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Formas de Governo e de Estado

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Acepção sociológica e jurídica de Estado: Paulo Bonavides. Elementos mínimos: população, território e poder; povo, 
território e governo 
 
*Marcello Caetano: Manual de Ciência Política (2003) 
 
1. Fins do Estado: segurança, justiça, bem-estar social. 
 
2. Funções do Estado: (Jellinek) a) estabelecer e tutelar o Direito (fim jurídico); 
 acompanha um fim legislativo, jurisdicional. 
 
 b) afirmação da força e incremento da cultura (fim cultural) 
 acompanha um fim administrativo. 
 
*Hans Kelsen: Teoria Pura do Direito e Teoria Geral do Direito e do Estado. 
 
1. O Estado é uma ordem jurídica. Deve ter caráter organizacional; 
2. Poder é a eficácia da ordem jurídica (321); Estado como ordem e como comunidade constituída pela ordem; 
3. Unidade sociológica: constituída pela interação e constituída pela vontade comum ou interesse comum; 
4. Estado como organismo; Estado como dominação; 
5. Estado como sociedade politicamente organizada (Estado como poder). 
 
Formas de Estado: 
ESTADO UNITÁRIO e FEDERATIVO: 
1. É um sistema de centralização política (tomada das decisões) e administrativa (execução das leis e gestão dos 
serviços). Reino Unido, Irlanda, China... 
2. *O Brasil tem traços de um Estado Unitário uma vez que possuímos um governo central, o qual denominamos 
União, embora sejamos Um Estado federativo (art. 1º) 
3. A União concentra a maior parcela de competência legislativa, em detrimento dos Estados-membros. 
4. Daí se falar em Federação, ou seja, um Estado dividido territorialmente em entes federativos, os quais 
denominados Estados-membros ou Estados federativos, que possuem competências próprias para legislarem e 
gerir a coisa pública (administração). Vantagens: uma só ordem política, jurídica e administrativa, guiada por 
uma Lei Fundamental a qual denominamos Constituição da República Federativa do Brasil. Fortalecimento da 
autoridade ou unidade do poder; tendência a maior racionalização dos serviços públicos e controle dos gastos; 
formação de uma identidade nacional e a impessoalidade e a parcialidade das prerrogativas do governo. 
5. Quando se fala em Estados-membros da União, pode-se falar igualmente em descentralização. Acontece que 
essa descentralização é administrativa. É uma forma de melhor gerir a sociedade brasileira. 
6. Pode-se afirmar que o poder central ou União, no nosso caso, é fortalecido pelos Estados-membros e vice-e-
versa. Isso pode ser observado a partir do ART 18 da C.R. que dispõe da ORGANIZAÇÃO DO ESTADO. 
Faz uma divisão em União, Estados federados, Municípios, Distrito Federal e Territórios. 
7. Todos esses entes da República são considerados pela Lei Fundamental como autônomos, mas assim como a 
liberdade, essa autonomia é exercida de acordo com as determinações legais e constitucionais. 
8. Referência: Paulo Bonavides: Ciência Política e Constituição da República de 1988. 
Formas de governo: é a forma de organizar-se de um Estado (maneira de exercer o poder sobre a Sociedade, que dela 
decorre). Maquiavel: Formas puras de Governo (governo para o bem geral): 
1. Monarquia - governo de um só 
2. Aristocracia - governo de vários grupos 
3. Democracia - governo do povo 
Formas impuras de Governo (governo para o bem individual ou de um grupo): 
1. Tirania - corrupção da monarquia 
2. Oligarquia - corrupção da aristocracia 
3. Demagogia ou Politéia - corrupção da democracia 
Sistemas de governo: relaciona-se com a divisão de poderes 
1. parlamentarismo: executivo e parlamento interdependentes. Chefe de Estado e Chefe de Governo (1º Min) 
2. presidencialismo: independência dos poderes: art. 2º da C.R. preseidente é Chefe de Estado e de Governo. 
FORMAS DE ESTADO (de acordo com o modo pelo qual o Estado se estrutura): 
- Simples ou unitário – formado por um único Estado, existindo uma unidade do poder político interno, cujo 
exercício ocorre de forma centralizada; qualquer grau de descentralização depende da concordância do 
poder central - ex.: Brasil-Império, Itália, França e Portugal. - composto ou complexo – formado por mais de 
um Estado, existindo uma pluralidade de poderes políticos internos; há diversas espécies de Estados 
compostos: a) União pessoal (é possível somente em Estados monárquicos, é a união de dois ou mais 
Estados sob o governo de um só rei; em virtude de casamento ou sucessão hereditária, o mesmo monarca 
recebe a coroa de dois ou mais Estados - ex.: Espanha e Portugal, no período de 1580 a 1640); b) União real 
(é a união de dois ou mais Estados sob o governo do mesmo rei, guardando cada um deles a sua organização 
interna - ex.: Reino Unido de Portugal, Brasil e Algares, de 1815 a 1822); c) Confederação (é a união 
permanente e contratual de Estados que se ligam para fins de defesa externa, paz interna e outras finalidades 
que possam ser ajustadas; os Estados confederados conservam a soberania, guardando inclusive a 
possibilidade de se desligarem da União) e d) Federação (é a união de dois ou mais Estados para a formação 
de um novo, em que as unidades conservam autonomia política, enquanto a soberania é transferida para o 
Estado Federal - ex.: Estados Unidos, Brasil, Argentina, México etc. Não há possibilidade de secessão, e a 
base jurídica é uma Constituição). 
FORMAS DE GOVERNO (pelo modo de organização política do Estado): 
- Monarquia – palavra de origem grega, monarchía, governo de um só, caracteriza-se pela vitaliciedade, 
hereditariedade e irresponsabilidade do Chefe de Estado; o monarca governa enquanto viver; a escolha é 
feita dentro da linha de sucessão dinástica, e o rei não tem responsabilidade política. 
- Absoluta – todo o poder está concentrado nas mãos de uma só pessoa, que o exerce de forma ilimitada, 
sem qualquer controle; possui poderes ilimitados tanto para fazer as leis como para aplicá-las. 
- Relativa (limitada ou constitucional) – o poder do soberano é delimitado pela Constituição - ex.: Brasil-
Império, Reino Unido da Grã-Bretanha, Espanha e Japão. 
 - República – palavra de origem latina, res publica, coisa pública, caracteriza-se pela eletividade, 
temporariedade e responsabilidade do Chefe de Estado; são feitas eleições periódicas para a escolha deste, 
que deve prestar contas de seus atos para o povo que o elegeu ou para um órgão de representação popular. 
 
SISTEMAS DE GOVERNO (pelo grau de relacionamento entre os Poderes Executivo e Legislativo): 
- Presidencialismo – o Executivo e o Legislativo são independentes, apresentando as características básicas a 
seguir enunciadas: chefia de Estado e chefia de governo atribuídas a uma mesma pessoa (Presidente da 
República); Presidente da República eleito pelo povo, de forma direta ou indireta; mandato certo para o 
exercício da chefia do poder, não podendo o Presidente da República ser destituído por motivos puramente 
políticos; participação do Executivo no processo legislativo; separação entre o Executivo e o Legislativo; o 
Presidente da República não depende de maioria no Congresso Nacional para permanecer no poder e não 
pode ser destituído do cargo pelo Legislativo, a menos se cometa crime de responsabilidade que autorize o 
processo de “impeachment”; trata-se de uma “ditadura por prazo certo”, pois não há possibilidade política de 
destituição de um mau governo antes de seu término, já que o Presidente da República somente poderá ser 
destituído do cargo que exerce se cometer crime de responsabilidade; por duas vezes o povo brasileiro já foi 
convocado a manifestar-se sobre o sistema de governo a ser adotado no Estado brasileiro, em 1963 e 1993, 
tendo optado, nas duas oportunidades, por ampla maioria, pelo presidencialismo. 
- Parlamentarismo – o Executivo e o Legislativo são interdependentes, apresentando as características 
básicas a seguirenunciadas: chefia de Estado (função de representação externa e interna, é designada ao 
Presidente da República ou ao rei) e chefia de governo (condução das políticas do Estado, é atribuída ao 
Primeiro Ministro, com responsabilidade política, pois este não tem mandato) atribuídas a pessoas distintas; 
chefia de governo com responsabilidade política, pois o Primeiro Ministro não tem mandato, permanecendo 
no cargo enquanto mantiver apoio da maioria dos parlamentares; possibilidade de dissolução do Parlamento 
pelo Chefe de Estado, com a convocação de novas eleições gerais; interdependência do Legislativo e 
Executivo, pois compete ao próprio Parlamento a escolha do Primeiro Ministro, que permanece no cargo 
enquanto gozar de confiança da maioria dos parlamentares; a grande desvantagem apontada no 
parlamentarismo seria a maior instabilidade política na condução do Estado, principalmente em países, 
como o Brasil, em que não há partidos sólidos, podendo haver uma sucessão de quedas de Gabinetes sempre 
que a maioria parlamentar não for alcançada; no Brasil, acrescenta-se, ainda, a desfiguração da 
representatividade do povo na Câmara dos Deputados, onde Estados com uma população menor possuem 
proporcionalmente um número mais elevado de representantes do que os mais populosos; essa deformação 
da representação popular favorece os Estados menos desenvolvidos do País, submetidos a oligarquias 
conservadoras e impeditivas do desenvolvimento local. 
- Diretorialismo – caracterizado pela concentração do poder político do Estado no Parlamento, sendo a 
função executiva exercida por pessoas escolhidas por este; há absoluta subordinação do Executivo ao 
Legislativo; adotado na Suíça e na extinta URSS. 
REGIMES POLÍTICOS (de acordo com o grau de respeito à vontade do povo nas decisões estatais): 
- Democracia – palavra de origem grega, demos - povo e arché - governo, governo do povo, é o regime 
político em que todo o poder emana da vontade popular; é o governo do povo, pelo povo e para o povo; o 
regime democrático pode ser exercido de forma direta (democracia direta), por representantes (democracia 
representativa) ou combinando ambos os critérios (democracia semidireta); esta última, é a democracia 
representativa, com alguns instrumentos de participação direta do povo na formação da vontade nacional; é 
o regime político adotado pela Constituição brasileira de 1988, em seu art. 1°, parágrafo único: “todo o pode 
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição”; a Carta Magna admite como forma de participação direta do povo o plebiscito, o referendo e 
a iniciativa popular. 
- Não Democráticos – não prevalência da vontade popular na formação do governo; regimes autoritários, 
ditatoriais e totalitários.

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