Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Direito Naturalista Caracteristicas Idéia abstrata do Direito, o ordenamento ideal correspondente a uma justiça superior e anterior. Deriva da natureza de algo, de sua essência. É o pressuposto do que é correto, do que é justo, e parte do principio de que existe umdireito comum a todos os homens e que o mesmo é universal Suas principais caracteristicas, além da universalidade, são imutabilidade e o seu conhecimento através da própria razão do homem. Aristóteles Considerado Pai do Direito Natural. “Uma parte da justiça política é natural, a outra é legal. A natural tem a mesma eficácia em todos os lugares e não depende de nossas opiniões...” (Aristóteles – 384-322 a.C.) Aristóteles foi o primeiro autor conhecido que falou da divisão do direito natural e positivo. A terminologia “direito natural” não é original dele, pois já havia sido utilizada pelos sofistas. Na visão aristotélica, o direito natural tem duas características: não se baseia nas opiniões humanas e em qualquer lugar tem a mesma força. Junto com o direito natural aparece o justo legal, direito positivo. É próprio desse direito provir da convenção humana, tendo como característica própria ser variável. Norberto Bobbio (1909-2004) Filósofo político com grandes contribuições nas teorias do direito Natural e Positivo. Na concepção de Bobbio,as regras quando impostas por um corpo normativo de poder máximo na coletividade, tornando-se inválidas e ilegítimas por não seguir a ordem natural do comportamento humano. Norberto Bobbio cita preceitos quanto as diferenças entre as duas correntes: Juscivile(D. Positivo) Imposto pelo povo Limitea uma coletividade Jusgentiun(D.Natural) Aceito de acordo com a natureza humana. Não há fronteiras. Característica Fundamentais Imutabilidade / Permanente Universalidade Racionalidade Absoluto Jusnaturalismo Contemporâneo Com o advento do Jusnaturalismo Moderno, do século XVII, ocorre profunda ruptura do pensamento da escola clássica e dos preceitos aristotélico-tomista, dando ensejo a autentica transmutação do verdadeiro conceito de direito natural, este desliga-se dos fundamentos teológicos e ontológicos e passa a ser instrumento de um racionalismo subjetivista abstrato e sem lastro na história. A forma que traz a vitalidade ao Jusnaturalismo Contemporâneo é aquela que o aproxima das doutrinas sociológicas e “realísticas” do direito , abandonando a tese da imutabilidade e eternidade do direito natural e reconhecendo-o como imanente à história. Jusnaturalismo Teologico Surge na Idade Média, tendo como fundamento jurídico a idéia da divindade como um ser onipotente, oniscente e onipresente. O Universo inteiro obedece a uma certa lei de causa e efeito, para todo efeito inteligente há uma causa a ser igualmente inteligente. Pode-se dizer que é irracional admitir que simplesmente tudo se criou sozinho, sem uma inteligência superior comandando tudo, movido também por forças cegas e pelo acaso Jusnaturalismo Racionalista Surge em meio as revoluções liberais burguesas do século XVII e XVIII, tendo como fundamento a RAZAO humana universal. Afasta o vínculo teológico e procura um fundamento válido do Direito natural na própria razão humana. O jusnaturalismo racionalista moderno no entendimento jurídico, passa a ser construído sistemático da razão, conforme o rigor lógico da dedução, e um instrumento de crítica da realidade, ao autorizar a avaliação crítica do direito posto em nome de padrões éticos contidos em princípios reconhecidos pela razão humana. Jusnaturalismo Cosmológico O jusnaturalismo cosmológico foi a doutrina do direito natural que caracterizou a antigüidade greco-latina, fundado na idéia de que os direitos naturais corresponderiam à dinâmica do próprio universo, refletindo as leis eternas e imutáveis que regem o funcionamento do cosmos. A razão universal que rege todos as coisas está presente em cada homem, sem distinções; enquanto parte da natureza cósmica, o homem é racional, donde se infere a existência de um direito natural universalmente válido e baseado na razão, o qual não se confunde com o direito posto pelo Estado. Conclusão Ao longo da história da humanidade a referência ao direito natural sempre esteve presente. Em algumas épocas, tal direito era visto como o verdadeiro direito, juntamente com o direito positivo, formando um só sistema. Em outros momentos falou-se da divisão do direito em direito natural e positivo como sendo dois sistemas independentes. O consenso entre as comunidades internacionais vem impondo uma regulamentação no sentido de tentar buscar a máxima efetividade dos direitos fundamentais. Tanto o atributo da dignidade da pessoa humana, quanto o direito à vida ou o simples direito de ser respeitado existem simplesmente em razão da existência do ser humano. São devidos em função da natureza humana e sua positivação vem sempre de modo a garanti-los, e nunca para subtraí-los.
Compartilhar