ALIMENTOS PARA FINS ESPEECIAIS

UNIVERSIDA DE CEU M A Coordenação de Nutrição Profª MSc. Elane Hortegal A limentos para fins especiais Definição, Classificação e Padrões internacionais de referências Andréi a Kass Ferreira 889192 Anna Terra M. Pires 911220 José Mauricio Filho 880437 Ledenilson Costa 921490 Ludmila Machado 912281 Tatiana Menezes 885812 São Luis 2012 UNIVERSIDA DE CEU M A Coordenação de Nutrição Profª MSc. Elane Hortegal A limentos para fins especiais Definição, Classificação e Padrões internacionais de referências Trabalho de aproveita mento apresentado a Profa. Elane Hortegal, da disciplina de Com posição de Alimentos, do 3º período do curso de Nutrição , para obtenção parcial de nota. Andréia Kass Ferreira 889192 Anna Terra M. Pires 911220 José Mauricio Filho 880437 Ledenilson Costa 921490 Ludmila Machado 912281 Tatiana Menezes 885812 São Luis 2012 SUMÁRIO 1 Introdução 03 2 Alimentos para fins especiais 04 2.1 Definição 04 2.2 Classificação 04 2.2.1 Alimentos para dietas com restrição de nutrientes 04 2.2.2 Alimentos para ingestão controlada de nutrientes 04 2.2.3 Alimentos para grupos populacionais específicos 05 3 Evolução dos produtos diet e light no Brasil 05 3.1 Alimentos diet 06 3.2 Alimentos light 07 3.3 Adoçantes dietéticos 08 3.3.1 Classificação dos Edulcorantes 09 4 Padrões internacionais de referência \u2013 Cordex Alimentarius 10 4.1 Estrutura organizacional do Cordex Alimentarius 11 4.2 Comitê do Cordex Alimentarius no Brasil 12 4.3 Finalidades do CCAB 13 5 Considerações gerais 14 6 Conclusão 14 7 Referências 15 3 1. INTRODUÇÃO O crescente número de pessoas pre ocupadas com a saúde, alimentação saudável e padrões de belez a, fez com que o mercado de alimentos para fins especiais atingisse um crescimento cada vez maior. Existem hoje, no m ercado centenas de alimentos dessa categoria, e uma população m undial, consumidora de cerca de 300 m ilhões, entre eles diabéticos, obesos, hipertensos, hipercolesterolêmicos e outros que desejam apenas manter a forma e a boa condição física (CÂNDIDO, 1996 ). A legislação define alimentos para f ins especiais, do qual os a limentos diet fazem parte, como alime ntos especialmente fo r mulados e p rocessados, nos quais se introduzem modificações no co nteúdo de nutrientes, adequados à u tiliz ação em dietas, d i feren ciada e ou opcionais, a tendendo as necessidades de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas (BRASIL, 1998a). Dados da Associação Brasileira da Indústr ia de Alimentos para Fins E speciais (ABIAD, 2009) mo stram que o mercado de produ tos diet/light no Brasil e stá em constante crescimento e é consum i do pelas diversas classes sociais. Alimen tos diet com restrição de sódio, colesterol ou outros nutrientes são geralm ent e comercializados conjuntamente com o s de restrição de açúcares e calóricas. Muitos alimentos para f ins especiais são m ais calóricos que os similares tradiciona is , apresentando muitas vez es restrição de açúcares, mas adição signifi cativa de gorduras (FREITAS, 2005 ). Diante deste quadro, a oferta indiscriminada, a grande vari edade e a falta de orientação sobre a escolha e uso adequado de alimentos para fins especiais e de edulcorantes, os consumidores tornam-se um grupo vulneráv el ao co nsumo inadequado destes produtos, com possível impacto negativo sobre s ua saúde. 4 Com o intuito de preservar a saúd e dos consumidores e a segurança san itári a desses alimentos, a FAO e a OMS criaram a comissão do Codex Alimentarius, para desenvolver p adrões, manuais e n ormas alimentares internacionais, pa ra garantir práticas leais no comércio de A limentos para fins especiais. 2. ALIMENTOS PARA FINS ESPECIA IS 2.1 Definição Os alimentos para fins esp eciais s ão definidos p ela legislação como sendo aquele alimento especialmente formulado ou processado, nos quais se introduzem modificações no con teúdo de nutrientes, adequados à utilização em dietas, diferenciada e ou opcionais, atendendo as necessidade s de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas. (PORTARIA SVS/MS N.º 29/98) 2.2 Classificação Os alimentos para fins especiais classificam -s e em: 2.2. 1 A limentos para die tas com restrição de nutrientes: a) alimentos para dietas com restrição de carboidratos; b) alimentos para dietas com restrição de gorduras; c) alimentos para dietas com restrição de proteínas; d) alimentos para dietas com restrição de sódio; e) outros alimentos destinados a fins específicos. 2.2.2 Alimentos para ingestão controlada de nutrientes: a) alimentos para controle de peso; b) alimentos para praticantes de atividade física; c) alimentos para dietas para nutrição enteral; 5 d) alimentos para dietas de ingestão controlada de açucares; e) outros alimentos destinados a fins específicos. 2.2.3 Alimentos para grupos populacionais específi cos; a) alimentos de transição para lactentes e crianças de primeira infância; b) alimentos para gestantes e nutrizes; c) alimentos à base de cereais para alimentação infantil; d) fórmulas infantis; e) alimentos para idosos; f) outros alimentos destinados aos demais grupos populacionais específicos. Não são considerados Alimentos para Fins Especiais os alimentos adicionados de nutrientes essenciais, as bebidas dietéticas e/ou de baixas calorias e /ou alcoólicas, os suplementos vitamínicos e /o u minerais, os produtos que contenham substâncias medicamentosas ou indicações terapêuticas e os aminoácidos de forma isolada e combinada (Portaria nº 29, Janeiro, 1998 \u2013 AN VISA). A denominação dos Alimentos para Fins Especiais é a designação do alimento convencional de acordo com a legislação e specí fica, seguida da f i nalidade a que se destina, exceto p ara os adoçantes para dietas com restrição de sacarose, glicose (dextrose) e ou frutose, cuja designação é "Adoçante Dietético". 3. Evolução dos produtos diet e light no Brasil Até 1988, no Brasil, os alime ntos dietéticos eram considerados medicamentos e não ali mentos e ram desenvolvidos p ara d iabéticos o u outra pessoas que necessitavam de algum tipo de alimentação especial. Até esse momento eles eram comercializados em farmácias, e não em supermercados, como acontece atualmente. Mas o crescimento no Brasil só foi permitido, a travé s de modificações na legislação, quando passou a considerar estes produtos como alimentos e não 6 mais como remédios e permitiu a produção e comercialização em outros estabelecimentos, houv e um enorme cresc imento de sses produtos . E com a entrada no m ercado de refrigerantes d ietéticos, ocorreu a chamada \u201c onda diet \u201d, tendência essa, que já ocorria no mundo todo (FREITAS, 2005 ). A p artir de 1988, os produtos diet e light f oram enquadrados p elo Ministério da Sa úde na categoria de Alimentos Especiais \u2013 os diet como Alimentos para Fins Especiais e os light como Alimentos Modificados. E ss es produtos passaram a sere m controlados pela Divisão Nacional de Vigilância San itária de Alimentos \u2013 DINAL - Mas somente após sete an os foi publicada a Portaria nº 122/95 da Secretaria Nacional de V igil ância S anitária, como resultado do traba lho conjunto de técnicos e cientistas d e alim entos, apresentando um grande avanço n a regulamentação sobre alimentos (BRASIL, 1998). Dados da Associação Brasileira da Indústria de A limentos para Fins Espe ciais - ABIAD - mostram que o mercado d e produtos diet/light no Brasil está em constante crescimento e é consumido pelas diversas classes sociais. Entre os motivos divulgados para esse consum o estão a saúde, o controle de peso e o h ábito. Entre os alimentos mais consumidos e stão os refrigerantes, os adoçantes, os iogurtes, as sobremesas em pó, os sucos em pó e os sorv etes (ABIAD, 2009). No entanto, a grande ma i oria das pessoa s não sabe diferenciar os produtos light dos diet , e ainda, em algum momento acredita que são sinônimos. Ou tro aspecto é que são poucas as pessoas que se preocupam em saber o que cada um desses alim entos apresenta em sua composição e porque são diferentes d os demais. 3.1 A limentos Diet Alimento industrializado em que determinados nutrientes como proteínas, carboidratos, gorduras, sódio, entre outros, estão ausentes ou em quantidades muito reduzidas (normalmente açúcar ou o sódio), não resultando necessariamente em um 7 produto com baixas ca lorias. Estes produtos foram criados para a tender pessoas que tenham restrição a algum tipo de substância, como po r exemplo, os produtos sem sal são indicados p ara os hipertensos; os sem açúcar, para o s diabéticos; os sem gordura, para os que têm excesso de colesterol; os sem o am inoáci do fenilcetonúria, para os fenilcetonúricos etc. De acordo com a Agência Nacional d e Vigilância Sanitária (ANVISA) o termo diet pode ser usado em dois tipos de alimentos: Nos a limentos para dietas com restrição de nutriente s (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio) e nos alimentos para dietas com ingestão controlada de alimentos (para controle de peso ou de açúcares). Muitas pessoas acreditam que um produto diet é aquele que não contém calorias, na realidade os prod utos diet nem semp r e apresenta valor calórico red uzido e sim ausência de um componente. Um exemplo clássico é o chocolate diet que apesar de serem res trito de açúcar, têm praticame nte a mesma quantidade de calorias do chocolate normal, sendo inadequado para pessoas que estão dispo s tas a fazerem dietas. Neste caso, o chocolate diet é indicad o par a pessoas diabéticas. 3.2 Alimentos light O termo lig ht indica um alimento que apresenta uma redução mínima d e 25 % do valor ca lórico ou d o conteúdo de algum nutriente quando comparado a um similar tradicional. (Portaria nº88 de 27 de 1998, Ministério da Saúde) São classificados como alimentos modificados e não tem fim especifico como os produtos diet . Este te r mo pode ainda se r u tiliz ado em a li mentos que cumpram os atributos \u201creduzido\u201d e/ou \u201cbaixo\u201d em algum de seus constituintes, definindo quantidades específicas p ara cada um desses atribu to s. Todos os prod utos light necessitam informar o componente nutricional que sofreu redução durante a fa bricação. 8 Os hiperten s os, diab ét icos e pessoas com colesterol elevado são as que mais necessitam ficar atentas a esses produtos. Pois, muitos a limentos possuem redução de gordura, mas co nté m açúcar, ou seja, não são indicados para diabéticos. Outros têm menos açúca r, mas contém muito sódio, não sendo indicados para hipertensos. Outros têm valor reduzido d e açúcar, mas contém gordura, não sendo indicado para quem tem colesterol elevado. Existem produtos lig ht q ue também s ão diet é o c aso do iogurte natural. Este alimento é considerad o light por ter redu zido te or d e gordura e é diet porque não tem açúcar. Embora existam bons produtos que realmente cump rem o que prometem nos rótulos e bulas, há ainda aqueles considerad os p ouco éticos, que visam tão some nte o lucro, não se im por tando com a saúde do consumidor final. Por isso, n enhum, desses alimentos p ode ser consumido a vontade, eles d eve m ser con sumidos com moderação e com orientação de um Médico ou de um (a) Nutricion ista (BRASIL, 1998). 3.3 A doçantes dietéticos A crescente procura p or adoçantes dietéticos d eve-se principalmente ao interesse da população em diminuir a ingestão total de açúcares, no emagrecimento ou manter o peso corporal . Os adoçantes se popularizaram n os Estados Unidos na década de 60 . Aqui no Brasil, na década d e 80, a legislação brasileira classificava os adoçantes como produtos fárm acos e eram com ercializ ados sob orientação m édica, ex clusivo a diabéticos . Com o t empo, ainda no f inal da década de 80, com as mudanças na legislação, houve uma reformulação n a classificação do s adoçantes e estes passaram a ser comercializados nas prate leiras dos supermercados, onde toda população tem acesso. Então o que a ntes era as sociado como produto de diabético passou a fazer parte da alimentação de vários tipos de pessoas. 9 Os a doçantes dietéticos são classificados como Alimentos pa ra Fins Especiais, segundo a Portaria Nº 29, de 13 de janeiro de 1998. A legislação brasileira vigente sobre adoçantes é a Portaria n°38 , que defini o s adoçantes em \u201cadoçantes de me sa\u201d, quando f orem formulados apenas com o intuito de co nferir sabor doce aos alimentos e bebidas, e \u201cado çantes dietéticos\u201d, quando forem especialmente formulados para ate nder a necessidade de uma dieta com restrições de sacarose, frutose e glicose (dextrose). Os ad oçantes são tam bém denominados edu lcorantes, possuem um poder adoçante mu ito superior ao d a sacarose. Eles po dem ser artificiais ou naturais. \u201cNaturais\u201d é aqueles que são en contra dos naturalmente em alimentos e são deles extraídos (glicose, sacarose, frutose, mel e etc.). \u201cArtificiais\u201d são aqueles obtidos por reação química (sacarina, ciclamato, aspartame, sucralose e etc.) 3.3.1 Classificação dos Edulcorantes Os adoçantes dietéticos podem ser classificados como \u201ccalóricos\u201d, são aqueles que, a lém de conferir doçur a, são dotados de calorias, po dem ser denominados de adoçantes nutritivos, já que além d as calorias, também, contêm nutrientes (sacarose, mel, f rutose, maltose, glicose e tc.) e \u201cnã o calóricos\u201d ta mbém denominados de não nutritivos, são somente os edulcorant es, que são apenas capazes de conferir d oçura, e po r não serem metabolizados no organismo, n ão oferecem calorias (sacarina, ciclamato, acesulfame -k, sucralose, esteviosí deo, aspartame e etc.). O aspartame fornece calorias, p orém, e stas tornam -se insignificantes de vido ao seu elevado poder de doçura. Alguns edulcorantes também podem ser nutritivos, conte ndo calorias, como a frutose, o mel, a sacarose, a maltose, a glicose, o sorbitol, o manitol e o xilitol.

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