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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Faculdade de Engenharia Civil Daniel Henrique de Oliveira Gobbo Flávio José Aprigio Jéssica Flávia Silveira Angelini Luciana Cauvila da Silva Thauan de Souza Gonçalves COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO Poços de Caldas 2015 Daniel Henrique de Oliveira Gobbo Flávio José Aprigio Jéssica Flávia Silveira Angelini Luciana Cauvila da Silva Thauan de Souza Gonçalves COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO Trabalho apresentado à disciplina de Saneamento I do curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Campus Poços de Caldas. Professor: Daniel F. N. Pimenta Poços de Caldas 2015 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Desenho Esquemático Calha Parshall .......................................... 9 Figura 2 – Floculador Hidráulico de chicanas Verticais ............................. 10 LISTA SIGLAS ETA – Estação de Tratamento de Água LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Dados Gerais de Projeto ............................................................... 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 7 1.1 Etapas de Tratamento de Água ................................................................. 7 1.1.1 Coagulação .............................................................................................. 8 1.1.1.1 Calha Parshall ........................................................................................ 8 1.1.2 Floculação ................................................................................................ 9 1.2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 11 2 OBJETIVOS .................................................................................................. 12 3 DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 13 4 CONCLUSÃO ............................................................................................... 17 5 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 18 7 1 INTRODUÇÃO Este trabalho foi desenvolvido na disciplina de Saneamento I como parte de aperfeiçoamento dos conhecimentos gerais sobre etapas de tratamento da água. É fato e notório que o tratamento de água é de suma importância para a saúde pública no Brasil e no mundo, e técnicas devem ser estudadas e aplicadas para o objetivo final, que nada mais é, que conseguir água de qualidade esperada dentro dos parâmetros mínimos solicitados para consumo. O objeto deste trabalho é o dimensionamento de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para a situação solicitada. Tabela 1 – Dados Gerais de Projeto População Futura 58255 habitantes QPC 200 L/dia K1 1,2 - K2 1,5 - q Eta 3 % Tempo de Funcionamento 16 horas Dados Gerais Fonte: Material Aula Rede 1.1 Etapas de Tratamento de Água Normalmente, após a caracterização da água a ser tratada, o processo de tratamento de água Convencional é o processo mais utilizado para se chegar aos parâmetros de controle para consumo. Estas etapas do tratamento convencional são: Água Bruta → Pré–Tratamento → Coagulação → Floculação → Decantação → Filtração Descendente → Desinfecção Fluoretação Correção de pH → TRATAMENTO CONVENCIONAL 8 1.1.1 Coagulação A coagulação é fenômeno químico que consiste na desestabilização eletrostática das partículas. Ela é extremamente importante para se alcançar parâmetros satisfatórios em turbidez, cor, odor, sabor nas águas de abastecimento. Os principais coagulantes disponíveis no mercado para o tratamento de água são: sulfato de alumínio, cloreto férrico, hidroxicloreto de alumínio e sulfato férrico. As partículas são carregadas criando em torno de si um campo de repulsão. Os coagulantes agem de forma a “quebrar” este campo fazendo assim com que as partículas possam se unir. Levando-se em consideração que os parâmetros de projeto para as unidades de coagulação são tempo de detenção e gradiente de velocidade, as unidades de mistura rápida suprem a necessidade do tratamento da água, e podem ser hidráulicas (vertedores, calhas Parshall, injetores e difusores), mecânicas e especiais. Para esse projeto dimensionou-se a Calha Parshall. 1.1.1.1 Calha Parshall A calha Parshall é um dispositivo de medição de vazão na forma de um canal aberto com dimensões padronizados. A água é forçada por uma garganta relativamente estreita, sendo que o nível da água à montante da garganta é o indicativo da vazão a ser medida, independendo do nível da água à jusante de tal garganta. 9 Figura 1 - Desenho Esquemático Calha Parshall 1.1.2 – Floculação A Floculação é um processo físico de transportes das partículas, antes carregadas, e que após o processo de coagulação podem se juntas e formar flocos, permitindo assim sua retirada do sistema de tratamento. Essa remoção pode ocorrer de forma hidráulica ou mecânica. Os parâmetros para dimensionamento das unidades de floculação são tempo de detenção no tanque de floculação e gradiente de velocidade também determinados de acordo com as necessidades de tratamento. Os floculadores hidráulicos são os que apresentam menor custo de construção e manutenção e maior simplicidade de operação. Para a formação de blocos mais densos ou menos densos a NBR 12216 sugere um gradiente de velocidade entre 10 s-1 a 70 s-1. 10 Figura 2 – Floculador Hidráulico de chicanas Verticais Para o floculador hidráulico a norma preconiza que o número de câmaras seja maior 3 mas há sistemas que trabalham com várias, com um tempo de detenção entre 20 a 30 minutos. 11 1.2 Justificativa Esta pesquisa é uma forma de nos fazer trabalhar a parte teórica aprendida em sala, solucionando problemas práticos e concretos de dimensionamento de uma ETA. 12 2 OBJETIVOS Pesquisar, qualificar e classificar os conhecimentos básicos que permitam dimensionar uma ETA; Dimensionar uma unidade de Coagulação de acordo com os parâmetros solicitados; Dimensionar uma unidade de Floculação de acordo com os parâmetros solicitados. 13 3 DESENVOLVIMENTO UNIDADE DE MISTURA RÁPIDA – COAGULAÇÃO 1) 2) = = 3) Escolha da Calha (Dados Tabelados) N = 1,522 K = 0,690 Calha 12” (Polegadas) 4) 5) W= 30,5cm = 0,305m D = 84,5cm = 0,845m 6) = = = 7) 8) cos 𝞱 = (-1) cos 𝞱 = (-1) arccos -0,7010 𝞱 =134,5072 9) 14 V1 = 3,21m/s 10) E1 =Eo = 0,7689 = H1 = 0,253m 11) FR1 = FR1 = FR1 = 12) 13) Hf = (Ho + N) – H3 Hf = (0,5132 + 0,229) – 0,606 Hf = 0,136m 14) H2 = (H3 – N + K) H2 = (0,606 – 0,229 + 0,076) H2 = 0,301m 15) V2 = V2 = = V2 = 1,36m/s 16) t = 0,400s 17) = = 15 UNIDADE DE MISTURA LENTA – FLOCULAÇÃO 1) 2) = = 3) Tempo de floculação (Norma – 20 a 30s) = adotado 20min Gradiente de velocidade nas câmaras: 60,40,20s Número de câmaras = (norma >4) Adotado 12 Lamina D’água = (Norma – 3 a 5) adotado 4m. 4) 5) Área em Planta = 75m² - Lâmina D’água 6) Área por câmara = 75/12 = 6,25m² 7) Gf = g = 9,8m/s² 8) deixar o cálculo em função da área Gr²= = Para hf= = 0,0367m Para hf= = 0,0163m Para 16 hf= = 4,08* 9) Onde g= 9,8 e Cd=0,61 Para Para Para 17 4 CONCLUSÃO Com esta pesquisa foi possível concluir que é cada vez mais necessário se ter conhecimento de como dimensionar uma ETA, para suas unidades de tratamento possam ter condições satisfatórias para o projeto solicitado. Podemos dizer que temos, no Brasil, uma grande vantagem com relação ao volume de água disponível para tratamento e consumo humano, mas ainda estamos longe de atingir excelência em utilização devido ao grande desperdício de água boa para consumo. Ainda assim, enquanto estudantes de Engenharia Civil, é necessário antes de tudo tem em mente os processos de tratamento, o dimensionamento de unidades, para se evitar mais desperdícios ainda. Portanto, é verdade dizer que, com pesquisas dessa natureza podemos conhecer e despertar nosso interesse em descobrir e apurar nosso senso investigativo quanto ao funcionamento das unidades de tratamento e colocar em prática os conceitos propostos em sala. 18 5 REFERÊNCIAS Notas de Aula – Saneamento I Prof. Daniel Pimenta. Orientações para Formatação – Padrão Puc Minas de Normalização – Trabalhos Acadêmicos. Disponível em: <http://www.pucminas.br/documentos/orientacoes- abnt-apa-vancouver.pdf> Acesso em 07 de Out. de 2015. II Congresso de Brasileiro de Gestão Ambiental - TRATAMENTO CONVENCIONAL DE ÁGUAS PARA ABASTECIMENTO HUMANO: UMA ABORDAGEM TEÓRICA DOS PROCESSOS ENVOLVIDOS E DOS INDICADORES DE REFERÊNCIA. Disponível em: <http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2011/IX-005.pdf> Acesso em: 10 de Out de 2015. Medidores Parshall – Disponível em: < http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/PARSHALL.html > Acesso em: 10 de Out de 2015. ABNT NBR 12216/1992 - Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público.