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Curso de Biossegurança em Laboratório Clínico MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na bibliografia consultada. 22 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 23 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO II 5. POP DE BIOSSEGURANÇA: INSTRUÇÕES DE TRABALHO Exemplo modelo de POP – de Biossegurança para Laboratórios Clínicos. LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - LAC LOGO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Código: POP-BIO-001 Referência: FTB-BIO-001 Título: Determinação de Albumina Método Verde de Bromocresol Folha: 23 de 9 Revisão: 0.0 Nº de Cópias: 3 1 - Situação de Revisão: Implantado dia 11/09/07. 2 - Objetivo: Descrever o Procedimento Operacional Padrão (POP) para a determinação de Albumina pelo método verde de bromocresol. 3 - Campo de Aplicação: As áreas onde este documento se aplica estão definidas nos quadrados abaixo, marcados com “x”. x Diretoria do Laboratório x Bioquímica Urianálise x Garantia da Qualidade Hematologia Citopatologia Recepção Imunologia Lavagem/Esterilização Coleta Microbiologia Secretaria/Emissão de Laudos Parasitologia 24 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 4 - Referência: 4.1 - POP-LBG-001 - Informações aos pacientes; 4.2 - POP-LBG-002 - Coleta de material; 4.3 - POP-LBG-003 - Manuseio, armazenagem e preservação de amostras; 4.4 - POP-LBG-003 - Biossegurança; LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - LAC LAC PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Código: POP-BIO-001 Referência: FTB-BIO-001 Título: Determinação de Albumina Método Verde de Bromocresol Folha: 2 de 9 Revisão: 0.0 Nº de Cópias: 3 4.5 - POP-LBG-004 - Emissão, controle e entrega de laudos; 4.6 - FTB-BIO-001 - Determinação de Albumina Método Verde de Bromocresol; 4.7 - POP-CIQ-001 - Controle Interno da Qualidade; 4.8 - POP-CEQ-001 - Controle Externo da Qualidade. 5 - Terminologia, Definição e Símbolo: 5.1 - Sinonímia: albuminemia; 5.2 - LBG - Laboratório Geral; 5.3 - FTB - Ficha Técnica de Bancada; 5.4 - BIO - Bioquímica; 5.5 - CIQ - Controle Interno da Qualidade; 5.6 - CEQ - Controle Externo da Qualidade. 6 - Descrição: 6.1 - Princípio do Teste Solução de verde de bromocresol tamponada em pH 4,0 reage especificamente com albumina, formando um complexo corado de cor verde. A intensidade da cor é proporcional ao teor de albumina sérica. Particularidades do Sistema O verde de bromocresol reage especificamente com albumina, fazendo-se a leitura em 630nm. Nesse comprimento de onda não há interferência de bilirrubina ou hemoglobina em concentrações moderadas. Alta concentração do verde de bromocresol e presença de tween 80 tornam o reagente estável à temperatura ambiente. Devido a sua alta sensibilidade, utiliza-se apenas 20 μl de soro num volume final e 5 ml. LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - LAC LAC PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Código: Referência: POP-BIO-001 FTB-BIO-001 Título: Determinação de Albumina Revisão: 0.0 Folha: 3 de 9 Método Verde de Bromocresol Nº de Cópias: 3 6.2 - Aplicação Clínica A albumina é a proteína mais abundante no soro humano. A hiperalbuminemia é rara e pode ocorrer nos casos de desidratação. A redução dos níveis, entretanto, é observada em situações como: na síndrome nefrótica e na insuficiência hepática avançada (cirrose, colangite, fígado cardíaco, hepatite crônica e neoplasia). Vale lembrar que o fígado é a principal sede da síntese da albumina. Pode ocorrer analbuminemia, rara, anomalia congênita, devido a defeito na síntese, com hiperglobulinemia compensadora. 6.3 - Amostra Soro isento de hemólise. A albumina permanece estável no soro por 30 dias, à temperatura de 2-6ºC, e por 2 meses, à temperatura de 10ºC negativos. O plasma pode ser usado quando colhido com edta e heparina. Demais líquidos biológicos (líquido pleural, ascítico, etc) devem ser centrifugados previamente. Evitar estase prolongada na coleta de sangue, pois a hemoconcentração aumenta os níveis de proteínas plasmáticas. 25 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Concentrações de bilirrubina até 30mg/dl, hemólise moderada (até 400mg/dl de Hb no soro) não interferem na reação. Todas as amostras biológicas devem ser consideradas como potencialmente infectantes. 6.4 - Padrões, Controle, Reagentes e Outros Insumos: 6.4.1 - Reagentes e Padrão: LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - LAC LAC PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Código: Referência: POP-BIO-001 FTB-BIO-001 Título: Determinação de Albumina Revisão: 0.0 Folha: 4 de 9 Método Verde de Bromocresol Nº de Cópias: 3 Reagente de cor concentrado: solução 2,5 mmol de verde de bromocresol em solução 0,82 M de ácido láctico tamponado pH 4,0. Contém ainda 30ml de Tween 80 por litro. Solução padrão de albumina 4g/dl: solução de albumina bovina estabilizada com azida sódica a 1:1000. 6.4.2 - Armazenamento e Estabilidade dos Reagentes e Padrão Reagente de cor concentrado: armazenar à temperatura de 2-6ºC. Estável até a data de vencimento indicada no rótulo do frasco. Reagente de cor de uso: após o preparo da solução de uso, a mesma permanece estável por 8 meses à temperatura de 20-30ºC, ou 18 meses, se mantida entre 2-6ºC. Solução padrão de albumina 4g/dl: armazenar a temperatura de 2-6ºC. Estável até a data de vencimento indicada no rótulo do frasco. 6.4.3 - Cuidados e Precauções com o uso dos reagentes Todos os reagentes são somente para uso diagnóstico in vitro. A solução de verde de bromocresol é irritante. Seu manuseio deve ser cuidadoso, evitando- 26 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 27 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores se contato com pele e mucosas. Em casos de contaminação acidental, lavar a parte afetada em água corrente. O descarte do material utilizado deverá ser feito obedecendo-se aos critérios de biossegurança estabelecidos pelo laboratório, de acordo com as normas locais, estaduais ou federais. 6.5 - Equipamentos e Materiais Necessários • Espectrofotômetro ou fotocolorímetro capaz de medir a absorbância em 630 nm ou filtro vermelho. LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - LAC LAC PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Código: POP-BIO-001 Referência: FTB-BIO-001 Título: Determinação de Albumina Método Verde de Bromocresol Folha: 5 de 9 Revisão: 0.0 Nº de Cópias: 3 • Tubos de ensaio. • Pipetas graduadas. • Pipeta semi-automática de 20μl. • Frasco de vidro, cor âmbar, com capacidade volumétrica de 500 ml. • Cronômetro.• Água destilada ou deionizada. • Balão volumétrico de 500 ml. 6.6 - Procedimento Técnico 6.6.1 - Preparo do reagente de cor - solução de uso: Transferir o reagente de cor concentrado (50ml) para um balão volumétrico e completar o volume a 500ml, com água destilada ou deionizada. A solução permanece estável por 8 meses, à temperatura de 20-25ºC, ou 18 meses, sob refrigeração. Identificar 3 tubos de ensaio com B (branco), T (teste) e P (padrão). Proceder como segue: B T P Reagente de cor, uso 5 ml 5 ml 5 ml Amostra - 20μl - Solução padrão - - 20μl Homogeneizar por inversão e, dentro de 1 a 2 minutos, ler as absorbâncias do teste e padrão em espectrofotômetro ou fotocolorímetro, em 630nm ou filtro vermelho, acertando o zero com o branco. LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - LAC LAC Código: Referência: POP-BIO-001 FTB-BIO-001 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Título: Determinação de Albumina Revisão: 0.0 Folha: 6 de 9 Nº de Cópias: 3 Método Verde de Bromocresol 6.7 – Cálculos 28 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Albumina (g/dl) = Como a reação corada segue estritamente a lei de Beer, basta a determinação de um fator(F) para cálculo dos resultados. Fator de calibração = _______4_______ absorbância de P Albumina (g/dl) = absorbância do teste x F Leitura do teste: 0,250 Albumina (g/dl) = 0,250 x 11,98 = 2,74 6.8 - Controle da Qualidade: 6.8.1 - Controle Interno da Qualidade de Bioquímica: O controle interno da qualidade da albumina pelo método de verde bromocresol é feito de acordo com as diretrizes dadas no POP-CIQ-001. absorbância T absorbância P x 4 29 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 6.8.2 - Controle Externo da Qualidade O Controle Externo da Qualidade desse analito é tratado em procedimento específico , conforme POP-CEQ-001. 6.9 - Valores de Referência, Interpretação e Valores Críticos 6.9.1 – Os Valores de Referência adotados pelo Laboratório são: Albumina 3,5 - 5,5 g/dl. 6.9.2 - Valores Críticos Não aplicável. LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - LAC LAC PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Código: POP-BIO-001 Referência: FTB-BIO-001 Título: Determinação de Albumina Método Verde de Bromocresol Folha: 7 de 9 Revisão: 0.0 Nº de Cópias: 3 6.10 - Linearidade, Limite de Detecção e Limitações no Método: 6.10.1 - Linearidade: Recuperação de 98,5 ± 2,5%, erro da média é de 1,18%. 6.10.2 - Repetitividade: Variação de 0,96% a 1,22%. 6.10.3 - Reprodutibilidade: Variação de 1,52 a 1,28% 6.10.4 - Sensibilidade: 0,1 g/dl. 6.10.5 - Especificidade: O método é específico para Albumina. 6.11 - Limitações do Método 6.11.1 - Para se obter ótimo desempenho do sistema, é necessário que o procedimento técnico seja rigorosamente seguido conforme instruções de uso. Qualquer alteração poderá levar a resultados errôneos. 6.11.2 - Algumas drogas como: esteróides, anabolizantes, andrógenos, corticosteróides, dextran, insulina, progesterona e agentes citotóxicos, podem aumentar os níveis de albumina. 6.11.3 - Algumas drogas como: estrógenos, drogas hepatotóxicas, anticonceptivos orais, aspirina, penicilina e sulfonamidas, podem diminuir os níveis de albumina. 6.11. 4 - Nas condições em que há aumento acentuado das frações alfa-1 e alfa-2 globulinas, essas podem adsorver o corante verde de bromocresol, falseando resultados elevados de albumina. LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - LAC Código: LAC POP-BIO-001 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Referência: FTB-BIO-001 Título: Determinação de Albumina Revisão: 0.0 Folha: 8 de 9 Método Verde de Bromocresol Nº de Cópias: 3 6.11. 5 - Substâncias Interferentes: Concentrações de bilirrubina até 30mg/dl, hemólise moderada (até 400mg/dl de Hb no soro), não interferem na reação. Lipemia moderada não interfere na presente metodologia. Certas drogas podem interferir nos níveis de albumina. Para controle de tal interferência é recomendado que o paciente seja questionado quanto ao uso de medicamentos. 6.12 - Uso de Kits: Nessa determinação da albumina pelo método de verde de bromocresol, são usados os kits dos seguintes fabricantes: Doles, Labtest, Bioclin e Analisa. LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - LAC LAC PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Código: POP-BIO-001 Referência: FTB-BIO-001 Título: Determinação de Albumina Método Verde de Bromocresol Revisão: 0.0 Folha: 9 de 9 Nº de Cópias: 3 30 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 31 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 7 - Controle de Registros: Não aplicável. 8 - Anexos: Não aplicável. 5.1 Controle ambiental 5.1.1-Descontaminação de área após derramamento de material biológico ou cultura de microrganismos 1. Notifique imediatamente aos demais funcionários do setor. 2. Se houver algum risco biológico associado com a liberação do aerossol todos os funcionários devem deixar imediatamente o setor. No setor de microbiologia a área deve ser irradiada por 30 minutos com ultravioleta. 3. Os indivíduos envolvidos no acidente devem verificar suas vestimentas quanto à contaminação com o material. Caso tenha ocorrido, as medidas de descontaminação da roupa devem ser tomadas. 5.1.2-Descontaminação de pequenas áreas (INSTRUÇÃO PARA DESCONTAMINAÇÃO) 4. Colocar os EPIs necessários (jaleco de manga longa, luvas, máscara, touca,óculos de proteção e outros se necessário). 5. Identificar a área que necessita de descontaminação. 6. Preparar os sacos para descarte de material contaminado 7. Mover-se lenta e cuidadosamente durante o tratamento da área com o descontaminante próprio (álcool iodado, hipoclorito, glutaraldeído, álcool 70%, etc.) evitando a formação de novos aerossóis. 8. Cobrir a área inteira com uma toalha absorvente e deixar o germicida agir por 30 minutos antes de recolher com os fragmentos grosseiros. 9. Colocar o material absorvente nos sacos para descarte e os pérfuro cortantes nas caixas rígidas. 32 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 11. Remover as luvas cuidadosamente e descartá-las juntamente com o material contaminado. 12. Lavar as mãos com água e sabão e solução anti-séptica. 13. Registrar o acidente. Kit de limpeza • Instrução para descontaminação por escrito e em local de fácil visualização; • EPIs; • Pá plástica; • Desinfetantes apropriados (dentro da validade); • Toalha de papel absorvente; • Saco plástico para descarte de material contaminado e caixas rígidas para pérfuro cortantes; • Documentação. 6. ESTERILIZAÇÃO E DESCONTAMINAÇÃO COM AUTOCLAVAÇÃO 6.1-Procedimentos gerais de descontaminação Estes procedimentos devem ser seguidos para o descarte de rejeitos: 1. Todo material infeccioso ou equipamento utilizado na rotina do laboratório, deve ser desinfetado antes da lavagem ou de ser jogado no lixo. A autoclavação deve ser o método de escolha, exceto para todo e qualquer material termolábil ou produtos oxidantes ou que liberem subprodutos tóxicos quando aquecidos. 2. O material a ser autoclavado deve ser estocado em sacos brancos fechados, com indicação de MATERIAL CONTAMINADO PARA SER AUTOCLAVADO, dentro de baldes fechados, caso não sejam autoclavados no mesmo dia. 3. Material oxidante como hipoclorito ou outro oxidante forte não deve ser autoclavado com material orgânico como papel ou óleo. A combinação destes compostos pode produzir uma explosão. 33 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 4. O material reaproveitável para ser lavado após a autoclavação deve ser estocado em baldes com tampa com a indicação MATERIAL NÃO INFECCIOSO (PARA SER LAVADO). 6.2-AUTOCLAVAÇÃO O termo esterilização refere-se à completa eliminação de patógenos, agente biológico com capacidade de reprodução ou potencialmente infeccioso. A esterilização é o melhor método de eliminação do risco biológico. O uso da autoclave é o método mais utilizado nas instituições de saúde e pesquisa, assegurando a destruição de microrganismos. Este processo geralmente envolve aquecimento da água em uma câmara sob pressão, gerando vapor sob uma pressão de 15 psi, o que ocorre em temperatura de cerca de 121° C por no mínimo 15 minutos. O tempo é medido após a temperatura do material envolvido atingir 121° C. O fator crítico nesta fase é a garantia de que não fique ar preso no interior do autoclave, o que pode impedir que a temperatura no interior do aparelho atinja os 121o C. Para isto deve haver um monitoramento da temperatura com um termômetro-manômetro, bem como controle do processo com uso de um indicador químico ou biológico. Caso ocorra interrupção no processo de aquecimento durante a marcação do tempo, TODO O PROCESSO deve ser repetido. 6.3 -Controle do processo O melhor controle para esterilização é o uso de esporos de Bacillus stearothermophilus, que são incluídos com o material a ser esterilizado dentro do autoclave. Esta cultura pode ser adquirida comercialmente sendo a apresentação em ampolas com meio de cultivo e indicador de pH. Após a esterilização as ampolas são incubadas na temperatura adequada e verificadas para a “viragem” do indicador, o que indica que houve crescimento microbiano e falha no processo 34 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores de autoclavação. Em uma perfeita esterilização não haverá crescimento microbiano ou viragem do pH. Os indicadores químicos também podem ser empregados no controle de esterilização por autoclavação. A fita de autoclave é um exemplo deste indicador. Neste caso, o indicador na fita branca muda para uma cor negra ou cinza, indicando que houve uma autoclavação eficiente. Material necessário para a validação do processo. Um dos processos deve ser utilizado FITA INDICADORA ou INDICADOR BIOLÓGICO- Para este último ainda são necessários os seguintes complementos: 1. Ampolas contendo esporos de Bacillus stearothermophilus 2. Incubadora para a cultura 121o C Teste Atividade Sobrevive por Morre em B. stearothermophilus autoclavação 5 min. 13 min. Fita indicadora autoclavação Não muda de cor. Em relação tempo/ temperatura ineficientes. Torna-se escura. Em relação tempo/ temperatura eficientes121o C /15minutos. 6.4. Critérios de aceitabilidade • A fita indicadora deve mudar de cor. • Os esporos não devem crescer após incubação da ampola. 35 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 6.5-Registro • Registrar o resultado em uma planilha de controle de esterilização. 6.6-Forno Pasteur O uso de esterilização seca (Forno Pasteur) é menos eficiente que a esterilização pelo vapor do autoclave. A esterilização pelo calor seco é eficiente quando realizada a 160°- 180° C por períodos de duas a quatro horas. Neste processo o ponto crítico é a composição química de material que está sendo esterilizado, bem como o arranjo do material no forno. Material termolábil não deve ser utilizado no processo. 6.7-Descontaminação (Desinfecção) Pode ser definida como a redução da maioria ou eliminação dos microrganismos patogênicos em uma superfície ou objeto, tornando este objeto incapaz de transmitir doenças. Fatores que determinam a efetividade de um desinfetante: a) concentração do princípio ativo; b) quantidade de material orgânico no material a ser descontaminado; c) tempo necessário para a ação; d) temperatura e pH; e) nível de contaminação; f) tipo de contaminação envolvida; g) características físicas do material a ser descontaminado. 6.8.- Desinfetantes líquidos Estes devem ser estocados nos frascos originais em um ambiente de uso 36 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores exclusivo do pessoal de limpeza. Apenas pequenas quantidades devem ser estocadas no ambiente, nos setores para uso rotineiro. As soluções diluídas de acordo com as especificações para uso devem ser estocadas por um pequeno período, no máximo 48 horas para evitar perda de atividade do produto. Estes frascos devem conter as especificações do produto, bem como o grau de toxicidade que este apresenta, além da data de preparo e validade. 1) Álcool etílico 70% Eficiente desnaturante de lipídios de vírus envelopados e células vegetativas de bactérias. Não é corrosivo. Evapora rapidamente e é bastante inflamável. Uso: descontaminação de superfícies (exceto acrílico) ou na anti-sepsia da pele, durante a coleta de material para análise. Não utilizar em região de mucosas. 2) Álcool etílico iodado (álcool etílico 70% + 2% de iodo cristal dissolvido) Mais eficiente que o álcool etílico puro devido ao efeito alógeno do iodo. Eficiente desnaturante de lipídios de vírus envelopados e células vegetativas de bactérias. Não é corrosivo. Evapora rapidamente e é bastante inflamável. Uso: descontaminação de superfícies (exceto acrílico). Seu uso deve ser evitado na anti-sepsia durante a coleta devido à alergia ao iodo, apresentada por alguns pacientes. 3) Formaldeído e glutaraldeído O uso do Formaldeído na descontaminação é ideal a 5% de concentração do gás na água. Atividades de descontaminação sob refrigeração utilizando formaldeído devem ser evitadas, pois este último, em baixas temperaturas, perde atividade. Uma desvantagem do seu uso é o odor irritante liberado, podendo 37 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores causar hipersensibilidade, bem como possui poder carcinogênico para homens e animais. O glutaraldeído é preferível por ser menos irritante. EPIs especiais, principalmente com proteção para os olhos e aparelho respiratório, devem ser utilizados. Uso: Descontaminação de pequenos equipamentos, ou superfícies com alto grau de contaminação. Principalmente em equipamentos metálicos por ser menos corrosivo. 4) Componentes fenólicos Com odor desagradável e altamente corrosivo, deve ser evitado no laboratório. Uso: latas de lixo(creolina) 5) Quaternários de amônio Excelentes desinfetantes, com baixa toxicidade e resíduos corados, bem como liberação de odores. Apresentam um grande espectro de ação, inclusive contra os bacilos da tuberculose, esporos bacterianos e fungos. Descontaminação de tubos, lâminas, pipetas e ponteiras, bem como superfícies. Ex. GERMEKIL 6) Componentes clorados Amplamente utilizados, apresentam um grande espectro de ação. Pouco ativo em presença de grandes quantidades de material orgânico. Altamente oxidante e extremamente corrosivo em metais. As soluções diluídas perdem atividade rápido principalmente quando expostas à luz. Desta forma, os frascos devem ser escuros e as soluções trocadas a cada 24 horas. A água sanitária com 2,0% a 2,5% de cloro ativo, na forma de hipoclorito de sódio, é a mais utilizada entre as preparações comerciais. 38 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Uso: Superfícies e chão para a limpeza de rotina. Deve ser utilizada proteção especial para os olhos e aparelho respiratório, durante a aplicação. 7) Compostos iodados Utilizados geralmente associados com outros compostos (detergentes, álcool, etc). Deve haver um cuidado especial com os indivíduos alérgicos. Uso: Equipamentos e superfícies contaminadas ou na anti-sepsia da pele em pacientes não alérgicos. Ex. iodine 6.9 - SEGURANÇA BIOLÓGICA DAS CENTRÍFUGAS Devido ao alto índice de acidentes neste aparelho, principalmente a quebra de tubos com espécimes clínicos e conseqüente formação de aerossol que pode expor vários funcionários a agentes infecciosos, as centrífugas merecem uma atnção especial em relação à segurança biológica. As centrífugas devem ser instaladas em um compartimento isolado, bem ventilado, que deve ser evacuado durante o processo. Caso ocorra um acidente, quebra de tubos, o equipamento deve ser descontaminado com glutaraldeído ou mesmo hipoclorito de sódio. O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTES NA CENTRÍFUGA: 1- Deixe o aerossol baixar durante 30 minutos. 2- Coloque seus EPIs - luvas, jaleco, máscara e óculos de proteção. 3- Descontamine o suporte da centrífuga com glutaraldeído ou hipoclorito de sódio, álcool 70% por, no mínimo, 15minutos. 4- Retire os demais tubos da centrífuga e descontamine a parte interna do equipamento com uma gaze embebida em uma das soluções germicidas descritas acima. 5- Descarte os fragmentos do tubo na caixa amarela para pérfuro-cortantes. 39 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 6- Comunique o incidente ao responsável pelo setor para que seja providenciada uma nova amostra. 7. TIPOS DE RISCO (Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78) 1. Riscos de Acidentes 2. Riscos Ergonômicos 3. Riscos Físicos 4. Riscos Químicos 5. Riscos Biológicos 1. RISCOS DE ACIDENTES Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. 2. RISCOS ERGONÔMICOS Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos alternados, etc. 40 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 3. RISCOS FÍSICOS Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e pontiagudos, etc. 4. RISCOS QUÍMICOS Consideram-se agentes de risco químico as substâncias compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. 5. RISCOS BIOLÓGICOS Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros. Classificação de risco biológico: Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordem crescente de risco (anexo 1 no módulo 4), classificados segundo os seguintes critérios: • Patogenicidade para o homem. • Virulência. • Modos de transmissão. • Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes. • Disponibilidade de tratamento eficaz. • Endemicidade. 41 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTE DE RISCO Os elementos básicos para contenção de agentes de risco: A. - BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO • Observância de práticas e técnicas microbiológicas padronizadas. • Conhecimento prévio dos riscos. • Treinamento de segurança apropriado. • Manual de biossegurança (identificação dos riscos, especificação das práticas, procedimentos para eliminação de riscos). A.1. - RECOMENDAÇÕES GERAIS • Nunca pipete com a boca, nem mesmo água destilada. Use dispositivos de pipetagem mecânica. • Não coma, beba, fume, masque chiclete ou utilize cosméticos no laboratório. • Evite o hábito de levar as mãos à boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo, no laboratório. • Lave as mãos antes de iniciar o trabalho e após a manipulação de agentes químicos, material infeccioso, mesmo que tenha usado luvas de proteção, bem como antes de deixar o laboratório. • Objetos de uso pessoal não devem ser guardados no laboratório. • Utilize jalecos ou outro tipo de uniforme protetor, de algodão, apenas dentro do laboratório. Não utilize essa roupa fora do laboratório. • Não devem ser utilizadas sandálias ou sapatos abertos no laboratório. • Utilize luvas quando manusear material infeccioso. • Não devem ser usados jóias ou outros adornos nas mãos, porque podem impedir uma boa limpeza das mesmas. • Mantenha a porta do laboratório fechada. Restrinja e controle o acesso do mesmo. • Não mantenha plantas, bolsas, roupas ou qualquer outro objeto não relacionado com o trabalho, dentro do laboratório. 42 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Use cabine de segurança biológica para manusear material infeccioso ou materiais que necessitem de proteção contra contaminação. • Utilize dispositivos de contenção ou minimize as atividades produtoras de aerossóis, tais como operações com grandes volumes de culturas ou soluções concentradas. Essas atividades incluem: centrifugação (utilize sempre copos de segurança), misturadores tipo Vortex (use tubos com tampa), homogeneizadores(use homogeneizadores de segurança com copo metálico), sonicagem, trituração, recipientes abertos de material infeccioso, frascos contendo culturas, inoculação de animais, culturas de material infeccioso e manejo de animais. • Qualquer pessoa com corte recente, com lesão na pele ou com ferida aberta (mesmo uma extração de dente), deve abster-se de trabalhar com patógenos humanos. • Coloque as cabines de segurança biológica em áreas de pouco trânsito no laboratório, minimize as atividades que provoquem turbulência de ar dentro ou nas proximidades da cabine. • As cabines de segurança biológica não devem ser usadas em experimentos que envolvam produtos tóxicos ou compostos carcinogênicos. Neste caso utilizam-se capelas químicas. • Descontamine todas as superfícies de trabalho diariamente e quando houver respingos ou derramamentos. Observe o processo de desinfecção específico para escolha e utilização do agente desinfetante adequado. • Coloque todo o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e à prova de vazamento, antes de removê-los do laboratório para autoclavação. • Descontamine por autoclavação ou por desinfecção química, todo o material com contaminação biológica, como: vidraria, caixas de animais, equipamentos de laboratório, etc., seguindo as recomendações para descarte desses materiais. • Descontamine todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção. • Cuidados especiais devem ser tomados com agulhas e seringas. Use-as somente quando não houver métodos alternativos. • Seringas com agulhas, ao serem descartadas devem ser depositadas em recipientes rígidos, à prova de vazamento e embalados como lixo patológico. 43 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, devem ser colocadas em caixas com paredes rígidas e rotuladas “vidro quebrado” e descartada como lixo geral. • Saiba a localização do mais próximo lava-olhos, chuveiro de segurança e extintor de incêndio. Saiba como usá-los. • Mantenha preso em local seguro todos os cilindros de gás, fora da área do laboratório e longe do fogo. • Zele pela limpeza e manutenção de seu laboratório, cumprindo o programa de limpeza e manutenção estabelecido para cada área, equipamento e superfície. • Todo novo funcionário ou estagiário deve ter treinamento e orientação específica, BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS e PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA aplicados ao trabalho que irá desenvolver. • Qualquer acidente deve ser imediatamente comunicado à chefia do laboratório, registrado em formulário específico e encaminhado para acompanhamento junto a Comissão de Biossegurança da Instituição. • Fique atento a qualquer alteração no seu quadro de saúde e dos funcionários sob sua responsabilidade, tais como: gripes, alergias, diarréias, dores de cabeça, enxaquecas, tonturas, mal estar em geral, etc. e notifique imediatamente à chefia do laboratório. B. - BARREIRAS B.1. - BARREIRAS PRIMÁRIAS B.1.1. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI São empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos. A roupa e o equipamento servem também para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção. São exemplos: LUVAS As luvas são usadas como barreira de proteção, prevenindo contra contaminação das mãos ao manipular material contaminado, reduzindo a 44 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores probabilidade de que microrganismos presentes nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS porque elas podem ter pequenos orifícios inaparentes ou danificar-se durante o uso, podendo contaminar as mãos quando removidas. • Usar luvas de látex sempre que houver chance de contato com sangue, fluidos do corpo, dejetos, trabalhos com microrganismos e animais de laboratório. • Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais resistentes, porém menos sensibilidade do tato). • Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho sempre usando luvas. • Não usar luvas fora da área de trabalho, não abrir portas, não atender telefone. • Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em solução de Hipoclorito de Sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a integridade das luvas após a desinfecção. • Nunca reutilizar as luvas, descartá-las de forma segura. JALECO Os vários tipos de jalecos são usados para fornecer uma barreira de proteção e reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Previnem a contaminação das roupas do pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectado. • São de uso constante nos laboratórios e constituem uma proteção para o profissional. • Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em algodão ou fibra sintética (não inflamável), sempre que possível utilize jalecos descartáveis de TNT. • Os descartáveis devem ser resistentes e impermeáveis. • Uso de jaleco é permitido somente nas áreas de trabalho. Nunca em refeitórios, escritórios, bibliotecas, ônibus, etc. • Jalecos nunca devem ser colocados no armário onde são guardados objetos pessoais. 45 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Devem ser descontaminados antes de serem lavados (deixar de molho em hipoclorito de sódio). OUTROS EQUIPAMENTOS • Óculos de proteção e protetor facial (protege contra salpicos, borrifos, gotas, impacto). • Máscara (tecido, fibra sintética descartável, com filtro HEPA, filtros para gases, pó, etc.). • Uniforme de algodão, composto de calça e blusa. • Dispositivos de pipetagem (borrachas pêras, pipetadores automáticos, etc.). B.1.2. - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do laboratório, do meio ambiente e da pesquisa desenvolvida. São exemplos: CABINES DE SEGURANÇA As Cabines de Segurança Biológica constituem o principal meio de contenção e são usadas como barreiras primárias para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. Há três tipos de cabines de segurança biológica: Classe I Classe II – A, B1, B2, B3. Classe III Procedimento correto para uso da Cabine de Segurança Biológica encontra-se no anexo 2 no módulo 4. FLUXO LAMINAR DE AR Massa de ar dentro de uma área confinada movendo-se com velocidade uniforme ao longo de linhas paralelas. 46 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores CAPELA QUÍMICA NB Cabine construída de forma aerodinâmica, cujo fluxo de ar ambiental não causa turbulências e correntes, assim reduzindo o perigo de inalação e contaminação do operador e ambiente. CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos. Deve estar localizado em local de fácil acesso. LAVA-OLHOS Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode fazer parte do chuveirode emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular. MANTA OU COBERTOR Confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas. Utilizado para abafar ou envolver vítima de incêndio. VASO DE AREIA Também chamado de balde de areia, é utilizado sobre derramamento de álcalis para neutralizá-lo. EXTINTOR DE INCÊNDIO A BASE DE ÁGUA Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e madeira. Não usar em eletricidade, líquidos inflamáveis, metais em ignição. EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ Utiliza o CO2 em pó como base. A força de seu jato é capaz de disseminar os materiais incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica. Não usar em metais alcalinos e papel. 47 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores EXTINTOR DE INCÊNDIO DE PÓ SECO Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo dos álcalis, fogo de origem elétrica. EXTINTOR DE INCÊNDIO DE ESPUMA Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo causado por eletricidade. EXTINTOR DE INCÊNDIO DE BCF Utiliza o bromo-cloro-difluorometano. É usado em líquidos inflamáveis, incêndio de origem elétrica. O ambiente precisa ser cuidadosamente ventilado após seu uso. MANGUEIRA DE INCÊNDIO Modelo padrão, comprimento e localização são fornecidos pelo Corpo de Bombeiros. 8. DEFINIÇÃO DE MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS “Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e da forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)” (MATTOS, 1993) Objetivos do Mapa de Risco: - Identificar os riscos existentes no local de trabalho; - Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalhador da empresa; - Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como, estimular sua participação nas atividades de prevenção. 48 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 9. INSTRUÇÕES PARA MONTAGEM DE MAPAS DE RISCOS AMBIENTAIS O mapa de risco pode ser feito de maneira burocratizada ou exclusivamente técnica. O que interessa aos trabalhadores é que sua construção seja um processo pedagógico onde se ampliem os espaços de construção da identidade desses trabalhadores e que exerçam realmente o papel de sujeitos. Portanto a participação do maior número de trabalhadores na construção do mapa de risco sem delegar a terceiros essa tarefa, proporcionará a socialização do saber coletivo e buscará soluções para melhorar as condições de trabalho (RIGHOTO, 2003). O mapa de risco é construído tendo como base a planta baixa ou esboço do local de trabalho, e os riscos serão definidos pelos diâmetros dos círculos: Gravidade pequena – diâmetro 1 Gravidade média – diâmetro 2 Gravidade grande – diâmetro 4 Quando houver em um mesmo local, riscos diferentes com a mesma gravidade, a representação poderá ser feita utilizando-se um único círculo, dividindo-o em setores com as cores correspondentes (TEIXEIRA; VALLE, 1996). ROTEIRO PARA REALIZAÇÃO DO MAPA DE RISCOS SETOR A SER ANALISADO:__________________________________________ DESCRIÇÃO QUANTIDADE FUNCIONARIOS QUE TRABALHAM NO SETOR 1. PRINCIPAIS ATIVIDADES EXERCIDAS: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2. MÁQUINAS EQUIPAMENTOS OU INSTRUMENTOS UTILIZADOS: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2.1DESCRIÇÃO SIM NÃO No desempenho das funções, pode ocorrer acidentes? 49 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 2.2 DESCREVER OS ACIDENTES QUE PODEM OCORRER NO SETOR: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2.3 QUEIXAS MAIS FREQÜENTES DOS FUNCIONARIOS DO SETOR: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2.4 INCIDENTES OCORRIDOS NOS ÙLTIMOS 12 MESES: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2.5 ACIDENTES E/OU AFASTAMENTO OCORRIDOS NOS ÙLTIMOS 12 MESES: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 3. EQUIPAMENTOS DE USO OBRIGATÓRIO UTILIZADOS: DESCRIÇÃO SIM NÃO EPI (Equipamentos de Proteção Individual) EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva) Quais Equipamentos? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 4. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DOS CIRCULOS: PREENCHENDO OS ITENS PEQUENO MÉDIO GRANDE SOMENTE O ITEM 2.2 2.2. E 2.3 2.2; 2.3; 2.4; OU SOMENTE ITEM 3 50 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 5. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS IDENTIFICADOS NO SETOR, BASEADO NOS ITENS 2.1 E 2.2: TAMANHOS DESCRIÇÃO CORES SIM NÃO P M G RISCO FÍSICO VERDE Tipo de Riscos (Baseado no item6):_________________________________________________ Medidas Preventivas:________________________________________________________ RISCO QUÍMICO VERMELHO Tipo de Riscos: (Baseados no item 6):________________________________________________ Medidas Preventivas:________________________________________________________ RISCO BIOLÓGICO MARRON Tipo de Riscos (Baseado no item 6):_________________________________________________ __________________________________________________________________ Medidas Preventivas:________________________________________________________ RISCO ERGONÔMICO AMARELO Tipos de Riscos (Baseado no item 6):_________________________________________________ __________________________________________________________________ Medidas Preventivas:________________________________________________________ RISCO MECÂNICO AZUL Tipos de Riscos (baseados no item 6):________________________________________________ __________________________________________________________________ Medidas Preventivas:________________________________________________________51 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 6. TABELAS DE TIPOS DE RISCOS: RISCOS QUÍMICOS RISCOS FÍSICOS RISCOS BIOLÓGICOS RISCOS ERGONÔMICO RISCOS MECÂNICO Poeira Ruído Vírus Postura incorreta Máquina sem proteção Fumos Vibração Bactérias Trabalho físico pesado Choques elétricos Névoas Umidade Protozoários Treinamento inadequado Ferramentas defeituosas Vapores Pressões anormais Fungos Jornada prolongada Equipamentos inadequados Gases Temperaturas externas Bacilos Trabalho noturno Perigo de incêndio Produtos químicos em geral Radiação ionizantes e não ionizantes Parasitas Conflitos, tensões emocionais Material fora de especificação Substância química Alturas externas Animais peçonhentos Desconforto Armazenamen to inadequado Fumaça Calor Suor Monotonia Arranjo físico deficiente Combustível em geral Frio Águas residuais, efluentes Responsabilida de excessiva Edificação perigoso 7. TOTAL GERAL ANALISADO NO SETOR: SIM NÃO DESCRIÇÃO P M G FÍSICO (Verde) QUÍMICO (Vermelho) BIOLÓGICO (Marrom) ERGONÔMICO (Amarelo) RISCO MECÂNICO (Azul) REGRAS PARA DEFINIR TAMANHOS: Risco Grande = D Risco Médio = D/2 Risco Pequeno = Médio/2 ________________________ _______________________ Responsável pelo Setor Analista Técnico 52 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 10. IMPORTÂNCIA DOS MAPAS DE RISCOS: Os profissionais de laboratório estão expostos a vários riscos, devido às técnicas onde são utilizados reagentes químicos, ao material biológico suspeito de contaminação, aos equipamentos, aos materiais pérfuro-cortantes, etc. A exposição é minimizada à medida que for adotada a contenção primária e secundária, ou seja, à medida que forem adotadas as boas práticas laboratoriais, os equipamentos de proteção individual e coletiva e implantadas instalações adequadas a cada nível de biossegurança envolvido e a capacitação dos técnicos. Desta forma, a avaliação dos riscos foi fundamental para a definição de critérios e de ações que visem minimizar os mesmos, os quais comprometem a saúde do trabalhador e a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. -------------------------- FIM DO MÓDULO II------------------------------- 6.3 -Controle do processo 6.4. Critérios de aceitabilidade 6.5-Registro 6.6-Forno Pasteur
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