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PRATICA SIMULADA II DIREITO DO TRABALHO CASO I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZO DE DIREITO DA _ VARA DO TRABALHO DA 
CIDADE DO RIO DE JANEIRO/RJ 
 
 
 
 
 
 TÍCIO, brasileiro, auxiliar administrativo, inscrito no RG n. XXXX, CPF sob o 
número XXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua Bauru, nº 371, da cidade de São 
Gonçalo-RJ, CEP: 00.000 -000, vem, através de seu advogado devidamente qualificado em 
procuração anexa, com endereço profissional na Rua Major Wayne, nº 540, Montese, CEP 
00.000-000 em São Gonçalo-Rio de Janeiro, vem, respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, propor a presente 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
 pelo rito sumaríssimo, em face da SOCIEDADE LIMIDATA ALFA, inscrita no CNPJ sob 
o número 33.011.555/0001-00, com endereço a Rua dos Prazeres, nº 01, Bairro Ipanema, 
Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos que se passa 
a expor: 
 
 I –DAS PRELIMINARES 
I.I– DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 A reclamante afirma, sob as penas da lei, da que não tem condições financeiras 
para arcar com o ônus das custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do 
sustento próprio e de sua família. Sendo assim, requer nos termos da lei nº 1060/50, artigo 
4ª, $ 3 e do artigo 5º, inciso LXXIV da CF/88. 
 
I.II – DA COMPETENCIA DO JUÍZO 
 É competente este foro para a propositura da presente ação, tendo em vista 
que, embora a contratação tenha sido feita na cidade de Niterói-RJ, a prestação do 
serviço se deu na cidade do Rio de Janeiro/RJ, conforme é exposto nos autos e 
assim preleciona o artigo 651 da CLT. 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e 
Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, 
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, 
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no 
estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) (CLT) 
 
 Portanto, resta-se nítido a competência deste juízo para apreciação do caso 
em tela. 
 
 II- DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
 
 Ticio, ora reclamante, fora admitido como auxiliar administrativo, em 
contrato firmado com a empresa ALFA LTDA, ora reclamada, para trabalhar na filial 
desta localizada no município do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de janeiro de 2016. 
 Tício cumpria jornada de trabalho das 08 às 17h, com 01 hora de intervalo 
para repouso e alimentação. Percebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil 
reais).Acontece que em 26 de janeiro de 2017, com mais de um ano de prestação 
de serviços, o autor fora imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, e 
percebimento algum das verbas resilitórias, tampouco pode-se dizer das férias, 
jamais usufruídas. 
 Tício hoje encontra-se desempregado, vivendo as amarguras de uma vida 
com direitos violentamente extirpados. 
 
 III – DO MÉRITO 
 
III.I- DO DIREITO A PERCEPÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
 Excelência, desde logo, convém registrar que o reclamante possui o digno 
direito de receber as suas verbas resilitórias, não por tão somente terem sido todas 
elas esquecida e injustificadamente não pagas, mas, a bem verdade, por serem o 
primeiro socorro alimentício de um trabalhador quando se encontra 
repentinamente sem os provimentos as suas mínimas condições de existência. 
 Percebe-se, no caso em tela, que o Sr. Tício foi obstado de receber os 
valores do aviso prévio (no caso, indenizado), saldo de salário, férias vencidas 
integrais acrescidas do terço constitucional, o décimo terceiro salário, os depósitos 
referentes ao fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) com a respectiva 
multa dos 40% do saldo do aludido fundo. 
 
 Como se vê, nobre magistrado, resta-se claro a proporção da severidade na 
vida do trabalhador e nos mandamentos da lei, que foram sumariamente feridos 
por um empregador sem escrúpulos. 
 
III.II - DA APLICAÇÃO DA MULTA DISPOSTA NO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT 
 Excelência, com o devido respeito, mostra-se claramente necessário no 
caso em tela a aplicação da multa que é exposta no artigo 477, parágrafo 8º da 
CLT, levando em consideração que o prazo para o pagamento das verbas rescisórias 
em muito fora desrespeitado pelo empregador, tornando, assim, a premente 
necessidade de se estabelecer uma punição a contento para aquele que desrespeita 
a lei. E quando, então, tal desrespeito fere gravemente verbas de natureza 
alimentícia, mostra-se ainda mais justa a penalidade. Nesse sentido: 
RECURSO DE REVISTA. MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT. 
A multa do artigo 477, § 8º, da CLT tem como escopo 
compensar o prejuízo oriundo, unicamente, do não 
pagamento das verbas rescisórias no prazo legal 
estabelecido por seu § 6º, não aquele porventura 
decorrente de atraso na homologação da rescisão 
contratual. Recurso de revista não conhecido. 
(TST - RR: 404020145120031, Relator: Renato de Lacerda 
Paiva, Data de Julgamento:20/05/2015, 2ª Turma, Data de 
Publicação: DEJT 29/05/2015) Destaquei. 
 
 
IV – DOS PEDIDOS 
 
 Por todo o exposto, juntamente com a efetiva condenação da Reclamada, 
desde logo, com o devido respeito e acatamento, perante a Vossa Excelência, o 
autor passar a requerer: 
a) Seja julgado procedente os pedidos expostos na exordial; 
 
b) Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito 
admitidos, notadamente oitiva de testemunhas e depoimento pessoal , nos termos 
do artigo 369 do CPC/15; 
 
c) O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que o mesmo é pobre a forma 
da lei e com base nos artigos 98 do CPC/15; 5º, LXXIV, da CF/88 e na lei 1.060/50; 
 
d) A notificação da reclamada para comparecer à audiência a ser designada, para, 
querendo, apresentar defesa a presente reclamação e acompanhá-la em todos os 
seus termos, sob as penas da lei. 
 
e) Julgar ao final, TOTALMENTE PROCEDENTE a presente Reclamação, 
condenando a Reclamada ao pagamento de: 
I) Aviso Prévio indenizado; 
II)13º salário proporcional; 
III) Férias vencidas e proporcionais do ano de +1/3 constitucional; 
IV) Multa prevista no art. 477 da CLT. 
 
V- VALOR DA CAUSA 
 
Dar-se-á o valor da causa em R$ 11.010,44 (onze mil e dez reais e quarenta e 
quatro centavos). 
 
 
 
 
 
 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
 
 
 
 
São José, 16 de março de 2018 
 
 
 
Advogado 
OAB/SC

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