TG IV

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Trabalho em Grupo – TG
 Aluno(s):
 Ronaldo Flavio da Silva RA 1750237
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 Polo Volta Redonda 
 
 
 2017
 TRABALHO EM GRUPO - TG
 Leia a Resolução no. 4, de 13 de julho de 2010 que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, no endereço:
http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=866&id=14906&option=com_content&view=article 
Compare a leitura anterior com o pequeno texto a seguir: 
 O mundo
 Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. 
 Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
 – O mundo é isso – revelou. – Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo. 
In GALENO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 2008
 Elaborem um texto que destaque a diversidade expressa no documento e no texto lidos acima. Pensem na diversidade das individualidades, mas também na pluralidade cultural presente no Brasil.
 INTRODUÇÃO
 É praticamente impossível falar de diversidade no Brasil sem falar das origens do povo brasileiro, uma origem marcada pela mistura de europeus, indígenas, africanos, etc. Cada componente da formação étnica do Brasil é carregado de peculiaridades culturais, dos Portugueses podemos observar a pratica das cantigas de roda, dos Africanos as danças populares e dos indígenas vários elementos linguísticos como por exemplo “caiçara” e “caipira”.
 Expandindo a ideia de uma diversidade local, pode-se falar do contexto global e de uma multiplicidade de povos, de pessoas e de regiões. O planeta terra é o lar de bilhões de pessoas, como cada uma delas pode ter sua particularidade? No artigo 1º da Declaração Universal dos direitos do Humanos, é dito que todas as pessoas são iguais, mas que cada um foi dotado de consciência (ONU,1948), é essa consciência que também individualiza e torna especial cada pessoa. Diferente do que muitos pensam, o ser humano faz parte de uma comunidade global, onde todos tem um papel importante a desenvolver dentro de seu contexto social. Apesar de tantas barreiras que dificultam a reciprocidade entre as pessoas, pode-se encontrar fatores benéficos na diversidade em escala global. 
 
 A Globalização de mercado torna possível a interação e utilização de tecnologias produzidas do outro lado do planeta, roupas e produtos que talvez não existam em determinada região, podem ser adquiridas graças a economia globalizada. Teorias e descobertas cientificas que são conquistadas diariamente, podem mudar a vida de milhões de pessoas no mundo todo, graças a multiplicidade social.
 
Diversificando
 De proporções territoriais vastas, o Brasil abriga culturas de pelo menos 3 continentes diferentes, onde inúmeros elementos do dia a dia configuram uma grande “teia” de comunidades distintas. Pode-se citar o exemplo das religiões, existem pelo menos cinco tipos de comunidades religiosas no Brasil (AZEVEDO,2012). Com tantos elementos culturais presentes em todos os cultos e práticas da liturgia religiosa, fica claro que existe uma diversidade de pensamento existencial, notadamente amplo. Um dos fatores essenciais para se preservar a ordem social em circunstâncias tão diversas, consiste na articulação legislativa e em prol da aceitação do indivíduo e rigorosidade em que o preconceito é tratado (BRASIL,1989). Não existem duas pessoas iguais, por mais que o aspecto físico seja idêntico, cada pessoa é única, cada pessoa constitui uma parte essencial e insubstituível de sua própria realidade. Tristemente em alguns momentos da história, pessoas únicas, que trabalharam por criar uma consciência coletiva de nivelamento igualitário, se tornaram vítimas de perseguições e morte (SALVATTI,2016).
 O paradoxo entre singularidade e pluralidade que é citado nos trechos “Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras [...] Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas” (GALEANO,2002), cria um cenário de como a diversificação é importante e essencial na vida do ser humano através de algumas considerações: Se uma pessoa pode ser comparada a uma luz em meio a outras luzes, significa que há uma diferença relativamente detectável; cada pessoa emana luz própria, ou seja, suas capacidades de influência são oriundas de si mesmas, e por fim, a caracterização peculiar do “fogo” de cada pessoa, como se todos fossem portadores de algo único e incomunicável. A boa notícia dessas considerações, é a de que cada pessoa possui qualidades e aptidões que são exclusivas, que podem moldar o mundo ao seu redor para melhor ou para pior.
 Tendo como base uma cosmovisão pluralista, onde um é o todo e todo é um, torna-se necessário um grande preparo e educação por parte do poder público. Não é tarefa fácil unir todos sob a égide da lei, sem contrariar ou, mesmo que de maneira não intencional desagradar alguém. Um ponto interessante a se considerar pode ser resumido na seguinte indagação: A sociedade se enxerga de maneira individual, mesmo dentro de um plano diversificado? Nota-se que existe um grande “déficit”, por parte da sociedade em se reconhecer, um grande abismo no tocante ao respeito cultural. Em um país onde mais da metade da população se auto intitula cristã, pode parecer um desrespeito por parte da grande mídia, que um ritual de candomblé seja exibido em rede aberta no horário nobre, por outro lado, percebe-se que o candomblé faz parte da cultura religiosa do Brasil. A grande questão consiste no fato de acontecer um despertamento por parte da sociedade no quesito de reconhecimento cultural, em saber que o território Brasileiro constituiu uma miscigenação de raças, e que a pátria pertence a todos estes.
CONCLUSÃO 
 A base de toda sociedade é a forma como está se relaciona com o seu próximo, o relacionamento, por sua vez depende da educação e grau de instrução das partes envolvidas. Será que o Brasil tem atuado com um modelo “pró-educativo” em suas aspirações educadoras? O desafio de integrar um programa de ensino que possa ser acompanhado ao mesmo tempo por um aluno com deficiência física, um aluno de origem indígena, um aluno com um projeto familiar mal sucedido, um aluno com transtornos comportamentais, etc. Percebe-se claramente que existe um posicionamento articulado por parte dos órgãos normativos do sistema nacional de educação quanto a este tema observando as seguinte citação (BRASIL,1996).
 Cabe aos sistemas educativos viabilizar a oferta de cursos gratuitos aos jovens e aos adultos, proporcionando-lhes oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos,exames, ações integradas e complementares entre si, estruturados em um projeto pedagógico próprio.
 Apesar de possuir uma legislação bem definida e esclarecida, ainda existe uma serie de conquistas a serem alcançados no contexto da diversidade Brasileira. Quais os fatores que podem ser identificados como os maiores desafios à aceitação de uma diversidade cultural por parte da população? Segundo a atual leitura dos fatos, podem ser enumeradas a grosso modo as seguintes problemáticas:
Preconceito e intolerância em todos os aspectos.
Falta de investimento em programas que unifiquem e conscientizem a população sobre seu papel na comunidade local.
Falta de estrutura educacional para um melhor acolhimento de todas as esferas da sociedade.
Ideologias preconceituosas a alguns segmentos religiosos da cultura Brasileira por parte da grande mídia.
Polarização política de caráter ideológico.
 Diante do quadro atual, faz-se necessário um posicionamento mais sério e maduro por parte das comunidades envolvidas. É de extrema urgência que as pessoas passem a enxergar o mundo com reciprocidade, atuar como propagadores da pluralidade nacional sem perder sua essência diversa. Faz se necessário um posicionamento mais humanista por parte dos profissionais de saúde, dispensando igual atenção e cuidados a todos os que precisarem. Pode- se mensurar resultados positivos a longo prazo, mas o desafio de cada Brasileiro é o de se tornar a mão ajudadora de seu próximo, sem se importar com cor da pele, crença ou poder aquisitivo.
REFERENCIAS 
ONU, Assembleia Geral. Declaração Universal dos Direitos Humanos,1948. Disponível em:<https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm>. Acesso em : 19 de nov. de 2017.
AZEVEDO, Reinaldo. O IBGE e a Religião, 2012. Disponível em:< http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/o-ibge-e-a-religiao-cristaos-sao-86-8-do-brasil-catolicos-caem-para-64-6-evangelicos-ja-sao-22-2/>. Acesso em: 19 de nov. de 2017.
BRASIL. Lei nº 7.716, de 05 de janeiro de 1989.
SALVATTI, Ana C. O Movimento Negro, 2016. Disponível em:< http://www.politize.com.br/movimento-negro/>. Acesso em: 20 de nov. de 2017.
GALEANO, Eduardo. O Livro dos Abraços.9.ed.Porto Alegre:L&PM,2002.
BRASIL, LDB. Lei nº 9.934 de 20 de dezembro de 1996.