Buscar

Higa Matéria P1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

* Execução Civil:
* Conceito: meio pelo qual o credor pede ao juiz para que sejam realizados atos de invasão ao patrimônio do devedor, afim de satisfazer o crédito exequendo (crédito que está sendo executado). A execução tem por finalidade penhorar os bens do devedor para que eles sejam vendidos em hasta pública e para que o produto da alienação seja revertido em favor do credor. A execução tem uma índole patrimonial, recai sobre o patrimônio do devedor e não sobre a pessoa, por este fato, não existe prisão do devedor, com exceção da execução de alimentos. 
* Processos:
1). De conhecimento: visa declarar direitos, juiz declara o direito na sentença de mérito.
2). De execução: o juiz declara direitos, o juiz satisfaz direitos, ou seja, não está preocupado em declarar, mas tem como finalidade concretizar direitos. 
-> Arrematação: quando o credor leva o bem para penhorar em hasta pública.
-> Abjudicação: o credor abdica do bem.
- Existe princípio do contraditório e da ampla defesa na contestação? Sim, contudo, na execução é mais limitado. 
* Requisitos: 
a) Inadimplemento do devedor: é o descumprimento por parte do devedor, não só na execução, mas quando o devedor não cumpre sua obrigação, pois, se a cumprisse, faltaria interesse de agir por parte do credor. 
Há dois tipos:
- Inadimplemento voluntário: a pessoa pode até pagar, tem condições para tal, contudo por algum motivo não paga e gera a execução.
- Inadimplemento voluntário: a pessoa tem desejo de pagar sua dívida, contudo não tem condições financeiras para tal (de qualquer forma cabe a execução).
b) Título Executivo
* Problemas na execução: 
1). Não há prisão civil, isso causa um descaso do devedor.
2). O salário é impenhorável (aposentadorias, pensões, etc.) – afirmam que o salário serve para o sustento da pessoa. 
3). O bem de família é impenhorável – Lei de 1990 – bem de família, é onde a pessoa tem o seu domicílio, ou seja, onde ela mora.
4). Custos de execução – a execução, além de ser um processo custoso, é um 
* Títulos Executivos: 
- Definição: título executivo é um documento ou ato documentado que contempla uma obrigação líquida, certa e exigível, e confere ao credor, em caso de inadimplemento do devedor, o direito de promover a execução forçada. Quem possui um título executivo (documento, ato documentado) presume-se credor, não precisa demonstrar, não precisa provar; quem tem título tem a seu favor uma presunção de que é credor. O título executivo permite que o credor peça ao juiz a realização de atos materiais de satisfação. Exemplo: ato de satisfação – quando o devedor não paga a obrigação constante no título, não paga a dívida, o juiz autoriza a penhora dos seus bens.
Obs.: penhora é ato de constrição judicial que faz com que este bem penhorado seja destinado agora a satisfazer o credor.
- Espécies:
Para que haja ação de execução é necessário que haja título executivo, seja judicial ou extrajudicial. A ação ocorrera no foro do domicílio do devedor. 
* Títulos Executivos Judiciais – art. 515, CPC
Os títulos executivos judiciais são aqueles formados dentro do processo, são formados judicialmente. Exemplo: sentença condenatória proferida em processo de conhecimento – quem tem uma sentença condenatória presume-se credor, é um documento que lhe dá a prerrogativa de se valer da execução.
Quem tem título executivo judicial tem e, havendo inadimplemento, dará início a uma fase denominada fase de cumprimento de sentença (uma mera petição). Na fase de cumprimento de sentença o devedor não é citado, ele será intimado na pessoa de seu advogado (afinal, já fora citado no processo de conhecimento). 
O devedor pode apresentar uma defesa por meio de uma impugnação. 
Petição Inicial - Processo de Conhecimento-> Sentença Condenatória -> Fase de Cumprimento da Sentença.
O artigo 515 prevê 7 títulos judiciais:
Sentença existente no processo civil que reconheça a obrigação de fazer e não fazer, entregar alguma coisa ou pagar quantia. 
É o que se chama de sentença condenatória. 
Ex.: pagar quantia – o réu, na sentença, foi condenado a pagar uma indenização pois bateu o carro em alta velocidade, ato imprudente, agindo com falta de atenção, sendo condenado a pagar uma reparação de danos; se o réu pagar, o processo será extinto e, caso não pague, ele será inerte, em que pese já existir uma sentença condenatória. Quando o réu não paga, o credor pode dar início, com o mesmo juiz que julgou o caso, à fase de cumprimento de sentença, por meio de mera petição que recebe o nome de memória de cálculo. Ainda que o devedor perca o prazo, o pagamento pode ser feito a qualquer momento, o importante é cumprir a obrigação. 
Obs.: O código de 73 usava a expressão sentença, o atual código mudou e fala em decisão; a mudança foi correta, pois não é apenas a sentença que condena o réu, a condenação pode ser feita, também, através de acórdão. 
Obs.1: Toda sentença é título? Não, somente a sentença condenatória - Sentença declaratória é aquela que declara a existência ou inexistência de uma relação jurídica; ex.: sentença que declara usucapião. Sentença constitutiva é aquela que cria, modifica ou extingue uma relação jurídica; ex.: sentença que decreta divórcio. Sentença condenatória é aquela que condena o réu a obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia. – Sentenças declaratórias e constitutivas não são títulos, pois são auto executáveis, porque é impossível o inadimplemento do devedor: usucapião, por exemplo, o juiz mandará um oficio ao cartório de imóveis informando quem será o novo proprietário; o juiz decretou divorcia, ainda que não haja aceitação, a sentença será levada a registro junto ao cartório de pessoas naturais, para ser averbada. 
Somente há título quando a sentença transita em julgado? Não, existem sentenças e acórdãos que podem ser executados antes do trânsito em julgado, quando o recurso é recebido somente no efeito devolutivo é possível uma execução denominada execução provisória, ou seja, essa execução provisória ocorre quando há recurso sem efeito suspensivo. Ex.: o acórdão do tribunal condenou a fazenda pública a uma obrigação de fazer, de modo que deverá fornecer medicamento a um doente; contra esse acórdão cabe recurso extraordinário (toda vez que contraria a CF), contudo, recurso extraordinário não tem efeito suspensivo, tem efeito meramente devolutivo; não transitou em julgando, portanto, contudo, o autor do julgado tem urgência em receber o medicamento pois está correndo risco, então, se utilizará do seu título executivo, que é o acórdão condenatório, e promoverá uma execução provisória, entrando numa fase de cumprimento de sentença provisória (ou seja, que ainda poderá ser revertida). 
Decisão homologatória de auto composição judicial 
Auto composição ocorre quando as próprias partes solucionam o conflito, de maneira amigável. Existem formas de auto composição: 
Transação: ocorre quando as partes fazem concessões recíprocas, cada qual abrindo mão de parcela do seu direito. O que a caracteriza é que não existe uma terceira pessoa intercedendo, não existe um juiz instigando. Feita fora da audiência. 
Conciliação: existe um terceiro imparcial que instiga, induz o acordo, trazendo a figura do conciliador; o resultado é o mesmo da transação, mas esta é feita em audiência.
Mediação: existe agora um terceiro chamado de mediador, trazido pelo novo Código de Processo Civil, contudo, o mediador funciona como um “encaminhador de recados”, sendo esta a grande diferença deste para o conciliador, o mediador não apresenta uma proposta, funciona simplesmente como interlocutor. Contudo, haverá um acordo com resultado também, mas este deverá ser homologado. - Toda vez que as partes já possuem uma relação deteriorada (direito de família, vizinhança), que é algo que já vem se arrastando há muito tempo, uma relação desgastada, fazendo com que as pessoas sequer se falem mais, deverá ser solucionada pela mediação, por exemplo, “diga a ele que pagarei em 5x”, “não aceito, diga que faremosem 10”.
Auto composição extrajudicial
Existem situações em que as partes fazem um acordo extrajudicial, ou seja, as partes formalizam o acordo mediante concessões recíprocas. As partes podem ir ao judiciário pedir a homologação do acordo; a sentença que homologa este acordo tem força de título executivo e, caso haja um descumprimento, a parte interessada pode haver o cumprimento de sentença. 
Formal de partilha/Certidão de Partilha
Quando uma pessoa falece e deixa herdeiros e bens é obrigatório o inventário, que é um processo que tem um propósito de transferir os bens do de cujus para os herdeiros e sucessores. O inventário é um processo que deve ser iniciado no prazo de 2 meses (art. 611, CPC), caso deem entrada após o prazo deverá ser paga uma multa. O inventário é um processo por meio do qual é realizado um levantamento dos bens do de cujus e dos herdeiros e, neste, também é necessário que se faça o pagamento das dívidas do de cujus, tanto as privadas como as tributárias (imposto de transmissão causa mortis). O final do inventário se dá através da sentença de partilha, na qual o juiz atribuirá a cada herdeiro o seu quinhão hereditário, sua participação na herança. Essa sentença de partilha, uma vez transitada em julgado, não cabendo mais recurso, o juiz expedirá um documento denominado formal de partilha, que nada mais é que um espelho do inventário, acompanhado das principais peças do inventário (bens, herdeiros, sentença); o advogado do inventariante deve se dirigir ao fórum e retirar o formal de partilha. O formal de partilha é um título executivo, que tem força de escritura pública, sendo registrado a fim de que seja feita a sucessão aos herdeiros; uma vez feita a transferência, o formal de partilha é devolvido ao inventariante. 
Ex.: no formal de partilha havia um automóvel, este será levado até o Detran e a fim de pegar o veículo.
Ex.1: um imóvel partilhado, pelo formal de partilha, ficou com o herdeiro A, estabelecendo que ele agora é proprietário do imóvel, contudo, o herdeiro B encontra-se no imóvel e se nega a entregar o imóvel ao herdeiro que é de direito, logo, o herdeiro A, que possui título executivo, pode proceder uma execução do formal de partilha para o herdeiro B, que será compelido a entregar a coisa (não é título executivo ergam omnes, mas tão somente com os herdeiros que participaram do inventário); - O herdeiro A poderia entrar com ação de execução contra terceiro estranho que encontra-se no imóvel? Não, não poderá proceder a execução, deverá reaver a posse através de uma ação de reintegração de posse.
Existe o inventário judicial e o inventário extrajudicial, este não precisa ser realizado mediante o juiz, pode ser realizado em cartório, em frente ao tabelião, por meio de escritura pública, desde que atenda três requisitos: não pode haver testamento, os herdeiros devem ser maiores de idade e os herdeiros devem estar de acordo com a partilha. Ambos necessitam de advogado ou defensor público. – Art. 610, §1º e 2º, CPC. 
- Qual a diferença entre formal de partilha e certidão de partilha? Quando o de cujus tem um patrimônio pequeno, de até 5 salários mínimos, o juiz autoriza que seja lavrada uma certidão citando os bens do falecido, geralmente uma quantia irrisória em banco, contudo, possui a mesma função do formal de partilha. – Art. 655, § único, CPC.
Créditos dos Auxiliares da Justiça
Existem auxiliares da justiça que não recebem salário.
Ex.: o perito judicial, que é um particular que atua em função da justiça. Havendo necessidade de perícia, o juiz nomeia um perito de sua confiança e fixa os honorários deste a fim de que seja pago pela parte. Há casos em que o perito entrega seu laudo pericial, o qual não pode retirar, e não é pago pela parte, não recebendo seus créditos definitivos; contudo, seu crédito devido é título executivo judicial, o perito pode retirar uma cópia da sentença que os estabeleceu e promover a execução da parte que restou inadimplente do pagamento. 
A pessoa que é beneficiária da assistência judiciária gratuita, às vezes, requer a realização de uma perícia; esta pessoa deve pagar a perícia pois, a isenção de pagamento, não se estende aos honorários do perito. A fim de que não efetivem o pagamento, o juiz nomeia um perito e arbitra os honorários a esse perito, o qual sabe que não poderá cobrar da parte que não possui condições, então, o perito retirará uma cópia da ação que o nomeou como perito e promove uma execução contra o Estado, pois é obrigação do Estado proporcionar assistência integral. Quando os peritos se deparam com essa situação, tem, inclusive, o direito de recusar. 
Obs.: O IMESC é um instituto que realiza perícias a pessoas que são beneficiárias de justiça gratuita. O IPT também realiza perícias de engenharia para essas pessoas que não tem condições de arcar com honorários. Órgãos públicos e repartições oficiais - Art. 478, §1º CPC.
Sentença penal condenatória transitada em julgado
Às vezes o mesmo fato repercute em duas áreas: na área criminal e na área civil. Quando alguém pratica um fato e é condenado criminalmente, e esta sentença criminal transita em julgado, não cabendo mais recurso, é possível que se execute a sentença criminal no âmbito cível, não necessitando de processo de conhecimento. Será extraída cópia da sentença penal condenatória e da certidão do trânsito em julgado, a fim de promover uma ação de execução na vara cível.
Ex.: um emprego de um banco cometeu o crime de apropriação indébita, apropriando-se do valor de 100mil reais, sendo processado criminalmente e, por fim, condenado no processo penal a cumprir pena, tendo transitado em julgado a sentença penal; a empresa extraíra cópia da ação penal e do trânsito em julgado e entrará com ação executória, pois a sentença penal condenatória transitada em julgado vale como título judicial. Contudo, não há o valor na condenação criminal, nesse caso, será efetuada a liquidação da sentença antes de ser realizada a execução e, uma vez julgada a liquidação, poderá promover-se a execução. 
Ex.1: houve um homicídio culposo num acidente de veículos e o causador do acidente está sendo processado criminalmente, para tanto, a família da vítima não precisará esperar para promover a ação de reparação de danos no âmbito cível, contudo, o juiz, no momento que proferirá sentença neste, terá a faculdade de suspender o processo (caso o acusado preencha todos os requisitos) a fim de evitar sentenças conflitantes. 
- A absolvição penal repercute no âmbito cível? O réu poderá ser condenado civilmente? Depende do fundamento da absolvição, pois, o Código de Processo Penal prevê diversos fundamentos para sentenças absolutórias; quando o réu é absolvido no crime por negativa de autoria e por inexistência de materialidade (não há crime) ele também será isentado de responsabilidade civil, é um juízo de certeza. Contudo, se o juiz de direito penal absolver o réu, por exemplo, por falta de tipicidade, este ainda poderá ser cobrado civilmente. A sentença penal condenatória SEMPRE condenará o acusado também no cível, entretanto, o inverso depende.
A sentença penal absolutória não repercute sempre no âmbito cível.
- Quem é absolvido por falta de provas tem direito de retornar ao cargo público? Não tem direito a reintegração, contudo, se tivesse sido absolvido por uma das excludentes de ilicitude, teria direito de reintegração (legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal, estado de necessidade e exercício regular do direito). Ex.: condenação por corrupção onde o juiz entendeu que não há provas para condenação. 
Obs.: EXCEÇÃO - se ocorre legítima defesa com aberratio ictus (erro na execução) e há uma ação penal absolutória, os parentes do pedestre poderão entrar com uma ação de reparação de danos – a pessoa é absolvida penalmente, mas poderá ser cobrada civilmente (exceto em caso de legítima defesa própria). 
Sentença arbitral 
Existe uma lei no Brasil chamada lei de arbitragem nº 9.307/06, que prevê a possibilidade de solucionar litígios extrajudicialmente por meiode um árbitro, desde que o litígio envolva direito patrimonial disponível. Então, ela prevê que as partes podem, no contrato, estabelecer uma cláusula denominada “cláusula arbitral”, que diz que se houver litígio, as partes o solucionarão por meio de um árbitro, já estabelece, de antemão, a possibilidade de solucionar o litígio por meio de um árbitro.
Quando o litígio ocorre, é elaborado um outro ato jurídico denominado “compromisso arbitral”. São dois momentos: no primeiro, o contrato e no segundo, o compromisso arbitral. No compromisso arbitral, as partes litigantes assumem um compromisso de aceitar a decisão de um árbitro, que deverá ser nomeado pelas partes. O árbitro é uma pessoa que não é funcionário público (não é juiz), é um particular que está em colaboração, recebendo até honorários arbitrais, geralmente é alguém que possui vasto conhecimento no assunto e as partes confiam em sua opinião. 
A vantagem da arbitragem é que ela é um processo mais rápido que o tradicional. Existe o compromisso arbitral, que é uma espécie de regramento do compromisso arbitrário, onde haverá provas, prazos e etc. O árbitro irá instaurar um processo e, ao final, irá proferir uma sentença que, contudo, não é uma sentença judicial e sim uma sentença arbitral. Contudo, o árbitro não tem poder de polícia e pode haver problema com o inadimplemento da sentença arbitral; então, o vencedor, munido da sentença arbitral, irá promover uma execução, todavia, esta não será uma execução arbitral, pois o árbitro não possui poder de juiz, será uma execução comum, pois a pessoa está munida de um título executivo. 
Sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça
A sentença estrangeira poderá ser executada no Brasil, mas, para tanto, precisará passar por uma aprovação, uma homologação no STJ; essa homologação recebe o nome de “juízo de delibação”, que significa que o STJ não entrará no mérito da sentença, se esta é justa ou injusta, se está certa ou errada, o STJ verificará apenas o aspecto constitucional desta sentença, verificará se esta sentença não contraria uma norma constitucional ou se não contraria a moral e os bons costumes. Este juízo de delibação também verificará se esta sentença obedeceu o devido processo legal diante do juiz competente no país de origem, ou seja, analisará o aspecto formal. Verificados todos os requisitos, aí sim a sentença estrangeira estará apta para ser executada e homologada. A execução será feita pela Justiça de 1º grau Federal.
Art. 961, CPC: a decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após homologação de sentença estrangeira ou a concessão exequatur às cartas rogatórias, salvo disposição em sentido contrário da lei ou tratado. 
Art. 965, CPC: O cumprimento de decisão estrangeira far-se-á perante juízo federal competente, a requerimento da parte, conforme as normas estabelecidas para o cumprimento de decisão nacional.
IX – A decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo STJ
Por meio da carta rogatória o país estrangeiro pede, roga, faz uma solicitação ao Brasil para que se cumpra uma carta (decisão). Estando em ordem, o STJ dará uma decisão, ordenando o “exequatur”; essa decisão é título executivo judicial, que pode ser executado na 1ª instância. 
OBS.: Nos casos de títulos executivos judiciais é necessária a citação e intimação? Nem sempre, a citação só se faz necessária nos incisos de VI a IX, nos demais basta intimação ao advogado.
* Títulos Executivos Extrajudiciais – art. 784, CC
Os títulos executivos extrajudiciais são aqueles formados fora do processo, ou seja, são formados extrajudicialmente. Exemplo: títulos de crédito (cheque) – a ordem de pagamento à vista; o credor, quando alguém não paga um cheque, pode promover a execução. 
Quem tem um título executivo extrajudicial deverá promover uma ação de execução. Toda ação terá que observar as condições da ação, sendo elas interesse de agir e legitimidade das partes; toda ação deve ser iniciada por meio de uma petição inicial. 
Quando se trata de título executivo extrajudicial o devedor precisa ser citado pessoalmente, por exemplo, pode ter um cheque sem fundos e não está sabendo.
O devedor tem direito a uma defesa denominada embargos a execução ou embargos do devedor. 
Não existe processo de conhecimento anterior. Há uma petição inicial de execução, pois o título executivo extrajudicial tem valor de sentença condenatória, garantindo, ainda, uma economia processual. 
Art. 784, CPC:
I) Títulos de Crédito: letra de câmbio, duplicata, debenture e cheque
São o que se chama de título de crédito, são documentos onde existem uma ordem de pagamento de uma obrigação líquida e certa.
Ex.: o cheque, que permite que o titular, uma vez que não pago (cheque sem fundos), poderá promover uma execução direta, não necessitando de sentença condenatória, pois, para fins processuais, o cheque tem a mesma força de sentença condenatória. 
Obs.: Quando se trata de título executivo judicial que tiver alguma irregularidade é permitido promover embargos à execução. 
O cheque, por exemplo, prescreve em 6 meses; ultrapassado o prazo, é perdido o direito de execução, neste caso, poderá promover uma ação denominada ação monitória, que é uma ação que permite a cobrança de títulos prescritos.
Com os títulos de crédito, há sempre a possibilidade de leva-los ao cartório para promover o protesto cambial.
Para que seja promovida a execução de título de crédito não é preciso obrigatoriamente fazer o protesto prévio, o protesto, para fins de execução, é facultativo. 
Quando se promove a execução de títulos é preciso que esteja com o título original.
II) Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor
Escritura pública é um documento que é lavrado por um agente público, como por um tabelião, por exemplo, pois ele possui fé pública. Não se confunde com publicidade da escritura, pois, escritura pública quer dizer que aquele que redigiu o documento possui fé público, ou seja, quer dizer que aquilo que ele diz presume-se verdadeiro e, além disso, se essa escritura pública é assinada pelo devedor isso será um título executivo extrajudicial. 
Ex.: alguém vai a um tabelião e faz uma declaração, por exemplo, uma confissão de dívida e o tabelião lavrará uma escritura afirmando que a pessoa reconhece possuir uma dívida; promessa de recompensa.
Não se limita somente a escritura pública, abrangendo qualquer outro documento público que seja assinado pelo devedor, além da fé pública terá a presunção de veracidade, podendo ser promovida uma execução.
III) Documento particular assinado pelo devedor e duas testemunhas
No documento público, basta a assinatura do devedor, contudo, quando se trata de documento particular, é preciso que haja duas testemunhas. Um documento particular é aquele que é lavrado por uma pessoa física ou jurídica de direito privado, ou seja, por um particular, não possui fé pública. Todavia, se esse documento particular tiver duas assinaturas de testemunhas, será título executivo extrajudicial e, em não sendo cumprido, poderá ser executado, mesmo sem sentença. 
Ex.: contrato de mútuo ao pedir empréstimo no Banco.
A jurisprudência entende que as testemunhas de documento particular, diferente daquelas que serão ouvidas pelo juiz, podem ter relação com os contratantes, sendo somente necessária suas assinaturas a fim de constatar a autonomia da vontade contratual. 
IV) Instrumento de transação
Transação é a concessão recíproca de ambas as partes, cada qual abrindo mão de parcela do direito; é o que se chama de acordo. Se esse acordo for referendado (tiver uma assinatura) de um Promotor de Justiça, de um Defensor Público, de um Advogado Público, ou dos advogados dos transatores, do conciliador ou do mediador será título executivo extrajudicial.
V) Contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou direito real de garantia e aquele garantido por calção
Existem direitos reais chamados de direitos reais de garantia, nesses direitos, alguémoferece, por exemplo, um imóvel em garantia (hipoteca) ao pedir dinheiro emprestado ao banco (credor hipotecário). Ou, por exemplo, a pessoa pede dinheiro emprestado à Caixa Econômica Federal e oferece joias em garantia (penhor – credor pignoratício). No caso da anticrese, o credor anticrético entrega um bem ao devedor e vai sendo pago com os frutos, por exemplo um imóvel deixado com alguém e, por meio dos aluguéis, esse imóvel será pago ao credor aos poucos.
O credor hipotecário não tem posse, somente a propriedade, contudo, pode executar o devedor. O credor pignoratício fica com a posse e, quando é pago, devolve ao devedor. 
VI) Seguro de vida em caso de morte
O único contrato de seguro que é título executivo extrajudicial é o seguro de vida. Não confundir o seguro com seu instrumento, que é o contrato de seguro, que se materializa, se formaliza, em um documento denominado apólice; o beneficiário do seguro de vida, se não receber o valor da seguradora, deve juntar a apólice do seguro e promover a execução. 
Obs.: se bato meu carro e a seguradora não quer me pagar, devo ingressar com ação de cobrança comum, pois ação de execução se dá somente com seguro de vida. 
VII) Crédito decorrente de foro e laudêmio
Existe um direito real chamado de enfiteuse, que está praticamente em vias de extinção (as enfiteuses que existem estão preservadas, mas não se pode criar novas); nesta figura há duas pessoas, o senhorio e o enfiteuta. O enfiteuta é aquele que tem a posse direta sobre o imóvel, aquele que tem o direito de usar o imóvel, contudo, este imóvel não lhe pertence, pertence ao senhorio, que permite que ele usufrua do imóvel, dando-lhe um direito real. Ex.: terreno da marinha onde é permitido que o enfiteuta possua residência. 
O enfiteuta paga uma taxa denominada foro anual, destinada ao senhorio pelo direito de utilizar; ele também, quando vai alienar sua posse, denominada domínio útil, deve, em primeiro lugar, oferecer ao senhorio, contudo, se é vendida a outra pessoa, deverá ser pago o laudêmio, que é uma taxa de transferência. 
O foro anual é pago anualmente, já o laudêmio é pago quando da alienação. Quando não são pagos, pode ser promovida a execução. 
Carlos Roberto Gonçalves diz que a enfiteuse gera um regime de engessamento, não é boa para a economia, primeiramente, porque não tem prazo para acabar, é perpétua, sendo transferível de pai para filho (assemelhando-se a um sistema feudal, pois, muitas vezes, é uma pessoa privada, tornando-se uma fonte de renda inesgotável), sendo que o senhorio acaba recebendo incessantemente simplesmente pelo fato de ser o responsável no cartório.
VIII) Crédito documentalmente comprovado por meio de aluguel e acessórios
Acessórios dizem respeito a impostos e taxas (contas de água, luz, condomínio) – via de regra, vem dispostos no contrato.
O contrato de locação pode ser feito de duas formas: verbal ou por escrito. O contrato de locação que é escrito (somente este) é título executivo extrajudicial, portanto, se o locatário deixa de pagar aluguel e acessórios, poderá ser executado pelo proprietário, não havendo necessidade de ação de cobrança. 
As execuções de alugueis e acessórios se voltam, via de regra, ao fiador, pois é a pessoa que tem patrimônio. 
No caso de falta de pagamento pode ocorrer a ação de despejo, juntamente com a cobrança de alugueis e acessórios (feitos por meio de um só pedido); contudo, há casos onde o proprietário pode optar e promover a execução de alugueis diretamente, pois o contrato é título executivo. Ex.: há casos em que o locatário deixa de pagar muitos meses de aluguel, entregando as chaves ao proprietário e deixando os débitos em aberto, nesse caso é plausível a execução de aluguéis. 
IX) Certidão da dívida ativa da Fazendo Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da Lei
O tributo nasce com a existência do fato gerador, quando o sujeito passivo pratica um ato absolutamente descrito na norma tributária. É necessário um ato administrativo denominado lançamento tributário, que é o ato administrativo que formalizado o ato tributário, identificando o contribuinte e o que é devido por ele (ex.: carnê do IPTU, do IPVA, etc.). Quando ocorre o lançamento tributário, o contribuinte é notificado e, com isso, surgem duas possibilidades: o contribuinte paga ou não paga; quando o contribuinte paga, extingue-se a contribuição tributária, todavia, quando o contribuinte não paga a dívida tributária, é feita uma inscrição na dívida ativa, que significa, segundo Roque Carrazza, um significado histórico pois, antigamente, um fiscal realizava essa inscrição manualmente e, atualmente, sendo esta inscrição é totalmente informatizada, feita pelo servidor. Feita a inscrição na dívida ativa, prossegue-se para a certidão da dívida ativa, que é um documento elaborado pelo poder público que declara que tal pessoa deve um tributo, é um documento elaborado unilateralmente pelo credor (sendo que todos os outros títulos executivos possuem uma anuência do devedor, uma assinatura). Esta certidão da dívida ativa dará origem a um processo denominado execução fiscal, que não é cuidada no Código de Processo Civil, e sim pela Lei nº 6830/80; esta lei permite também que outras dívidas sejam lançadas na dívida ativa, não só dívidas tributárias, qualquer dívida de natureza fiscal pode ser objeto, como, por exemplo, uma multa administrativa. 
A Fazenda Pública faz contratos, chamados de contratos administrativos (com o vencedor da licitação) e estes, preveem uma multa indenizatória, normalmente, em favor da administração em caso de inadimplemento.
- Multa administrativa pode ser inscrita na dívida ativa e cobrada na execução fiscal? Sim, desde que preenchidos todos os requisitos e haja contraditório e ampla defesa, além do valor ser líquido e certo, poderá ser inscrita na dívida ativa sem o processo de conhecimento, podendo ser realizada a execução fiscal. 
Obs.: diferença entre decadência e prescrição - da data do fato gerador até o lançamento, deverá ser feito no período de 5 anos, se isso não ocorrer, acontecerá um fenômeno tributário denominado decadência. Após o lançamento, terá mais 5 anos para promover a execução fiscal, se isto não ocorrer, acontecerá a prescrição. O lançamento é um divisor de águas: antes dele se fala em decadência e, após, se fala em prescrição, contudo, as duas coisas constituem extinção da obrigação tributária. 
X) O crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas
Caso não seja paga a taxa de condomínio, este poderá entrar direto com ação de execução em face do condômino. 
A jurisprudência tem permitido ampliar esse conceito, no caso de apartamentos que são vendidos a prazo, denominada compromisso, onde existe um promitente comprador; se este promitente comprador estiver na posse, a jurisprudência tem entendido que ele também poderá ser executado. 
XI) A certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em Lei – Valores de Cartório
O cartório extrajudicial cobra pelo seu serviço e, esse serviço, por sua vez, uma vez documentado, tornar-se-á título executivo extrajudicial. Esses valores são fixados pelo tribunal e, se a pessoa não pagá-lo, poderá ser executada. Ex.: pessoa retira escritura e não paga por ela.
Obs.: os cartórios extrajudiciais são cedidos mediante delegação a particulares.
XII) Todos os demais títulos, aos quais por disposição expressa, a Lei atribui força executiva 
Ou seja, outros títulos, desde que previstos em Lei (rol exemplificativo).
* Cumprimento de Sentença – artigos 523 e seguintes
O cumprimento de sentença é o procedimento que deve ser observado quando o credor tiver um título executivo judicial (art. 515, CPC). – Obs.: se for títuloexecutivo extrajudicial não é cumprimento de sentença, é ação de execução.
O cumprimento de sentença é uma fase que busca dar efetividade ao título executivo judicial. É um processo sincrético, ou seja, ocorre em seguida ao processo de conhecimento; é a execução junto com o conhecimento, o juiz que julgou será o mesmo que será responsável por dar efetividade ao cumprimento do título. 
O cumprimento de sentença não é uma ação de execução, é um desdobramento do processo judicial, tanto é verdade, que o devedor não é citado para o cumprimento de sentença (pois já foi citado no processo de conhecimento), somente será intimidado por meio de seu advogado a pagar num prazo de 15 dias, buscando dar celeridade ao processo. Não é preciso citar como regra, contudo, em alguns títulos se faz necessária a citação, nos casos dos incisos VI a IX (art. 515, § 1º, CPC), tirando esses 4 casos, não é preciso citar, somente intimar. 
O art. 516 prevê onde se dará o cumprimento da sentença. 
O art. 517 é uma novidade do CPC, e prevê que a decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto – ou seja, o título judicial, se não for pago, dará a faculdade ao credor de protestar o título em cartório, sendo mais um meio de compelir o devedor, pois o protesto cria uma restrição de crédito ao devedor; isso se dará por meio de apresentação da certidão de objeto e pé no cartório. Obs.: esse problema de restrição de créditos, ultimamente, tem gerado problemas na emissão de passaporte, ou seja, criam-se mecanismos de execução indireta, a fim de estimular o pagamento por parte do devedor.

Continue navegando