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CONTRArrazoes de apelação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
  
Maria, brasileira, casada, aposentada, portadora do RG n. 12.567.986, inscrita no CPF n. 706.133.245-09, residente e domiciliada na Rua das Gaivotas, CEP 32.987.678, Estado do Paraná, doravante recorrida em Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada infra-assinado, impetrar:
 
CONTRARRAZÕES EM AGRAVO DE INSTRUMENTO VISANDO MANTER A CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA QUE DETERMINOU O PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO.
 
Em face de Alfredo, sobejamente qualificado no introito do petitório de Agravo, representado por seu procurador, em razão dos fatos e dos fundamentos que adiante se alinham:
BREVE RESUMO DA FUNDAMENTAÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO DA PESSOA FÍSICA DE DIREITO PRIVADO ORA RECORRENTE:
            
Alega Alfredo que o juiz foi feriu o seu direito ao contraditório e a ampla defesa ao deferir liminarmente as prestações de pagar determinada quantia.
            Por fim, alega indevidamente que o emprego de multa para a coerção afim de obriagatoriedade do pagamento da quantia por meio de multa, não há reserva do possível, ou seja, alega ser dispendioso e pede ao final o conhecimento e provimento do Agravo de Instrumento para obstar a prestação do pagamento.
 É O BREVE E NECESSÁRIO RELATÓRIO.
NO MÉRITO.
 
            As razões de Alfredo são inconsistentes e não devem ser acatadas. O princípio da reserva do possível, alegado pelo Agravante NÃO PODE OBSTAR A PRESTAÇÃO DE PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO.
          Relembre-se que, a reserva do possível não pode retirar a efetividade de normas constitucionais, em especial, ao direito à saúde, o qual, se não for prestado, pode gerar danos de natureza irreversível.
 Logo, Nobre Desembargador Relator, as razões do Agravo não prosperam e não devem ser acatadas, mantendo-se a tutela de urgência que deferiu a indenização logo no início da lide.
           Há de se observar que, a constituição federal de 1988 no capítulo que destina ao direito à saúde é de natureza indisponível. Logo, não há que se alegar carência de recursos para deixar de prestar uma atuação que deve ser imediata.
A Impetrante é portadora, consoante a relatório médico, de uma doença hereditária, em outros termos o sua médica Dra.Luciana aduz que a paciente necessita de uma cirurgia em caráter urgentíssimo, para assim lhe ser assegurado o seu Direito a vida.
LOGO, NOBRE E DÍGNO DESEMBARGADOR RELATOR, TAL QUANTIA NÃO CAUSAM IMPACTO PARA O ERÁRIO E PODEM SER PRESTADOS SEM QUAISQUER TIPOS DE DIFICULDADES PARA ALFREDO, DE MANEIRA QUE, A DECISÃO QUE DEFERIU A TUTELA DE URGÊNCIA DEVE SER MANTIDA!
Destarte a situação da Recorrida é grave podendo desencadear em um quadro de saúde GRAVÍSSIMO em razão da ausência da cirurgia. Dessa forma, conforme laudos médicos apresentados anteriormente, a única chance de a Recorrida ter um estado de saúde estável consideravelmente bom é o início imediato do tratamento, para assim realizar a cirurgia.
De acordo com declaração a Recorrida não possui condições de realizar a cirurgia, que juntos custam mais de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais, se não por meio dessa tutela antecipada.
DO DIREITO QUE FUNDAMENTA A PRETENSÃO DA RECORRIDA NO PRESENTE AGRAVO DE INSTRUMENTO
Pode se observar no art. descrito abaixo:
Art. 139.
O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - velar pela duração razoável do processo;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias;
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniárias;
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais;
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais;
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso;
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5º da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva.
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular.
A tutela antecipada em caráter antecedente está disposta no novo Código em seus artigos 303 e 304, enquanto a tutela cautelar requerida em caráter antecedente está prevista nos artigos 305 a 310, cada uma com seu procedimento específico e diferenciado. De forma simples, diz a doutrina, em sua grande parte, que a tutela antecipada tem natureza satisfatória, antecipa a entrega do direito pleiteado, enquanto a cautelar teria natureza meramente conservativa.
Tendo em vista o objetivo deste diminuto escrito, tratar-se-á unicamente do procedimento da tutela antecipada em caráter antecedente.
De acordo com o enunciado publicado pelo FPPC (art. 304; art. 121, parágrafo único) A tutela antecipada concedida em caráter antecedente não se estabilizará quando for interposto recurso pelo assistente simples, salvo se houver manifestação expressa do réu em sentido contrário. (Grupo: Tutela de urgência e tutela de evidência)
Diante das constantes disposições legais, pode-se perceber pela que, em face da obrigação de pagar de Alfredo, é “direito líquido e certo da Recorrente” uma vez demonstrada sua impossibilidade financeira, obter junto a impetrada a cirurgia e insumos, que sejam necessários para seu tratamento médico. 
DOS PEDIDOS
Requer de Vossa Excelência o Desembargador Relator e do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás para que não dê provimento ao presente AGRAVO DE INSTRUMENTO COM EFEITO SUSPENSIVO DE ALFREDO e, de consequência, se mantenha a decisão do Excelentíssimo Juiz de 1º Grau que determinou à Alfredo a obrigação de pagar a indenização para que a impetrante possa realizar a cirurgia devendo ser, ao final, condenado o Município a prestar medicamentos e, inclusive, em custas e honorários de advogado.
Termos em que,
Pede deferimento.
Curitiba, 02 de Março de 2018.
 
UYDIMYLA MIGUEL DE OLIVEIRA

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