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DIREITO ADMINISTRATIVO AULA II

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PRINCÍPIOS NORTEADORES 
DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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PRINCÍPIOS
Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas que condicionam todas as estruturas subseqüentes. Neste sentido, são os alicerces, os fundamentos da ciência. 
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PRINCÍPIOS DA ADM PÚB
Os princípios básicos da Administração Pública estão dispostos no artigo 37 da Constituição, são os chamados princípios expressos, explícitos da Adm. Púb.:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Segundo o princípio da legalidade, o administrador não pode fazer o que bem entender na busca do interesse público, ou seja, tem que agir segundo a lei, só podendo fazer aquilo que a lei expressamente autoriza e no silêncio da lei esta proibido de agir. 
Já o administrado pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe e o que silencia a respeito. Portanto, tem uma maior liberdade do que o administrador. 
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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Art. 37. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em LEI, assim como aos estrangeiros, na forma da Lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
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PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
A Administração deve manter-se numa posição de neutralidade em relação aos administrados, ficando proibida de estabelecer discriminações gratuitas. Só pode fazer discriminações que se justifiquem em razão do interesse coletivo, pois as gratuitas caracterizam abuso de poder e desvio de finalidade, que são espécies do gênero ilegalidade. 
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PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Impessoalidade para ingressar na Administração Pública: O administrador não pode contratar quem quiser, mas somente quem passar no concurso público, respeitando a ordem de classificação. O concurso pode trazer discriminações, mas não gratuitas, devendo assim estar relacionada à natureza do cargo. 
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Impessoalidade na contratação de serviços ou aquisição de bens: O administrador só poderá contratar através de licitação. O edital de licitação pode trazer discriminações, mas não gratuitas. 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
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Impessoalidade na liquidação de seus débitos: A Administração tem que respeitar a ordem cronológica de apresentação dos precatórios para evitar privilégios. Se for quebrada a ordem pode gerar seqüestro de verbas públicas, crime de responsabilidade e intervenção federal. 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
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PRINCÍPIO DA MORALIDADE
A Administração deve atuar com moralidade, isto é de acordo com a lei. Tendo em vista que tal princípio integra o conceito de legalidade, decorre a conclusão de que ato imoral é ato ilegal, ato inconstitucional e, portanto, o ato administrativo estará sujeito a um controle do Poder Judiciário.
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PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
A Administração tem o dever de manter plena transparência de todos os seus comportamentos, inclusive de oferecer informações que estejam armazenadas em seus bancos de dados, quando sejam solicitadas, em razão dos interesses que ela representa quando atua. 
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PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
A Administração Pública deve buscar um aperfeiçoamento na prestação dos serviços públicos, mantendo ou melhorando a qualidade dos serviços, com economia de despesas. 
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PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Impõe a necessidade de adoção pelo administrador, de critérios técnicos, ou profissionais, que assegurem o melhor resultado possível. Abolindo-se qualquer forma de atuação amadorística, obrigando também a entidade a organizar-se de modo eficiente. Não basta prestar o serviço público, é necessário que se preste da melhor maneira possível. 
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Princípios doutrinários da Administração Pública
Ou princípios implícitos na Constituição.
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Continuidade dos Serviços Públicos
Os serviços públicos não podem sofrer paralizações; é uma atividade ininterrupta.
Decorrem deste princípio:
Proibição de greve;
Necessidade de suplência, delegação, substituição, etc;
Impossibilidade dos contratados alegarem a exceptio non adimpleti contractus;
Faculdade de utilizar os equipamentos dos contratados;
 
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Admite-se a encampação da concessão de serviço público;
Emcampação: Trata-se da retomada coercitiva do serviço pelo poder concedente. 
Admite-se a extinção do contrato de concessão por força da caducidade
Continuidade dos Serviços Públicos
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AUTOTUTELA
Deve a Administração rever os seus próprios atos, seja para revogá-los (quando inconvenientes), seja para anulá-los (quando ilegais). É o controle interno exercido dentro de cada esfera administrativa. 
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TUTELA OU CONTROLE FINALÍSTICO
É o exercido apenas sobre os fins para o qual foi criada a entidade de colaboração com a Administração Direta. É o controle externo finalístico. 
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CONTROLE JUDICIAL
Está calcado no princípio da inafastabilidade da jurisdição, onde nenhuma lesão ou ameaça a direitos poderá ser excluída a apreciação do Poder Judiciário.
EXCEÇÕES:
Necessidade de prévia negativa no caso de Habeas-Data;
Justiça Desportiva.
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MOTIVAÇÃO
É a necessária indicação dos pressupostos de fato e dos pressupostos de direito, a compatibilidade entre ambos e a correção da medida encetada para a prática dos atos administrativos. O detalhamento, fundamentação ou justificativa, será maior ou menor conforme o ato seja vinculado ou discricionário. 
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ISONOMIA OU IGUALDADE FORMAL
Aristóteles afirmava que a lei tinha que dar tratamento desigual às pessoas que são desiguais e igual aos iguais. A igualdade não exclui a desigualdade de tratamento indispensável em face da particularidade da situação. 
A lei só pode tratar as pessoas de maneira diversa se a distinção entre elas justificar tal tratamento, senão seria inconstitucional. 
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RAZOABILIDADE
Ao administrador não é dado interpretar ou aplicar a lei que autoriza a sua atuação segundo seus valores pessoais, mas a partir da perspectiva do resultado que corresponda à concretização da justiça. 
O princípio não é decorrente da racionalidade, mas da razoabilidade, e atua como limitação ao exercício do Poder. Seria a congruência lógica entre as situações postas e as decisões administrativas 
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PROPORCIONALIDADE
Este princípio obriga a permanente adequação entre os meios e os fins, banindo-se medidas abusivas ou de qualquer modo com intensidade superior ao estritamente necessário 
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Poder-dever de agir ou dever-poder de agir
O administrador público está gerenciando o que não é seu e sob a égide da lei, assim está obrigado a agir conforme os ditames legais, não tendo opção de escolhas 
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PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO 
Art. 5º, inciso LV,: "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes". 
Contraditório – é a garantia que cada parte tem de se manifestar sobre todas as provas e alegações produzidas pela parte contrária.
Ampla defesa – é a garantia que a parte tem de usar todos os meios legais para provar a sua inocência ou para defender as suas alegações 
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O princípio também pode ser nominado como o da estabilidade das relações jurídicas, e tem em mira garantir certa perpetuidade nas relações jurídicas estabelecidas com ou pela Administração 
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
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PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
Nos processos administrativos serão observados, entre outros, critérios de interpretação da norma administrativa de forma que
melhor garanta o atendimento de fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. 
ARt. 2º - Lei nº 9.784/99.
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AGENTES PÚBLICOS
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AGENTES PÚBLICOS
CONCEITO:
Pessoas físicas que, a qualquer título, exercem uma função pública servindo como prepostos do Estado, ainda que transitoriamente ou sem remuneração 
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CARACTERÍSTICAS:
Caráter permanente;
Relação de trabalho;
Remuneração paga pelos cofres públicos;
Vínculo* (empregados públicos).
AGENTES PÚBLICOS
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CARÁTER PERMANENTE:
Só excepcionalmente, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público se contratará servidores, mediante regime especial, para o desempenho de função pública em caráter transitório.
AGENTES PÚBLICOS
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RELAÇÃO DE TRABALHO:
Indica a formação de um só vínculo entre o servidor a instituição em que o mesmo desempenha suas funções, imprimindo profissionalidade ao exercício de suas atribuições, o que lhes caracteriza como uma categoria específica de trabalhadores 
AGENTES PÚBLICOS
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REMUNERAÇÃO PAGA PELOS COFRES PÚBLICOS:
Uma das características singulares do servidor público diz respeito à proveniência de sua remuneração, ou seja, sua remuneração é paga com recursos oriundos dos cofres públicos. Nesse sentido vale ressaltar que leiloeiros, tradutores e intérpretes, por serem apenas agentes públicos que colaboram com o Estado, são pagos por terceiros. 
AGENTES PÚBLICOS
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VÍNCULO
O conceito se refere ao vínculo constituído de acordo com o regime jurídico de direito administrativo: o que indica que a relação jurídica entre servidor e Estado se dá de acordo com estatuto jurídico, onde o Estado estabelece os direitos e deveres de ambas as partes de acordo com o princípio da supremacia do interesse público.
AGENTES PÚBLICOS
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CATEGORIAS DE AGENTES PÚBLICOS
1) Agentes políticos; 
2) Servidores públicos: 
2.1 - ocupantes de cargos públicos estatutários (efetivos, vitalícios e em comissão);
2.2 - ocupantes de empregos públicos (celetistas);
2.3 - temporários.
3) Particulares em colaboração com a administração.
AGENTES PÚBLICOS
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AGENTES PÚBLICOS
AGENTES POLÍTICOS
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AGENTES POLÍTICOS
Categoria composta por aqueles detentores de mandatos eletivos e pelos auxiliares imediatos dos chefes de Poder Executivo, quais sejam os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais.
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Detentores de mandato político:
Presidente da República;
Governadores;
Prefeitos;
Senadores;
Deputados Federais;
Deputados Estaduais; 
Deputados Distritais;
e Vereadores.
AGENTES POLÍTICOS
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Hely Lopes Meireles, inclui na categoria de agentes políticos os seguintes cargos públicos:
Membros da Magistratura;
Membros do Ministério Público;
Membros dos Tribunais de Contas; e
Representantes Diplomáticos.
AGENTES POLÍTICOS
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AGENTES PÚBLICOS
SERVIDORES PÚBLICOS
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SERVIDORES PÚBLICOS
CONCEITO:
Todos aqueles que mantém com a Administração Direta ou Indireta relação de trabalho de natureza não eventual, sob vínculo de dependência e mediante remuneração.
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ESPÉCIES:
Servidores Estatutários;
Empregados Públicos;
Servidores Temporários; e
Particulares em colaboração com a Administração Pública.
SERVIDORES PÚBLICOS
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São os ocupantes de cargos públicos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional, sujeito ao regime legal de uma lei estatutária.
SERVIDORES ESTATUTÁRIOS
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CARGO PÚBLICO
CARGO PÚBLICO é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário, com as características de criação por lei, denominação própria, número certo e pagamento pelos cofres do Estado.
Art. 2º, inciso II da Lei nº 6.123/68. (Estatuto Servidor Civil de Pernambuco).
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CARGO PÚBLICO
Espécies de Cargo Público:
Efetivos;
Vitalícios; e
Em Comissão e de Confiança.
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Cargo Público - Efetivo
São aqueles em que a investidura inicial do servidor tem caráter definitivo, depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo. O titular do cargo efetivo obtém a estabilidade após três anos de efetivo exercício (CF, art. 41).
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Cargos Vitalícios
Apresentam uma presunção ainda maior de permanência, tanto que só haverá perda do cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Situam-se no seio do núcleo central do Estado e são titularizados pelos chamados “membros de poder”. 
Possuem garantias e vedações previstas na Constituição além de direitos e deveres previstos em leis especiais e não no estatuto comum aos demais servidores.
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Cargos Vitalícios
Há cargos vitalícios cujo ingresso se dá através de concurso público a exemplo dos Juízes e membros do Ministério Público (Promotores e Procuradores). 
Em outros, por expressa determinação constitucional a investidura se dá sem a necessidade de concurso público a exemplo dos membros de todos os Tribunais do Poder Judiciário (Desembargadores dos TJ’s; Juízes dos TRF’s, dos TRT’s; Ministros do STJ, do STF) e dos Tribunais de Contas (Ministros e Conselheiros). 
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Cargos em Comissão
São aqueles declarados em lei de livre nomeação e exoneração (CF,art. 37, II, parte final). 
Caracterizam-se por um vínculo de precariedade quanto à permanência do seu titular no cargo.
 Destinam-se apenas as atribuições de direção, chefia e assessoramento (CF, art. 37, V, parte final). 
Seus titulares são nomeados em virtude da relação de confiança que existe entre eles e a autoridade que os nomeia 
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EMPREGADOS PÚBLICOS
São aquele que ocupam empregos públicos efetivos contratados sob o regime da Consolidação das leis do Trabalho-CLT. São os empregados das empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações de direito privado, instituídas pelo Poder Público.
Ex.: Empregados do Banco do Brasil, Petrobrás, Caixa Econômica Federal, etc.
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SERVIDORES TEMPORÁRIOS
São aqueles que não ocupam cargos ou empregos públicos na Administração Pública. 
Exercem função pública. 
São contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. 
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Estão sujeitos a regime especial a ser estabelecido em lei de cada pessoa federativa. 
Seu ingresso não depende da realização de concurso público, mas recomenda-se a algum tipo de processo seletivo face aos princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade
SERVIDORES TEMPORÁRIOS
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PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM A ADMIN
Trata-se de pessoas que executam certas funções públicas, mas sem vínculo e até, em alguns casos, sem remuneração. 
São cidadãos convocados para compor o tribunal do júri, mesário eleitoral; os membros de comissão de estudo.
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O SERVIDOR PÚBLICO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
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INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO
Art. 37, I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
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EXIGIBILIDADE DE CONCURSO PÚBLICO
Art. 37, II - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, (...)
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(...)na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
EXIGIBILIDADE DE CONCURSO PÚBLICO
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F. CONFIANÇA X C. COMISSÃO
Art. 37, V:
As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;  
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CONCURSO – PRAZO DE VALIDADE
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável
previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
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ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
       
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b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
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XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
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VENCIMENTOS E SUBSÍDIOS
Subsídio é a nomenclatura adotada para a remuneração de determinados cargos. Sua principal característica é a de ser fixado por lei em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.

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