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As origens do Estado: fins do Estado e meios de governo Aula 02 Profª: Ms. Socorro Moura Termos fundamentais O processo de formação do Estado A organização do Estado – os fatores Condições básicas para a constituição do Estado: da função de proteção à estrutura geral de segurança As necessidades às quais corresponde a ampliação das atribuições estatais: De instalação de tribunal mediador, imparcial e legítimo De instauração da obrigação política: obediência às restrições impostas por meio da lei e da ordem De restrição da competição social: limitação das ações individuais em ambiente coletivo e reconhecimento e salvaguarda dos interesses privados De promoção da cooperação social: Instalação de um clima de pacificação e convivência a partir da obediência de todos à lei A evolução da forma estatal demonstra A relação Estado e comunidade: simultaneidade para o progresso e busca da estabilidade e segurança A garantia para o funcionamento das outras instituições sociais Para que a utilização de método adequado: o estabelecimento da lei e imposição da ordem Objetos da proteção: pessoas (integridade física) e patrimônio (propriedade privada) Proteção, Ordem e Justiça A evolução da forma estatal os fins do Estado: ampliação da função primária Questionamento: Quais métodos e instituições levam aos resultados pretendidos? Que mecanismos permitem o cumprimento das finalidades/funções do Estado? Os meios de governo Força, poder e autoridade 01. A força É restrição física ou coerção real/ameaçada Argumento em favor do uso: A natureza da finalidade (a necessidade de proteção) explica a origem do Estado e exige a força Externa: repele os grupos rivais faz a defesa comum é a força pela força Interna: usada para assegurar a ordem interna pune e previne as infrações contra da lei Instituições estatais de força: a polícia, as forças armadas, os tribunais e as prisões O monopólio estatal da força: Detenção exclusiva das técnicas de coerção Exclusão de concentrações de força que escapem ao controle do Estado Evita: a diminuição proporcional do poder do Estado e a formação de forças paralelas, os Estados paralelos Exemplo brasileiro: A lei do tráfico nas favelas Ordem dada pelo traficante Playboy, chefe do Complexo da Pedreira e o criminoso mais procurado atualmente no Rio de Janeiro. (Leandro Narloch, Veja.com, 11 fev 2017) As milícias: força paralela, Estado paralelo 02. O poder: uso consentido da força Ação do Governo/Estado permitida pela sociedade para a obtenção de um resultado específico Função: estabelecer a ordem social Depende da capacidade de organização e coerência dos representantes dos “donos da força” Componente universal do Estado: todos os Governos do mundo utilizam-se da força com o consentimento dos governados O poder: permite oposição e resistência Quem são os detentores do poder: os agentes/representantes e simpatizantes (apoio mobilizado) O poder permite: fazer a distinção entre opositores e simpatizantes o apoio ou não aos representantes: a resistência legítima e aceita a discordância daqueles escolhidos representantes : o poder está com uma parte dos governados 03. A autoridade É o poder legitimado: reconhecido e aceito como válido revela a evolução das técnicas de Governo Fundado no consenso geral: os representantes agem em nome de todos Permite a distinção entre governantes e governados: identifica quem pode mandar e quem deve obedecer Indica quem são os governantes: um número limitado de pessoas que detêm a exclusividade do emprego da força e o exercício das ações em nome de todos As ações da autoridade: Têm relação com o poder, mas, não dependem dele para a obediência São sancionadas pelos que a aprovam e toleradas pelos que não a aprovam As ações da autoridade: Exercício de funções práticas Imposição da obediência: torna a lei obrigatória e não admite discordância Faz a distinção entre o público e o privado: determina o que é o oficial e o não-oficial desestimula e impede legalmente as ações privadas que substituem a exclusividade do Governo/Estado Exige o dever de obediência: resistência ilegal Forças paralelas = Estado paralelo (questionamento da força, poder e autoridade paralelos no Brasil) Argumentos conclusivos da relação entre os meios de governo e os fins do Estado O Estado é um abstração: os atos de Governo são as medidas executadas por um número limitado de pessoas (representantes, agentes, deputados autoridades ou Governo) O Estado confia o emprego da força a essas pessoas que a comunidade inteira reconhece como aquelas que agem em seu nome (dela e do Estado) Surge daí a diferença entre o público e o privado, o oficial e o não-oficial Público X privado A lei se apoia na polícia e não nas multidões A defesa é assegurada por meio de um exército permanente e não por guerrilheiros (milícias) Os profissionais devidamente preparados e que exercem as funções de forma permanente, agindo sob as ordens do Governo substituem a iniciativa não-autorizada dos particulares O uso de força privada só pode ser feito sob a orientação do Estado: em situações excepcionais As condições mínimas de instalação do Estado verificam-se quando um grupo de pessoas: Associam-se pelo menos para fins de PROTEÇÃO Institucionalizam essa proteção, através da REPETIÇÃO de processos que passam a constituir um sistema formal Obtêm, para essa instituição, o MONOPÓLIO DA FORÇA Possuem AUTORIDADES RECONHECIDAS que agem em nome do GRUPO INTEIRO, empregando a FORÇA, se necessário A invalidação dos meios: isso ocorre quando se tornam mais importantes que os fins O abuso da força Principal manifestação: ocorre em Estados que não atingem a justiça e Governos que não transformam poder em autoridade Não contam com o consenso necessário e não obtêm, mas, forçam a legitimidade Consiste no uso da força e do poder contra os governados Se o poder não conta com apoio num grau de consenso dos governados o Governo faz maior emprego da força: há a transferência para a posição central e inadequadação do emprego da força pelo Governo: não mais para o exercício da função de proteção A revisão do conceito de Política: a inversão do termo e a reflexão ética A Política: Passa de processo/espaço público de escolhas coletivas Para arena na qual se trava a luta pelo poder Consequências da inversão do uso da força O poder passa de meio a fim Torna-se conceito revisitado: razão de existência e finalidade última do Estado Remete à questão da relação entre Ética e Poder As teorias da relação entre ética e poder A glorificação do poder A neutralidade ética do poder O poder como um mal A glorificação do poder O acúmulo de poder do Estado é justificado como moralmente aprovado, é parte essencial do Estado O poder do Estado é justo: inerente à função estatal Thomas Hobbes e o Estado Absolutista A neutralidade ética do poder O poder do Estado é livre de apreciação ética Na delimitação de esferas humanas de interesses a política é um setor à parte A esfera do Estado e os processos da política: não se conformam à moral corrente, são eticamente neutros O Estado não admite julgamentos Maquiavel O poder como um mal Todo domínio baseado em força resulta em coerção moralmente repreensível O poder do Estado é imoral porque é exercido mediante força O poder do Estado resulta da maldade humana Expressões da Tese do Poder como um mal Teoria Liberal: o poder do Estado como mal necessário e defende funções mínimas para o Estado (o Estado mínimo e limitado) A ideologia Anarquista: O Estado, seus elementos constitutivos e suas justificativas devem ser totalmente abolidos, prega a plena liberdade do homem A Teoria Crítica do Estado: Karl Marx e Engels combate os males do poder e defende a abolição do Estado Justificação empírica e histórica: a frequência com que os governos abusam do poder Ponto em comum entre as teorias Preocupações: Com as técnicas que o Estado emprega para atingir seus fins e Com a substituição dos fins do Estado pelas técnicas de Governo (os meios) Meios de governo e fins do Estado 36
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