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Indaial – 2021 Práticas de saneamento ambiental Prof.ª Kamila Almeida de Oliveira 1a Edição Copyright © UNIASSELVI 2021 Elaboração: Prof.ª Kamila Almeida de Oliveira Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: O48p Oliveira, Kamila Almeida de Práticas de saneamento ambiental. / Kamila Almeida de Oliveira. – Indaial: UNIASSELVI, 2021. 242 p.; il. ISBN 978-65-5663-452-4 ISBN Digital 978-65-5663-453-1 1. Saneamento. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci. CDD 628 aPresentação Caro acadêmico, estamos aqui convidando você a conhecer o Livro Didático de Práticas de Saneamento Ambiental, este livro trará um conjunto de práticas e serviços aplicados ao Saneamento Ambiental, por meio da con- textualização da importância de ações aplicadas nessa área de conhecimen- to, em prol da melhoria da qualidade de vida humana. A estrutura deste livro tem, por objetivo didático, demonstrar os principais aspectos para o correto Saneamento Ambiental, por meio da apli- cação e avaliação técnica de parâmetros legais e ambientais, e de dimensio- namentos de projetos para: Sistema de Abastecimento de Água (SAA), Sis- tema Público de Tratamento de Esgoto Sanitário (SPTES) e de Drenagem Urbana (DU), bem como sistema de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em uma cidade fictícia de aproximadamente 40.000 habitantes. Sendo um complemento a todo o conhecimento teórico já adquirido por você com o Livro Didático de Saneamento Ambiental. O livro está dividido em três unidades, de modo a se ter uma divisão didática dos conteúdos a serem estudados. Em cada uma das unidades você en- contrará práticas baseadas em estudos de caso reais, na legislação vigente, bem como, nas principais literaturas consolidadas da área, com tratamentos conven- cionais e novas tecnologias, possibilitando a visualização clara entre teoria e prática. Este livro também conta com ilustrações com o propósito de permitir a você, acadêmico, uma experiência ampla sobre o assunto. Bem como recomen- dações de leituras complementares a fim de ampliar e aprofundar os conceitos vistos ao longo dos tópicos, permitindo, assim, uma autonomia de aprendizado. A Unidade 1 traz um resgate da importância do saneamento ambiental, com foco no papel do Engenheiro Civil. Nesta unidade, a discussão acerca do abastecimento de água é apresentada por meio da construção de um projeto convencional, com dimensionamento e memorial descritivo, de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA) para uma cidade de aproximadamente 40.000 habitantes. Juntamente com o aprofundamento teórico de parâmetros legais, ambientais, metodologias, tecnologias, ferramentas e os avanços no SAA. A Unidade 2 apresenta o dimensionamento de um Sistema Públi- co de tratamento de Esgoto Sanitário (SPTES). Assim como, na unidade an- terior, um memorial descritivo das principais etapas para o tratamento de efluentes. Características do efluente sanitário serão apresentadas, assim como metodologias, técnicas e ferramentas para o tratamento de esgoto, lodo e resíduo originário de Estações de Tratamento Efluentes (ETE) sanitários. A Unidade 3 dará continuidade à abordagem prática deste livro, com o dimensionamento de drenagem, também para uma cidade fictícia, no entanto, se dedicará às etapas de obras de microdrenagem. Discussões acerca da macro- Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi- dades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra- mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida- de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun- to em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA drenagem serão apresentadas juntamente com fundamentos ambientais, como precipitação, obras adicionais e importantes em um sistema de Drenagem Urba- na. A gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos é apresentada pela perspectiva das ações exigidas na Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). Complemen- tada por tecnologias e avanços na gestão desse tipo de resíduo no mundo. Com esta proposta de material, pretendemos trazer a você, acadêmi- co, uma ampla e rica experiência prática de aprendizado na área de Sanea- mento Ambiental, bons estudos! Prof.ª Kamila Almeida de Oliveira Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela um novo conhecimento. Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen- tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento. Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo. Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada! LEMBRETE sumário UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO ............................................... 1 TÓPICO 1 — SANEAMENTO AMBIENTAL E SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................................................................................ 3 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3 2 SANEAMENTO AMBIENTAL (SA) ................................................................................................. 3 2.1 PAPEL DO ENGENHEIRO CIVIL NO SANEAMENTO AMBIENTAL (SA) ........................ 4 2.2 ASPECTOS LEGAIS DO SANEAMENTO AMBIENTAL NO BRASIL .................................. 4 2.2.1 Normas Técnicas para Sistema de Abastecimento de Água (SAA) ................................ 5 3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) .................................................................. 6 3.1 PARÂMETROS DE PROJETO PARA SAA ................................................................................. 7 3.2 PROJETO – APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 8 4 DEMANDA HÍDRICA PARA ABASTECIMENTO ...................................................................... 9 4.1. DISPONIBILIDADE HÍDRICA (DH)........................................................................................ 10 5 ESTIMATIVA POPULACIONAL PARA O ABASTECIMENTO URBANO .......................... 11 5.1 CRESCIMENTO GEOMÉTRICO ................................................................................................ 12 5.2 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 1: ESTIMATIVA POPULACIONAL (1º ETAPA) ....................................................................................................................................13 5.2.1 Reflexão da prática ............................................................................................................. 14 6 FONTES PONTUAL E DIFUSA DE POLUIÇÃO DA ÁGUA .................................................. 14 6.1 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 1: QUALIDADE DO MANANCIAL (2º ETAPA) ...................................................................................................................................... 15 RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 16 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 17 TÓPICO 2 — CONSUMO E CAPTAÇÃO DE ÁGUA ................................................................... 19 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 19 2 VARIAÇÕES DE CONSUMO ......................................................................................................... 19 2.1 VARIAÇÕES DIÁRIAS ............................................................................................................... 20 2.2 VARIAÇÕES HORÁRIAS ........................................................................................................... 21 2.3 VAZÃO DE DIMENSIONAMENTO PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................... 22 3 CAPTAÇÃO DE ÁGUA .................................................................................................................... 22 3.1 CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUPERFICIAL ................................................................................... 23 3.2 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 1: CAPTAÇÃO EM MANANCIAL SUPERFICIAL (RIO) (3ª ETAPA) ................................................................................................ 24 3.2.1 Reflexão da Prática ............................................................................................................. 28 3.3 OUTRAS FONTES DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA .................................................................... 29 RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 30 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 31 TÓPICO 3 — ADUTORA DE ÁGUA E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA ............................................ 33 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 33 2 CLASSIFICAÇÃO DAS ADUTORAS DE ÁGUA (AA) ............................................................. 33 3 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA (EEA) ................................................................................ 34 3. 1 DIMENSIONAMENTO DE EEA .............................................................................................. 35 4 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 1: ADUTORA DE ÁGUA BRUTA (4ª ETAPA) E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA (EEAB) (5ª ETAPA) .................. 35 4.1 REFLEXÃO DA PRÁTICA ......................................................................................................... 37 5 PERDA DE CARGA ......................................................................................................................... 38 6 DIMENSIONAMENTO DE OUTROS TIPOS DE ADUTORAS ............................................. 41 6.1 DIMENSIONAMENTOS EM CONDUTOS LIVRES ............................................................... 41 RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 43 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 44 TÓPICO 4 — ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA ............................................................ 47 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 47 2 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA – PROCESSO CONVENCIONAL .................... 47 2.1 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 2: ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (6ª ETAPA) ................................................................................................................. 48 2.1.1 Aeração .................................................................................................................................. 48 2.1.2 Coagulação ........................................................................................................................... 50 2.1.3 Floculação ............................................................................................................................. 50 2.1.4 Decantação ............................................................................................................................ 53 2.1.5 Filtração ................................................................................................................................. 55 2.1.6 Desinfecção .......................................................................................................................... 56 2.1.7 Reflexões da Prática ............................................................................................................ 57 3 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 2: ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA TRATADA (EEAT) (7ª ETAPA) ................................................................................... 58 RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 60 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 61 TÓPICO 5 — RESERVATÓRIO E REDES DE DISTRIBUIÇÃO................................................. 63 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 63 2 RESERVATÓRIO DE ÁGUA TRATADA ...................................................................................... 63 2.1 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 2: RESERVATÓRIO (8ª ETAPA) .................... 64 2.1.1 Reflexão da prática ............................................................................................................. 65 3 REDES DE DISTRIBUIÇÃO ........................................................................................................... 66 3.1 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 3: REDE DE DISTRIBUIÇÃO (9ª ETAPA) .................................................................................................................................... 66 3.1.1 Reflexão da Prática .............................................................................................................. 67 3.2 REDE DE DISTRIBUIÇÃO NÃO LINEAR .............................................................................. 68 4 TECNOLOGIAS NO TRATAMENTO DE ÁGUA PARA O ABASTECIMENTO ................ 68 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 70 RESUMO DO TÓPICO 5..................................................................................................................... 72 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 73 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 75 UNIDADE 2 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA PÚBLICO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS (SPTES) ................................ 79TÓPICO 1 — CARACTERIZAÇÃO DE ESGOTO DOMÉSTICO .............................................. 81 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 81 2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...................................................................................................... 81 2.1 LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS ............................................................................................. 82 2.2 CARACTERÍSTICAS DO ESGOTO DOMÉSTICO .................................................................. 84 2.2.1 Características Físicas .......................................................................................................... 84 2.2.2 Características Químicas..................................................................................................... 86 2.2.3 Características Biológicas .................................................................................................. 91 3 TIPOS DE SISTEMAS PARA TRATAMENTO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .......... 93 3.1 INDIVIDUAL ................................................................................................................................ 94 3.1.1 Dimensionamento de Fossa Séptica .................................................................................. 94 3.1.2 Dimensionamento de Filtro Anaeróbio ............................................................................ 95 3.1.3 Sumidouro ............................................................................................................................ 96 3.2 COLETIVO .................................................................................................................................... 97 3.2.1 Sistema Unitário ................................................................................................................... 97 3.2.2 Sistema Separador .............................................................................................................. 98 3.2.3 Sistema misto ...................................................................................................................... 101 4 ATIVIDADE PRÁTICA: PROJETO – CARACTERIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO ........... 101 4.1 REFLEXÕES DA PRÁTICA ....................................................................................................... 102 4.2 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ............................................................................................ 103 RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 105 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 106 TÓPICO 2 — ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO ............................ 109 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 109 2 TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO DOMÉSTICO .................................................. 109 3 CARGA E CONCENTRAÇÃO DE POLUENTES NOS ESGOTOS ..................................... 111 3.1 ATIVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 1: VOLUME DE GERAÇÃO DE CARGA POLUIDORA DO ESGOTO SANITÁRIO (1ª ETAPA) ................................... 113 3.1.1 Reflexão da Prática ............................................................................................................ 114 4 ATIVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 1: REDE COLETORA DE ESGOTO (2º ETAPA) ......................................................................................................................................... 114 4.1 DIMENSIONAMENTO DE VAZÕES E TAXAS DE INFILTRAÇÃO ................................ 115 4.1.1 Canalizações ...................................................................................................................... 117 4.2 VAZÃO DO ESGOTO SANITÁRIO DO PROJETO ............................................................... 118 4.3 REFLEXÕES DA PRÁTICA ....................................................................................................... 122 4.4 ATIVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 1: ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO (EEE) (3º ETAPA) ...................................................................................................... 123 4.4.1 Reflexão da Prática ............................................................................................................ 126 5 ATIVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 2: ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES SANITÁRIOS (4º ETAPA) ............................................................................... 126 5.1 TRATAMENTO PRIMÁRIO ...................................................................................................... 128 5.2 TRATAMENTO SECUNDÁRIO .............................................................................................. 128 5.2.1 Entrada e Saída de Afluentes ........................................................................................... 133 5.2.2 Decantação e Coleta do Efluente Tratado ...................................................................... 134 5.2.3 Coletor de Espuma ............................................................................................................ 135 5.2.4 Amostragem de lodo ........................................................................................................ 135 5.2.5 Descarte de lodo ................................................................................................................ 135 5.2 6 Biogás (gerenciamento) .................................................................................................... 136 5.2 7 Lagoa Aerada Facultativa ................................................................................................. 136 5.3 TRATAMENTO TERCIÁRIO ................................................................................................... 138 5.4 REFLEXÕES DA PRÁTICA ....................................................................................................... 139 RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 140 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 141 TÓPICO 3 — DESTINAÇÃO FINAL PARA O EFLUENTE TRATADO E LODO DE ETE ......................................................................................................................... 143 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 143 2 ATIVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 3: EFLUENTE TRATADO (5ª ETAPA) E LODO DE ETE (6ª ETAPA) .................................................................................... 143 2.1 PARÂMETROS DO EFLUENTE TRATADO ......................................................................... 144 2.2 PARÂMETROS DO CORPO RECEPTOR .............................................................................. 144 2.3 ALTERNATIVAS DE DESTINAÇÃO ...................................................................................... 145 2.4 REFLEXÃO DA PRÁTICA ........................................................................................................ 145 3 ATIVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 3: TRATAMENTO DO LODO DE ETE (6º ETAPA) ......................................................................................................................................... 145 3.1 ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO DO LODO DE ETE ................................................. 149 3.2 REFLEXÃO DA PRÁTICA ........................................................................................................ 149 LEITURA COMPLEMENTAR ..........................................................................................................150 RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 156 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 157 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 159 UNIDADE 3 — SISTEMA GERAL DE DRENAGEM URBANA E SISTEMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS .................................... 163 TÓPICO 1 — SISTEMA DE DRENAGEM URBANA ................................................................. 165 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 165 2 DRENAGEM URBANA .................................................................................................................. 165 2.1 LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS ........................................................................................... 168 3 FENÔMENOS NATURAIS E A DRENAGEM URBANA ....................................................... 170 3.1 CARACTERISTICAS DAS SUPERFÍCIES ............................................................................... 170 3.2 PRECIPITAÇÕES INTENSAS .................................................................................................. 171 3.2.1 Precipitação Máxima Pontual (Chuvas Intensas) ......................................................... 172 3.2.2 Distribuição Espacial ........................................................................................................ 173 3.2.3 Período de Retorno ........................................................................................................... 174 4 SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA ..................................................................................... 176 4.1 MICRODRENAGEM ................................................................................................................. 177 4.2 MACROGRENAGEM ............................................................................................................... 178 5 MEDIDAS DE CONTROLE .......................................................................................................... 178 5.1 ESTRUTURAIS ........................................................................................................................... 179 5.2 NÃO ESTRUTURAIS ................................................................................................................ 180 6 PROJETO – CARACTERIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO ........................................................ 180 6.1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ............................................................................................. 181 6.2 ATIVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 1: CHUVA INTENSA DE PROJETO ............ 181 6.2.1 Reflexões da Prática ........................................................................................................... 183 RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 184 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 185 TÓPICO 2 — SISTEMA DE MICRODRENAGEM URBANA .................................................. 187 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 187 2 VAZÃO E PRECIPITAÇÃO ........................................................................................................... 187 2.1 PRECIPITAÇÃO EXCEDENTE ............................................................................................... 188 2.1.1 Método do Soil Conservation Service (SCS) ...................................................................... 189 2.2 ATVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 2: VAZÃO VIA MÉTODO RACIONAL ....... 193 2.2.1 Coeficiente de escoamento superficial ............................................................................ 194 2.2.2 Reflexão da Prática ............................................................................................................ 195 2.3 HIDROGRAMA DA VAZÃO .................................................................................................. 196 2.3.1 Tempo de Concentração .................................................................................................. 197 3 ATVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 3: DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE MICRODRENAGEM URBANA ................................................................ 199 3.1 ATIVIDADE PRÁTICA: PROJETO – FASE 3: RUAS E SARJETAS (1ª ETAPA) ................. 199 3.1.1 Reflexão da Prática ............................................................................................................ 202 3.2 BOCAS DE LOBO ...................................................................................................................... 202 3.2.1 Atividade Prática: Projeto – Fase 3: Bocas de Lobo com Grelha – vertedor (2ª etapa) .............................................................................................................................. 206 3.2.2 Reflexão da Prática ............................................................................................................ 207 3.3 POÇO DE VISITA/CAIXA DE INSPEÇÃO ............................................................................. 207 3.4 GALERIAS .................................................................................................................................. 208 3.4.1 Galerias Circulares ............................................................................................................ 208 RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 209 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 210 TÓPICO 3 — GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) ............... 213 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 213 2 RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................................................... 213 2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) ................................................................................ 214 2.2 LEGISLAÇÃO E NORMATIVAS ............................................................................................. 214 3 PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PMGIRS) ......................................................................................................................................... 216 3.1 GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................................................. 219 3.2 COLETA SELETIVA .................................................................................................................. 220 3.3 SELEÇÃO DE RESÍDUOS ......................................................................................................... 222 3.4 TRATAMENTO E DESTINAÇÃO ........................................................................................... 223 4 ATIVIDADE PRÁTICA:SISTEMA DE CÁLCULOS PARA TAXAÇÃO DE RSU .............. 225 4.1 GERAÇÃO DE RESÍDUO ......................................................................................................... 226 4.2 VALOR DE INVESTIMENTO (R$) ........................................................................................... 226 4.3 OPERAÇÃO DA COLETA CONVENCIOAL (R$/ton) ......................................................... 227 4.4 OPERAÇÃO DA COLETA SELETIVAE TRATAMENTO (R$/ton) .................................... 227 4.5 OPERAÇÃO DE DISPOSIÇÃO FINAL (R$/ton) ................................................................... 227 4.6 OPERAÇÃO TOTAL (R$/mês) ................................................................................................. 228 4.7 VALOR DA TAXA (R$/economia.mês) ................................................................................... 228 LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 230 RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 237 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 238 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 240 1 UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • compreender o seu papel, como futuro profissional dessa área de conhecimento, assim como, compreender a importância do Sane- amento Ambiental para a sociedade; • conhecer as legislações e normativas técnicas aplicadas ao Sanea- mento Ambiental; • compreender quais aspectos devem ser avaliados e quais parâ- metros devem ser considerados em um projeto de Sistema de Abastecimento Urbano (SAA); • elaborar um projeto de Sistema de Abastecimento Urbano (SAA); • dimensionar as principais etapas de um de Sistema de Abasteci- mento Urbano (SAA); • compreender o tema por meio da avaliação de exemplos práticos ao longo do livro. 2 PLANO DE ESTUDOS Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. TÓPICO 1 – SANEAMENTO AMBIENTAL E SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA TÓPICO 2 – CONSUMO E CAPTAÇÃO DE ÁGUA TÓPICO 3 – ADUTORA DE ÁGUA E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA TÓPICO 4 – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA TÓPICO 5 – RESERVATÓRIO E REDES DE DISTRIBUIÇÃO Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações. CHAMADA 3 TÓPICO 1 — UNIDADE 1 SANEAMENTO AMBIENTAL E SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 1 INTRODUÇÃO Acadêmico, no Tópico 1 faremos uma contextualização do tema, resga- tando o conceito de Saneamento Ambiental por meio da demonstração prática, na realidade da sociedade e na do profissional da área. Por meio das legislações e normas técnicas discutiremos os aspectos e parâmetros fundamentais no dimen- sionamento de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA). Com a constante necessidade por mais bens e serviços, associado ao cres- cimento populacional, a demanda de recursos hídricos é cada vez maior. Dian- te desse fato, precisamos nos precaver sobre a garantia do recurso hídrico, com qualidade. Enquanto tenhamos, ainda, que assegurar o básico para a maior parte da população que é desabastecida. Logo, compreender a real necessidade e a de- manda em um SAA é fundamental para a sua funcionalidade. Nesse sentido, abordaremos a primeira etapa do nosso projeto prático da disciplina, um projeto de dimensionamento para um SAA, com memorial de cálculo descritivo. No primeiro tópico, você apreenderá a estimar o crescimento populacional para a abrangência do projeto. 2 SANEAMENTO AMBIENTAL (SA) Para iniciar nosso estudo prático acerca de Saneamento Ambiental (SA), precisamos primeiramente compreender a abrangência que este representa. Di- ferentemente do Saneamento Básico, que por definição representa o conjunto de serviços, infraestrutura e instalações de abastecimento de água, esgotamento sani- tário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais urbanas (BRASIL, 2007). O SA nos remete a salubridade ambiental. Uma abrangên- cia muito maior, voltada para a busca de melhores condições de saúde e de bem estar garantidos por meio do controle de vetores e pragas, proteção de mananciais e bacias hidrográficas, o controle da poluição e o acesso à Educação Ambiental. O problema é: como falar em uma abrangência maior, quando a realidade por vezes nos mostra que falta o básico? Vejamos o exemplo da Figura 1. Nela encontra-se retratada a realidade de uma, de tantas famílias brasileiras. UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO 4 FIGURA 1 – REALIDADE DO SANEAMENTO BRASILEIRO LEGENDA: Mulher (25 anos), amamenta filha (1 mês), na porta de sua casa, uma palafita no esgoto de Altamira, Brasil (2014). FONTE: <https://bit.ly/3dO86ce>. Acesso em: 12 abr. 2021. 2.1 PAPEL DO ENGENHEIRO CIVIL NO SANEAMENTO AMBIENTAL (SA) Como futuro profissional em engenharia civil, com atuação em SA você terá como desafio mudar a realidade retratada na foto supracitada (Figura 1). Des- se modo é importante ter a clareza que nem sempre a solução mais tecnológica ou moderna é a melhor opção, mas sim, aquela que melhor se adequa à realidade. Bus- cando visualizar qualitativamente os prós e os contras, as exigências, que muitas vezes podem ser complexas, porém sempre avaliando custos e benefícios. Em termos práticos, a prestação de serviço na área de saneamento no Brasil, pode ser realizada de modo direto ou indireto mediante delegação ou sob forma de gestão associada. Logo, como forma de atuar nessa área tem-se: administração centralizada por meio de vínculos a secretarias, autarquias, empresas públicas, socie- dade de economia mista ou fundações. Ou ainda por meio de concessões, permissão ou autorização, entidades sociais, ou cooperativas (QUAIS SÃO OS TIPOS [...], 2019). 2.2 ASPECTOS LEGAIS DO SANEAMENTO AMBIENTAL NO BRASIL No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Consti- tuição Federal e atribuída pelo marco regulatório do saneamento básico, Lei nº 14.026/2020, cabendo à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) a competência para editar normas de referência sobre o serviço de saneamento. TÓPICO 1 — SANEAMENTO AMBIENTAL E SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 5 O marco é composto pelas legislações: Lei nº 9.984/2000 e Lei nº 10.768/2003 especificas da ANA; Lei nº 11.107/2005 sobre normas gerais de contratação de con- sórcios públicos; Lei nº 11.445/2007 de diretrizes nacionais para o saneamento básico; Lei nº 12.305/2010 da Política Nacional de Resíduos Sólidos; Lei nº 13.089/2015 , que institui o Estatuto da Metrópole; e a Lei nº 13.529/2017 que dispõe sobre a participa- ção da União em projetos de concessões e parcerias público-privadas (BRASIL, 2020). Além do marco regulatório, temos outras legislações, em consonância com o Sistema Único de Saúde (SUS). Instituído por meio da Lei nº 8.080/1990, prevê ao SUS participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico. Juntamente com a Portaria de Consolidação das normas e ações do SUS nº 5/2017, que apresenta os padrões de potabilidade da água. E, claro, a Lei nº 9.433/1997 que Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos das Águas. A PNRH reconhece o abastecimento humano e a dessedentação animal como usos prioritários da água em situações de escassez (BRASIL, 1990; BRASIL, 2017; BRASIL, 1997; ANA, 2020a). Além, da definição ao direito de uso de recur- sos hídricos, como um ato administrativo mediante o qual o poder público ou- torgante (União, Estado ou Distrito Federal) quanto ao direito aos usos da água. Devemos incluir ainda, as resoluções do Conselho Nacional do Meio Am- biente (CONAMA) nº 430/2011 referente a classificação dos corpos de água e enqua- dramento ambiental, bem como as condições e padrões para lançamento de efluen- tes; e nº 396/2008sobre a classificação de águas subterrâneas (CONAMA, 2011). 2.2.1 Normas Técnicas para Sistema de Abastecimento de Água (SAA) Além das legislações citadas, é preciso conhecer as Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR) para o saneamento. O Quadro 1 apresenta as principais normas técnicas para o dimensiona- mento de Sistema de Abastecimento de Água (SAA). QUADRO 1 – PRINCIPAIS NORMAS DA ABNT NBR PARA SANEAMENTO. NORMA TÉCNICA DESCRIÇÃO NBR 5626:1998 Instalação predial de água fria. NBR 12211:1992 Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água. NBR 12212:2017 Projeto de poço para captação de água subterrânea. NBR 12213:1992 Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público. UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO 6 NBR 12214:2020 Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento público. NBR 12215:2017 Projeto de adutora de água para abastecimento público. NBR 12216:1992 Projeto de estação de tratamento de água de abastecimento público. NBR 12217:1994 Projeto de reservatório de distribuição de água de abastecimento público. NBR 12218:2017 Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público. NBR 12266:1992 Projeto de execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto e drenagem urbana. NBR 12586:1992 Cadastro de sistema de abastecimento de água – Procedimento. NBR 13211:1994 Dimensionamento de ancoragens para tubulação. NBR 1185:1994 Projeto de tubulações de ferro fundido dúctil centrifugado, para condução de água sob pressão – Procedimento. FONTE: A autora Caro acadêmico! Fique sempre atento às legislações vigentes, revise-as sem- pre que possível. E lembre-se de incluir no orçamento de seus projetos o valor referente à compra de normas técnicas. ATENCAO 3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) O abastecimento de água para consumo humano pode ser classificado como coletivo ou individual, ser na área urbana ou rural, ou ainda, de gestão pública ou privada. Apresentando três formas de abastecimento, sendo: • Soluções Alternativas Individuais (SAI), utilizado para atendimento a domi- cílios residenciais. • Soluções Alternativas Coletivas (SAC), que fornecem água para uso coletivo (com captação subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede de distribuição). • Sistema de Abastecimento de Água (SAA), sistema destinado à produção e ao fornecimento coletivo de água potável por meio de rede de distribuição (OLIVEIRA, 2017). TÓPICO 1 — SANEAMENTO AMBIENTAL E SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 7 O Sistema de Abastecimento de Água consiste, portanto, em um conjun- to de obras e instalações que compreendem basicamente as etapas: de captação, adução, estação elevatória, tratamento e distribuição de água potável a fim de atender uma determinada população (HELLER; PÁDUA, 2010a). 3.1 PARÂMETROS DE PROJETO PARA SAA Contudo, dimensionar um SAA não é uma tarefa simples. É importante que você, futuro profissional da área, saiba que um projeto de SAA deve constar, no mínimo, as caracterizações, avaliações e cálculos apontados no Quadro 2. Além de requerer conhecimento em projeto estrutural e hidráulica. QUADRO 2 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS EM PROJETO DE SAA ELEMENTOS ESSENCIAIS EM UM PROJETO DE SAA Caracterização e Análises prévias Localização da área de intervenção Físicas da região Sistema pré-existente e/ou antigos Topográfica da área Geologia Hidrológica e Hidrogeológica Clima Demográfica e projeções populacionais Condições sanitárias Consumo e levantamento de grandes consumidores Mananciais e abastecedores Análise dos aspectos ambientais e sociais Demanda de água Cálculos Parâmetros adotados Memorial de cálculos Planilha hidráulica FONTE: Adaptado de Cagece (2008); Heller e Pádua (2010a). Além dos elementos citados no Quadro 2, é importante ressaltar que todas as etapas devem ser apresentadas com uma descrição do sistema proposto, peças gráficas e manual operacional, custos de projeto, implementação e operação. Além de dez outros parâmetros mínimos, a saber: (i) população estimada atual e futura; (ii) índice de atendimento (%); (iii) alcance do projeto (anos); (iv) taxa de crescimento populacional; (v) consumo per capita; (vi) coeficientes de de- manda diária e horária; (vii) número de habitantes estimado por imóvel, quando necessário; (viii) perda de carga máxima admissível; (ix) pressão estática máxima; e (x) pressão dinâmica mínima (CAGECE, 2008; BRASIL, 2019; COSTA, 2017). UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO 8 A Fundação Nacional da Saúde (Funasa), do Ministério da Saúde, possui diferentes manuais de Orientações Técnicas, como, por exemplo, um checklist de componentes básicos de projeto, E planilhas orçamentárias para projetos de SAA. Você pode ter acesso ao material citado, na íntegra, em: http://www.funasa.gov.br/, ou, até mesmo, em pesquisas no Google. Aproveite! DICAS 3.2 PROJETO – APRESENTAÇÃO Agora que você já sabe quais elementos e parâmetros são fundamentais para a elaboração de um projeto de SAA, podemos iniciar a construção do nosso próprio projeto de um SAA. Na Figura 2 temos uma representação esquemática das etapas e fases que compõem o projeto. FIGURA 2 – REPRESENTAÇÃO DAS ETAPAS E FASES DO PROJETO DE SAA FONTE: Adaptado de Rippel (2017, p. 16) Conforme mostrado na Figura 2, o projeto é composto por nove etapas, distribuídas em três fases. As fases representam as diferentes vazões (Q) ao longo do projeto, ou seja, uma nova fase será iniciada a depender da vazão utilizada no dimensionamento. Para a prática, consideremos que já foi realizado toda a carac- TÓPICO 1 — SANEAMENTO AMBIENTAL E SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 9 terização e análises prévias mostradas no Quadro 1. Para efeito didático adotare- mos valores fictícios no dimensionamento do SAA, quanto aos critérios hidráulicos adotam-se os fixados em normas da ABNT NBR e/ou de referências de casos reais. 4 DEMANDA HÍDRICA PARA ABASTECIMENTO Como é de conhecimento, a maior parte da água do planeta terra é salga- da (~97,5%). Dos 2,5% restante, água doce, aproximadamente 69% encontram-se em geleiras e 30% em águas subterrâneas. Somente 1% encontra-se acessível na superfície terrestre, disponível para o nosso consumo direto, a irrigação, a indús- tria e a vida animal como um todo (ANA, 2020b). De acordo com levantamento realizado pela ANA, as maiores demandas de água no Brasil são para usos na irrigação (1083,6 m³/s), abastecimento urbano (496,2 m³/s) e Indústria (189,2 m³/s) (ANA, 2020a). Para cada um desses usos, devem-se apli- car cálculos da demanda hídrica específicas de modo a se obter valores de vazões cor- respondentes a Retirada – Consumo – Retorno. Sendo assim, um SAA deve conhe- cer as demandas do corpo receptor, especialmente a superficial, que será utilizada para o abastecimento mediante a definição dos usos da água da bacia hidrográfica. Atividades industriais, por exemplo, apresentam perfis de consumo di- ferenciado de acordo com o produto ou serviço. Atividades de mesmo fim, in- clusive, podem apresentar variações, uma vez que a quantidade de água utiliza- da depende de vários fatores, como tecnologia e procedimento operacional, por exemplo. Logo, para se estimar a retirada e o consumo de água para uma ativida- de, é importante considerar o coeficiente técnico (k) (L/empregado.dia) específico da atividade. No Brasil a ANA estabeleceu os valores de coeficientes técnicos para cada atividade industrial de acordo com Classificação Nacional de Ativida- des Econômicas (CNAE). Cabe também à ANA, por meio da Lei nº 9.433/1997, atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e demanda de recursos hídricos em todo o território nacional (BRASIL, 2020; ANA, 2020a). Você pode ter acesso aos coeficientes das indústrias no documento Água na Indústria – Uso e Coeficiente Técnico. Naíntegra em: https://bit.ly/2OI6nLT. O arquivo, como um todo, é uma ótima leitura! É importante você saber que o coeficiente técnico é específico para cada atividade. Logo, na agricultura, temos coeficientes diferentes para a irrigação e cultivo de animais. Você pode ter acesso aos coeficientes no Manual de Usos Consuntivos da Água no Brasil. Aces- se em: https://bit.ly/3sbBAEM. DICAS UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO 10 4.1. DISPONIBILIDADE HÍDRICA (DH) Além de conhecer a quantidade de água de acordo com seus usos (deman- da), é necessário avaliar a disponibilidade do recurso hídrico. Com crises hídricas em mananciais de abastecimento, cada vez mais frequentes, ampliam-se as discus- sões acerca da segurança hídrica de áreas de concentração populacional abasteci- das por SAA. Desse modo, é fundamental antes de qualquer projeto, de execução ou ampliação de um SAA, o diagnóstico detalhado da Bacia Hidrográfica (BH) a fim de avaliar o volume de água disponível para o abastecimento (BRANCO, 2006). Aplicada normalmente aos recursos hídricos superficiais, definir a DH é um processo complexo que envolve, por exemplo, a caracterização pluviomé- trica, de clima, geológica ou topografia, e compreensão dos fenômenos, como: precipitação, evaporação, tipo de solo, aspectos sociais e políticos. Tal qual pode ser realizado por meio da análise das descargas líquidas superais da BH, compa- rando os volumes disponíveis e as demandas no início e alcance do projeto, hi- drogramas, séries e funções hidrológicas, curvas de permanência, curva de frequ- ência de vazões mínimas, curva de probabilidade, entre outros (CRUZ; TUCCI, 2008; BRANCO, 2006; CRUZ, 2001; HELLER; PÁDUA, 2010a). Disponibilidade Hídrica (DH) para o abastecimento consiste na parcela de va- zão que pode ser utilizada pela sociedade para atender uma demanda específica, como uma indústria, por exemplo, ou mesmo abastecimento urbano, sem comprometer o meio ambiente aquático. Conhecer a DH é uma das garantias de que a população irá ser atendi- da com segurança (CRUZ; TUCCI, 2008; BRANCO, 2006). NOTA Olá, novamente! Você consegue ter acesso à Disponibilidade Hídrica Super- ficial das Principais Bacias Hidrográficas brasileiras por meio do Portal Brasileiro de Dados Abertos (para o ano de 2018). Disponível em: https://bit.ly/3aHGTWD. DICAS TÓPICO 1 — SANEAMENTO AMBIENTAL E SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 11 5 ESTIMATIVA POPULACIONAL PARA O ABASTECIMENTO URBANO Conhecer a distribuição espacial da população abastecível é fundamen- tal, visto que a concentração de pessoas é diferente, a depender da localidade (central, periférica e rural). Assim como a projeção de crescimento populacional no alcance do projeto. A Equação 1 representa a expressão geral do crescimento populacional ao longo dos anos (HELLER; PÁDUA, 2010a): P = P0 + (N - M) + (I - E) (1) Onde: P = população após "t" anos (hab); Po= população inicial (hab); N = nascimento no período "t" (hab); M = mortes, no período "t" (hab); I = imigrantes no mesmo período (hab); E = emigrantes no período (hab). Considerando uma população de 16.789 habitantes, em uma cidade de pe- queno porte (cidadezinha). Cuja população apresenta, de acordo com dados (fictícios) do IBGE, um número de nascimento, mortalidade, emigração e imi- gração, em um período de cinco anos, respectivamente, de 1300, 978, 743, 258. Em um período de cinco anos, a cidade encontra-se com quantos habitantes? AUTOATIVIDADE No entanto, determinar o crescimento populacional é mais complexo do que apenas avaliar os aspectos da “expressão geral” (Equação 1). Devemos incluir a esses, outros fatores, como por exemplo: climáticos e oferta de emprego. O crescimento populacional pode ser estimado por diferentes métodos, tais como: crescimento aritmético e/ou geométrico, regressão multiplicativa, taxa decrescente de crescimento, curva logística, comparação entre regiões similares, razão e correlação e perspectivas de empregos (HELLER; PÁDUA, 2010a). Contudo, no Brasil devido à dificuldade em se obter dados confiáveis da série histórica da população, especialmente em cidades pequenas, faz que se adote o método de crescimento geométrico (CAGECE, 2008). UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO 12 5.1 CRESCIMENTO GEOMÉTRICO Esse método consiste em um rápido crescimento de uma população em função da população existente a cada instante (VON SPERLING, 2014), por meio da equação: (2) Onde: Pt = população estimada no ano t (hab); Po = população inicial do projeto (hab); t = tempo (anos); kg = coeficiente (obtenção dos coeficientes pela análise da regressão é preferível), da seguinte forma: (3) Além de avaliar a estimativa de crescimento populacional afim de conhecer a “População Abastecível” pelo projeto. É importante saber se a localidade em estudo é turística ou de veraneio. É comum uma grande variação da população em determinados períodos do ano nessas localidades. A chamada “População Flutuante” deve ser considera- da no seu projeto, se for o caso. IMPORTANT E Olá, acadêmico! Você sabia que o IBGE faz estimativas de crescimento popu- lacional para as cidades brasileiras, baseadas em taxas de crescimento do próprio IBGE. No momento, as estimativas estão calculadas até o ano de 2030. Vale conferir! DICAS TÓPICO 1 — SANEAMENTO AMBIENTAL E SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 13 Oba! Vamos começar nosso projeto juntos? Recomendamos que durante todo o projeto você acompanhe as considerações feitas e que elabore, junto conosco, cálculos comprovando os resultados. Mãos à obra! UNI 5.2 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 1: ESTIMATIVA POPULACIONAL (1º ETAPA) A primeira etapa do nosso projeto consiste na estimativa da população (atual e futura). • Objetivo: dimensionar o crescimento (estimativa) populacional para o proje- to de um SAA. • Conceito: por meio da estimativa populacional é possível definir a vazão do projeto e demais fases do dimensionamento. • Descrição do procedimento: essa estimativa será realizada por meio do mé- todo de crescimento geométrico, Equações 2 e 3. • Dados: primeiramente é preciso que você saiba que esse projeto tem um al- cance (período) de 20 anos e será realizado em uma cidade considerada pelo IBGE como de pequeno porte, com pouco mais de 40.000 habitantes (atual). Não é considerada uma cidade turística, tão pouco de veraneio, logo não sofre variações de população flutuante. A população nos últimos 3 anos da cidade fictícia é apresentada na sequência. TABELA 1 – DADOS POPULACIONAIS DA CIDADE FICTÍCIA NOS ÚLTIMOS 3 ANOS Ano Nº de habitantes 2016 39.497 2018 40.578 2020 41.212 FONTE: A autora • Solução Considerando o crescimento populacional dos últimos anos, o pro- jeto deve atender uma população futura de 48.123 habitantes, conforme pode ser observado nos cálculos a seguir: Coeficiente (kg) Estimativa Populacional para 2040 UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO 14 5.2.1 Reflexão da prática Por que é importante conhecer a população futura para o dimensiona- mento de projetos de abastecimento de água? Projetos da área de saneamento são caracterizados por grandes obras, as quais necessitam de altos investimentos e demandam uma efetividade de duração extensa. Por conta disso é importante conhecer a população futura, visto que di- mensionar o sistema para o cenário (ano) de início da implementação não irá garantir e efetividade e duração da obra. Uma vez que a flutuação da população – crescimento populacional é um fato. 6 FONTES PONTUAL E DIFUSA DE POLUIÇÃO DA ÁGUA A poluição hídrica ocorre por meio de diferentes tipos de agentes ou fon- tes de poluição. Podendo variar desde despejos diretos de efluentes industriais, resíduo doméstico, caracterizados como “Fontes Pontuais” de contaminação. Àquelas caracterizadas como “Fontes Difusas”, como por exemplo: lixiviação defertilizantes agrícolas, arraste de contaminantes por meio de águas de drenagem ou mesmo a poluição do ar ao cair em forma de chuva. O fato é que na água podemos encontrar uma variedade de substâncias dis- solvidas, o calcário e magnésio, por exemplo, tornam a água dura. O ferro por sua vez, atribui cor e sabor. Há também as substâncias em suspensão, como partículas do solo que atribuem turbidez. E as sustâncias animadas como algas que afetam no sabor, ou ainda micro-organismos patogênicos (BRASIL, 2004). Logo, conhecer as fontes de poluição pontuais e difusas é fundamental para definir melhores alterna- tivas para a captação e o tratamento de água no abastecimento. Contudo, as fontes pontuais são mais fáceis de serem identificadas, assim, de serem controladas. Tratamento de efluentes e fiscalização são boas ferramentas de contro- le. Já, as fontes difusas são controladas por meio de técnicas de gerenciamento, programas de manejo e práticas de conservação da bacia hidrográfica, de solos em ambientes rurais e urbanos. Por isso se faz tão importante um diagnóstico da bacia hidrográfica, no caso de captação superficial (SODRÉ, 2012). TÓPICO 1 — SANEAMENTO AMBIENTAL E SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 15 Caro acadêmico! Seguem dois lembretes: • O padrão de qualidade da água para SAA é alto! Você encontrará os valores para os padrões de potabilidade nos anexos da Portaria de Consolidação do SUS nº 5/2017 em: https://bit.ly/3sQq5CX. • O Índice de Qualidade das Águas (IQA) avalia a qualidade da água bruta visando seu uso para o abastecimento público, após tratamento convencional. Certo? Calculado mediante inúmeros parâmetros, é difícil obter o valor de IQA facilmente, não é mes- mo? Mas para sua facilidade, há diversas opções de calculadoras on-line de IQA! No link a seguir, você encontra uma calculadora on-line para o IQA. Basta você colocar os valores dos parâmetros analisados na água. Acesse: https://bit.ly/3sMGNDq. ATENCAO 6.1 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 1: QUALIDADE DO MANANCIAL (2º ETAPA) Para continuidade do projeto, consideremos que o manancial fictício pos- sui boa qualidade. Apresentando um Índice de Qualidade da Água (IQA) entre os valores de 71 a 90. Isso significa que as fontes pontuais de contaminação a montan- te da captação, assim como as fontes difusas, não interferirem significativamente na qualidade do manancial, este superficial, conforme melhor discutido posterior- mente. Podemos considerar que, por se tratar de uma cidade pequena, os impactos não são significativos ao ponto de afetar efetivamente o corpo receptor. Contudo, sistema de tratamento de esgoto sanitário, e de drenagem e gerenciamento de re- síduo serão propostos nesse nosso projeto, nas Unidades 2 e 3 do Livro Didático. Olá, acadêmico! Leia o artigo Estratégias comerciais e operacionais das grandes companhias de saneamento: a experiência do estado de São Paulo. Disponível em: https://bit.ly/3gCrsCP. DICAS 16 Neste tópico, você aprendeu que: RESUMO DO TÓPICO 1 • Quando falamos em Saneamento Ambiental, devemos considerar diversas le- gislações, não só aquelas atribuídas especificamente ao Saneamento Básico, mas também as de avaliação ambiental para a qualidade dos corpos hídricos e gestão ambiental. Além, claro, daquelas atribuídas ao Sistema Único de Saúde (SUS). • É importante conhecer a demanda e disponibilidade hídrica no desenvolvi- mento e operacionalização de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA). Eles influenciam diretamente na eficiência do abastecimento. • São os parâmetros e elementos que devem ser considerados no dimensiona- mento de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA). • Mais importante do que conhecer os tipos de poluição, é preciso identificá-los de acordo com suas fontes de origem, sejam Pontuais e/ou Difusas. • Estimar o quantitativo populacional a ser atendido em um projeto de sanea- mento ambiental, de acordo com o alcance do projeto, ou seja, qual deve ser a população total no período de abrangência do abastecimento de água. 17 1 Com base na reflexão apresentada acerca da abrangência do Saneamento Ambiental e seu papel como futuro profissional em Engenharia Civil, ana- lise as sentenças a seguir: I- O Saneamento Ambiental por definição pode ser denominado Saneamen- to Básico, visto que são nomenclaturas distintas para uma mesma abran- gência conceitual e técnica. II- A realidade brasileira não garante a toda população nem mesmo o básico, quando falamos de saneamento. III- Como futuro profissional, é seu dever buscar sempre as alternativas mais avançadas e tecnológicas, a fim de atender as necessidades de saneamento ambiental no Brasil. Assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) As sentenças I e II estão corretas. b) ( ) Somente a sentença II está correta. c) ( ) As sentenças I e III estão corretas. d) ( ) Somente a sentença III está correta. 2 Dispõe a Constituição da Federal que saúde é direito social, assim como moradia, lazer e segurança, por exemplo. Para ter acesso a esse direito, o brasileiro precisa, entre outros aspectos, de um saneamento adequado. Em- bora tenhamos legislado em direção a isso, temos muito que evoluir na prá- tica. Sobre as legislações para o saneamento no Brasil, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) O Marco Regulatório do Saneamento Básico brasileiro (Lei nº 14.026/2020), exclui toda e qualquer participação do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às legislações aplicadas ao Saneamento Básico. ( ) A Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) reconhece somente o abas- tecimento humano como usos prioritários da água em situações de escassez. ( ) É atribuição da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) a competência para editar normas de referência sobre o serviço de saneamento. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) ( ) V – F – F. b) ( ) V – F – V. c) ( ) F – V – F. d) ( ) F – F – V. AUTOATIVIDADE 18 3 Sabendo que a poluição dos recursos hídricos, além de afetar a qualidade desses recursos, pode impactar na disponibilidade e na qualidade da água utilizada para o abastecimento, assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) A Poluição Pontual é mais prejudicial ao manancial superficial, do que a Poluição Difusa, uma vez que sua ocorrência é dada por meio do des- carte direto de contaminantes ao recurso hídrico. b) ( ) A Poluição Difusa tem pouco impacto na qualidade do recurso hídrico, uma vez que não se consegue precisar sua origem. c) ( ) Independente da fonte de poluição, seja Pontual ou Difusa, os impactos à qualidade da água podem ser significativos em ambas situações. d) ( ) Conhecer se a fonte de poluição é Pontual ou Difusa é importante, visto que, em somente um dos casos, o impacto pode ser considerado significativo. 4 Existem diferentes origens e classificações para a poluição ambiental. No que se aplica à poluição de recursos hídricos, podemos classificar a origem desse tipo de poluição de duas maneiras. As fontes de Poluição Pontual e Poluição Difusa. Logo, apresente ao menos dois exemplos para cada uma, de modo a caracterizá-las: 5 Determine a estimativa populacional, via crescimento geométrico, para o dimensionamento de um projeto de Sistema de Abastecimento de Água (SAA) com abrangência de 15 anos. Considerando uma cidade de 13.020 habitantes, no ano de 2020, cujos dados anteriores indicam que, no ano de 2000, esta população era de 9.890 mil habitantes, e que, em 10 anos, houve um incremento de 20%. 19 TÓPICO 2 — UNIDADE 1 CONSUMO E CAPTAÇÃO DE ÁGUA 1 INTRODUÇÃO Acadêmico, no Tópico 2, daremos continuidade no nosso projeto de dimensio- namento de um SAA. Considerada a primeira etapa do abastecimento, é de fundamental importância que conheçamos os parâmetros do manancial que influenciam na captação de água. Abordaremos também, a importância de conhecer a variação do consumo. Um SAA eficiente é aquele preparado para atender diferentes demandasde consumo durante todo o alcance do projeto. Embora o abastecimento domi- ciliar seja prioridade, não é o único a ser atendido. Devemos avaliar o consumo comercial, público e industrial, assim como o próprio consumo do sistema (água necessária na etapa de tratamento e as perdas). Nesta terceira etapa do projeto, iremos calcular as variações de consumo de água, definir o manancial de captação e apresentar os primeiros resultados de dimen- sionamento, referente às grades e telas. Daremos início efetivamente ao projeto, por meio da definição da vazão de captação (Fase 1) para o sistema de abastecimento. 2 VARIAÇÕES DE CONSUMO Conhecer a variação populacional e projeção do consumo, tendo como base o quantitativo populacional, é fundamental para determinar a vazão necessária de capta- ção para atender ao projeto de um SAA. No entanto, ao longo do ano a variação do con- sumo é dependente também de outros fatores, como condições climáticas, por exemplo. Os meses mais quentes e secos apresentam os maiores valores de consu- mos, podendo apresentar consumo 25% superior na média diária. Essas variações são ajustadas por meio de coeficientes de maior consumo diário e horário, confor- me é apresentado na sequência (HELLER; PÁDUA, 2010a): • Consumo per capita (qpc) De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa, para suprir suas necessidades básicas necessita de um consumo mínimo per capi- ta de 110 litros de água por dia. O consumo per capita é dado pela fração do vo- lume distribuído por número de dias do mês e população beneficiada, conforme mostra a equação (MARANHÃO, 2015). 20 UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO (4) Em projetos, quando se desconhece valores específicos para calcular o consumo per capita podem-se adotar os valores do Quadro 3: QUADRO 3 – CONSUMO PER CAPITA DE POPULAÇÃO PARA FINS DE PROJETO POPULAÇÃO (nº de habitantes) CONSUMO PER CAPITA (L/hab.dia) Até 6.000 De 100 a 150 De 6.000 até 30.000 De 150 a 200 De 30.000 até 100.000 De 200 a 250 Acima de 100.000 De 250 a 300 FONTE: Brasil (2004, p. 50) 2.1 VARIAÇÕES DIÁRIAS As variações de consumo diária dependem especialmente do clima. Em dias mais quentes têm-se os maiores consumo. Devido a isso se adota um coefi- ciente do dia de maior consumo (k1). Utilizado para determinar vazões de capta- ção, adução, tratamento e estação elevatória, o k1 pode variar entre 1,2 a 2,0. Sen- do dado pela fração da vazão média do dia de maior consumo, pela vazão média diária anual, conforme mostra a equação a seguir (HELLER; PÁDUA, 2010a): (5) • Vazão dos dias de maior consumo Sabendo disso, podemos calcular a vazão dos dias de maior consumo por meio da equação: (6) Onde: Q = vazão média (L/s); P =população abastecível a ser considerada no projeto (hab); qcp = taxa de consumo per capita (L/hab/dia); k1 = coeficiente do dia de maior consumo; h = número de horas de funcionamento do sistema. TÓPICO 2 — CONSUMO E CAPTAÇÃO DE ÁGUA 21 2.2 VARIAÇÕES HORÁRIAS A variação de consumo é uma característica presente também ao longo de um dia, apresentando picos de vazões em determinados horários. Os maiores consumos são durante as refeições e os menores durante a madrugada. Para isso adota-se o co- eficiente da hora de maior consumo (k2). Utilizado em cálculos de vazão para redes de distribuição, após a etapa de reservatório. Com uma variação maior que o k1, os valores de k2 estão ente 1,5 e 3,0. Dado por meio da fração da maior vazão horária do dia, pela vazão horária média do dia, conforme mostra (HELLER; PÁDUA, 2010a): (7) • Vazão dos dias de maior consumo e na hora de maior consumo (l/s) É possível, também, calcular a vazão para os dias de maior consumo, na hora de maior consumo, por meio da equação: (8) Onde: Q = vazão média (l/s); P =população abastecível a ser considerada no projeto (hab); qcp = taxa de consumo per capita (L/hab/dia); k1 = coeficiente do dia de maior consumo; k2: coeficiente de hora de maior consumo; h = número de horas de funcionamento do sistema. Em uma população futura de 90.872 habitantes, cujo consumo per capita de água é de 230 L/had.dia, será atendida por um sistema que capta água do manancial superficial durante 18 horas por dia. Qual seria a vazão necessária para atender essa população? É importante considerar que os coeficientes k1 e k2 são, respectivamente, 1,2 e 1,5, de acordo com a normatização técnica. AUTOATIVIDADE 22 UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO 2.3 VAZÃO DE DIMENSIONAMENTO PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA Agora que você já conhece a estimativa populacional e sabe que há varia- ções diárias e horárias do consumo, pode-se calcular a vazão de captação para o dimensionamento do abastecimento. Conforme mostra a Figura 2, o dimensionamento é dado por meio de dife- rentes vazões a depender da fase/etapa do SAA. E estes serão calculados ao longo desta unidade. Contudo, podemos utilizar como fórmula geral do abastecimento, a equação que segue (HELLER; PÁDUA, 2010a): (9) Onde: ki = coeficientes, que podem ser k1, k2 ou perdas. Caro acadêmico, o número 86.400, da Equação (9), você encontrará algumas vezes em nossos cálculos e em diversas referências. Esse valor corresponde a um dia todo em segundos, ou seja, 24 h = 86.400 s. Conforme já discutido, há diferentes usos para a água, e o dimensionamento de um SAA deve conhecer as demandas da localidade que se pretende instalar, para assim estabelecer a viabilidade do abastecimento. Contudo, a ABNT NBR 12211:1992 observa que as vazões de consumo devem considerar, além da população abastecível, os consumidores singulares (escola e hospital) e especiais (com- bate de incêndios). Nesses casos, têm-se vazões específicas, de acordo com o consumo per capita e o tempo necessário de abastecimento, que devem ser somadas ao consumo. IMPORTANT E 3 CAPTAÇÃO DE ÁGUA A captação de água destinada ao abastecimento é classificada de acordo com o tipo de manancial utilizado. Podendo ser manancial superficial e subterrâ- neo. Nos tópicos subsequentes serão apresentados os principais aspectos para a captação, a depender do manancial utilizado. TÓPICO 2 — CONSUMO E CAPTAÇÃO DE ÁGUA 23 3.1 CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUPERFICIAL Tratando-se de manancial superficial é fundamental que se conheça a bacia hidrográfica, a pluviometria, vazões medidas e/ou estimadas, as principais fontes de poluição (pontuais e difusas). Além claro, da localização do ponto de captação em relação a área total de projeto, com coordenadas geográficas e estudos hidráu- licos e estruturais (BRASIL, 2004). Três dos aspectos básicos necessários a serem analisados em captação superficial para SAA são apresentados no Quadro 4: QUADRO 4 – ASPECTOS BÁSICOS PARA A CAPTAÇÃO EM MANANCIAL SUPERFICIAL ASPECTOS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Quantidade da água Quantidade de água do recurso superficial pode apresentar va- zão: (i) suficiente, considerada a situação ideal, geralmente ocorre em rios perenes; (ii) insuficiente, esse caso ocorre geralmente nas situações em que na região há períodos de seca. Logo, necessitam de reservatório para atender em períodos de estiagem; e (iii) abai- xo da média, é a situação mais complexa, geralmente o abasteci- mento é realizado com captação em manancial complementar. Qualidade da água A fim de captar a melhor qualidade possível, a tomada de água, no caso de rios, deve ser realizada à montante de descargas poluido- ras. Em reservatório, a tomada de ver ser intermediária, evitando os impactos de corpos flutuantes e algas presentes na superfície e os sedimentos e massa biológica (plâncton) das áreas profundas. Segurança de funcionamento Para evitar problemas na captação, deve-se identificar com precisão: (i) entrada mínima de sucção; (ii) velocidade de des- locamento da água; e (iii) evitar obstruções por meio do uso de proteção como grades, telas ou crivos. FONTE: Adaptado de Heller;Pádua (2010a); Brasil (2004) Além dos aspectos apresentados no Quadro 4, há a economia de recursos monetários e operacionais, especialmente por meio da escolha da localização ade- quada e otimização do projeto. As NBRs 12211 e 12213 trazem detalhes referente as melhores alternativas para projeto de SAA via captação superficial. O Quadro 5 traz diferentes exemplos de captação superficial. QUADRO 5 – EXEMPLOS DE CAPTAÇÃO SUPERFICIAL. CARACTERÍSTICAS DO MANANCIAL FORMAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA a. Captação em cursos de água com pequenas vazões e baixa flutuação de nível Margens estáveis Captação direta ou tomada simples Margens sujeitas à erosão Captação direta com revestimento Margens instáveis Captação direta com muro de estabilização 24 UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO Leitos rochosos com lâmina líquida muito baixa Captação direta com barragem de nível Leitos arenosos com lâmina líquida muito baixa Barramento com enrocamento Leitos arenosos com areia em suspensão Com pequenas vazões e grande oscilação de nível leitos rochosos Captação com tubos furados em pilares Leitos arenosos Captação com derivação para poço seco a. Com grandes vazões e pequena oscilação de nível Captações simples como as da situação, como as três primeiras captações em pequenas vazões e baixa flutuação de nível (a) b. Com grandes vazões e grande oscilação de nível Torre de tomada com poço de derivada c. Captação em reservatórios de acumulação Captação com torre de tomada Captação com sifão FONTE: Adaptado de Brasil (2004); Heller e Pádua (2010a) Oba! Prontos para mais uma etapa do nosso projeto? Elabore junto conosco os cálculos de vazão de consumo para o dimensionamento da captação. Assim, você vai comprovando os resultados e compreendendo melhor cada etapa. Mãos à obra! UNI 3.2 ATIVIDADE PRÁTICA – PROJETO – FASE 1: CAPTAÇÃO EM MANANCIAL SUPERFICIAL (RIO) (3ª ETAPA) • Objetivo: dimensionar a captação de água em manancial superficial (rio). • Conceito: a captação de água é uma etapa que envolve diferentes técnicas, um sistema que visa garantir a quantidade e a melhor qualidade da água cap- tada (com menor perda de energia). • Descrição do procedimento: a descrição acerca deste procedimento é dada ao longo deste tópico, no qual será dimensionada a vazão de capacitação, gradeamento (perda de carga) e desarenador. Elementos fundamentais para a captação de água em rio (3º etapa do projeto). • Dados: o consumo per capita da população abastecível é de 220 L/hab.dia. Por não termos valores das vazões anual, de dia e de hora de maior consumo, adotaremos os valores recomendados pela ABNT para coeficientes de máxi- ma vazão diária (k1) e máxima vazão horário (k2),1,2 e 1,5, respectivamente. TÓPICO 2 — CONSUMO E CAPTAÇÃO DE ÁGUA 25 Para a continuidade no projeto algumas observações e parâmetros acerca da cidade fictícia devem ser considerados: a captação da água será realizada em um rio perene (vazão suficiente para a captação), durante o período de 16h/ dia. Devemos considerar ainda, que a Estação de Tratamento de Água (discu- tida no Tópico 3) irá consumir de 2,5% de água no tratamento (CETA %). E que não há a necessidade de se atender consumidor singular ou especial. • Solução: a seguir, o cálculo da vazão de demanda (captação) (HELLER; PÁ- DUA, 2010a): O manancial de captação (rio) apresenta grandes vazões e pequena oscilação de nível, logo, a água será captada por sistema de tomada água. Para que não ocor- ram interrupções imprevistas no sistema, decorrentes de problemas na capta- ção, especialmente devido a estrada de materiais flutuantes ou em suspensão, será dimensionado o uso de grades de barras paralelas para retirada de materiais grosseiros, telas de fios em malha para retirada de material flutuantes não conti- do na grade, e desarenador para remoção de partículas sedimentáveis, conforme estabelece a NBR 12213/1992 (HELLER; PÁDUA, 2010a; BRASIL, 2004). • Gradeamento: no projeto consideraremos duas grades: uma grade grosseira para retenção de materiais flutuantes ou em suspensão de maiores dimensões (> 7,5 cm). E uma grade fina para a retenção de materiais flutuantes ou em suspensão de dimensões menores (< a 7,5 cm). As espessuras das barras me- tálicas constituintes das grades para captação de água superficial costumam atender valores padronizados. Para a grade grosseira os valores variam entre 3/8" (0,95 cm), 7/16" (1,11 cm) ou 1/2" (1,27 cm). Já, para grade fina as dimen- sões são: 1/4" (0,64 cm), 5/16" (0,79 cm) ou 3/8" (0,95 cm). Ambas as grades se encontram inclinadas 75° (conforme normativa NBR, cuja inclinação deve variar entre 70° a 80°) para jusante, cujo objetivo é facilitar o processo de lim- peza manual (HELLER; PÁDUA, 2010a). Os cálculos para dimensionamento das grades são apresentados na sequência. Para o cálculo da grade grossa adota-se: nível mínimo de água ≥ 1,7 cm²/L/ min de vazão captada, de modo que a velocidade resultante (Vu) seja ≤ 10 cm/s; altura mínima (Hmin = 30 cm); altura máxima (Hmáx = 1,5 m); largura do canal (𝑏 = 0,1 𝑚); espessura das barras (𝑠 = 0,0111 𝑚 ); e número de barras = 17, (HELLER; PÁDUA, 2010a) onde tem-se: (10) Vazão mínima (Qmin) 26 UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO Altura útil da vazão mínima (Au) (11) Largura mínima do canal (Bu) (12) Largura do Canal (B) (13) Para o cálculo da grade fina adotam-se os mesmos parâmetros que na grossa, exceto: na largura do canal (𝑏 = 0,3 𝑚), espessura das barras (𝑠 = 0,0079 𝑚) e número de barras = 49 (HELLER; PÁDUA, 2010a). Logo, tem-se como largura do canal: B = 49 . 0,0079 + (49 - 1) 0,03 = 1,8m. Olá, acadêmico! Você sabe o que significa perda de carga? Teoricamente, per- da de carga nada mais é que um termo genérico designado para o consumo de energia desprendido por um fluido para vencer as resistências ao escoamento. Posteriormente, dis- cutiremos melhor o assunto. No entanto, fique atento, a seguir mostraremos os primeiros cálculos de perda de carga em um dimensionamento de SAA. ESTUDOS FU TUROS Admitindo-se que as grades apresentam seção circular, adota-se para a função da forma da barra (β = 1,79) o cálculo da perda de carga das grades, dado pela equação 14. Conforme mostram os resultados dos cálculos na sequência, as perdas de carga foram pequenas, sendo essa uma característica para os tipos de grades utilizadas. (14) TÓPICO 2 — CONSUMO E CAPTAÇÃO DE ÁGUA 27 Velocidade a montante da grade (15) Coeficiente de perda de carga em grade (16) Onde: V = velocidade a montante da grade; K = coeficiente de perda de carga em grade. Perda de carga para a grade grosseira Perda de carga para a grade fina O dimensionamento da perda de carga (hf) nas telas foi dado adotando o valor de ε = 0,5776. Assumindo o diâmetro de (d= 0,02 cm), valor comercial para tela, para o cálculo do coeficiente de perda de carga para telas (Equação 17) (HELLER; PÁ- DUA, 2010a). A perda de carga calculada também pela Equação 14 conforme mostra: 28 UNIDADE 1 — DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) PARA CONSUMO HUMANO Coeficiente de perda de carga em telas (17) Perda de carga a tela • Desarenador: para o dimensionamento do desarenador devemos considerar os seguintes critérios: velocidade de sedimentação (VS = 0,021 m/s), velocidade ho- rizontal (Vh = 0,30 m/s), comprimento do desarenador com 50% de folga (L = 1,5 L) e altura máxima (Hmáx = 1,5 m) (HELLER; PÁDUA, 2010a). Tem-se, portanto: Tempo de decantação (19) Comprimento do desarenador 3.2.1 Reflexão da Prática Definir em poucas palavras a funcionalidade das grades e do desarenador: • Grades: consiste em equipamento utilizado para a retenção do material gros- seiro transportado pelas águas residuárias. • Desarenador: consiste em equipamento utilizado para a remoção de sólidos de um determinado líquido, por meio de peneiramento. TÓPICO 2 —
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