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Resumo A Arte da Guerra

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Obra:
A Arte da Guerra – Sun Tzu; (tradução Pedro Manoel Soares) – 2.ed. São Paulo : Ciranda Cultural, 2008.
Apresentação do Livro
A lição que se tira da obra é que a primeira batalha que devemos travar é contra nós mesmos. Para atingir uma meta, o autor ensina que é necessário agir em conjunto, conhecer o ambiente de ação, o obstáculo a ser vencido e, é claro, conhecer seus próprios pontos fortes e pontos fracos. A grande sabedoria é obter do adversário tudo o que desejar, transformando seus atos em benefícios. O sucesso militar depende de quatro condições, de acordo com Sun Tzu: Objetivo comum; reação ao ambiente; liderança capaz e, fluxo de informação eficiente. Pensamentos e realizações de cada integrante devem estar alinhados com objetivos estabelecidos pelo líder, podendo este, exercer um controle bastante sutil sobre toda a organização, como se estivesse conduzindo cada pessoa pela mão. A liderança se origina da nobreza do caráter, existindo 5 virtudes que deverá cultivar para superar fraquezas: Integridade, coragem, gentileza, disciplina e sabedoria. Seus princípios podem ser aplicados, por indivíduos no confronto com seus oponentes, exércitos contra exércitos e empresas contra suas concorrentes.
Estrutura do livro
Livro sobre estratégias militares, composto por 13 capítulos onde é abordado em cada um deles, um aspecto da estratégia de guerra, fornecendo um panorama geral para se vencer uma batalha. Seus princípios podem ser aplicados não só em práticas militares, como também em quase todos os ramos da atividade humana.
Cap. I - Avaliações
O autor Sun Tzu começa o livro com a seguinte declaração: “A guerra é uma questão vital para o Estado”. Os cinco fatores fundamentais da guerra são mencionados: I) influência moral; II) clima; III) terreno; IV) comando e V doutrina. A influência moral consiste na harmonia entre dirigentes e seu povo. O clima significa a correlação das condições naturais, e deve ser cuidadosamente analisado para que as operações militares sejam conduzidas em conformidade com as estações. O terreno deve ser entendido como as distâncias a serem percorridas, a dificuldade de sua travessia e o fato de representar um local aberto ou fechado. O comando demonstra as virtudes do general quanto à sabedoria, sinceridade, humanidade, coragem e exigência. A doutrina diz respeito à organização, ao controle, à distribuição correta dos postos de comando e ao abastecimento das tropas. O capítulo dá ênfase à conduta dos generais e ao efeito de suas ações sobre a moral e disciplina dos homens que obedecem ao seu comando.
Cap. II - Guerreando
Se a vitória custa a chegar, as armas tornam-se pesadas, diminui-se o entusiasmo e a força e acabam-se os fundos, aí, outro comandante aparecerá para tirar vantagem de sua penúria. 
Um general inteligente se reabastece no território inimigo, contando com os abastecimentos destes para que não seja necessário grande gasto com transporte, o Autor diz que é necessário tratar dignamente seu inimigo, para que caso sejam capturados haja a possibilidade de servir aqueles que o capturem.
Na guerra, seu grande objetivo deve ser a vitória e não longas campanhas. 
Cap. III – Estratégia ofensiva
É melhor vencer o inimigo sem destruí-lo usando o método de atacar com estratégia, sem tirar a espada da bainha. 
Será vencedor quem souber quando lutar, como manobrar as forças e quem surpreender o inimigo despreparado. 
Há de se avaliar as condições daqueles com quem se vai lutar e de seu próprio exército, uma vez que quando se é numericamente ou estrategicamente mais fraco, deve-se bater em retirada.
Se nos conhecemos e a nosso inimigo, não devemos temer. 
Cap. IV – Disposições
A garantia de não sermos derrotados está em nossas mãos e a oportunidade da derrota do inimigo é fornecida pelo próprio inimigo. 
Os peritos devem desempenhar um bom papel de defesa e ataque e devem tirar proveito das condições naturais, como as estações do ano e o tipo de terreno onde serão travadas as batalhas.
Não cometer erros é o que dá a certeza da vitória. Ver a vitória apenas quando ela está à vista não é o máximo de seriedade. 
Os elementos da arte da guerra são descritos como: I) noção de espaço; 2) a avaliação das quantidades; 3) os cálculos; 4) as comparações e 5) as possibilidades de vitória. Uma boa estratégia descrita é a de se aproveitar da distração do inimigo e atacá-lo onde não é esperado.
Cap. V – Energia
Comandar uma grande força é o mesmo que comandar uma pequena. Do mesmo modo é combater um exército, é questão de estabelecer sinais e senhas. 
Manobras diretas e indiretas são usadas para que toda a tropa resista ao ataque do inimigo e permaneça firme. As manobras diretas coordenam a batalha e as indiretas são fundamentais para a vitória. A combinação destas duas são infinitas. 
A confusão simulada em uma batalha requer disciplina e o medo fingido exige coragem. A fraqueza aparente pressupõe a força. Ocultar a coragem pressupõe energia latente. Uma tática para cansar o inimigo é manter uma aparência decepcionante, assim ele continuará lutando e você conservará energia. O guerreiro inteligente não faz muitas cobranças, deixa que cada um use sua capacidade, não faz exigências de perfeição para os menos capacitados. 
Cap. VI – Fraquezas e Forças
Quem estiver primeiro no campo de batalha e esperar a aparição do inimigo estará descansado para o combate e quem vier depois e tiver de apressar-se, chegará exausto. O guerreiro inteligente impõe sua vontade ao inimigo, não deixando que ele lhe imponha a sua, podendo assim fazer com que o inimigo chegue a um acordo ou pode tornar impossível ao inimigo chegar perto. 
Apareça em ponto que o inimigo deva apressar-se a defender, marche rapidamente para lugares inesperados. Se o exército marchar por uma região onde o inimigo não esteja, este percurso poderá ser longo. O sucesso de ataques pode estar em lugares não defendidos. Manter posições que não possam ser atacadas, garantir segurança de suas defesas. Se não quisermos combater, podemos evitar com que o inimigo nos encontre. 
Conhecendo o local e hora da próxima batalha, podemos nos concentrar a grandes distâncias para lutar. 
Cap. VII - Manobras
Deve-se ter harmonia para que se consiga obter resultados e metas sejam cumpridas, porque a manobra tática depende disso e também de artifícios de desvio que é muito importante, pois esse artifício consiste em transformar o desvio em linha reta, o infortúnio em vantagem, seguir uma longa estrada atraindo o concorrente para fora dela e mesmo que tenha partido depois dele conseguir chegar antes. 
Os objetivos devem ser secretos, e quando for para declará-los faça-os como um relâmpago. Pondere e delibere antes de fazer qualquer movimento, pois vencerá quem tiver aprendido o artifício do desvio, deve-se ter ainda a influência de espírito, sabendo aproveitar os momentos em que as pessoas podem dar tudo de si para que se consiga obter melhores resultados e mantendo sempre o autodomínio para aproveitar os momentos de crise de seu concorrente. 
O comandante deve ser capaz de motivar seu exército e transmitir aos homens a segurança de quem sabe o que está fazendo e possui conhecimento e controle sobre a situação.
Cap.VIII – As nove variações
Em um objetivo as considerações sobre as vantagens e as desvantagens devem estar sempre harmonizadas, de modo que se nossa expectativa de vantagem for mesclada dessa maneira teremos sucesso na parte essencial de nossos planos, e se em meio as nossas dificuldades estivermos preparados para tirarmos vantagem delas, podemos nos livrar do infortúnio. 
Não se deve ter uma organização em um local de difícil acesso, mas sim em lugares que facilitem seus movimentos e possibilitem a união com seus aliados. 
O comandante deve estar atento e ter julgamento apurado acerca de algumas situações: (I) não acampar em terreno baixo; (II) juntar-se aos aliados em terreno contíguo; (III) não se demorar em terreno pobre;
(IV) usar o discernimento e a imaginação em terreno fechado; (V) lutar quando em terreno de morte (a batalha é inevitável); (VI) saber quais estradas não deve ser percorrido; (VII) julgar as condições em que estão as tropas a serem atacadas e, se for o caso, não atacar; (VIII) não assaltar algumas cidades, seja por falta de objetivos claros, seja por ela estar bem protegida, e (IX) não disputar terrenos que não trarão vantagens à campanha
Cap. IX – Movimentações
O autor diz que o ideal é acampar em terreno alto, para que não seja necessário subir para atacar o inimigo. Deve-se ficar alerta às movimentações por entre as árvores, pois pode significar o avanço do inimigo. Poeira subindo em altas colunas estreitas revela a aproximação de carros.
O tratamento dispensado às tropas pelo seu general é mais uma vez discutido aqui. Ele deve trabalhar somente sobre planos realmente necessários, devendo ter consistência em sua administração e em suas ordens. Não se deve aplicar aos soldados castigos ou prêmios em demasia, pois isso pode comprometer a credibilidade do comandante, e fazer com que as tropas entrem em desordem.
Cap. X – Terreno
São nove as variedades de terreno: 
Terreno dispersivo: a luta é em seu próprio terreno, por estarem próximos aos seus lares aproveitam a primeira oportunidade para espalharem-se por todos os lados.
Terreno fácil: penetração num território hostil, mas não a grande distância. 
Terreno controverso: não oferece grande vantagem para nenhum dos lados. 
Terreno aberto: cada lado tem liberdade de movimentos. 
Terreno de estradas cruzadas: região chave para três estados vizinhos, de forma que o primeiro a ocupá-la tem a maior parte do império sob suas ordens. 
Terreno sério: um exército penetra no centro de um país hostil, deixando para trás uma quantidade de cidades fortificadas. 
Terreno difícil: região trabalhosa para se atravessar. 
Terreno cercado: pode-se sair somente por trilhas tortuosas, de forma que uma pequena quantidade de inimigos seja suficiente para esmagar um grande corpo de nossas tropas. 
Terreno desesperador: só é possível salvar-se da destruição combatendo sem parar. 
Porém, em terreno dispersivo, não lute. Em terreno fácil, não pare. Em terreno controverso, não ataque. Em terreno aberto, não tente barrar o caminho do inimigo. Em terreno de estradas cruzadas, una-se aos seus aliados. Em terreno sério, saqueie. No difícil, marche sempre. Em terreno cercado, recorra a estratagemas. Em terreno desesperador, lute. 
A rapidez é a essência da guerra. Tire partido da falta de preparação do inimigo, marche por caminhos onde não é esperado e ataque pontos desprotegidos. Na luta contra uma grande tropa inimiga deve-se começar tomando uma coisa que ele conserve com interesse; então este ficará sujeito à sua vontade. 
Cap.XI – As nove variedades de terreno
Em operações militares, o terreno pode ser classificado de acordo com nove posições geográficas e que interferem no modo de executar as operações militares. Desta forma, os tipos de terreno são os seguintes: dispersivo, fronteiriço, chave, comunicante, focal, perigoso, difícil, cercado e mortal.
Nunca lute em terreno dispersivo; nunca permaneça em terreno marginal; nunca ataque um inimigo que primeiro alcançou um terreno contencioso; nunca permita que se bloqueiem as comunicação do exército em terreno aberto; forme alianças com príncipes de estados vizinhos em terreno convergente; saqueie os recursos do inimigo para as suas provisões em território sério; atravesse, rapidamente, os terrenos difíceis; elabore planos e estratagemas para atravessar os terrenos cercados; e trave uma batalha com todas as suas forças em território desesperado. 
Princípios a serem observados: 
Quanto mais profundamente penetrar num país, maior deverá ser a solidariedade entre os soldados e, dessa forma os defensores não levarão a melhor; Faça saques em território fértil para suprir seu exército de alimentos; Examine cuidadosamente o bem-estar dos seus homens e não os sobrecarregue; Concentre sua energia e armazene suas forças; Mantenha seu exército sempre em movimento e delineie planos insondáveis. Coloque seus soldados em posições sem saída e eles preferirão morrer a fugir. Situações desesperadas provocam a perda da sensação de medo. Proíba os presságios e afaste as dúvidas supersticiosas - até que a morte chegue nenhuma calamidade deve ser temida. 
Características de um general:
Um comandante tático e habilidoso pode ser comparado a uma cobra shuai-jan, pois quando atingida na cabeça reage com o rabo; atacada no rabo, responde com a cabeça; agredida no meio; ataca com a cabeça e o rabo. O sucesso só virá se seus soldados tiverem firmeza e unidade de objetivo e, acima de tudo, um espírito de cooperação harmoniosa, como a shuai-jan. 
Cap. XII – Ataques com o emprego de fogo
Há cinco tipos de ataque com fogo: queima de pessoas, de suprimentos, de equipamentos, de depósitos e de armamentos. 
O uso do fogo deve ser criterioso e há ocasiões específicas, salientando-se aquelas em que o tempo está seco e ventoso. E em geral, é usado para confundir o inimigo, com a perspectiva de poder atacá-lo – “quando ouves que o fogo começou” deves atacar; depois de controladas e acalmadas as pessoas, de nada serve atacar. 
Se o fogo puder ser ateado em campo aberto, acende-o no momento certo. Se o fogo for ateado a favor do vento, não ataques contra o vento. Um vento diurno parará à noite, e um vento noturno parará a luz do dia. 
Não é suficiente saber atacar com o fogo; é importante saber prevenir-se do ataque dos outros. 
Vencer a batalha sem recompensar os que merecem é um ato deplorável. Um governo esclarecido leva isto em conta, e que bons líderes militares recompensam o mérito. 
Se fores instável em teus sentimentos, perderás a dignidade e a confiança. 
Cap. XIII – Utilização de agentes secretos
O que capacita um governo inteligente e um líder militar sábio a vencer os outros e a realizar feitos extraordinários é o pré-conhecimento, que não é obtido de fantasmas e espíritos, por analogia, nem encontrados através de cálculos. Ele deve ser obtido das pessoas, das que conhecem o inimigo. 
Há cinco tipos de espiões: o local, o infiltrado, o reverso, o morto e o espião vivo. Quando todos os espiões estão em atividade e ninguém conhece seus caminhos – isto é chamado de talento organizacional, e é valioso para a liderança. 
Os espiões locais são contratados entre as pessoas locais; espiões infiltrados são contratados entre oficiais inimigos; espiões reversos são os contratados entre espiões inimigos; os mortos transmitem falsas informações aos inimigos e os espiões vivos retornam para relatar. 
Entre os oficiais do regime inimigo, há os mais inteligentes que perdem o emprego, há os que são punidos por excesso, há os favoritos gananciosos, os que procuram tirar vantagens de um a crise para expandir a própria riqueza e poder, e ainda, os que agem com duplicidade. Esses podem ser abordados e subornados para revelarem as condições e seu país. 
Análise Crítica
Profundo conhecedor das manobras militares Sun Tzu escreveu A ARTE DA GUERRA, ensinando estratégias de combate e táticas de guerra. Viveu em turbulenta época dos Estados guerreiros na China, há 2.500 anos e era um filósofo-estrategista, comandando e vencendo muitas batalhas. 
Sun Tzu analisa neste livro, a influência da precipitação nos momentos difíceis, observando o quanto esta pode ser prejudicial ao povo de maneira geral. Como general, relaciona sua forma de comandar uma tropa com a de governar um país, uma cidade, uma empresa. Demonstra enorme sabedoria ao relacionar humildade e perseverança a um senso crítico de justiça que pode favorecer em muito, a relação entre pessoas e a capacidade que elas possam ter para superar dificuldades na sua vida, seja esta pessoal ou profissional. Enaltece a superação de obstáculos como sendo uma das principais armas para se conseguir uma conquista ou uma vitória.
Autor
Sun Tzu, foi um general, estrategista e filósofo chinês. Sun Tzu nasceu em 544 a.C.
Sun Tzu é mais conhecido por sua obra A Arte da Guerra, composta por 13 capítulos de estratégias militares.

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