de uma finalidade: desenvolver atividades com um fim social. Atividade 
que atende um fim social é atividade que visa as justiças sociais, visa diminuir as desigualdades sociais. Tais 
atividades estão previstas, por exemplo, no artigo 6º e Título VIII da CF (previdência social, assistência social, 
saúde, educação, cultura, desporto, ciência, tecnologia, inovação, comunicação social, meio ambiente, família, 
criança, adolescente, jovem, idoso e índios). 
A Fundação Pública, de todas as entidades, foi a que mais sofreu com mudanças de governos. Na atualidade, 
temos dois tipos de fundações públicas: a de direito público (sengundo o STF) e a de direito privado. 
- SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA: as empresas estatais (empresas do governo) são 
pessoas jurídicas de direito privado, destinadas a atividades econômicas (Intervenção do domínio econômico na 
forma direta - art. 173, CF), para balancear o mercado e evitar formação de cartel ou prestação de serviços (art. 
175, CF) industriais ou comerciais, em que o Estado tenha interesse próprio ou considere convenientes à 
coletividade. 
A análise do conceito das entidades administrativas data da década de 60 (Decreto- Lei nº 200/67), de lá para cá 
tivemos uma evolução nesse conceito, mas se faz necessário o conhecimento do dispositivo legal. 
DECRETO- LEI Nº 200/67 
 Art. 4° A Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e 
dos Ministérios. 
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica 
própria: 
a) Autarquias; 
b) Emprêsas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista. 
d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) 
Parágrafo único. As entidades compreendidasna Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de 
competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado do § 1º pela Lei nº 7.596, de 1987) 
§ 2 º (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987) 
§ 3 º (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987) 
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: 
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar 
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e 
financeira descentralizada. 
II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital 
exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de 
contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação 
dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) 
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a 
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua 
 em que o Estado tenha 
interesse próprio ou 
considere convenientes à 
coletividade. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5ii
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2021 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0017/2/21-Gil 
maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) 
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude 
de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito 
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento 
custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) 
§ 1º No caso do inciso III, quando a atividade fôr submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá 
apenas à União, em caráter permanente. 
§ 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias constantes dêste artigo. 
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública 
de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil 
concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação; (Redação dada pela EC nº 19/98) 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos 
em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que 
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo 
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, 
trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração 
pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do 
setor privado. 
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. 
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao 
aumento arbitrário dos lucros. 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de 
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através 
de licitação, a prestação de serviços públicos. 
 
Há também o conceito das empresas do governo na Lei das Estatais. 
LEI Nº 13.303/2016 
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e 
com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios. 
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação 
autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22
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2) CRIAÇÃO E PERSONALIDADE JURÍDICA DAS ENTIDADES ADMINSITRATIVAS 
 
Hoje se faz necessário entendermos a ideia de personalidade jurídica, que é a aptidão genérica para se adquirir direitos e 
obrigações. As pessoas jurídicas adquirem essa capacidade de duas formas: por lei ou por registro (que pode ser em um 
Cartório -também conhecido como RCPJ- ou na Junta Comercial). As pessoas que adquirem a capacidade por lei passam a ser 
conhecidas como pessoas jurídicas de direito público e as que adquirem por registro passam a ser conhecidas como pessoas 
jurídicas de direito privado. 
Com relação à Administração Indireta, as autarquias (e as fundações públicas de direito público- segundo o STF) são pessoas 
jurídicas de direito público, pois adquirem a personalidade por lei, já as fundações públicas de direito privado, as sociedades 
de economia mistas e as empresas públicas adquirem essa capacidade após o registro, consequentemente são pessoas 
jurídicas de direito privado. 
Em se tratando dessas entidades adminsitrativas, com o advento da EC nº 19/98, o legislador constituinte entendeu que as 
pessoas que adquirem personalidade com a lei são consideradas criadas por ela e as que adquirem por registro são 
autorizadas por lei. 
Nem sempre foi assim. O texto original trazia a ideia de que todas eram criadas, somente após a EC 19/98 tivemos essa 
alteração de nomenclatura. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

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