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GEOPROCESSAMENTO Erika Rocha Geoprocessamento O que é isso? Geoprocessamento Geoprocessamento pode ser definido como um conjunto de técnicas computacionais necessárias para manipular informações espacialmente referidas. Geoprocessamento pode ser entendido como conjunto de técnicas de coleta, tratamento, manipulação e apresentação de dados espaciais. Geoprocessamento Desta forma, pode ser definido como um ramo da ciência que estuda o processamento de informações georreferenciadas utilizando: Aplicativos (normalmente SIGs), Equipamentos (computadores e periféricos), Dados de diversas fontes e Profissionais especializados. Este conjunto deve permitir a manipulação, avaliação e geração de produtos (geralmente cartográficos), relacionados principalmente à localização de informações sobre a superfície da terra. Principais componentes Informática Sistemas de Informações Geográficas – SIG Sensoriamento remoto Sistema de posicionamento global – GPS Cartografia digital Topografia e levantamentos de campo Processamento digital de imagens Profissional capacitado Histórico Em Londres, 1854 – grave epidemia de cólera, doença sobre a qual na época não se conhecia a forma de contaminação. Numa situação aonde já haviam ocorrido mais de 500 mortes, o doutor John Snow teve a ideia de colocar no mapa da cidade a localização dos doentes de cólera e do poços de água. Com a espacialização dos dados, o doutor Snow percebeu que a maioria dos casos estava concentrada em torno do poço da “Broad Street” e ordenou a sua lacração, o que contribuiu em muito para conter a epidemia. Histórico Anos 50: Ocorreu a primeira tentativa de automatizar parte do processamento de dados espaciais. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, com objetivo de reduzir custos com produção e manutenção de mapas. A precariedade da informática na época impossibilitou que estes sistemas fossem considerados sistemas de informação. Histórico Anos 60: Surgiram os primeiros Sistemas de Informação Geográfica no Canadá. Faziam parte de um programa governamental para criar inventário de recursos naturais. Grande dificuldade de utilização: Falta de monitores gráficos com alta resolução Computadores caros Histórico Anos 60: Falta de mão de obra especializada, Falta de softwares comerciais, Pouca capacidade de armazenamento, Baixa velocidade de processamento e, Falta de dinheiro. Histórico Anos 70: Desenvolvimento de software comerciais. Criação da expressão Geographic Information System (Sistema de Informação Geográfica) Primeiros programas comerciais de CAD (projeto assistido por computador), base para os primeiros sistemas de cartografia automatizada. Desenvolvimento de alguns fundamentos matemáticos voltados para a cartografia. Devido aos custos e ao fato desses sistemas ainda utilizarem exclusivamente computadores de grande porte, somente grandes organizações tinham acesso à tecnologia. Histórico Anos 80: Representa o momento quando a tecnologia de sistemas de informação geográfica inicia um período de acelerado crescimento que dura até os dias de hoje. Até então limitados pelo alto custo do hardware e pela pouca quantidade de pesquisa específica sobre o tema. Os SIG se beneficiaram grandemente da massificação causada pelos avanços da microinformática e do estabelecimento de centros de estudos sobre o assunto. Geoprocessamento - Brasil A introdução do geoprocessamento no Brasil inicia-se a partir do esforço de divulgação e formação de pessoal feito pelo prof. Jorge Xavier da Silva (UFRJ), no início dos anos 80. Com vinda de Roger Tomlinson ao Brasil, em 1982, responsável pela criação do primeiro SIG (Canadian Geographical Information System), incentivou o aparecimento de vários grupos interessados em desenvolver tecnologia. Geoprocessamento - Brasil Grupos envolvidos no desenvolvimento do Geoprocessamento no Brasil: UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). MaxiDATA ( empresa de aerolevantamento – meados de 80). CPqD/TELEBRAS (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da TELEBRÁS - 1990). INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial - 1984) O desenvolvimento das atividades nesta área requer alguns conhecimentos básicos vindos de outras ciências, sobretudo da cartografia e da geodésia. É fundamental que o profissional saiba o que é e como pode ser utilizado um sistema geodésico de referência e um sistema de coordenadas. Conhecimentos fundamentais Mapas Um mapa é a apresentação ou abstração da realidade geográfica. É uma ferramenta para apresentação da informação geográfica nas modalidades visual, digital e táctil. Escala Indica-nos o número de vezes que a realidade foi reduzida. A escala de um mapa é a relação constante que existe entre as distancias lineares medidas sobre o mapa e as distâncias lineares correspondentes, medidas sobre o terreno. Tipos de escalas Numéricas: normalmente expressa por uma fração onde o numerador é a distancia no mapa e o denominador é a distancia equivalente no terreno. Assim, na escala de 1: 20.000 significa dizer que a cada 1 unidade do mapa equivalem20.000 unidades no terreno. Gráfica: corresponde a um ábaco formado por uma linha graduada, dividida em partes iguais, senda cada uma delas representante da unidade de medida escolhida para o terreno ou um de seus múltiplos. Tipos de escalas Tipos de escalas Projeções Cartográficas A construção de um mapa requer a seleção de um sistema de projeção. Este sistema será escolhido de maneira que o mapa reproduza as propriedades que satisfaçam às finalidades propostas para sua utilização. Cada projeção tem características distintas, que a tornam adequada para determinados usos, embora nenhuma projeção possa atender completamente a todas as condições desejáveis. Projeções Cartográficas Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma superfície esférica, em coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas. O uso deste artifício geométrico das projeções consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las. Projeções – Mapa ideal Representação dos ângulos sem deformação e, em decorrência, manutenção da verdadeira forma das áreas a serem representadas (conformidade). Inalterabilidade das dimensões relativas das mesmas (equivalência). Constância das relações entre as distâncias dos pontos representados e as distâncias dos seus correspondentes na superfície da Terra (equidistância). Representação dos círculos máximos por meio de linhas retas. Representação das linhas de rumo por linhas retas. Facilidade de obtenção das coordenadas geográficas dos pontos e, vice-versa, da plotagem dos pontos por meio de suas coordenadas geográficas. Sistemas de Projeção As projeções cartográficas são formas ou técnicas de representar a superfície terrestre em mapas. As projeções, quanto ao método de construção, classificam-se em: geométricas, analíticas e convencionais. Sistemas de projeção Método de Construção Projeções Geométricas As Projeções geométricas se baseiam em princípios geométricos projetivos. Podem ser subdivididas em: projeções perspectivas e pseudoperspectivas. Sistemasde projeção Método de Construção Projeções Geométricas - Perspectivas As projeções perspectivas são as obtidas pelas interseções sobre determinada superfície dos feixes de retas que passam pelos pontos correspondentes da superfície da Terra e por um ponto fixo, denominado ponto de vista. Sistemas de projeção Método de Construção Projeções Geométricas – Pseudo- perspectivas As projeções pseudo-perspectivas são projeções perspectivas nas quais se recorre a algum artifício, de maneira a se obter determinada propriedade. Sistemas de projeção Método de Construção Projeções Analíticas: São aquelas que perderam o sentido geométrico propriamente dito, em consequência da introdução de leis matemáticas, visando-se conseguir determinadas propriedades. Projeções Convencionais: São as que se baseiam em princípios arbitrários, puramente convencionais, em função dos quais se estabelecem suas expressões matemáticas. Sistemas de projeção Superfície de projeção adotada Essa superfície pode ser um plano ou uma superfície auxiliar desenvolvível em um plano. Daí a classificação em projeções planas e projeções por desenvolvimento. Quanto ao tipo de superfície adotada, são classificadas em: CILÍNDRICAS, PLANAS OU AZIMUTAIS E CÔNICAS Sistemas de projeção Superfície de projeção adotada Projeção Cilíndrica Na projeção cilíndrica, a superfície terrestre é projetada sobre um cilindro tangente ao elipsóide que então é longitudinalmente cortado e planificado. Projeção Cilíndrica Projeção Cilíndrica Nesta projeção os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos. Nela as regiões polares aparecem muito exageradas. Os mapas-múndi são feitos em projeções cilíndricas. Sistemas de projeção Superfície de projeção adotada Projeção Azimutal São projeções sobre um plano tangente ao esferóide em um ponto. No tipo normal (ou polar), o ponto de tangência representa o pólo norte ou sul e os meridianos de longitude são linhas retas radiais que partem deste ponto enquanto paralelos de latitude aparecem como círculos concêntricos. Projeção Azimutal Projeção Azimutal A distorção no mapa aumenta conforme se distancia do ponto de tangência. Considerando que distorção é mínima perto do ponto de tangência, as projeções azimutais são apropriadas para representar áreas que têm extensões aproximadamente iguais nas direções norte-sul ou leste-oeste. Sistemas de projeção Superfície de projeção adotada Projeção Cônica Na projeção cônica, a superfície terrestre é projetada sobre um cone tangente ao elipsóide que então é longitudinalmente cortado e planificado. Projeção Cônica Projeção Cônica Nesta projeção os meridianos convergem para os polos e os paralelos são arcos concêntricos situados a igual distância uns dos outros. São utilizados para mapas de países de latitudes médias. Sistemas de projeção Superfície de projeção adotada As projeções planas ou azimutais são, então, classificadas em: Polares – ponto de tangência no polo; eixo da Terra perpendicular ao plano de projeção; Equatoriais ou meridianas – ponto de tangência no equador; eixo da Terra paralelo ao plano de projeção; plano de projeção paralelo ao plano de um meridiano; Horizontais ou oblíquas – ponto de tangência em um ponto qualquer da superfície da Terra; eixo da Terra inclinado em relação ao plano de projeção. Sistemas de projeção Superfície de projeção adotada As projeções por desenvolvimento são classificadas em: Normais – eixo do cone paralelo ao eixo da Terra; Equatoriais – eixo do cilindro paralelo ao eixo da Terra; Transversas – eixo do cone perpendicular ao eixo da Terra; Transversas ou Meridianas – eixo do cilindro perpendicular ao eixo da Terra; Horizontais ou Oblíquas – eixo do cone ou cilindro inclinado em relação ao eixo da Terra. Sistemas de projeção Superfície de projeção adotada Sistemas de projeção Sistema geodésico de referência Um Sistema Geodésico de Referência (SGR) é definido com base num conjunto de parâmetros e convenções, junto a um elipsóide ajustado às dimensões da Terra e devidamente orientado, constituindo um referencial adequado para a atribuição de coordenadas a pontos sobre a superfície física. Sistema de Referência O sistema de referência (nomenclatura) utilizado para as folhas topográficas e geográficas é baseado no sistema da Carta do Brasil ao Milionésimo. Carta do Brasil ao Milionésimo A Carta faz parte da Carta Internacional do Mundo (CIM), na escala 1:1.000.000, para a qual foi adotada a Projeção Cônica Conforme de Lambert, até as latitudes de 84º N e 80º S. Para as folhas das regiões polares foi utilizada a Projeção Estereográfica Polar. Sistema Geodésico Brasileiro O Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é definido a partir de um conjunto de pontos geodésicos implantados na superfície terrestre delimitada pela fronteira do país. Tal como qualquer outro sistema geodésico de referência, ele pode ser dividido em duas componentes: - datum horizontal e vertical, compostos pelos sistema de coordenadas e superfícies de referência (elipsóide e geóide) e a rede de referência, consistindo das estações monumentadas, as quais representam a realização fisica do sistema. Desdobramento da CIM Desdobramento da CIM Desdobramento da CIM Desdobramento da CIM Desdobramento da CIM Desdobramento da CIM Desdobramento da CIM Exercício Encontrar a nomenclatura do mapa que contenha as seguintes coordenadas: 55º 30’ e 7º 30’ 40º e 12º 30’
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