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Aula Processo Penal

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Flagrante Esperado é diferente de Flagrante Preparado
No primeiro a polícia já sabe que vai acontecer a conduta ilícita, vai ao local e aguarda a consumação do crime. 
No segundo, há estimulação de 3ºs ou do próprio ofendido. Policial pode pedir pra comprar droga, por exemplo.
Tem que ver o caso concreto pra saber se o flagrante é preparado ou não.
- não precisa de ordem judicial. Para a população é uma faculdade, não um dever. Para autoridades (polícia) é um dever. 
- Formalização da prisão em flagrante
24h da voz de prisão para formalizar em Auto de Prisão em Flagrante (APS)
Delegado deverá ouvir testemunhas do fato. No plural, pelo menos duas
Condutor conta como testemunha. Conduzido será interrogado (imprescindível que se dê o direito de chamar advogado). 
Se estiver sem advogado, será emitida cópia do APF à defensoria pública. 
Acontece de o fato não ter testemunhas. Nesse caso, art. 304 §2º. Devem ser ouvidas duas testemunhas que viram a apresentação do preso à delegacia. Testemunhas instrumentais.
Testemunhas instrumentárias suprem a falta de assinatura do conduzido. Pode ter quebrado braço, ser analfabeto, não querer assinar. 
Crime acontece na presença ou contra autoridade que formaliza a prisão. Na sala de audiência, por exemplo. Essa autoridade já pode lavrar o APF e não precisa da figura do condutor. 
Se esse crime for um crime de Ação Pública Condicionada ou de Ação Penal Privada, já sabemos que autoridade policial não pode atuar de ofício. É preciso ação/requerimento do ofendido para autoridade policial atuar. 
Situação de flagrante nesses crimes acima: Só pode prender em flagrante se vítima autorizar a prisão em 24h, mesmo prazo.
Depois de colhido depoimentos e assinaturas, delegado precisa, ainda dentro das 24h, entregar ao preso, mediante recibo, a nota de culpa. Tem motivo da prisão, nome do condutor e testemunhas. 
Prisão em flagrante só se aperfeiçoa e se completa assim.
Cópia do APF será remetida ao juiz, ao MP ou à defensoria, quando necessário.
Recebendo a cópia do APF, o juiz passa a fazer o controle da legalidade desta prisão. Art. 310 CPP: Dá ao juiz o instrumental para fazer o controle da legalidade dessa prisão. O juiz criminal, se for no expediente e o de plantão se for o de fora do expediente forense.
Três alternativas:
Verifica que esta prisão contém ilegalidade. Juiz relaxa a prisão. Por exemplo, não era caso de flagrante, não garantido as garantias constitucionais... possui vício de legalidade. 
Pode, em segundo lugar, converter a prisão em flagrante, em prisão preventiva, desde que presentes os requisitos legais da preventiva, e desde que não seja mais adequada e suficiente impor alguma outra medida cautelar diferente da prisão. Deve preferir outras cautelares. 
 Conceder liberdade provisória ao preso. Com ou sem fiança. Com ou sem cumulação com outras medidas cautelares diferentes da prisão. 
Contracautela – liberdade provisória para garantir liberdade do preso. 
Juiz pode conceder com ou sem fiança, com ou sem outras medidas cautelares que ele pode somar à liberdade provisória. 
PRAZO: 310 não fala. Mas existe um outro art. Que dá uma pista: §ú do 322. 48h pra decidir sobre fiança. Se ele tem esse prazo pra decidir pra fiança, é o mesmo prazo pra analisar o APF.
Pena máxima: 4 anos = delegado já pode, dps de formalizada a prisão, avaliar a imputação de fiança. Se maior, só juiz pode. Se delegado poderia e não fez, juiz pode fazer. 
Como calcula valor da fiança e como pagar. Tema da aula que vem. Código tem tabela.
Se Juiz ver que tem ilegalidade e necessitar de relaxamento da prisão. Mas preso é o mais perigoso da região. Relaxa prisão, porém decreta preventiva do sujeito pois presentes requisitos do 312 CPP.
Quando a prisão é legal, não relaxa, CONVERTE.
PRAZO: 48h

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